Qual o endereço do seu site?

exemplo: meusite.com.br

www.

Logo do site

  • Início
  • Quem somos
  • Produtos
  • Contrate Online
  • Proposta
  • Contato
Seguro de vida individual - Idealecorp Corretora de Seguros - São Paulo Seguro saúde - Idealecorp Corretora de Seguros - São Paulo Seguro de auto - Idealecorp Corretora de Seguros - São Paulo Seguro residência - Idealecorp Corretora de Seguros - São Paulo Seguro de equipamentos portáteis - Idealecorp Corretora de Seguros - São Paulo
Consórcio automóvel - Idealecorp Corretora de Seguros - São Paulo
Consórcio imóvel - Idealecorp Corretora de Seguros - São Paulo

g1 > Economia

INSS inicia pagamento de benefícios de setembro nesta quarta; veja calendário

O Ministério da Previdência Social inicia nesta quarta-feira (24) o pagamento para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em setembro de 2025. Para quem recebe o piso nacional (até um salário mínimo), os depósitos vão do dia 24 de setembro até 7 de outubro. Segurados com renda mensal acima do salário mínimo terão seus pagamentos creditados a partir de 1º de outubro. Confira o calendário do INSS de setembro para quem recebe até um salário mínimo: Cartão final 1: pagamento em 24/9 Cartão final 2: pagamento em 25/9 Cartão final 3: pagamento em 26/9 Cartão final 4: pagamento em 29/9 Cartão final 5: pagamento em 30/9 Cartão final 6: pagamento em 1º/10 Cartão final 7: pagamento em 2/10 Cartão final 8: pagamento em 3/10 Cartão final 9: pagamento em 6/10 Cartão final 0: pagamento em 7/10 Confira o calendário do INSS de setembro para quem recebe acima de um salário mínimo: Cartão final 1 e 6: pagamento em 1º/10 Cartão final 2 e 7: pagamento em 2/10 Cartão final 3 e 8: pagamento em 3/10 Cartão final 4 e 9: pagamento em 6/10 Cartão final 5 e 0: pagamento em 7/10 Ao longo de 2025, a previsão de pagamentos é: Outubro: de 27/10 a 7/11; Novembro: de 24/11 a 5/12; Dezembro: de 22/12 a 8/1; Como conferir o dígito verificador O calendário leva em conta o número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço. Para quem ganha até o mínimo, o calendário começa com benefício com final 1. Para os que recebem acima desse valor, o calendário inicia com os cartões de final 1 e 6. No dia seguinte, são pagos os finais 2 e 7, e assim por diante. Como consultar os valores a receber? Aposentados e pensionistas do INSS podem consultar o valor a receber do seu benefício pelo aplicativo "Meu INSS" ou no site meu.inss.gov.br. Outra opção é pelo telefone, ligando na central 135. Neste caso, o atendimento é feito de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h; o beneficiário precisa o informar o número de CPF e confirmar dados cadastrais. Com o reajuste do salário mínimo previsto para 1º de janeiro, o valor corrigido só será pago entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. Resumão do g1: julgamento das redes; aposentadoria em 2025 e Mega da Virada
24/09/2025 03:00:57 +00:00
'Companheiro Trump' parece que gostou do 'companheiro Lula' e agora vão falar do que importa, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (23) que "parece" que "companheiro Trump" gostou do "companheiro Lula" e que os dois agora devem começar a falar "do que importa". A declaração ocorreu horas depois de o presidente dos Estados Unidos afirmar que teve uma "química excelente" com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), "que pareceu um cara muito agradável". "Agora, parece que o companheiro Trump gostou do companheiro Lula e vão começar a conversar, falar de coisas que realmente importam, que é integração econômica, investimentos mútuos", disse Haddad. Quando questionado sobre os pleitos da Fazenda para a conversa entre os presidentes, Haddad disse que primeiro é "separar a política da economia". Segundo ele, o Brasil tem "enormes possibilidades" de parcerias com o mundo todo e, em especial, com os Estados Unidos.  O ministro relembrou que, na administração estadunidense passada, de Joe Biden, havia tratativas em curso no âmbito energético, na área de transformação ecológica, aproveitamento de minerais críticos e estratégicos para reindustrializar o Brasil. Sobre essas frentes, Fernando Haddad disse que poderiam ser retomadas.  Sobre o tarifaço imposto pelos Estados Unidos, Haddad defende que tem que haver "reversão das tarifas". "Em algum momento tem que ser revertido. Tem um processo de negociação, e a demanda  do Brasil é de reversão da decisão", afirmou. Será a primeira conversa direta entre os dois presidentes desde que Trump voltou à Casa Branca. Um dos temas na pauta deve ser o tarifaço de 50% imposto por Trump a produtos brasileiros. Além disso, o governo dos EUA também sancionou autoridades do Executivo e do Judiciário brasileiro. No início das sanções, Trump disse que era contra o processo que culminou com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro — seu aliado — a 27 anos de prisão por golpe de Estado. O gesto de aproximação contrasta com o clima de tensão bilateral desde julho, quando Trump anunciou o chamado tarifaço. No discurso desta terça, porém, o americano voltou a criticar o Brasil, acusando o Judiciário de "censura, repressão e perseguição a críticos políticos". Depois de rápido encontro, Trump diz que teve "ótima química" com Lula O encontro relâmpago na ONU Durante a abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, Trump disse que se encontrou rapidamente com Lula antes de subir à tribuna. "Eu estava entrando (no plenário), e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu, e nos abraçamos. Concordamos que nos encontraríamos na semana que vem. Não tivemos muito tempo para conversar, tipo uns 20 segundos", relatou. Trump seguiu com elogios: "Ele parece um cara muito legal, ele gosta de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com gente de quem eu gosto. Por 39 segundos, tivemos uma ótima química e isso é um bom sinal." Fontes do governo brasileiro confirmaram a reunião para a próxima semana, mas não detalharam se será presencial ou remota. Discurso de Lula Lula cita condenação de Bolsonaro em discurso na ONU: 'Brasil deu recado a candidatos autocratas' O presidente Lula discursou antes de Trump na Assembleia-Geral da ONU. Sem citar Trump, Lula criticou sanções e interferências externas, afirmando que agressões ao Judiciário brasileiro são “inaceitáveis” e que não há espaço para anistiar “falsos patriotas” que atentam contra a democracia. Lula ressaltou que a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF foi um recado ao mundo de que a democracia brasileira “é inegociável”. Na fala, o o presidente também defendeu a regulação das redes sociais, afirmando que “regular não é restringir a liberdade de expressão, mas garantir que o que já é ilegal no mundo real seja tratado assim no mundo virtual”. Ele associou a ausência de regras a crimes como pedofilia, tráfico de pessoas e ataques contra a democracia. Sobre política internacional, Lula condenou os atentados do Hamas, mas disse que “nada justifica o genocídio em curso em Gaza”. Ele ainda reforçou a defesa do multilateralismo e pediu uma reforma da ONU, destacando que o Sul Global precisa ser mais ouvido nas decisões globais. O presidente também citou a necessidade de diálogo na Venezuela e uma “solução realista” para a guerra na Ucrânia. Na pauta ambiental, Lula convidou os líderes mundiais para a COP30, em Belém (PA), que chamou de “COP da verdade”. Ele alertou que “bombas e armas nucleares não vão nos proteger da crise climática” e cobrou compromissos mais sérios de redução de emissões. “O ano de 2024 foi o mais quente já registrado”, disse, destacando que o planeta caminha “de olhos vendados para o abismo” se não houver mudanças imediatas. Discurso de Trump Na ONU, Trump falou por mais de uma hora — muito além dos 15 minutos recomendados — em tom de improviso. Exaltou seu governo, criticou a própria ONU, negou o aquecimento global e disse ter encerrado "sozinho sete guerras". O único momento em que recebeu aplausos foi ao pedir um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Ele também disparou críticas contra Rússia e China e voltou a sugerir que o coronavírus foi "criado" por Pequim. Sobre o clima, disse que "as energias renováveis são uma piada" e que previsões sobre aquecimento global "foram feitas por pessoas estúpidas".
23/09/2025 23:21:45 +00:00
Mega-Sena, concurso 2.918: prêmio acumula e vai a R$ 54 milhões

G1 | Loterias - Mega-Sena 2918 O sorteio do concurso 2.918 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (23), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 54 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 11 - 27 - 31 - 41 - 48 - 54 5 acertos - 46 apostas ganhadoras: R$ 46.464,77 4 acertos - 2.859 apostas ganhadoras: R$ 1.232,30 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (25). Mega-Sena, concurso 2.918 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1
23/09/2025 23:02:03 +00:00
Macron alerta sobre o 'risco de que se imponha a lei do mais forte' em discurso na ONU

Emmanuel Macron em discurso na Assembleia Geral da ONU LEONARDO MUNOZ / AFP O presidente da França, Emmanuel Macron, alertou, sem citar nomes, sobre "o risco de que se imponha a lei do mais forte", assim como "o egoísmo de alguns", em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (23). Durante os cerca de 30 minutos que falou, o francês defendeu um "multilateralismo eficaz" e fez um discurso de cooperação e união entre as nações. Ao contrário do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o segundo a discursar durante o dia, que fez fortes críticas às Nações Unidas, ele chamou a ONU de "tesouro" e afirmou: "O antijogo de algumas pessoas torna quase impossível que nossa organização seja coletivamente eficaz. Eles estão jogando contra nós. Precisamos trabalhar juntos para retornar a esse multilateralismo coletivo". O governo de Vladimir Putin foi o grande alvo das críticas de Macron, que reafirmou seu apoio à Ucrânia, disse que a agressão russa não é apenas um problema da Europa e relembrou a série de "desestabilizações" provocadas pela Rússia em outros países em episódios recentes. No entanto, o presidente francês, que decidiu esta semana reconhecer oficialmente o Estado Palestino, também falou sobre a guerra na Faixa de Gaza e ressaltou que “não pode haver segurança ou estabilidade para Israel se tivermos uma guerra permanente sendo travada com seus vizinhos”. "Nós levantamos as mãos para abrir o caminho para a paz imediata, a libertação dos reféns, um cessar-fogo, a estabilização de Gaza, a desmilitarização [e] desmantelamento do Hamas e o reconhecimento recíproco de dois Estados: um Estado palestino, que é desmilitarizado e que reconhece Israel, e um Estado israelense, que reconhece o Estado da Palestina", defendeu. Trump diz na ONU que reconhecer Estado Palestino seria recompensa grande para o Hamas Ao falar sobre ameaças que pesam globalmente, Macron citou as questões envolvendo energia nuclear e falou sobre o Irã e a possível volta de sanções ao país. Ele se encontrará com o presidente do iraniano, Masoud Pezeshkian, nesta quarta-feira (24): "Ou o Irã faz um gesto e segue o caminho da paz e da estabilidade, e permite que a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) faça seu trabalho, ou as sanções serão reimplementadas". Também na contramão com as ideias defendidas por Trump, Macron defendeu que não se deve "colocar o G7 contra os BRICS" ao falar dos desafios econômicos mundiais. O G7 é o grupo das sete maiores potências do mundo formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Já o Brics é um bloco formado por grandes economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia. Mais declarações de Macron sobre Gaza Emmanuel Macron e Donald Trump em encontro bilateral em Nova York REUTERS/Al Drago Antes do discurso, em uma reunião bilateral com Trump, Macron defendeu sua decisão de reconhecer o Estado da Palestina. Disse que não equivale a esquecer o ataque do Hamas em outubro de 2023, respondendo às críticas feitas pelo presidente americano, que condenou os aliados que tomaram a medida, afirmando que ela recompensaria as "atrocidades horríveis" dos militantes do grupo terrorista palestino. Em entrevista à TV francesa BFM, o presidente francês também falou sobre o tema e desafiou Trump a acabar com a guerra em Gaza se deseja ganhar o Prêmio Nobel da Paz. Para Macron, o norte-americano tem que "pressionar o governo de Israel", já que são os Estados Unidos que lhe fornecem "armas que permitem realizar a guerra em Gaza". "Há alguém que pode fazer algo, e esse é o presidente dos Estados Unidos. Vejo um presidente americano que está comprometido, que reiterou isso esta manhã na tribuna [das Nações Unidas]: 'Quero a paz. Resolvi sete conflitos'. Que quer o Prêmio Nobel da Paz. O Prêmio Nobel da Paz só é possível se ele acabar com este conflito", declarou Emmanuel Macron.
23/09/2025 22:18:56 +00:00
Royal Enfield Guerrilla 450 chega por R$ 28.990 para brigar com Triumph Scrambler 400X

Royal Enfield Guerrilla 450 divulgação/Royal Enfield Depois de quatro meses de espera, a Royal Enfield divulgou nesta terça-feira (23) o preço da Guerrilla 450. O modelo, que chega para completar o portfólio da marca indiana e substituir a Scram 411, terá valor inicial de R$ 28.990. A pré-venda começa no próximo sábado (27). Veja as versões e seus respectivos preços: Versão de entrada (Mid): R$ 28.990; Versão topo de linha (Top): R$ 29.490. A Royal Enfield posicionou a Guerrilla 450 abaixo da principal concorrente, a Triumph Scrambler 400X, que subiu de preço entre maio e setembro: de R$ 33.990 para R$ 36.690. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Visualmente, a Guerrilla 450 é bem diferente da Himalayan 450, apesar de compartilharem motor e diversas peças. Segundo a marca, ela foi projetada para quem busca esportividade no uso urbano, algo reforçado pelos dados técnicos. As versões topo de linha se destacam pelas cores mais chamativas. Confira as opções: Yellow Ribbon (amarelo e roxo) - R$ 29.490; Brava Blue (branca e azul) - R$ 29.490; Smoke Silver (prata) - R$ 28.990; Peix Bronze (marrom)- R$ 28.990. Royal Enfield Guerrilla 450 divulgação/Royal Enfield O motor de 452 cilindradas entrega 40 cv de potência e 4 kgfm de torque. Segundo a fabricante, ele foi recalibrado para disponibilizar o torque em rotações mais baixas que na Himalayan, garantindo mais agilidade na cidade. A Guerrilla 450 vem equipada com dois modos de condução: Performance e Eco, permitindo ajustar a resposta do acelerador conforme o estilo e a necessidade do piloto. O câmbio é de seis marchas e traz embreagem deslizante. Ponto positivo para a Royal Enfield. Por outro lado, a Guerrilla não conta com controle de tração. Em um teste rápido de três voltas em Interlagos, em maio, a moto mostrou bom fôlego. Foi possível notar aceleração fácil e retomadas elogiáveis. Segundo a marca, 90% do torque está disponível a apenas 3 mil rpm. O câmbio, o mesmo da Himalayan, tem engates precisos e escalonamento adequado ao uso urbano. Mesmo no breve teste, os freios mostraram ótimo desempenho, semelhante ao da trail. Galerias Relacionadas Entre as semelhanças com a Himalayan estão os amortecedores da marca Showa, mas que não são com garfos na posição invertida como na trail. As mudanças de direção são rápidas, mas os 184 kg aparecem na pilotagem. Embora mais leve que a Himalayan, a Guerrilla ainda poderia emagrecer um pouco mais. Assim como a Himalayan, todas as versões da Guerrilla trazem o painel 100% digital de quatro polegadas, o Tripper Dash, com conexão ao celular. O sistema oferece controle de música, previsão do tempo e outras informações da moto. Confira a ficha técnica abaixo: Motor: 452 cm³ Potência: 40 cv a 8.000 rpm Torque: 4 kgfm a 5.500 rpm Câmbio: 6 marchas Comprimento: 2,14 m Largura: 0,83 m Altura: 1,12 m Entre-eixos: 1,44 m Altura do banco: 0,78 m Tanque: 11 litros “A Guerrilla 450 combina o melhor da pilotagem urbana com a capacidade de encarar estradas abertas com confiança e estilo. É uma moto feita para a nova geração de motociclistas apaixonados. O motor Sherpa já é um sucesso no Brasil, líder de vendas com a Himalayan 450 e acreditamos que a Guerrilla tenha a mesma trajetória em vendas”, diz Gabriel Patini, diretor executivo Latam da Royal Enfield. As duas motos compartilham plataforma, faróis, lanternas e painel de instrumentos. As diferenças estão nas dimensões e nas rodas, de 17 polegadas na dianteira e na traseira. LEIA MAIS Onde é mais seguro dirigir no Brasil? DF lidera e Amazonas fica na lanterna, segundo ranking nacional Criança morre após cadeirinha ser arremessada em acidente; veja como evitar erros fatais no transporte infantil Yamaha Ténéré 700 está de volta por R$ 72.990 e promete acirrar disputa entre as trail; veja o teste Royal Enfield Himalayan 450: confira o teste do g1 com a nova trail indiana
23/09/2025 18:30:15 +00:00
Trump faz elogios a Milei, promete ajuda à Argentina e peso se valoriza frente ao dólar

Donald Trump cumprimenta Javier Milei durante encontro na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Reuters O presidente Donald Trump afirmou nesta terça-feira (23) que os Estados Unidos estão dispostos a ajudar a economia da Argentina caso seja necessário, embora avalie que o país não precise de um resgate. Trump discursou a jornalistas ao lado do presidente argentino, Javier Milei, em encontro nos bastidores da Assembleia Geral da ONU. Além de manifestar apoio, ele presenteou Milei, fez elogios e prometeu respaldo total à sua reeleição. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A reunião ocorreu um dia após o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmar que todas as alternativas estavam sendo consideradas para estabilizar o país sul-americano. A gestão Milei enfrenta uma forte crise política, com efeitos negativos para a economia do país. (leia mais abaixo) Após a reunião entre os dois líderes, o peso argentino avançou mais de 3% frente ao dólar, cotado a 1.367,51. O S&P Merval, principal índice acionário do país, subiu 0,24%. "Vamos ajudá-los. Não acho que precisem de um resgate", disse Trump a repórteres em Nova York. “Scott está trabalhando com o país deles para que consigam boas dívidas e tudo o que é necessário para tornar a Argentina grande novamente”, acrescentou. O presidente dos EUA também declarou apoio à reeleição de Milei, dizendo que o líder argentino precisa de mais um mandato “para completar o trabalho”. Questionado sobre mais detalhes a respeito dos esforços dos EUA, Trump afirmou: "Estamos dando ao presidente da Argentina nosso total apoio e endosso." Javier Milei reage a 'presente' de Trump: um post feito pelo presidente dos EUA na Truth Social, elogiando o líder argentino. Reuters Presente inusitado Durante o encontro, Trump entregou a Milei uma versão impressa de um post que ele mesmo publicou na Truth Social, no qual elogia o líder argentino. A publicação havia sido feita pouco antes da reunião. Milei recebeu o presente e posou sorrindo para fotos. No documento, Trump afirma que Milei "provou ser um líder realmente fantástico e poderoso para o grande povo argentino, avançando em todos os níveis em velocidade recorde". "Ele herdou uma 'bagunça total', com uma inflação horrível causada pelo anterior presidente de esquerda radical (muito parecido com Crooked Joe Biden, o PIOR presidente da história de nossa nação), mas conseguiu devolver estabilidade à economia da Argentina e elevá-la a um novo patamar de destaque e respeito!", diz a publicação. No texto, Trump também diz ter "uma relação tremenda com a Argentina, que se tornou um aliado forte, graças ao presidente Milei". E acrescenta: "Estou ansioso para continuar trabalhando de perto com ele, para que os nossos países possam continuar em seus incríveis caminhos de sucesso". Trump presenteou Milei com a versão impressa de um post em que declara apoio ao presidente argentino Evan Vucci/AP Apoio do Banco Mundial Separadamente, o Banco Mundial informou nesta terça-feira que irá acelerar seu plano de apoio de US$ 12 bilhões à Argentina, destinando até US$ 4 bilhões nos próximos meses por meio de financiamento do setor público e investimentos do setor privado. O banco de desenvolvimento afirmou, em nota, que o pacote apoiará o processo de reformas da Argentina e sua estratégia de crescimento de longo prazo. Ainda não há clareza sobre a velocidade de liberação dos recursos. “O pacote terá como foco motores-chave de competitividade: desbloqueio da mineração e de minerais estratégicos; impulso ao turismo como fonte de empregos e desenvolvimento local; expansão do acesso à energia; e fortalecimento das cadeias de suprimentos e do financiamento de pequenas e médias empresas”, informou o Banco Mundial. A reação dos mercados Os ativos argentinos já haviam registrado forte alta na véspera, após a promessa de Bessent de apoio ao governo de Milei. O índice S&P Merval avançou mais de 7% na segunda-feira, enquanto o peso subiu quase 5% e os títulos internacionais em dólar também tiveram ganhos. Nas últimas semanas, no entanto, os mercados argentinos registraram fortes perdas. Os títulos internacionais recuaram mais de 20% no ano, e o peso encostou no limite inferior da banda cambial estabelecida meses atrás. A situação fez o Banco Central da Argentina realizar, na sexta-feira (19), sua maior venda diária de dólares em quase seis anos. A medida fez parte do uso contínuo das reservas para sustentar o peso diante da forte demanda de investidores cautelosos com a instabilidade política no país. Na ocasião, a intervenção do banco somou US$ 678 milhões, a maior em um único dia desde outubro de 2019, elevando o total vendido entre quarta e sexta-feira para US$ 1,1 bilhão. O Banco Central não realizava intervenções desde meados de abril, após um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que inicialmente relaxou as restrições cambiais. Especialistas alertam que as vendas contínuas de dólares podem acelerar o esgotamento das reservas, comprometer os pagamentos da dívida de curto prazo e levar ao aumento da emissão de títulos para suprir as lacunas de financiamento — gerando mais dívidas. Presidente argentino, Javier Milei, e sua irmã Karina Milei. Gustavo Garello/ AP Photo Crise política O cenário econômico piorou após denúncias de corrupção envolvendo Karina Milei, irmã do presidente e secretária-geral da Presidência. O caso, que colaborou com a derrota inesperada nas eleições de Buenos Aires, aumentou as dúvidas sobre sua capacidade de conduzir a economia. Em áudios vazados, Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), acusa Karina e o subsecretário Eduardo “Lule” Menem de terem exigido propina de indústrias farmacêuticas para a compra de medicamentos destinados à rede pública. Relatório recente do Bradesco BBI analisa que escândalos políticos como esse “fragmentam o cenário, minando a reputação e a confiança". Diz ainda que a "perda de influência no Congresso leva a uma expansão fiscal não planejada, em conflito com as metas do FMI”. Na prática, quando investidores estrangeiros retiram recursos, há menos dólares em circulação, o que aumenta a demanda pela moeda americana em relação ao peso. Isso faz com que o peso perca valor, já que o câmbio passa a refletir uma moeda mais escassa diante da demanda existente.
23/09/2025 18:00:33 +00:00
'Tom suave', 'palavras calorosas': elogios de Trump a Lula são destaque na imprensa internacional; VEJA

O anúncio de um encontro na semana que vem entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi destaque na imprensa internacional. A novidade, após meses de declarações negativas por parte de Trump, foi revelada pelo próprio republicano durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (23). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp 🔴 AO VIVO: acompanhe os discursos da Assembleia Geral da ONU Alguns veículos também destacaram os elogios feitos pelo norte-americano a Lula, que parece ter conseguido causar uma boa impressão em alguns segundos de encontro. Veja abaixo: The Washington Post O jornal americano destacou o anúncio feito por Trump, de que deve encontrar Lula na semana que vem, e relembrou o histórico de críticas que o presidente americano vem fazendo ao Brasil nos últimos meses. "O presidente Donald Trump ridicularizou o Brasil por diversas políticas das quais ele discorda, mesmo tendo contado que encontrou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva antes de seus comentários", afirmou. O jornal dos EUA 'The Washington Post' sobre fala de Trump sobre Lula Reprodução The New York Times "Trump adota tom mais suave em relação ao Brasil, após discurso contundente de Lula", diz a manchete do jornal americano, que ressaltou que essa foi a primeira vez que Trump deu uma sinalização positiva em relação ao Brasil "desde que uma crise diplomática eclodiu entre as duas nações mais populosas do Hemisfério Ocidental". New York Times falando sobre encontro de Trump e Lula Reprodução Bloomberg A agência de notícias internacional, focada no mercado financeiro, ressaltou que "Trump ofereceu palavras calorosas a Lula, dizendo que 'ele parecia um homem muito legal' e que eles tiveram uma "excelente química" por cerca de 39 segundos, e expressou esperança de que as duas nações pudessem encontrar uma maneira de trabalhar juntas. A agência de notícias internacional Bloomberg sobre fala de Trump sobre Lula Reprodução Clarín "Donald Trump confirmou que se encontrará com Lula: disse gostar do líder brasileiro, mas deixou um alerta", afirmou o jornal argentino em sua manchete. O jornal Clarín sobre encontro entre Trump e Lula Reprodução Reuters "O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que planeja se reunir na próxima semana com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, acrescentando que eles tiveram "excelente química" durante um breve encontro na Assembleia Geral da ONU", informou a agência de notícias internacional, pontuando que os dois estão em desacordo há meses sobre o julgamento e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Reuters falando sobre encontro de Trump e Lula Reprodução Al Jazeera A rede de TV do Oriente Médio relembrou o contexto das relações conturbadas entre os EUA e o Brasil nos últimos meses e destacou o anúncio feito por Trump sobre um encontro: "Trump disse que ele e Lula se “abraçaram” quando se viram e combinaram de se encontrar na semana que vem. Ele disse que Lula parecia um cara 'legal'". Al Jazeera falando sobre encontro de Trump e Lula Reprodução The Guardian O jornal do Reino Unido deu destaque principal ao discurso de Lula e afirmou que o presidente brasileiro fez "críticas indiretas a Trump". No entanto, também ressaltou a surpresa de todos com a mudança de postura do republicano: "Inesperadamente, o presidente americano deixou a porta aberta para uma reconciliação com seu homólogo sul-americano". Jornal inglês The Guardian fala sobre Trump e Lula na ONU Reprodução 'Um homem muito agradável', elogiou Trump Trump diz que abraçou Lula e que tiveram ótima química Durante o discurso — no qual ele também exaltou seu próprio governo e criticou a ONU (leia mais abaixo) —, Trump fez diversos elogios a Lula antes de anunciar o encontro na próxima semana. "Eu estava entrando (no plenário da ONU), e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu, e nos abraçamos. Na verdade, concordamos que nos encontraríamos na semana que vem", disse Trump. "Não tivemos muito tempo para conversar, tipo uns 20 segundos. E continuou: "Ele parece um cara muito legal, ele gosta de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com gente de quem eu gosto. Quando não gosto deles, eu não faço. Quando eu não gosto, eu não gosto. Por 39 segundos, nós tivemos uma ótima química e isso é um bom sinal." A fala de Trump contrastou com a tensa relação que Estados Unidos e Brasil vêm tendo desde julho, quando Trump anunciou tarifas de 50% a produtos brasileiros em retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro — condenado pelo STF a 27 anos de prisão por golpe de Estado. O presidente dos EUA também falou sobre o Brasil como fez em diversas ocasiões anteriormente, ao dizer que o país "enfrenta grandes tarifas em resposta a seus esforços sem precedentes para interferir nos direitos e nas liberdades de nossos cidadãos americanos e de outros, com censura, repressão, uso político das instituições, corrupção judicial e perseguição a críticos políticos nos EUA". "O relato está na boca de Trump, mas ele é uma figura tão errática que é de fato possível ele ter gostado de Lula", afirmou o comentarista da Globonews Marcelo Lins. Apesar da fala positiva de Trump, algo raro em relação ao Brasil nos últimos tempos, a postura do governo brasileiro neste momento é de cautela. "É um passo importante, (...) mas nada indica que ele será apaziguador com Lula", afirmou o professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador de Harvard Vitelio Brustolin à Globonews. Trump discursa na ONU em 23 de setembro de 2025 Shannon Stapleton/Reuters
23/09/2025 15:57:40 +00:00
'Um homem muito agradável', 'ele gostou de mim, eu gostei dele' e 'química excelente': o que Trump falou de Lula na ONU; veja VÍDEO

Trump diz que abraçou Lula e que tiveram ótima química O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (23) que se encontrou brevemente com o presidente Lula (PT) na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e que os dois líderes devem se encontrar para conversar na próxima semana. Trump elogiou Lula e disse que teve "uma química excelente" com o presidente brasileiro. O encontro, segundo ele, foi breve e aconteceu nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, onde os dois discursaram, um na sequência do outro. O governo brasileiro confirmou a reunião. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp 🔴 AO VIVO: acompanhe os discursos da Assembleia Geral da ONU Veja o que falou Trump sobre Lula e o Brasil: "Eu estava entrando (no plenário da ONU) e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu, e nos abraçamos. E aí eu penso: 'Vocês acreditam que vou dizer isso em apenas dois minutos?' Nós realmente combinamos de nos encontrar na próxima semana. Não tivemos muito tempo para conversar, tipo uns 20 segundos", relatou Trump. "Em retrospecto, fico feliz de ter esperado (para negociar tarifas). Nós tivemos uma boa conversa e combinamos de nos encontrar na próxima semana, se isso for de interesse mútuo, mas ele pareceu um homem muito agradável. Na verdade, ele gostou de mim, eu gostei dele", continuou. "Só faço negócios com pessoas de que eu gosto. Quando não gosto deles, não gosto deles. Tivemos uma excelente química por pelo menos uns 39 segundos", completou o presidente americano. A fala de Trump contrastou com a tensa relação que Estados Unidos e Brasil vêm tendo desde julho, quando Trump anunciou tarifas de 50% a produtos brasileiros em retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão pelo crime de golpe de Estado. Lula também citou brevemente a condenação de Bolsonaro em seu discurso, que abriu a Assembleia Geral. "Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam. Nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis", afirmou o presidente brasileiro. Ele também mandou recados a Trump durante a fala. Em seu discurso na ONU, o presidente dos EUA também falou sobre o Brasil, como fez em diversas ocasiões anteriormente, ao dizer que o país "enfrenta grandes tarifas em resposta a seus esforços sem precedentes para interferir nos direitos e nas liberdades de nossos cidadãos americanos e de outros, com censura, repressão, uso político das instituições, corrupção judicial e perseguição a críticos políticos nos EUA". "O relato está na boca de Trump, mas ele é uma figura tão errática que é de fato possível ele ter gostado de Lula", afirmou o comentarista da GloboNews Marcelo Lins. Apesar da fala positiva de Trump, algo raro em relação ao Brasil nos últimos tempos, a postura do governo brasileiro neste momento é de cautela. "É um passo importante, (...) mas nada indica que ele será apaziguador com Lula", afirmou o professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador de Harvard Vitelio Brustolin à GloboNews. A Assembleia Geral da ONU é o principal evento das Nações Unidas e acontece anualmente. Durante a assembleia, líderes dos 193 países membros da ONU discursam. Esta é a primeira viagem de Lula aos Estados Unidos desde o retorno de Trump à presidência do país, em janeiro de 2025. Trump discursa na ONU em 23 de setembro de 2025 Shannon Stapleton/Reuters
23/09/2025 15:11:54 +00:00
Relator propõe cronograma para governo pagar emendas antes de eleição de 2026

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)(e), e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante a cerimônia de assinatura da medida provisória da reforma do setor elétrico, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), em 21 de maio de 2025. Wilton Junior/Estadão Conteúdo O governo e o Congresso devem entrar em um embate em torno da execução de emendas parlamentares em 2026, ano eleitoral. O relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026, o deputado Gervásio Maia (PSB-PB), apresentou o parecer nesta terça-feira (23) que prevê obrigar o governo do presidente Lula a pagar emendas antes do início do período eleitoral, ou seja, até junho. 🔎A LDO estabelece as regras para a elaboração do Orçamento do ano seguinte. Cabe ao texto definir, por exemplo, o nível de equilíbrio entre receitas e despesas federais. Um cronograma para que o presidente Lula libere e execute as emendas retira margem de negociação do governo com parlamentares, além de pressionar o Palácio do Planalto a acelerar esse processo de uma forma sem precedentes –pagar tudo no primeiro semestre. “Nós também reduzimos o processo de tramitação de uma emenda para ser executada”, disse o deputado em entrevista à TV Globo. Dino defende atuação do STF nos casos das emendas parlamentares. Pelo relatório apresentado, o governo terá que pagar todas as emendas PIX (aquelas transferências diretas de recursos para estados e municípios e que têm sido questionadas pelo Supremo Tribunal Federal), e emendas para as áreas de saúde e assistência social. Isso deve representar mais de metade do total de emendas no ano, que pode passar de R$ 50 bilhões. O relator afirma ainda que, se o Palácio do Planalto quiser então negociar um percentual das emendas a ser pago até junho, há abertura para um acordo. No entanto, parlamentares envolvidos na discussão disseram, nos bastidores, que não houve empenho do governo para buscar um consenso sobre qual o valor ideal para estabelecer como mínimo a ser pago antes do início do período eleitoral. Conflito frequente Nos últimos anos, o governo Lula já teve que entrar em campo para negociar com o Congresso e evitar que fosse estabelecido um cronograma de pagamento de emendas. Dino dá prazo para AGU e TCU criarem cronograma para fiscalizar emendas PIX Dessa vez, no entanto, o relator da LDO já coloca um patamar bem mais elevado, logo no início da negociação em torno do conteúdo do projeto de lei. O relatório também propõe permitir que o dinheiro de emendas de saúde possa ser usado para pagar salário de servidores da área. O relatório da LDO foi apresentado ainda nesta terça-feira (23) e lido em reunião da Comissão Mista de Orçamento, também nesta terça. A votação deve ocorrer na próxima semana. Fundo Eleitoral O relatório da LDO também deve pressionar ainda mais as contas do governo em 2026. Até agora, o governo prevê um gasto de R$ 1 bilhão para o Fundo Eleitoral, que financiará as atividades de campanha eleitoral dos partidos no próximo ano. Eleição de A a Z: saiba a diferença entre fundo eleitoral e fundo partidário Mas o relator disse, em entrevista à TV Globo, que a articulação com presidentes de partidos é que o Fundo não seja menor que o de anos anteriores, que ficou em R$ 4,9 bilhões.  O parecer da LDO diz que esses recursos não poderão ser congelados pelo governo e coloca um limite para que o fundo não ultrapasse o valor de anos anteriores. O número exato deverá ser previsto no projeto do Orçamento, que só deve ser votado no fim do ano. Metas fiscais A LDO também estima que as despesas obrigatórias do governo cheguem a 92% do total de gastos no próximo ano. "O controle da expansão das despesas obrigatórias é reconhecido como um dos maiores desafios da política fiscal do país", diz o relatório do deputado. O relator manteve a meta fiscal prevista para o governo que é de superávit de R$ 34,3 bilhões (0,25% do PIB) em 2026, mas podendo ficar em zero — equilíbrio entre receitas e despesas. A meta, porém, é alcançada após exclusões de despesas do cálculo. Gastos com precatórios podem ser descontados. Sem considerar essas exclusões da meta, o resultado deverá ser um déficit de R$ 16,9 bilhões. A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 2,5% no próximo ano – acima da expectativa do mercado, que é inferior a 2%. Para a inflação, a estimativa do governo é que fique em 3,5% em 2026.
23/09/2025 15:07:51 +00:00
Uber, iFood e outros: estudo mostra que apps seguem sem garantir trabalho justo no Brasil

Trabalhadores de app sofrem com baixos salários, jornadas longas e custos próprios, apontou relatório Rowan Freeman/Unsplash Exploração, salários baixos e falta de direitos básicos. Esses são os principais problemas enfrentados por quem trabalha em plataformas digitais de entrega, transporte e serviços sob demanda no Brasil. A conclusão vem do relatório “Endividamento e Precariedade: O retrato do trabalho em plataforma no Brasil”, elaborado pelo Projeto Fairwork Brasil em parceria com a Universidade de Oxford. O estudo analisou 10 plataformas populares no país, como apps de transporte e aulas particulares, com base em cinco critérios que definem o que seria um trabalho justo. São eles: remuneração, condições, contratos, gestão e representação. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Cada critério pode render até dois pontos para a empresa, um por atender ao requisito básico e outro por ir além, oferecendo condições mais avançadas. No total, uma plataforma pode somar até 10 pontos. Segundo os pesquisadores, os resultados foram alarmantes. Apenas duas empresas (InDrive e Superprof) conseguiram pontuar, e mesmo assim, apenas um ponto cada. Nenhuma das outras plataformas demonstrou conformidade com os critérios avaliados. InDrive e Superprof foram reconhecidas por pagarem, pelo menos, o equivalente ao salário mínimo por hora, já descontados os custos do trabalho, como combustível ou manutenção de equipamentos. Veja abaixo o ranking e, no final da reportagem, o posicionamento das empresas. Entre agosto de 2023 e agosto de 2025, os pesquisadores entrevistaram diversos trabalhadores de aplicativos. Os relatos foram duros: baixa remuneração, jornadas longas e insegurança financeira fazem parte da rotina. Muitos também contaram que estão se endividando para continuar trabalhando, seja para pagar manutenção de veículos, multas, seguros ou até empréstimos incentivados pelas próprias plataformas. De acordo com a organização, mesmo com a melhora nos indicadores econômicos do país, os trabalhadores de aplicativos continuam expostos a riscos elevados, ausência de proteção social e práticas de gestão que dificultam melhorias nas condições de trabalho. O relatório também apontou que o modelo atual de trabalho plataformizado representa um retrocesso histórico, comparável ao século XIX, quando não havia proteção social para trabalhadores formais. A falta de avanços regulatórios no Brasil e em outros países da América Latina agrava esse cenário. Nessa reportagem, veja aindar: Como as empresas são avaliadas Metodologia O que dizem especialistas? O que dizem as empresas? Como as empresas são avaliadas A avaliação das plataformas é realizada com base em cinco princípios fundamentais que definem os parâmetros mínimos de "trabalho decente". Cada categoria é dividida em 2 pontos, um para presença de requisito básico e outro para uma condição mais avançada de empregabilidade. Veja abaixo o descritivo das categorias da pesquisa e quem pontuou em qual: Remuneração justa: para pontuar, as plataformas precisam mostrar que o trabalhador não fica com ganhos abaixo de um limite mínimo, mesmo depois dos custos. A InDrive e a Superprof pontuaram no primeiro item, porque havia evidências de que pagam acima do salário mínimo por hora, garantem pagamentos em dia e permitem que o trabalhador defina seus preços. Já no segundo critério, nenhuma plataforma comprovou que, após os custos, o rendimento final chegue ao salário mínimo local. Quem pontuou: InDrive e Superprof (só no primeiro item). Condições Justas: nesse princípio, as plataformas deveriam demonstrar que reconhecem os riscos do trabalho e adotam medidas para reduzi-los. Nenhuma empresa apresentou evidências suficientes. O relatório conclui que as plataformas não garantem segurança nem proteção social, e que mecanismos como seguros e botões de emergência mostraram-se limitados. Também cita que a pressão por produtividade pode aumentar a vulnerabilidade dos trabalhadores. Quem pontuou: nenhuma. Contratos justos Para pontuar com base neste princípio, é preciso que as plataformas tenham contratos claros, acessíveis e ofereçam recursos legais em caso de descumprimento. De acordo com o relatório, mesmo que os contratos estejam disponíveis, nenhuma plataforma recebeu ponto porque não ficou comprovado que eles sejam transparentes, livres de cláusulas abusivas e em conformidade com normas de proteção de dados. Quem pontuou: nenhuma. Gestão justa: o relatório destaca que as plataformas precisam oferecer canais de comunicação efetivos e políticas contra discriminação. Foram identificados canais como chats, mas considerados limitados, especialmente em situações de bloqueio de contas. Também não houve evidências de políticas de inclusão ou combate à discriminação. Por isso, nenhuma pontuou nesse princípio. Quem pontuou: nenhuma. Representação justa: segundo o estudo, as plataformas deveriam garantir espaço para expressão coletiva dos trabalhadores, sem retaliação, além de engajamento real em negociações. Nenhuma empresa apresentou comprovação nesse sentido. Quem pontuou: nenhuma. Metodologia Os pontos são atribuídos apenas quando a plataforma consegue demonstrar satisfatoriamente a implementação dos princípios. A ausência de um ponto não indica necessariamente que o princípio não seja cumprido, apenas que não foi possível evidenciar a conformidade. A pontuação segue uma série de etapas. Inicialmente, a equipe local reúne as evidências e atribui pontuações preliminares. Em seguida, essas evidências são enviadas a revisores externos para avaliação independente. Esses revisores incluem membros das equipes do Fairwork em outros países, bem como da equipe central. Após a avaliação, todos os revisores se reúnem para discutir e definir a pontuação final. As plataformas têm a oportunidade de enviar informações adicionais para obter pontos que não receberam inicialmente. As pontuações finais são publicadas no relatório anual do Fairwork do país e, antes da divulgação, as empresas avaliadas podem revisar e comentar os resultados. O que dizem especialistas? A professora Maria Aparecida Bridi, da UFPR, alerta que a tecnologia das plataformas está sendo usada para reproduzir práticas antigas de exploração, contrariando as promessas da economia digital. O professor Ricardo Festi, da UnB, destaca que os relatos mostram uma degradação acelerada das condições de trabalho, com aumento do sofrimento e da discriminação. Já a coordenadora da pesquisa no Brasil, Julice Salvagni, da UFRGS, afirma que os dados revelam uma precariedade persistente e profunda, com violações de direitos fundamentais. “É essencial que esses relatos sejam formalizados em um relatório. O país não pode continuar ignorando a falta de proteção para esses trabalhadores”, afirma Salvagni. O professor Rodrigo de Lacerda Carelli, da UFRJ, também coordenador do projeto, reforça que a classificação dos trabalhadores como autônomos tem sido usada para negar direitos básicos, impedindo que as empresas ofereçam condições mínimas de trabalho decente. O que dizem as empresas? O g1 procurou as 10 empresas que aparecem no relatório da Fairwork Brasil. Veja abaixo o que elas disseram sobre os resultados da pesquisa. Uber A Uber não participou do estudo deste ano, assim como nas edições anteriores, porque entende que o princípio norteador da pesquisa parte de premissas derivadas de modelos tradicionais de emprego, sem considerar a necessidade de conciliar a flexibilidade e a autonomia — aspectos centrais e amplamente valorizados por motoristas e entregadores, como apontam diversas pesquisas independentes. Desde o início, temos sinalizado limitações relevantes que, em nossa visão, comprometem a utilidade do estudo para orientar melhorias reais para os trabalhadores. No entanto, tais considerações nunca foram incorporadas ou sequer receberam abertura para diálogo construtivo. Além das falhas metodológicas — como o uso de amostras sem representatividade estatística — o relatório de 2023 apresentou afirmações infundadas, como a extrapolação de casos pontuais para todas as plataformas, a generalização incorretas de que o setor é resistente a uma regulação pelo governo federal, ou ainda a crítica a pesquisas sérias apoiadas pelo setor, substituídas por reportagens baseadas em fontes frágeis. A Uber tem apresentando uma proposta global clara em defesa de uma regulação que amplie benefícios e proteções aos trabalhadores autônomos e adotamos essa mesma postura no Brasil. Nossa participação ativa no Grupo de Trabalho Tripartite convocado pelo governo federal e a contribuição concreta para a construção do PLP 12/2024 são evidências desse compromisso. Ao insistir em uma linha desconectada dos desafios práticos de proteções e preferências dos trabalhadores, sem reconhecer avanços ou debater soluções viáveis, o relatório perde a oportunidade de contribuir de maneira efetiva para a formulação de políticas públicas equilibradas e sustentáveis." Parafuzo Reconhecemos e respeitamos iniciativas que promovem melhores práticas no setor e reafirmamos nosso compromisso com ambientes de trabalho dignos, remuneração justa, autonomia dos profissionais e impacto social positivo. Contudo, expressamos discordância quanto à metodologia empregada pelo Fairwork, pois entendemos que os critérios e processos de avaliação utilizados resultam em conclusões incorretas sobre a realidade das condições de trabalho na nossa plataforma. Em onze anos, a Parafuzo já intermediou cerca de 2 milhões de serviços em mais de 200 municípios, tendo atualmente um NPS (Net Promoter Score) de 95/100 na avaliação dos profissionais que utilizam a plataforma. Nosso modelo de intermediação proporciona aos prestadores de serviço ganhos líquidos superiores a R$ 15 por hora, sendo que mais de 97% deles recebem acima de R$ 18 por hora, já descontados todos os custos — valores que excedem o salário mínimo nacional. Com flexibilidade total de agenda e autonomia, os ganhos mensais normalmente superam R$ 3.300, podendo ultrapassar R$ 6.000. Nossa operação é pautada por termos de uso claros, respeito à legislação e mecanismos de proteção para todos os usuários, incluindo seguro gratuito contra acidentes, canais contínuos de diálogo, ações de apoio à saúde mental e uma plataforma digital de educação com foco em temas de interesse dos profissionais. Mantemos consultas frequentes com os prestadores de serviço para ajustes de preços, investimos em melhorias na usabilidade do aplicativo e realizamos encontros online para escuta ativa, consolidando boas práticas de gestão e participação, muitas delas alinhadas aos próprios princípios do Fairwork. Continuamos abertos ao diálogo e à evolução de nossas políticas, ressaltando a importância de que avaliações desse tipo adotem métodos confiáveis, que considerem os contextos locais e utilizem amostragens adequadas, a fim de promover avanços concretos no setor e valorizar experiências que retratem fielmente a realidade de plataformas como a Parafuzo. AMOBITEC (99, Ifood e Lalamove) A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) considera que o documento divulgado pelo Fairwork Brasil adota metodologia que apresenta limitações por não refletir integralmente os dados e utilizar critérios discricionários que impedem comparações precisas. A metodologia tem falhas que comprometem os resultados e impedem que a iniciativa seja usada na construção de melhorias aos maiores interessados: quem usa aplicativos para trabalhar. O relatório sobre o trabalho em plataformas digitais parte de premissas equivocadas, com um modelo de pontuação baseado em avaliações discricionárias e influenciado por concepções ideológicas sobre o setor e sobre a natureza da relação entre as empresas e os parceiros, ao invés de critérios objetivos e baseado em dados Além disso, a metodologia declarada pelo Fairwork não foi efetivamente cumprida no processo. Por exemplo, entre as associadas da Amobitec, nem todas as empresas foram contatadas nem tiveram a oportunidade de apresentar evidências durante a avaliação, contrariando o processo estipulado pela própria entidade. É importante destacar que as premissas do relatório desconsideram os princípios de flexibilidade e autonomia, características fundamentais da atividade que são as mais valorizadas pelos profissionais. Outro ponto crítico que descredibiliza os resultados divulgados é a ausência de representatividade estatística. Segundo o relatório, ao longo de dois anos foram realizadas, via internet, apenas 88 entrevistas. Esta amostragem representa apenas 0,004% do universo de trabalhadores por aplicativos no Brasil considerando pesquisa do Centro Brasileiro de Análise Planejamento (Cebrap), que contabilizou 2.177.235 motoristas e entregadores no país. A Amobitec e suas associadas têm como prioridade as iniciativas e políticas de valorização da atividade e dos profissionais parceiros, por isso, participam das discussões com o Poder Público para contribuir na regulamentação do trabalho em plataformas tecnológicas e reforçam o seu interesse na construção de um modelo regulatório equilibrado, que busque ampliar a proteção social dos profissionais e garantir a segurança jurídica da atividade. Defender home office nas redes custou o emprego deles
23/09/2025 15:00:04 +00:00
Em discurso na ONU, Trump diz que teve 'química excelente' com Lula e afirma que os dois se reunirão na semana que vem

Trump diz que abraçou Lula e que tiveram ótima química O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (23), durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, que se reunirá na semana que vem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater as retaliações que os EUA vêm aplicando ao Brasil em reação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp 'Ele gostou de mim, eu gostei dele': o que Trump falou de Lula Durante o discurso — no qual ele também exaltou seu próprio governo e criticou a ONU (leia mais abaixo) —, Trump disse que teve "uma química excelente" com o presidente brasileiro, "que pareceu um cara muito agradável". "Eu estava entrando (no plenário da ONU), e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu, e nos abraçamos. Na verdade, concordamos que nos encontraríamos na semana que vem", disse Trump. "Não tivemos muito tempo para conversar, tipo uns 20 segundos. E Trump seguiu com os elogios ao presidente brasileiro. "Ele parece um cara muito legal, ele gosta de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com gente de quem eu gosto. Quando não gosto deles, eu não faço. Quando eu não gosto, eu não gosto. Por 39 segundos, nós tivemos uma ótima química e isso é um bom sinal." Fontes do governo brasileiro confirmaram a reunião entre Trump e Lula na semana que vem, mas não disseram se a conversa ocorrerá ao vivo ou por telefone. A fala contrasta com a tensa relação que Estados Unidos e Brasil vêm tendo desde julho, quando Trump anunciou tarifas de 50% a produtos brasileiros. No discurso desta terça, o presidente dos EUA voltou a criticar indiretamente o processo e o Judiciário. Ele afirmou haver "censura, repressão, corrupção judicial e perseguição a críticos políticos" no Brasil. "O Brasil agora enfrenta tarifas pesadas em resposta aos seus esforços sem precedentes para interferir nos direitos e liberdades dos nossos cidadãos americanos e de outros, com censura, repressão, armamento, corrupção judicial e perseguição de críticos políticos nos Estados Unidos", disse Trump, antes de elogiar Lula. LEIA MAIS: SANDRA COHEN: Aproximação de Trump após '39 segundos de química' requer cautela 'SOBERANIA É INEGOCIÁVEL': Antes de Trump, Lula repudiou ataques dos EUA ao Brasil DE 'IMPERADOR DO MUNDO' A 'QUÍMICA EXCELENTE': O que Lula e Trump já falaram um do outro 'TOM MAIS SUAVE', 'PALAVRAS CALOROSAS': Como imprensa dos EUA noticiou fala de Trump BLOG DA SADI: Trump quebra ideia de que só Eduardo tem interlocução com a Casa Branca Primeira conversa direta entre Trump e Lula A reunião entre Trump e Lula será a primeira conversa direta entre os dois líderes desde o início da crise do tarifaço. Mas o presidente norte-americano já havia sinalizado estar disposto a se reunir com o brasileiro. Em julho, após anunciar as tarifas, Trump disse que deveria conversar com Lula "em algum momento, mas não agora". Depois, no início de agosto, Trump disse que "Lula pode falar comigo quando quiser", ao ser questionado sobre a crise com o Brasil. Em julho, Trump enviou uma carta a Lula anunciando tarifas de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. Na ocasião, ele justificou a medida, em parte, pelo que classificou de “caça às bruxas” contra Bolsonaro. A medida entrou em vigor na primeira semana de agosto. Mas, na época, a Casa Branca anunciou que quase 700 itens seriam isentos, incluindo suco de laranja, combustíveis, veículos, aeronaves civis e determinados tipos de metais e madeira. Discurso de Trump na ONU Trump discursa na ONU em 23 de setembro de 2025 Shannon Stapleton/Reuters A ONU recomenda que os líderes não passem de 15 minutos., mas Trump discursou por mais de uma hora e de improviso na Assembleia Geral. Antes de mencionar o Brasil, ele exaltou seu governo, criticou a própria ONU e negou, novamente, o aquecimento global. "Graças à minha gestão, os EUA estão na era de ouro. Somos o país mais 'sexy' do mundo", iniciou o presidente norte-americano. Falando pela primeira vez aos líderes de membros da ONU em seu novo mandato presidencial, o norte-americano disse ter melhorado índices de economia e levantou a bandeira de sua política anti-imigração, uma das principais marcas de seu governo até agora. Na sequência, Trump disparou críticas à ONU, a quem culpou por "criar novos problemas" para o mundo. "A ONU não só não resolve os problemas que deveria com muita frequência, como também cria novos problemas para nós resolvermos. O melhor exemplo é a principal questão política do nosso tempo: a crise da migração descontrolada", disse Trump. "A ONU não está nem perto de todo seu potencial". Para justificar a crítica à ONU, usou o argumento que tem repetido em sua autocampanha para vencer o Prêmio Nobel da Paz: o de que "tive de encerrar, sozinho, sete guerras", em referência a conflitos como entre Cambódia e Tailândia, Paquistão e Índia e Israel e Irã — pausado após um ataque dos EUA ao território iraniano. "Muita gente diz que eu deveria ganhar o Nobel da Paz". Com um discurso que pareceu improvisado em alguns momentos — Trump alegou que o teleprompter do plenário não estava funcionando e que falaria "do coração", o presidente dos EUA arrancou aplausos da plateia em apenas um momento: quando pediu um cessar-fogo na Faixa de Gaza. No entanto, ele criticou a onda de países que reconheceram o Estado da Palestina nos últimos dias, como os aliados Reino Unido e França. “Tem gente reconhecendo o Estado Palestino, seria uma recompensa muito grande para o Hamas… Apenas libertem os reféns”. 'Encerrei sete guerras sem a ajuda da ONU', diz Trump Trump também disparou contra a Rússia e a China. Criticou a tentativa de Moscou de controlar o mercado de petróleo e gás natural e disse que se reunirá com líderes europeus ao longo da Assembleia Geral para negociar o boicote que propôs uns dias atrás. Sobre a China, sugeriu que o país foi o responsável por criar o coronavírus. Também menosprezou as mudanças climáticas e disse que "as energias renováveis são uma piada". As previsões sobre o aquecimento global "foram feitas por pessoas estúpidas", afirmou ainda. “Muita gente diz que eu deveria ganhar o Nobel da Paz”, diz Donald Trump na ONU
23/09/2025 14:08:52 +00:00
China está no Brasil para auditoria sobre gripe aviária; União Europeia reabriu comércio nesta terça-feira

China está no Brasil para auditoria sobre gripe aviária; União Europeia reabriu comércio nesta terça-feira. Adagri/ Divulgação Uma comitiva do governo chinês está no Brasil nesta semana para fazer uma auditoria com o objetivo de comprovar que o Brasil está livre da gripe aviária, disse o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, ao g1. "Depois de finalizada a auditoria, eles emitirão um parecer", afirmou Rua, acrescentando que esse documento já pode conter uma decisão da China. Os chineses são os maiores importadores de carne de frango do Brasil. Eles interromperam o comércio em 16 de maio, após o país detectar o seu 1º e único caso de gripe aviária em uma granja comercial, em Montenegro (RS). O foco foi encerrado no mesmo mês e o Brasil já se declarou livre da doença. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça UE retomou comércio Nesta terça-feira (23), a União Europeia, que é a sétima maior importadora de frango do Brasil, retomou as suas compras de forma gradual. O cronograma ficou assim: a partir de 23 de setembro: todo o território brasileiro, com exceção do Rio Grande do Sul, fica liberado para exportar. A autorização, contudo, é voltada para os frangos produzidos a partir de 18 de setembro; 2 de outubro: Rio Grande do Sul é liberado, com exceção da área ao redor da granja atingida em Montenegro (RS); 16 de outubro: liberação das exportações de áreas ao redor da granja. No início de setembro, a UE já tinha reconhecido o Brasil como livre da gripe aviária. "Com a oficialização da reabertura, a expectativa do setor é que as exportações se restabeleçam nos patamares anteriormente praticados, com possibilidade de incrementos devido à demanda reprimida durante este período de suspensão", disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em nota. Entre janeiro e maio, as exportações de carne de frango para o bloco europeu alcançaram 125,3 mil toneladas, volume então 20,8% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Em receita, foram cerca de US$ 386,3 milhões, saldo 38% maior em relação ao obtido no ano anterior. Com a mudança, a China passa a ser o único grande mercado do produto que mantém restrições ao frango de todo o país. O Brasil se declarou livre da doença no dia 18 de junho, após ficar 28 dias sem registrar novos casos em granjas. O prazo começou a ser contado em 22 de maio, depois do fim da desinfecção da granja de Montenegro (RS). Lá, cerca de uma semana antes, foi detectado o primeiro e único foco da doença em aves comerciais no Brasil. Além da União Europeia, outros 16 países já tinham retirado as restrições de exportação à carne de frango do Brasil. Entre eles, está o Japão, terceiro maior comprador do Brasil, e o Iraque, 9º maior comprador. Frango em números Arte g1 Brasil se declara livre da gripe aviária nesta quarta
23/09/2025 13:57:41 +00:00
Bancos terão de avisar clientes antes de qualquer débito automático, diz Febraban
Bancos que aderiram ao processo de autorregulação terão de comunicar, com antecedência a seus clientes, a existência de débito automático interbancário comandado por outras instituições financeiras, informou nesta terça-feira (23) a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). "Esse desconto em conta só será efetuado pelo banco depois da comunicação prévia ao cliente, que, caso não concorde, poderá efetivar seu cancelamento na instituição perante a qual teria, em tese, autorizado o débito", acrescentou a instituição. Se não autorizado, o débito pode ser cancelado pelo cliente. De acordo com a Febraban, o aviso deverá ser efetuado pelo banco de relacionamento com o cliente, onde o débito será feito, de várias formas: pelo aplicativo usual de transação: por mensagem de texto (SMS) ou qualquer outro mecanismo de informação que possa ser comprovado junto ao titular da conta onde ocorrerá o débito automático. Segundo a Federação Brasileira de Bancos, "muitas têm sido as reclamações de não autorização de débitos automáticos por clientes". "Essa medida de autorregulação da Febraban garante mais transparência e maior segurança, exatamente no caso de débitos interbancários recorrentes comandados por instituição financeira diversa daquela perante a qual haverá o desconto na conta transacional", acrscentou. "O cuidado adicional incorporado na autorregulação da Febraban se justifica porque, nessas operações, o débito automático é informado por um banco ou por uma instituição de pagamento não detentora da conta objeto do débito, mas depois é efetuado no banco onde o cliente mantém o dia a dia do seu relacionamento bancário", explicou a entidade. ➡️A Febraban informou que a nova regra foi aprovada pelo seu Conselho de Autorregulação, sistema que reúne 25 bancos, incluindo as maiores instituições financeiras brasileiras. "A decisão segue a missão da Febraban e dos seus bancos associados de contribuir para um sistema financeiro saudável, ético, transparente e que garanta maior proteção ao consumidor no débito interbancário", concluiu.
23/09/2025 13:42:03 +00:00
Arrecadação tem pequena queda em agosto por conta dos efeitos da calamidade no RS e atividade mais fraca, diz Receita Federal

Adriana Foffetti/Ato Press/Estadão Conteúdo A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$ 208,8 bilhões em agosto deste ano, informou nesta terça-feira (23) a Receita Federal. O resultado representa uma queda real de 1,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 212 bilhões (valor corrigido pela inflação). De acordo com a Receita Federal, a redução da arrecadação em agosto deste ano está relacionada com as enchentes no Rio Grande do Sul (leia mais abaixo). Arrecadação federal bate recorde em julho Sem esse efeito extraordinário, no valor de R$ 3,6 bilhões, o Fisco diz que a arrecadação haveria aumento real na arrecadação do mês de agosto. A explicação é que, nos primeiros meses após as enchentes, os negócios da região puderam atrasar o pagamento dos tributos, que foram recolhidos posteriormente — o que inflou a arrecadação em R$ 3,6 bilhões em agosto de 2024. "A contribuição Previdenciária com vencimento em maio de 2024 foi postergada para agosto de 2024'", lembrou a Receita Federal. De acordo com o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, a desaceleração da atividade econômica, fruto do elevado nível da taxa de juros, também influenciou negativamente a arrecadação em agosto. "A desaceleração da atividade econômica impacta diretamente na arrecadação. Produção industrial, consumo, vendas no varejo que apresentaram redução em relação ao mesmo mês do ano passado e explicam o motivo da arrecadação também vir abaixo. A explicação principal é a desaceleração da atividade econômica", disse Claudemir Malaquias, da Receita Federal. Aumento do IOF ▶️De acordo com a Receita Federal, a queda na arrecadação foi registrada mesmo com ajuda do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pelo governo em meados de maio. Após ajustes feitos pela equipe econômica, a medida vigorou até 27 de junho, quando foi derrubada pelo Congresso Nacional, sendo retomada, novamente — em quase sua totalidade —, em 16 de julho após decisão do Supremo Tribunal Federal. Segundo dados da Receita Federal, a arrecadação do IOF ficou, em agosto, R$ 2,21 bilhões maior do que no mesmo período do ano passado (em valores corrigidos pela inflação), principalmente por conta do aumento do tributo. Parcial do ano Nos oito primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, a arrecadação federal somou R$ 1,89 trilhão — sem a correção pela inflação. Em valores corrigidos pela variação dos preços, a arrecadação totalizou R$ 1,91 trilhão de janeiro a agosto, o que representa um crescimento real (acima da inflação) de 3,73% em relação ao mesmo período do ano passado, quando somou R$ 1,84 trilhão. Nos oito primeiros meses deste ano, a arrecadação bateu recorde histórico para o período. ▶️Além da alta do IOF, o governo também contou com o aumento de outros tributos, efetuados nos últimos anos, para melhorar a arrecadação em 2025. São eles: Tributação de fundos exclusivos, os "offshores"; Mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados; Retomada da tributação de combustíveis; Tributação das bets; Imposto sobre encomendas internacionais (taxa das blusinhas); Reoneração gradual da folha de pagamentos; Fim de benefícios para o setor de eventos (Perse). Meta fiscal de 2025 A alta da arrecadação está na mira do governo para tentar zerar o rombo das contas públicas neste ano, meta que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. Porém, há um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual previsto no arcabouço fiscal (a nova regra das contas públicas). O governo pode ter um déficit de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões. Para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 44,1 bilhões em precatórios, ou seja, decisões judiciais. Proposta para 2026 ▶️Para 2026, o governo tem uma meta mais ousada ainda, busca um superávit primário (sem contar despesas com juros) de 0,25% do PIB - algo como R$ 31 bilhões. Para isso, conta novamente com aumento de impostos. ▶Aumento da alíquota sobre bets, de 12% para 18% sobre a receita líquida (GGR): medida vai arrecadar mais sobre o lucro das bets. ▶Juros sobre capital próprio: aumento da taxação dos juros sobre capital próprio (JCP) — mecanismo utilizado pelas empresas — de 15% para 20%. O JCP é uma forma de distribuição de lucros alternativa aos dividendos (que são isentos de imposto). ▶Aumento de zero para 5% na taxação dos chamados títulos incentivados, como LCI, LCA: medida vai arrecadar mais dinheiro sobre esses investimentos. ▶Tributação de criptoativos: governo atualizou e esclareceu as regras de tributação para os rendimentos, inclusive os ganhos líquidos, de operações com ativos virtuais (criptoativos). ▶Taxação de "fintechs" (empresas de tecnologia em serviços financeiros): empresas de tecnologia do sistema financeiro pagavam 9% de CSLL, e passarão ser tributadas como as demais instituições financeiras, com alíquotas de 15% ou 20%.
23/09/2025 13:30:14 +00:00
Toyota suspende produção de carros na região de Sorocaba após estragos causados por vendaval

Temporal destelha fábrica de motores e carro capotado durante temporal em Porto Feliz A Toyota do Brasil informou que interrompeu a produção de veículos na região de Sorocaba (SP) depois que um vendaval arrancou o telhado da fábrica em Porto Feliz (SP), onde são produzidos os motores, na segunda-feira (22). A fábrica é a única da América Latina que produz motores para a empresa japonesa. E, justamente por conta da falta destes motores, a montadora em Sorocaba também suspendeu os três turnos por tempo indeterminado. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Segundo a Defesa Civil, a cidade registrou rajadas de vento de até 90 km/h em diferentes pontos durante o temporal que atingiu a região nesta segunda-feira. A força do vento arrancou a cobertura e provocou danos. LEIA TAMBÉM: VÍDEO: muro de escola estadual cede durante temporal no interior de SP TEMPORAL: imagens mostram força do vento e estragos durante o fim de semana VÍDEO: imagens de drone mostram espuma tóxica cobrindo o Rio Tietê em Salto Um vídeo gravado de dentro da fábrica mostra a situação (veja acima). A TV TEM apurou que alguns funcionários se esconderam dentro das máquinas para se proteger. Fábrica de motores da Toyota, em Porto Feliz (SP), teve a cobertura arrancada pelo vento Vinicius Rogillim/Arquivo Pessoal O Sindicato dos Metalúrgicos de Itu informou que 30 funcionários tiveram ferimentos leves e foram socorridos. Todos já receberam alta. A Toyota informou que a unidade teve danos severos na estrutura. Também disse que está acompanhando a situação e oferecendo suporte aos colaboradores e parceiros que estavam no local. "Um relatório de danos está sendo preparado para entender a extensão dos impactos. A produção da unidade foi interrompida. Não há previsão de retomada das operações nesse momento", diz a nota. Atualmente, a fábrica de Porto Feliz conta com 800 trabalhadores e fornece motores para as plantas de Sorocaba (SP) e Indaiatuba (SP). Como a Toyota não trabalha com estoque de produtos, um comunicado foi emitido para os funcionários da planta de Sorocaba informando que alguns setores terão as atividades paralisadas nos três turnos devido à interrupção da produção em Porto Feliz. Temporal e ventania causou estragos em uma fábrica da Toyota em Porto Feliz (SP) Régis Rosa/TV TEM Fábrica de motores da Toyota é destelhada e carro é encontrado capotado após temporal Redes Sociais Carro ficou destruído após ser atingido por parte do telhado que se desprendeu da fábrica da Toytota, em Porto Feliz (SP) Reprodução Estragos na cidade Segundo a Defesa Civil, Porto Feliz registrou rajadas de vento de até 90 km/h em diferentes pontos. Um carro ficou com as quatro rodas para cima próximo ao endereço da fábrica. Parte do teto de um asilo também cedeu e três idosos tiveram ferimentos leves. Eles foram socorridos e já receberam alta. A prefeitura informou que nove idosos foram realocados para casas de familiares e outros 32 para outras casas dentro da própria instituição. Segundo a Defesa Civil, a cidade registrou quedas de árvores e diversos bairros sem energia. Uma escola também foi destelhada por causa do vento e teve as aulas suspensas. E uma casa precisou ser interditada e a família foi acolhida pela Assistência Social. Ainda conforme a prefeitura, o fornecimento de energia elétrica foi restabelecido por volta das 20h de segunda-feira (22). As equipes agora trabalham no rescaldo, limpeza e reconstrução das áreas afetadas. O prefeito da cidade, Célio Peixoto (Republicanos), declarou estado de emergência em todo o município na tarde desta segunda-feira (22). Veja fotos dos transtornos da cidade abaixo: Temporal causou estragos em fábrica da Toyota em Porto Feliz (SP) Thiago Ariosi/TV TEM Chuva provoca estragos em fábrica de Porto Feliz (SP) Jailton Nereu/Arquivo Pessoal Apesar dos estragos, ninguém teve ferimentos graves após vendaval atingir fábrica da Toyota em Porto Feliz (SP) Thiago Ariosi/TV TEM Escola de Porto Feliz (SP) ficou destelhada depois da chuva Arquivo pessoal Destroços da estrutura da fábrica da Toyota caíram em carros que estavam no local durante vendaval, em Porto Feliz (SP) Régis Rosa/TV TEM Apesar dos estragos do temporal na fábrica da Toyota em Porto Feliz (SP), ninguém saiu gravemente ferido Régis Rosa/TV TEM Acidente deixou veículos destruídos após temporal em Porto Feliz (SP) Régis Rosa/TV TEM Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM Por conta da falta de motores, a fábrica em Sorocaba, que faz o
23/09/2025 13:09:51 +00:00
O efeito bumerangue atinge a família Bolsonaro

Ana Flor: Eduardo Bolsonaro sofre efeito bumerangue O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está colhendo as consequências da lei de causa e efeito, que devem se estender ao seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Depois de meses plantando nos Estados Unidos sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), um tarifaço contra empresas brasileiras e também ameaçando o comando da Câmara e Senado com retaliações, caso não aprovassem uma ampla anistia para beneficiar seu pai, Eduardo viu sua situação se agravar nas últimas horas. Depois da denúncia da Procuradoria- Geral da República (PGR) por coação ao Judiciário nesta segunda-feira (22), o deputado teve indeferida a indicação a líder da minoria na Câmara pelo presidente da casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). O presidente da República, Jair Bolsonaro, tendo ao fundo seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, ao conversa com a imprensa ao chegar na portaria do Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta terça-feira, 13. O presidente levou folhas de sulfite com o discurso do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, para consultar durante a conversa com jornalistas e apoiadores. Jornalistas que fazem a cobertura diária do Palácio da Alvorada se retiraram de entrevista concedida pelo presidente após ele estimular apoiadores a hostilizarem os repórteres que estavam no local. DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO A decisão é uma consequência direta das novas sanções que atingiram a família do ministro do STF Alexandre de Moraes, que teve a mulher incluída na lista da Lei Magnitsky. Também novas revogações de vistos aos EUA que atingiram o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e servidores públicos que trabalham ou trabalharam com Moraes ou no Tribunal Superior eleitoral (TSE) durante o processo que tornou Jair Bolsonaro inelegível. Mesmo que novas sanções já fossem esperadas, elas indignaram o STF como um todo e também quem negociava uma pacificação no Congresso. O que leva o efeito bumerangue de Eduardo Bolsonaro a atingir também seu pai. A iniciativa para transformar a negociação de uma anistia em um projeto que diminuiria as penas dos condenados pela tentativa de golpe e do 8 de janeiro estagnou. O ex-presidente Michel Temer, que trabalhava para construir uma ponte ponte entre a proposta na Câmara e ministros do STF declarou para a Globonews, após as novas sanções, que a situação havia mudado e era preciso “repensar”, já que as novas medidas dos EUA eram “agressivas”. Ao longo dos últimos meses, a defesa de Jair Bolsonaro tentava separar a ação política da família e de aliados da defesa jurídica do ex-presidente. Mirando claramente uma redução de penas ou mesmo medidas cautelares mais benéficas a Jair Bolsonaro. Faltou combinar com Eduardo. A situação jurídica complexa leva a uma perspectiva de perda de força política. Apesar do capital eleitoral que Jair Bolsonaro tem, as lideranças políticas de centro-direita se afastam cada vez mais do ex-presidente ao traçar planos eleitorais para 2026.
23/09/2025 12:43:19 +00:00
Lula defende multilateralismo na ONU; Trump reforça tarifas, mas acena a diálogo com o Brasil

Trump diz que abraçou Lula e que tiveram ótima química O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu nesta terça-feira (23) a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), com um discurso em defesa do multilateralismo e críticas indiretas ao protecionismo comercial dos Estados Unidos. A fala evidenciou o contraste com a postura do presidente Donald Trump, que discursou em seguida, em um dos períodos mais delicados da relação bilateral em décadas. Mesmo assim, o republicano revelou ter conversado brevemente com Lula e afirmou que um encontro entre os líderes pode ocorrer na próxima semana. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Cada abertura da Assembleia Geral da ONU segue um tema central. Em geral, os líderes fazem referências breves a esse tópico antes de direcionar seus discursos a questões de maior interesse nacional ou internacional. O tema escolhido deste ano foi: “Melhor juntos: 80 anos e mais em prol da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos”. A seguir, o g1 resume os principais pontos tratados nos discursos dos líderes mundiais durante a Assembleia Geral da ONU. Discursos que ocorreram durante a manhã: Lula Em sua fala, Lula apresentou a visão brasileira sobre a crise comercial global, agravada pelas tarifas impostas por Washington. Segundo o governo, essas medidas fragilizam economias emergentes e distorcem o comércio internacional. Segundo Lula, essa estratégia aprofunda desigualdades econômicas e compromete a cooperação entre países. Ele defendeu ainda reformas estruturais na Organização Mundial do Comércio (OMC), com “bases modernas e flexíveis” capazes de enfrentar práticas unilaterais. "Poucas áreas retrocederam tanto como o sistema multilateral de comércio... Medidas unilaterais transformam em letra morta princípios basilares como a cláusula de Nação Mais Favorecida. Desorganizam cadeias de valor e lançam a economia mundial em uma espiral perniciosa de preços altos e estagnação." Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados. Sede das Nações Unidas, Salão da Assembleia Geral – Nova York (EUA) Ricardo Stuckert / PR Lula também defendeu a autonomia das instituições brasileiras e ressaltou a importância de preservar o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) diante das críticas de autoridades de Washington. "Não há justificativa para as medidas unilaterais e arbitrárias contra nossas instituições e nossa economia. A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável (...) Seguiremos como país soberano e povo unido contra qualquer tipo de ameaça." No plano global, Lula afirmou que a verdadeira guerra a unir os países deve ser o combate à pobreza e à fome. Ele lembrou que o Brasil lançou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, já apoiada por 103 países. Para viabilizar essa meta, o presidente defendeu que a comunidade internacional redirecione suas prioridades para: Reduzir os gastos com guerras e aumentar a ajuda ao desenvolvimento; Aliviar o serviço da dívida externa dos países mais pobres, sobretudo os africanos; e Definir padrões mínimos de tributação global, para que os super-ricos paguem mais impostos que os trabalhadores. A pauta ambiental também esteve no centro do discurso. Lula destacou o compromisso do Brasil em reduzir entre 59% e 67% suas emissões, abrangendo todos os gases de efeito estufa e todos os setores da economia. “Nações em desenvolvimento enfrentam a mudança do clima ao mesmo tempo em que lutam contra outros desafios. Enquanto isso, países ricos usufruem de padrão de vida obtido às custas de duzentos anos de emissões. Exigir maior ambição e maior acesso a recursos e tecnologias não é uma questão de caridade, mas de justiça. A corrida por minerais críticos, essenciais para a transição energética, não pode reproduzir a lógica predatória que marcou os últimos séculos.” Como anfitrião da COP 30 em novembro, Lula usou o discurso para buscar apoio político e financeiro ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre — iniciativa voltada à preservação de biomas estratégicos em troca de financiamento internacional de longo prazo. Donald Trump Logo após Lula, Donald Trump discursou em tom oposto. O republicano, no entanto, surpreendeu ao revelar que havia se encontrado brevemente com o presidente brasileiro na Assembleia Geral da ONU. "Eu estava entrando e o líder do Brasil estava saindo. Nós nos vimos, eu o vi, ele me viu, e nós nos abraçamos. E aí eu penso: 'Vocês acreditam que vou dizer isso em apenas dois minutos?' Nós realmente combinamos de nos encontrar na próxima semana.” Trump discursa na ONU em 23 de setembro de 2025 Shannon Stapleton/Reuters Segundo Trump, o encontro durou menos que 1 minuto. Ainda assim, ele afirmou que uma reunião entre os dois presidentes foi proposta para a próxima semana. “Fico feliz de ter esperado, porque essa coisa não deu muito certo, mas nós conversamos, tivemos uma boa conversa e combinamos de nos encontrar na próxima semana, se isso for de interesse, mas ele pareceu um homem muito agradável (...) Tivemos uma excelente química por pelo menos uns 39 segundos." Antes dos elogios, Trump afirmou que o Brasil agora enfrenta tarifas pesadas em resposta “aos seus esforços sem precedentes para interferir nos direitos e liberdades dos nossos cidadãos americanos e de outros [países]”. Ele acusou o Brasil de promover censura, repressão, armamento, corrupção judicial e perseguição a críticos políticos nos EUA. Trump também justificou as tarifas como forma de proteger a indústria nacional, em sintonia com sua política de “America First”. "Estamos usando as tarifas para defender a nossa soberania e segurança no mundo", disse. O presidente americano ainda criticou organizações internacionais, acusando-as de perder relevância e de falhar diante das crises globais. Também destacou resultados dos primeiros meses de seu governo como prova de eficiência. "Encerrei sete guerras sem a ajuda da ONU. Onde estavam eles? Apenas escalaram as coisas. (...) Qual é o propósito das Nações Unidas?", indagou Trump. Veja o que outros líderes devem falar durante à tarde: Marcelo Rebelo de Sousa O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, deve centrar seu discurso na defesa do multilateralismo. Em declarações recentes, o chefe de Estado português tem enfatizado a importância da cooperação internacional para enfrentar conflitos, desigualdades e mudanças climáticas. Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, em foto de 18 de março de 2020 Miguel Figueiredo Lopes/Pool via Reuters/Arquivo Rebelo de Sousa também deve usar a visibilidade da Assembleia Geral para reforçar a candidatura de Portugal a um assento não permanente no Conselho de Segurança da ONU no biênio 2027-2028. A disputa, que já conta com candidatos como Alemanha e Áustria, é prioridade da política externa portuguesa no curto prazo. Emmanuel Macron O presidente da França, Emmanuel Macron, deve usar seu discurso para criticar o uso de tarifas comerciais como instrumento de pressão política. Em declarações anteriores, Macron classificou essas práticas como formas de “chantagem”, alertando que barreiras tarifárias não reequilibram o comércio, mas aprofundam desigualdades. Macron deve defender a revisão do papel da Organização Mundial do Comércio para alinhar o sistema global de trocas às metas de redução da pobreza e combate às mudanças climáticas. Para ele, retomar guerras comerciais em um momento de fragilidade global seria um retrocesso perigoso. Emmanuel Macron em seu discurso na Assembleia Geral da ONU em 22 de setembro de 2025. Reuters/ Eduardo Munoz No campo diplomático, Macron deve reforçar duas frentes que têm marcado sua atuação recente: a busca pela paz no Oriente Médio e a defesa de um comércio internacional mais equilibrado. Macron tem afirmado que “o tempo da paz chegou” e que não há justificativa para a continuidade da guerra em Gaza. A França foi um dos países que recentemente reconheceram o Estado palestino, reforçando sua posição de mediador nas discussões sobre a solução de dois Estados. Nesse contexto, Macron deve reiterar a importância das negociações multilaterais e lamentar a ausência de potências como os EUA em encontros voltados a discutir soluções para o conflito.
23/09/2025 12:18:16 +00:00
Haddad vê espaço para juro cair: 'Acredito que nem deveria estar em 15% ao ano'

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há espaço para o juro básico da economia, fixado pelo Banco Central (BC) para conter a inflação, recuar. Segundo ele, a taxa "nem deveria estar no atual patamar de 15%" ao ano, o maior nível em quase 20 anos. "Eu entendo que tem espaço para esse juro cair. Acredito que nem deveria estar em 15% [ao ano]. Ele [presidente do BC, Gabriel Galípolo] tem os quatro anos de mandato dele, e ele vai entregar um resultado consistente ao Brasil [...]. Eu não voto no Copom [colegiado do BC que define os juros]. Essa opinião, boa parte do mercado compartilha", disse Haddad, em entrevista ao ICL notícias. A taxa foi mantida pelo BC neste patamar pelo Banco Central na semana passada. Banco Central mantém taxa básica de juros em 15% ao ano pela segunda vez Desde o início deste ano, a autoridade monetária é chefiada por Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e já conta com maioria de diretores indicados na atual gestão também. O ministro Haddad disse, ainda, que a inflação "nesse ano vai ser menor ou igual a do ano passado". "Está voltando para patamares próximos do teto da banda [4,5% ao ano], importante trazer para dentro da banda. No horizonte permitido pelo sistema de metas [que é contínuo]", declarou. ➡️O Banco Central tem dito reiteradamente que a desaceleração da economia, ou seja, um ritmo menor de crescimento, é necessária para conter as pressões e trazer a inflação de volta para as metas. O governo, entretanto, teme o impacto dessa desaceleração no emprego e na renda da população. ➡️Nesta terça (23), o BC avaliou que a queda recente do dólar e a desaceleração do ritmo de crescimento da economia contribuem para o controle da inflação, mas segue sinalizando juro alto por período "bastante prolongado" de tempo. O mercado projeta queda da Selic somente em 2026. Fernando Haddad durante coletiva sobre megaoperação contra o PCC Jorge Silva/Reuters Como as decisões são tomadas 🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre. Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, é possível baixar os juros. Se estão acima, o Copom tende a manter ou subir a Selic. Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo de 3% será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Com a inflação ficando seis meses seguidos acima da meta em junho, o BC teve de divulgar uma carta pública explicando os motivos. Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o primeiro trimestre de 2027. Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 4,83% (com estouro da meta), 4,29%, 3,9% e em 3,7%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC. Mudanças no Imposto de Renda O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também que o Congresso Nacional está "muito maduro" para aprovar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, mas admitiu que o "problema é aprovar a compensação". Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5 mil mensais, o governo pretende taxar os super ricos, ou seja, aqueles com renda mensal superior a R$ 50 mil — o equivalente a R$ 600 mil por ano. O projeto do governo impede que cobrança sobre dividendos de pessoa física e empresa supere 34% para empresas e 45% para financeiras. "Hoje o cara [mais rico] paga 2%. Sair de 2% para 10% é uma revolução. Abre um caminho para, daqui a pouco, as pessoas falarem para acertar o jogo. Começar a agenda de combate à desigualdade é mais difícil do que seguir com ela. Vamos reduzir a alíquota sobre o consumo", declarou Haddad. Segundo ele, conseguir no Brasil o patamar de taxação da renda existente na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e reduzir a tributação sobre o consumo (que afeta a população de baixa renda), seria uma revolução. "Aqui a gente cobra do pobre no consumo e não cobra do rico no IR. É uma coisa tão distorcida. Se engatarmos no caminho de reduzir sobre o consumo e aumentar sobre a renda, o caminho é esse. Se entrar na estrada certa, ganhamos a viagem. A 20 por hora, a 50 ou a 100, a sociedade vai decidir", acrescentou Haddad.
23/09/2025 12:17:24 +00:00
Dólar cai a R$ 5,27 após aceno de Trump a Lula; Ibovespa fecha aos 146 mil pontos pela 1ª vez

Trump diz que abraçou Lula e que tiveram ótima química O dólar fechou em queda de 1,10% nesta terça-feira (23), cotado a R$ 5,2791 — menor valor desde 6 de junho de 2024, quando encerrou a R$ 5,2498. Na mínima do dia, a moeda foi negociada a R$ 5,2765. Já o Ibovespa atingiu um novo recorde. O principal índice da bolsa brasileira avançou 0,91%, aos 146.425 pontos, fechando pela primeira vez acima dos 146 mil pontos. Durante a sessão, também alcançou a marca dos 147 mil pontos pela primeira vez, mas perdeu força. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O mercado reagiu às participações de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump na Assembleia Geral da ONU. Apesar dos discursos divergentes, a surpresa veio de uma revelação de Trump: os dois se encontraram rapidamente nos bastidores, em clima amistoso, e cogitam uma reunião para a próxima semana. Ainda não há definição sobre data ou formato desse encontro. Em seu discurso, o presidente dos EUA afirmou ter tido uma "química excelente" com Lula. O gesto foi interpretado pelo mercado como sinal de diálogo político, ajudando a derrubar o dólar — que iniciou o dia em alta — e impulsionando a valorização da bolsa. ▶️ Antes da abertura dos mercados, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que destacou o efeito positivo da queda do dólar sobre a inflação, mas reforçou que os juros devem seguir altos por um período “prolongado”. ▶️ Nos EUA, investidores acompanharam principalmente a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, que afirmou que a política monetária atravessa uma fase delicada: a inflação permanece resistente, enquanto o mercado de trabalho dá sinais de fraqueza. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,77%; Acumulado do mês: -2,63%; Acumulado do ano: -14,57%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,38%; Acumulado do mês: +3,54%; Acumulado do ano: +21,73%. Trump promete encontro com Lula O presidente Donald Trump afirmou nesta terça-feira (23), em discurso na Assembleia Geral da ONU, que se reunirá na próxima semana com o presidente Lula para discutir as retaliações que Washington tem imposto ao Brasil. No discurso, o republicano declarou ter tido “uma química excelente” com o presidente brasileiro, “que pareceu um cara muito agradável”. "Eu estava entrando (no plenário da ONU), e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu, e nos abraçamos. Na verdade, concordamos que nos encontraríamos na semana que vem", disse Trump. "Não tivemos muito tempo para conversar, tipo uns 20 segundos. E Trump seguiu com os elogios ao presidente brasileiro. "Ele parece um cara muito legal, ele gosta de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com gente de quem eu gosto. Quando não gosto deles, eu não faço. Quando eu não gosto, eu não gosto." Fontes do governo brasileiro confirmaram a reunião entre Trump e Lula para a próxima semana, mas não informaram se será presencial ou por telefone. Segundo Patrick Buss, operador da Manchester Investimentos, o mercado reagiu positivamente às sinalizações. “Interpretando a possibilidade de maior aproximação entre Brasil e Estados Unidos como um fator positivo para as relações internacionais e para os ativos locais — reflexo disso foi a alta do Ibovespa, que avançou mais de 1% no pregão após a divulgação das notícias.” Ata do Copom A reunião do Copom foi realizada na semana passada, quando a taxa Selic foi mantida em 15% ao ano — o maior nível em quase 20 anos. Na ata, o BC avaliou que a recente queda do dólar e a desaceleração da economia ajudam no controle da inflação, mas ressaltou que as projeções para os próximos anos continuam acima da meta. Acrescentou ainda que a inflação de serviços tem se mostrado mais resistente devido a um “mercado de trabalho dinâmico” e a uma atividade econômica que avança de forma gradual. A instituição reforça que a desaceleração é necessária para conter os preços. "Para além das variações dos itens, ou mesmo das oscilações de curto prazo, os núcleos de inflação têm se mantido acima do valor compatível com o atingimento da meta há meses, corroborando a interpretação de uma inflação pressionada pela demanda e que requer uma política monetária contracionista [juro alto] por um período bastante prolongado", diz o Banco Central. Segundo o BC, a volta das expectativas de inflação para a meta definida exige “perseverança, firmeza e serenidade”. Falas de Powell O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou nesta terça que o banco central enfrenta uma situação delicada: a inflação continua elevada, enquanto o mercado de trabalho dá sinais de fraqueza. "Os riscos de curto prazo para a inflação estão inclinados para cima e os riscos para o emprego, para baixo — uma situação desafiadora", disse. Powell destacou que a criação de empregos caiu para uma média de 25 mil nos últimos três meses, abaixo do necessário para manter o desemprego estável, embora outros indicadores do mercado de trabalho sigam firmes. Já a inflação continua acima da meta, pressionada pelas tarifas de Trump, que encarecem os preços. O Fed projeta novos cortes de 0,25 ponto em outubro e dezembro, mas enfrenta divergências internas: alguns dirigentes defendem cautela diante do risco inflacionário, enquanto outros pedem reduções mais rápidas para proteger o emprego. Atualmente, a taxa básica está entre 4% e 4,25%, patamar ainda considerado alto, mas com espaço para ajustes conforme a economia evolua. Sob pressão do governo Trump, que tenta substituir a diretora Lisa Cook, Powell ressaltou que medidas emergenciais em crises passadas ajudaram a evitar danos maiores, mas deixaram “cicatrizes” que afetarão os EUA — e o mundo — por muito tempo. "Em democracias ao redor do mundo, a confiança pública nas instituições econômicas e políticas foi desafiada. Aqueles de nós que estão no serviço público neste momento precisam se concentrar firmemente em executar nossas missões críticas da melhor maneira possível, em meio a mares tempestuosos e ventos cruzados poderosos", disse Powell. Bolsas globais Os mercados em Wall Street fecharam em queda nesta terça-feira. Os investidores reagiram com cautela após as novas falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, sobre os rumos dos juros nos EUA. O Dow Jones recuou 0,19%, a 46.293 pontos, o S&P 500 caiu 0,55%, a 6.657 pontos, e o Nasdaq teve perdas de 0,95%, a 22.573 pontos. Na Europa, as bolsas terminaram a sessão em direções diferentes. O otimismo com dados positivos de atividade econômica na zona do euro sustentou os ganhos em Frankfurt e Paris, mas o crescimento mais fraco do Reino Unido pressionou o mercado de Londres. Além disso, investidores também aguardavam o discurso de Powell sobre os rumos da economia global. O índice Stoxx 600, que reúne empresas da região, avançou 0,38%, a 555 pontos. O DAX de Frankfurt subiu 0,36%, a 23.611 pontos, e o CAC 40 de Paris ganhou 0,54%, a 7.872 pontos. Já o FTSE 100 de Londres destoou, caindo 0,04%, a 9.223 pontos. Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única. As bolsas da China ficaram praticamente estáveis, com os ganhos de bancos compensando a pressão sobre empresas de tecnologia. Em outros países, houve variações moderadas, com alguns índices em alta e outros em queda. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,70%, a 26.159 pontos. Em Xangai, o índice SSEC recuou 0,18%, a 3.821 pontos, e o CSI300 caiu 0,06%, a 4.519 pontos. Já em Seul, o Kospi subiu 0,51%, a 3.486 pontos; em Taiwan, o Taiex avançou 1,42%, a 26.247 pontos. Notas de real e dólar Amanda Perobelli/ Reuters
23/09/2025 12:00:07 +00:00
Haddad vê impacto limitado do tarifaço: 'passado julgamento, acredito que vai ser superado'

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (23) que acredita que o impacto do tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos aos produtos brasileiros será limitado. Em entrevista ao ICL notícias, ele disse que sua expectativa é que o assunto seja superado após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — depois da publicação do acórdão, o processo entra na fase de recursos das defesas. As tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros entraram em vigor em agosto deste ano (leia mais abaixo). "Acredito que isso vai passar, foi uma ingerência de um país sobre nós, de um assunto que não é nem do Executivo, é da Justiça (...) Passada essa fase aguda, julgamento, publicação da decisão [sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro], acredito que isso vai ser superado. Pois não tem base econômica, só pode estar baseada em desinformação", disse Haddad. Lula está em NY para primeira viagem aos EUA após tarifaço O ministro da Fazenda disse que as exportações brasileiras se diversificaram nos últimos dez anos em relação aos primeiros mandatos do presidente Lula (2003 a 2010). "Lula ficou surpreso com o fato de que estamos exportando metade do que exportávamos como proporção da pauta brasileira, do primeiro mandato dele para cá. Brasil se diversificou muito", disse ele. Acrescentou que somente 4% das exportações brasileiras estão sendo afetadas pelo tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, sendo que mais da metade era de "commodities" (produtos básicos com cotação internacional). Segundo Haddad, essas vendas externas tendem "rapidamente direcionadas para outras regiões". "Eu disse ao presidente que achava que iriamos segurar bem, mas que teríamos de ter um plano de contingência. Pois não teria impacto macro, mas micro iria ter. Lançamos um plano, mandamos ao congresso, via BNDES, para atender as empresas em condição especial", ponderou. "O presidente [Lula] continua fazendo papel de mascate [...]. Produzindo coisas boas, as melhores do mundo, não temos dificuldade em realocar nossas exportações", prosseguiu Haddad. Exportações brasileiras para os EUA desabam com o tarifaço, mas vendas para outros países compensam Jornal Nacional/ Reprodução Plano de ajuda Dias depois do tarifaço entrar em vigor, em 13 de agosto, o governo federal lançou o plano “Brasil Soberano”, com medidas para socorrer exportadores nacionais que vendem para os Estados Unidos. O destaque foi a criação de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões. Além de crédito com juros subsidiados, que já pode ser buscado pelas empresas afetadas no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o governo também anunciou outras medidas. São elas: ➡️Seguro à exportação: governo anunciou instrumentos para proteger o exportador contra riscos como inadimplência ou cancelamento de contratos, permitindo que bancos e seguradoras utilizem essa garantia em mais tipos de operações. ➡️Diferimento de impostos: Receita Federal foi autorizada a fazer adiamento de cobrança de impostos para as empresas mais afetadas pelo tarifaço. ➡️Isenção de insumos para exportações: o governo anunciou a prorrogação, por um ano, do prazo para que as empresas consigam exportar mercadorias que tiveram insumos beneficiados pelo chamado "drawback". ➡️Novo Reintegra: o governo também anunciou que as empresas exportadoras terão crédito tributário (valores a abater em impostos) para que suas vendas ao exterior sejam desoneradas. ➡️Compras públicas: foi anunciado que a União, estados e municípios poderão fazer compras públicas para seus programas de alimentação (para merenda escolar, hospitais etc.). ➡️Diversificação de mercados: o governo anunciou, ainda, que continuará trabalhando para diversificar mercados, ou seja, buscando novos países compradores dos produtos sobretaxados pelos Estados Unidos. INFOGRÁFICO - Linha do tempo do tarifaço contra o Brasil Arte/g1
23/09/2025 11:51:10 +00:00
Copom vê efeito positivo da queda do dólar na inflação, mas segue sinalizando juro alto por período 'bastante prolongado'

O Banco Central (BC) avaliou nesta terça-feira (23) que a queda recente do dólar e a desaceleração do ritmo de crescimento da economia contribuem para o controle da inflação, mas observou que as projeções para os preços nos próximos anos ainda seguem acima da meta. Informou, ainda, que a inflação de serviços tem se mantido mais resiliente (resistente) por conta de um "mercado de trabalho que segue dinâmico" e a uma atividade que tem apresentado moderação gradual. O BC tem dito que a desaceleração da economia é necessária para conter a inflação. "Para além das variações dos itens, ou mesmo das oscilações de curto prazo, os núcleos de inflação têm se mantido acima do valor compatível com o atingimento da meta há meses, corroborando a interpretação de uma inflação pressionada pela demanda e que requer uma política monetária contracionista [juro alto] por um período bastante prolongado", diz o Banco Central. Copom mantém a taxa básica de juros em 15% ao ano O BC disse entender que a "reancoragem" (queda) das expectativas de inflação às metas definidas para os próximos anos "exige perseverança, firmeza e serenidade". As informações constam na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da instituição, realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia foi mantida estável em 15% ao ano. Esse é o maior nível da taxa Selic em quase 20 anos. Um dólar mais barato, segundo economistas, tem o potencial de frear o crescimento da inflação. Isso porque a queda da moeda norte-americana torna importações mais baratas (de insumos e produtos finais), e também, barateia viagens internacionais. Também limita a inflação de produtos nacionais que têm seus preços atrelados ao dólar, como alimentos por exemplo. Como as decisões são tomadas 🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre. Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, é possível baixar os juros. Se estão acima, o Copom tende a manter ou subir a Selic. Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo de 3% será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Com a inflação ficando seis meses seguidos acima da meta em junho, o BC teve de divulgar uma carta pública explicando os motivos. Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o primeiro trimestre de 2027. Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 4,83% (com estouro da meta), 4,29%, 3,9% e em 3,7%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC. Segundo análise do BC, as expectativas de inflação, medidas por diferentes instrumentos e obtidas de diferentes grupos de agentes, permanecem acima da meta de inflação em todos os horizontes, mantendo o cenário de inflação adverso. "Mais recentemente, observa-se um incipiente movimento de queda nas expectativas de inflação medidas pelo Focus [pesquisa feita pelo BC com o mercado] mas ainda mais concentrado nos horizontes mais curtos, por uma combinação de elementos, entre os quais a política monetária contracionista e os números recentes de inflação. O Comitê reforçou e renovou seu compromisso com a 'reancoragem' das expectativas e com a condução de uma política monetária que enseje tal movimento", acrescentou. Dólar Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo Veja os recados do Copom 1) Cenário externo se mantém incerto. Sobressai, segundo o BC, o debate sobre o início do ciclo de corte por parte do Federal Reserve (BC dos EUA) e o ritmo de crescimento norte-americano, ao mesmo tempo em que persistem dúvidas sobre o impacto das tarifas sobre a inflação norte americana. "A avaliação predominante no Comitê é de que persiste maior incerteza no cenário externo e, consequentemente, o Copom deve preservar uma postura de cautela (...) Em tal debate, discutiu-se a recente apreciação do câmbio, possivelmente relacionada em parte ao diferencial de juros, em parte à depreciação da moeda norte-americana frente a diversas moedas", informou o BC, na ata do Copom. 2) Atividade econômica doméstica segue indicando certa moderação no crescimento. Tal conjuntura traz maior convicção de que o cenário delineado pelo Comitê está, até agora, se concretizando. Estímulos fiscais ou creditícios não provocaram, até agora, divergências relevantes em relação ao que se esperava. Mas avaliou que, por outro lado, a inflação de serviços tem se mantido mais resiliente, respondendo a um mercado de trabalho que segue dinâmico e a uma atividade que tem apresentado moderação gradual. 3) Após uma firme elevação de juros, o Comitê relembra que optou por interromper o ciclo e avaliar os impactos acumulados. "Agora, na medida em o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta", acrescenta. "Endossando o cenário esperado do Comitê até aqui, há uma moderação gradual da atividade em curso, certa diminuição da inflação corrente e alguma redução nas expectativas de inflação. No entanto, o Comitê seguirá vigilante e não hesitará em retomar o ciclo de alta se julgar apropriado. Reafirmou-se o firme compromisso com o mandato do Banco Central de levar a inflação à meta", conclui o Banco Central.
23/09/2025 11:07:47 +00:00
Impacto total do choque tarifário dos EUA ainda está por vir, diz OCDE

Lula está em NY para primeira viagem aos EUA após tarifaço O crescimento global tem se mostrado mais resistente do que o previsto, mas o efeito completo das tarifas de importação dos Estados Unidos ainda não foi sentido. Por ora, o investimento em inteligência artificial sustenta a atividade nos EUA, enquanto o apoio fiscal ajuda a conter a desaceleração da China, afirmou a OCDE nesta terça-feira. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça No Relatório Interino de Perspectivas Econômicas mais recente, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico destacou que os efeitos das tarifas dos EUA ainda estão em curso. Até agora, as empresas têm absorvido parte do impacto por meio da redução das margens de lucro e da formação de estoques de segurança. Diversas empresas anteciparam compras e estocaram produtos antes dos aumentos tarifários do governo Trump, que elevaram a taxa efetiva sobre as importações para cerca de 19,5% até o fim de agosto — o nível mais alto desde 1933, no auge da Grande Depressão. "Os efeitos totais dessas tarifas ficarão mais claros à medida que as empresas reduzirem os estoques acumulados em resposta aos anúncios de tarifas e à medida que as taxas tarifárias mais altas continuarem a ser implementadas", disse o diretor da OCDE, Mathias Cormann, em uma coletiva de imprensa. Previsões de crescimento atualizadas A economia global deve registrar apenas uma leve desaceleração, passando de 3,3% no ano passado para 3,2% em 2025, acima dos 2,9% estimados pela OCDE em junho. Já para 2026, a organização com sede em Paris manteve a previsão em 2,9%, considerando que o efeito da formação de estoques deve se dissipar e que tarifas mais elevadas devem pesar sobre o investimento e o comércio. "Aumentos adicionais nas barreiras ao comércio ou incerteza prolongada podem reduzir o crescimento, aumentando os custos de produção e pesando sobre o investimento e o consumo", disse Cormann. A OCDE projeta que a economia dos EUA desacelerará para 1,8% em 2025, acima dos 1,6% estimados em junho, após ter crescido 2,8% no ano passado. Para 2026, a previsão segue em 1,5%, sem mudanças em relação ao relatório anterior. Segundo a OCDE, o forte ciclo de investimentos em inteligência artificial, o apoio fiscal e os cortes de juros pelo Federal Reserve (o banco central americano) devem compensar, em parte, os efeitos das tarifas mais altas, da queda da imigração e da redução de funcionários federais. Na China, o crescimento também deve desacelerar no segundo semestre, à medida que a corrida para antecipar exportações antes das tarifas dos EUA se esgota e o efeito do apoio fiscal perde intensidade. Ainda assim, a economia chinesa deve crescer 4,9% neste ano, acima dos 4,7% estimados em junho, antes de desacelerar para 4,4% em 2026, levemente acima dos 4,3% da previsão anterior. Na zona do euro, tensões comerciais e geopolíticas devem anular parte do estímulo trazido pelas taxas de juros mais baixas, segundo a OCDE. A previsão para a economia do bloco é de alta de 1,2% neste ano, acima do 1,0% anterior, e de 1,0% em 2026, abaixo dos 1,2% projetados antes. O avanço é sustentado pelo aumento dos gastos públicos na Alemanha, enquanto as medidas de austeridade pressionam França e Itália. No caso do Brasil, a OCDE projeta crescimento de 2,3% neste ano e de 1,7% em 2026, acima das estimativas anteriores de 2,1% e 1,6%, respectivamente. Política monetária deverá ser frouxa Com a desaceleração econômica, a OCDE prevê que a maioria dos principais bancos centrais reduza os custos de empréstimo ou mantenha políticas monetárias mais flexíveis ao longo do próximo ano, desde que as pressões inflacionárias sigam em queda. A projeção da OCDE é que o Federal Reserve promova novos cortes de juros conforme o mercado de trabalho enfraqueça, a menos que tarifas mais elevadas provoquem uma inflação mais disseminada. Trump em entrevista na Casa Branca nesta sexta Reuters
23/09/2025 10:30:07 +00:00
Imposto de Renda 2025: consulta ao 5º lote de restituição começa nesta terça; veja como fazer

Receita Federal libera consulta ao 5º lote de restituição do Imposto de Renda 2025 A Receita Federal abriu a consulta ao 5º lote de restituição nesta terça-feira (23). Ao todo, 387,2 mil contribuintes serão contemplados, com um valor total de crédito de mais de R$ 1 bilhão. O lote também inclui restituições residuais de exercícios anteriores, e os pagamentos serão feitos a partir de 30 de setembro. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Do total, aproximadamente R$ 507,1 milhões serão destinados aos contribuintes prioritários. São eles: 15.604 idosos acima de 80 anos 66.637 contribuintes entre 60 e 79 anos 6.968 contribuintes com alguma deficiência física ou mental, ou moléstia grave 16.926 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério 234.920 contribuintes receberam prioridade por utilizarem a declaração pré-preenchida e optarem por receber a restituição via PIX. Por fim, foram contempladas ainda 46.222 restituições destinadas a contribuintes não prioritários. LEIA MAIS IRPF 2025: Veja perguntas e respostas Veja passo a passo para fazer a declaração pré-preenchida Veja o calendário da restituição do IR 2025 Os pagamentos das restituições do IRPF 2025 são feitos em cinco lotes. O prazo para entrega das declarações começou em 17 de março. Veja as datas dos pagamentos: 1º lote: 30 de maio 2º lote: 30 de junho 3º lote: 31 de julho 4º lote: 29 de agosto 5º lote: 30 de setembro Como fazer a consulta? Assim que a consulta estiver disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição". A página oferece orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Caso identifique alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações. A Receita Federal disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. Em nota oficial, o Fisco afirma que "assume o compromisso de realizar pagamento de restituições apenas em conta bancária de titularidade do contribuinte". Assim, vale destacar que as rotinas de segurança da Receita impedem o pagamento caso ocorra erro nos dados bancários informados ou algum problema na conta de destino. "Para não haver prejuízo ao contribuinte, a Receita oferece o serviço de reagendamento disponibilizado pelo Banco do Brasil pelo prazo de até um ano da primeira tentativa de crédito. Assim, o contribuinte poderá corrigir os dados bancários para uma conta de sua titularidade", afirma a nota. Neste caso, o cidadão poderá reagendar o crédito dos valores pelo Portal BB, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones: 4004-0001 (capitais) 0800-729-0001 (demais localidades) 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) Ao utilizar esse serviço o contribuinte deve informar o valor da restituição e o número do recibo da declaração. Depois, é só aguardar a nova tentativa de crédito. Caso o contribuinte não resgate sua restituição dentro do prazo, precisará fazer um requerimento pelo Portal e-CAC. Imposto de Renda Joédson Alves/Agência Brasil Malha fina Ao realizar a consulta, o contribuinte também poderá saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina". Para saber se está na malha fina, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2025 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 em 2024. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 30.639,90) por conta da ampliação da faixa de isenção; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2024, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2024, receita bruta em valor superior a R$ 169.440,00 em atividade rural; quem tinha, até 31 de dezembro de 2024, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil; quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2024; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; quem atualizou bens imóveis pagando ganho de capital diferenciado em dezembro/2024 (Lei nº 14.973/2024); quem auferiu rendimentos no exterior de aplicações financeiras e de lucros e dividendos; Deseja atualizar bens no exterior.
23/09/2025 03:01:12 +00:00
Mega-Sena pode pagar R$ 48 milhões nesta terça-feira

Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.918 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 48 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (23), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso do último sábado (20), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
23/09/2025 03:00:53 +00:00
Marfrig e BRF anunciam conclusão de acordo que dá origem à MBRF

Marfrig e BRF anunciam fusão das marcas Marfrig/Reprodução As empresas de alimentos e processadoras de carnes Marfrig e BRF anunciaram nesta segunda-feira (22) a conclusão da fusão, resultando na criação da MBRF. A nova empresa será listada na B3, a bolsa de valores brasileira, com o ticker MBRF3, a partir desta terça-feira. A MBRF, com receita líquida anual de cerca de R$ 160 bilhões — 38% provenientes de produtos processados — reúne marcas icônicas como Sadia, Perdigão, Qualy, Bassi e Banvit, consolidando presença em 117 países. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Sua plataforma mutiproteínas amplia a competitividade, aumenta as opções para seus clientes e fortalece a capacidade de inovação para atender às necessidades dos consumidores", disse a nova empresa. Miguel Gularte, CEO da BRF, foi nomeado presidente-executivo da MBRF e responderá ao chairman Marcos Molina, fundador da Marfrig e controlador da nova companhia. O Comitê Executivo da nova empresa será formado por oito vice-presidências. São elas: Finanças, Relações com Investidores, Gestão e Tecnologia, liderada por José Ignácio Scoseria Rey; Mercado Halal, liderada por Fábio Mariano; Mercado Brasil e Marketing, liderada por Manoel Martins; Mercado Internacional e Suppy Chain, liderada por Leonardo Dall’Orto, que assume negócios no Chile; Bovinos, liderada por Alisson Navarro, que também cuida dos negócios do Uruguai e da Argentina; Jurídico, Tributário, Assuntos Corporativos e Gente, liderada por Heraldo Geres; Operações Industriais e Logística, liderada por Artemio Listoni; Agro e Qualidade, liderada por Fabio Stumpf. A fusão da Marfrig — especializada em carne bovina, com operações no Brasil e nos Estados Unidos — com a BRF, focada em carnes de aves e suínos, poderá intensificar a concorrência com a JBS, gigante global presente nos três principais segmentos de proteína animal e também atuante em alimentos processados. Entenda o impacto do tarifaço de Donald Trump para o agro do Brasil
23/09/2025 00:09:57 +00:00
Fazenda 'não vê com bons olhos' ajuda aos Correios com aportes do Tesouro, diz secretário

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta terça-feira (17) que o governo não “vê com bons olhos” a possibilidade de aportes diretos do Tesouro Nacional para socorrer financeiramente os Correios. A estatal acumula prejuízos bilionários diante do aumento das despesas e da queda das receitas. “O Ministério da Fazenda, com a preocupação de ter empresa pública hígida, está disposto a ajudar. Mas não há nenhum encaminhamento sobre aporte do Tesouro Nacional”, disse Durigan, em entrevista coletiva sobre o Relatório Bimestral, que detalha previsões de receitas e despesas do Executivo. Em meio à crise com Lula, União Brasil pressiona pelos Correios e Banco do Brasil Duas frentes de ação Durigan destacou que o governo trabalha em duas linhas para tentar estancar as perdas. A primeira foi a troca no comando da estatal: na semana passada, o Conselho de Administração aprovou o nome do economista Emmanoel Schmidt Rondon para a presidência da empresa. A posse deve ocorrer ainda nesta semana. Em paralelo, está em elaboração um plano emergencial para ser iniciado ainda em 2025, além de uma estratégia de médio e longo prazo. Segundo Durigan, banqueiros cobraram do governo prioridade no enfrentamento da crise durante reunião recente. “O governo tem interesse em dar suporte”, afirmou o secretário, relatando que ouviu apelos para que a estatal não fique “à deriva”. Secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan. Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda Prejuízo recorde Os Correios registraram prejuízo de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, três vezes maior que o de igual período de 2024. O rombo foi agravado no segundo trimestre, quando as perdas chegaram a R$ 2,6 bilhões — quase cinco vezes o registrado entre abril e junho do ano passado (R$ 553,1 milhões). No primeiro trimestre, o resultado já havia sido negativo em R$ 1,7 bilhão, o pior início de ano desde 2017. Entre janeiro e junho, a estatal acumulou R$ 3,4 bilhões em despesas administrativas, que incluem gastos com pessoal e precatórios. O montante representa alta de 74% em relação ao mesmo período de 2024. Parte do aumento se deve ao reajuste salarial concedido a mais de 55 mil funcionários e ao crescimento das dívidas judiciais.
22/09/2025 21:27:54 +00:00
Governo eleva congelamento de despesas em R$ 1,4 bilhão; no ano, chega a R$ 12,1 bilhões

Lula e Haddad durante lançamento do Plano Safra no Planalto, em 1º de julho de 2025 Reuters/Adriano Machado O governo federal anunciou nesta segunda-feira (22) um aumento de R$ 1,4 bilhão no congelamento de despesas neste ano para que a meta fiscal seja cumprida. Com isso, a contenção de gastos chega a R$ 12,1 bilhões. 📉A projeção do governo para 2025 é que as contas públicas irão fechar com déficit de R$ 73,5 bilhões. Mas, pelas regras de cumprimento da meta fiscal, é possível retirar do cálculo R$ 43,3 bilhões de gastos com precatórios. Com esse abatimento e o congelamento de despesas, o governo fecharia o ano com R$ 30,2 bilhões, ou seja, estima que o objetivo fiscal será atingido. A liberação ou limitação de recursos acontece por conta de dois motivos, atender às regras do arcabouço fiscal e, também, a meta para as contas públicas. A meta fiscal de 2025 é de déficit zero – equilíbrio entre gastos e despesas, desconsiderando os precatórios. No entanto, o governo tem uma margem que flexibiliza o centro da meta, permitindo até um déficit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a R$ 31 bilhões. O detalhamento oficial de quais ministérios e políticas serão contemplados com a liberação de gastos será divulgado até o fim deste mês. Segundo o secretário do Orçamento Federal, Clayton Luiz Montes, o aumento do congelamento é justificado pela elevação na projeção de gastos com Benefício de Prestação Continuada (BPC), despesas obrigatórias com controle de fluxo, como a saúde, além do abono e seguro-desemprego. Por outro lado, o governo prevê diminuição de despesas com benefícios previdenciários, pessoal e encargos sociais, além de subsídios, subvenções e com o Proagro. Arcabouço fiscal Equipe econômica publica detalhes sobre congelamento de R$ 31 bilhões do orçamento Pelas regras do arcabouço fiscal, aprovado em 2023: O governo também não pode ampliar as despesas acima de 70% do crescimento projetado pela arrecadação. Se a meta fiscal não for atingida, a banda proposta, os gastos terão de crescer menos (50% do aumento real da receita, em vez de 70%) nos próximos anos. O crescimento dos gastos não pode superar 2,5% ao ano em termos reais, ou seja, acima da inflação do ano anterior. O objetivo do arcabouço fiscal é evitar, no futuro, uma disparada da dívida pública e uma piora nos juros cobrados dos investidores na emissão de títulos públicos. Em busca do equilíbrio nas contas ▶️No último ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022, as contas do governo retornaram ao azul após oito anos de déficits fiscais. Contudo, a melhora das contas públicas em 2022 era considerada pontual por analistas. ▶️Com a aprovação da PEC da transição no fim de 2022 pelo governo eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aumentou o valor do Bolsa Família e liberou mais gastos para saúde, educação e investimentos, projetou um rombo de R$ 231,5 bilhões em 2023. ▶️O resultado de 2023 das contas públicas foi de um déficit de R$ 230,5 bilhões, mesmo com medidas de aumento de arrecadação. A equipe do ministro Fernando Haddad, porém, credita parte desse resultado negativo ao pagamento de precatórios em atraso (no valor de R$ 92,5 bilhões). ▶️Sem o pagamento extraordinário de precatórios e com limitação de gastos pelo arcabouço fiscal, mas com despesas relativas à ajuda do governo ao estado do Rio Grande do Sul por conta de enchentes, as contas do governo apresentaram um déficit de R$ 43 bilhões no ano passado. ▶️Para 2025, a expectativa do governo agora é de rombo de R$ 73,5 bilhões, o que é reduzido para R$ 30,2 bilhões após o abatimento dos gastos com precatórios.
22/09/2025 19:39:02 +00:00
Bernard Arnault, homem mais rico da França, critica proposta de imposto para super-ricos

Bernard Arnault, CEO do grupo LVMH, em foto de janeiro de 2020 Thibault Camus/AP/Arquivo Bernard Arnault, presidente do grupo de luxo LVMH e homem mais rico da França, classificou uma proposta de imposto de 2% sobre super-ricos como um ataque à economia do país. Ele também chamou o responsável pelo plano de "ideólogo de extrema esquerda". O imposto, que miraria fortunas acima de 100 milhões de euros (R$ 629,1 milhões), ganhou força política na França. O primeiro-ministro Sébastien Lecornu sofre pressão do Partido Socialista para incluí-lo no orçamento de 2026, sob risco de enfrentar um voto de confiança que poderia derrubar seu governo. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Esse não é um debate técnico ou econômico, mas sim um desejo claramente declarado de destruir a economia francesa", disse Arnault ao Sunday Times do Reino Unido. O bilionário acusou o formulador do plano, o economista Gabriel Zucman, de ser "antes de tudo um ativista de extrema esquerda". Disse ainda que Zucman usa "competência pseudoacadêmica" para promover uma ideologia que visa desmantelar o sistema econômico liberal — que Arnault descreveu como "o único que funciona para o bem de todos". Zucman, professor da École Normale Supérieure da França e da Universidade da Califórnia, em Berkeley, rejeitou as acusações. "Nunca fui ativista de nenhum movimento ou partido", disse ele no X, acrescentando que seu trabalho é baseado em pesquisa, não em ideologia. Recentemente, Zucman argumentou em aparições na mídia que os ultrarricos pagam proporcionalmente menos impostos do que muitos outros cidadãos — uma lacuna que o imposto proposto pretende fechar. O imposto tem amplo apoio do público, com uma pesquisa do Ifop encomendada pelo Partido Socialista neste mês mostrando 86% de aprovação. Bernard Arnault: quem é e de onde vem a fortuna
22/09/2025 19:26:34 +00:00
Nvidia anuncia investimento de até US$ 100 bilhões na OpenAI, dona do ChatGPT

Ilustração mostra o logotipo da NVIDIA e a placa-mãe do computador REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração A Nvidia, empresa de tecnologia que desenvolve processadores de inteligência artificial, anunciou nesta segunda-feira (22) que vai investir até US$ 100 bilhões na OpenAI, dona do ChatGPT. As duas companhias afirmaram que vão trabalhar juntas na construção de 10 gigawatts em datacenters de IA equipados com sistemas da Nvidia. Segundo elas, o investimento deve envolver milhões de GPUs para a infraestrutura de próxima geração da tecnologia da OpenAI. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A primeira fase desses datacenters deve entrar em operação no segundo semestre de 2026, usando o processador Vera Rubin, descrito pela Nvidia como um "superchip" para aplicações de "inteligência artificial e ciência acelerada". "Esta parceria de investimento e infraestrutura marca o próximo salto - implantando 10 gigawatts para alimentar a próxima era de inteligência", disse Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia. OpenAI e Nvidia Divulgação/OpenAI "A infraestrutura de computação será a base para a economia do futuro, e utilizaremos o que estamos construindo com a Nvidia para criar novos avanços de IA e capacitar pessoas e empresas com eles em escala", afirmou Sam Altman, CEO da OpenAI. "Estamos entusiasmados em implantar os 10 gigawatts de computação com a Nvidia para ultrapassar a fronteira da IA e dimensionar os benefícios dessa tecnologia para todos", completou Greg Brockman, cofundador e presidente da OpenAI. Em comunicado, as empresas disseram que vão divulgar mais detalhes da parceria "nas próximas semanas". LEIA TAMBÉM: Crescimento do PIX e falhas de segurança: por que ataques a bancos têm se repetido? Trump diz que Xi Jinping aprovou acordo sobre TikTok; China não confirma iPhone Air: primeiras impressões do celular fininho da Apple e quais são seus rivais Agente do ChatGPT reserva restaurante, faz compra, mas erra ao insistir demais iPhone Air: primeiras impressões do celular fininho e quais são seus rivais Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas
22/09/2025 17:38:31 +00:00
Ações da Embraer sobem quase 5% com encomenda de aviões feita pela Latam

Embraer vende 24 jatos da família E-2 As ações da Embraer subiram 4,63% nesta segunda-feira (22), após a Latam Airlines firmar acordo com a fabricante brasileira para adquirir até 74 aeronaves E195-E2, dentro de sua estratégia de ampliar a conectividade na América do Sul. O pedido anunciado pela Latam é um dos poucos conquistados pela Embraer nos últimos anos envolvendo uma companhia aérea brasileira e ocorre em meio à crise de atrasos nas entregas das gigantes Boeing e Airbus. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O acordo inclui um pedido de 24 aeronaves, avaliado em cerca de US$ 2,1 bilhões pelo preço de tabela, além de 50 opções de compra. As entregas das 24 aeronaves estão previstas para começar no segundo semestre de 2026, inicialmente para a Latam Airlines Brasil, com possibilidade de atender também outras afiliadas do grupo. O último pedido no Brasil de aeronaves E2, geração atual de jatos comerciais da Embraer, foi feito em 2018 pela Azul, única companhia que opera esse modelo no país. A encomenda da Latam foi anunciada poucos dias após a Embraer divulgar a venda de 50 jatos E195-E2 para a norte-americana Avelo Airlines, em contrato avaliado em US$ 4,4 bilhões. Até então, a Latam não operava aeronaves da Embraer. Sua frota é composta por 286 jatos Airbus, 56 Boeing e 20 cargueiros da fabricante norte-americana, segundo dados da própria Embraer. Segundo a Embraer, a encomenda permitirá à Latam adicionar até 35 novos destinos aos 160 já atendidos na América do Sul, cujo maior mercado é o Brasil. Ótima notícia Analistas do Itaú BBA consideraram a notícia positiva, estimando que o pedido de US$ 1,05 bilhão, com desconto de 50%, pode elevar a carteira de encomendas da Embraer a um recorde de US$ 31 bilhões no terceiro trimestre de 2025, contribuindo para a valorização das ações. "Considerando que a Latam Airlines já opera aeronaves da Boeing e da Airbus, acreditamos que esse pedido reforça a competitividade dos produtos da Embraer", afirmaram Daniel Gasparete e equipe do Itaú BBA em relatório enviado a clientes. Por volta das 13h30, as ações subiam 5,34%, a R$ 80,85, liderando os ganhos do Ibovespa, que recuava 0,55%. No acumulado do ano, a valorização chega a 44%. Analistas do Santander, considerando um desconto de 60% sobre os preços de tabela, estimaram que o pedido firme acrescenta 6,4% à carteira de aviação comercial da Embraer e 2,8% à carteira consolidada. Com as opções de compra, os aumentos seriam de 19,8% e 8,7%, respectivamente, segundo Lucas Esteves e equipe. Em relatório a clientes, os analistas também destacaram que o pedido reduz os riscos no cronograma de entregas de 2026 da Embraer, especialmente diante das dificuldades com os motores dos jatos E1 e da recuperação judicial (Chapter 11) da única operadora desse modelo no Brasil. Embraer fecha acordo com Latam para a venda de até 74 aviões E2 Divulgação/Embraer
22/09/2025 17:07:24 +00:00
Mercados argentinos disparam após promessa de apoio econômico dos EUA

Empresas argentinas perdem valor com derrota de Milei na província de Buenos Aires Os ativos argentinos registram forte alta nesta segunda-feira (22), após os Estados Unidos afirmarem que “todas as opções estão na mesa” para apoiar o governo argentino. As ações negociadas nos EUA avançaram mais de 10%, os títulos internacionais em dólar subiram mais de seis centavos e o peso se valorizou. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que linhas de swap, compras diretas de moeda e aquisição de dívida pública em dólares poderiam ser usadas para apoiar a Argentina, que ele classificou como “aliado sistêmico importante dos EUA na América Latina”. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Bessent acrescentou que os presidentes Javier Milei e Donald Trump têm reunião marcada para terça-feira. Mais cedo, o governo argentino anunciou a suspensão temporária dos impostos de exportação sobre todos os grãos, válida até o fim de outubro, período que inclui a eleição de meio de mandato, marcada para o dia 26. Nas últimas semanas, os mercados argentinos registraram fortes perdas: Os títulos internacionais recuaram mais de 20% no ano; e O peso encostou no limite inferior da banda cambial estabelecida meses atrás. O cenário piorou com denúncias de corrupção envolvendo o entorno de Javier Milei e uma derrota inesperada em eleição local em Buenos Aires, aumentando as dúvidas sobre sua capacidade de conduzir a economia. "Os ativos da Argentina estavam precisando desesperadamente de um disjuntor — e acabaram de receber um", disse Alejo Czerwonko, CIO para mercados emergentes nas Américas do UBS. "A intervenção de Bessent tem um peso enorme nessa conjuntura frágil. Ela oferece ao governo Milei uma janela crítica para se reorientar antes das eleições de outubro." Czerwonko acrescentou que um resultado político favorável em outubro ajudaria a reduzir a ansiedade dos investidores após a votação na Província de Buenos Aires, no início do mês. Valorização de ativos Um índice de ações argentinas negociadas nos EUA avançou quase 12%, enquanto o título 2046 subiu 6,7 centavos, alcançando 53,85 centavos de dólar, segundo a MarketAxess. O peso se valorizou 2%, cotado a 1.446 por dólar, depois que o banco central argentino utilizou mais de US$ 1 bilhão em reservas na semana passada para sustentá-lo. Apesar da recuperação dos eurobônus, os rendimentos permaneciam elevados, entre 16% e 26% para todos os vencimentos. Os investidores continuam atentos à disposição de Milei em mudar de rumo, testada tanto nas ruas quanto nos mercados. "Dependendo do escopo e da natureza, um apoio financeiro dos EUA, combinado com as medidas fiscais de exportação anunciadas nesta manhã, poderia ajudar a Milei a administrar de forma mais eficaz a atual estrutura cambial até o dia 26", disse Kathryn Exum, codiretora de pesquisa soberana da Gramercy Funds Management. Ela acrescentou que isso reduziria o ritmo de uso das reservas, atualmente em níveis insustentáveis. "A disposição e a capacidade do governo de ajustar rapidamente a política após a votação de outubro determinarão a trajetória dos preços dos títulos e a necessidade de um exercício de gerenciamento de passivos ou acesso ao mercado em 2026." O presidente da Argentina, Javier Milei, faz um discurso especial durante a 55ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, em 23 de janeiro de 2025. Reuters
22/09/2025 15:23:22 +00:00
Criança morre após cadeirinha ser arremessada em acidente; veja como evitar erros fatais no transporte infantil

Cadeirinhas infantis: veja as regras para usar cada uma Uma criança de dois anos morreu após o carro em que estava capotar na BR-376, em Paranavaí, no Noroeste do Paraná, na manhã do último domingo (21). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a cadeirinha infantil em que a criança estava foi arremessada para fora do veículo durante o acidente. De acordo com a PRF, o carro saiu da pista, atravessou a rodovia e capotou. Os demais ocupantes — incluindo a condutora, de 30 anos, duas passageiras, de 33 e 50 anos, e uma criança de cinco anos — sofreram ferimentos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp O caso reforça que não basta escolher uma boa cadeirinha infantil: é fundamental instalá-la corretamente para garantir a segurança da criança. Nesta reportagem, o g1 reúne as principais informações sobre o uso adequado da cadeirinha, e os riscos de descumprimento — que incluem multa de R$ 293,47, sete pontos na CNH e retenção do veículo. Antes de entender como instalar a cadeirinha, é preciso contextualizar quais são os tipos de assento disponíveis no mercado. Qual cadeirinha usar? A escolha e o uso correto da cadeirinha infantil ainda geram dúvidas entre pais e responsáveis, mesmo após a obrigatoriedade do equipamento em carros de passeio. A principal recomendação dos especialistas é simples: mais importante do que seguir à risca idade, peso ou altura, é garantir que a criança esteja confortável e segura no dispositivo. A regra do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) define faixas etárias para cada tipo de equipamento: Bebê conforto: até 1 ano ou 13 kg; Cadeirinha: de 1 a 4 anos ou entre 9 kg e 18 kg; Assento de elevação: de 4 a 7 anos; entre 15 kg e 36 kg ou até 1,45 m de altura; Banco traseiro com cinto de segurança: de 7 anos a 10 anos, desde que a criança tenha pelo menos 1,45 m de altura. Bebê conforto, cadeirinha e assento com elevação: os dispositivos indispensáveis para transportar crianças g1 Já o Inmetro, que certifica os produtos, classifica os dispositivos por grupos que combinam idade, peso e altura. Há modelos que abrangem mais de um grupo e podem ser usados por mais tempo. “Existem cadeirinhas certificadas que comportam de 0 kg a 25 kg, por exemplo. Outras duram praticamente todo o tempo em que a criança vai precisar usar dispositivo de retenção”, explica Gustavo Kuster, do Inmetro. LEIA MAIS Onde é mais seguro dirigir no Brasil? DF lidera e Amazonas fica na lanterna, segundo ranking nacional Yamaha Ténéré 700 está de volta por R$ 72.990 e promete acirrar disputa entre as trail; veja o teste Toyota anuncia recall de RAV4 e GR Corolla por falha no painel de instrumentos Quando trocar de equipamento? A transição entre os dispositivos deve considerar o conforto e o tamanho da criança. Um bebê que já não cabe no bebê conforto (ou tenha peso acima de 13 kg) pode ir para a cadeirinha, mesmo que ainda não tenha completado um ano. “Se ela ainda cabe naquele dispositivo, está confortável, com o cinto bem preso, pode continuar nele”, afirma Kuster. A posição do bebê conforto — voltado para o encosto do banco — é recomendada por causa da anatomia dos recém-nascidos. “O bebê nasce com a cabeça maior que o corpo, como na forma de um martelo. Nessa posição, ele fica mais protegido”, explica Celso Arruda, especialista da Unicamp. Crianças devem utilizar a cadeirinha Reprodução/PRF Assento de elevação e uso do cinto A altura é o fator mais importante na hora de dispensar o assento de elevação. Crianças com menos de 1,45 m não devem usar apenas o cinto de segurança, mesmo que tenham mais de 7 anos. O assento serve para posicionar corretamente o cinto de três pontos, que deve passar pelo peito. “Se ela ainda não tiver altura suficiente e quiser continuar usando inclusive a cadeirinha completa, sem dispensar o encosto, ainda que tenha mais de 4 anos ou mais de 36 kg, tudo bem. Desde que esteja confortável”, reforça Kuster. Onde instalar a cadeirinha? O lugar mais seguro para transportar a criança é o banco traseiro, com cinto de três pontos e o dispositivo adequado. Mas há exceções. Em carros que só têm cinto de dois pontos no banco de trás — e não há cadeirinha certificada para esse tipo de cinto — o ideal é levar a criança no banco da frente, com cinto de três pontos e o equipamento de retenção. Mas é preciso desligar o airbag, nos carros equipamentos com o dispositivo, para não eclodir em caso de acidente e causar mais danos do que proteger a criança. “Dar um jeito de fixar a cadeirinha feita para cinto de três pontos em um cinto com dois pontos é ruim”, alerta Fábio Viviani, especialista em segurança veicular. Criança de dois anos morre após cadeirinha ser ejetada de carro em acidente no Paraná PRF “Pode até parecer que ficou firme, mas nos crash tests é impressionante ver as forças envolvidas. A cadeirinha sem esse terceiro ponto de fixação não vai trabalhar da maneira como foi projetada”. Nesses casos, a recomendação é recuar o banco dianteiro ao máximo, para afastar a criança do painel. O Contran permite o transporte no banco da frente em situações específicas: Crianças a partir de 10 anos, com cinto de segurança; Quando o banco traseiro só tem cinto de dois pontos; Em veículos sem banco traseiro, como picapes de cabine simples; Quando há mais crianças do que lugares no banco traseiro — a de maior estatura pode ir na frente; Equipamentos certificados. Segundo a Senatran, apenas bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação são considerados dispositivos adequados. O Inmetro reforça que não há certificação para outros tipos de equipamentos. “Sem um equipamento certificado, ou seja, que passou por testes rigorosos, a criança não estará devidamente protegida”, afirma Viviani. Sul e Sudeste estão entre as regiões onde há a pior segurança veicular Uma das formas de prender o bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação nos carros é o Isofix, que ancora a cadeirinha ao assento traseiro do carro. Porém, a lei do Isofix foi sancionada em 2015 e somente em 2020 é que passou a ser obrigatória para todos os veículos novos fabricados ou importados no país. Conforme o estudo IRIS (Indicadores Rodoviários Integrados de Segurança) do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), estados como Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro estão entre os piores no quesito "segurança veicular", ou seja, a segurança proporcionada pelos veículos. Dentre os indicadores revelados pelo estudo, divulgado na semana passada, está o "Percentual mínimo de veículos com Isofix na frota". Estes são os 10 estados onde esse percentual é mais baixo: Rio de Janeiro: 7,03%; Distrito Federal: 7,84%; São Paulo: 7,95%; Pernambuco: 8,96%; Rio Grande do Sul: 9,17%; Amazonas: 10,29%; Paraná: 10,44%; Sergipe: 11,42%; Ceará: 11,86%; Mato Grosso do Sul: 11,90%. De acordo com a PRF do Paraná, o veículo envolvido no acidente de Paranavaí era um Mitsubishi Pajero Sport cuja primeira geração foi fabricada até 2008, ou seja, não havia obrigatoriedade de Isofix naquela época. Desinformação No início deste ano, diversas postagens sobre alterações nas regras de transporte de crianças surgiram na internet. Mas eram todas falsas, segundo o Ministério dos Transportes. “Tem circulado algumas matérias falsas falando de uma suposta modificação na lei da cadeirinha, mas a última modificação do Código de Trânsito foi em 2021 e a Resolução Contran que regulamentou a esta lei também é de 2021. De lá para cá não houve nenhuma mudança nas normas. Então fique sempre atento e não caia em fake news”, alertou o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão. Yamaha Ténéré 700 está de volta por R$ 72.990 e promete acirrar disputa entre as trail
22/09/2025 14:45:14 +00:00
Ações da Cosan desabam 18% após anúncio de capitalização de R$ 10 bilhões

Cosan Divulgação As ações da Cosan despencaram 18% nesta segunda-feira (22) após o anúncio de uma capitalização de até R$ 10 bilhões, em uma operação que pretende otimizar a estrutura de capital e fortalecer a governança do grupo, mas que também trará forte diluição aos acionistas. 🔎 A Cosan é um dos maiores grupos empresariais do país, com atuação em energia, logística e agronegócio. Controla empresas como Rumo, Compass, Moove e participa da Raízen, joint venture com a Shell. Assim, ocupa posição estratégica na infraestrutura e no setor de energia. A companhia destacou que os recursos não serão destinados à capitalização da Raízen, o que também pressionava as ações da companhia, uma joint venture entre Cosan e Shell. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça As ações da Cosan tombaram 18,13%, a R$ 6,14, liderando as perdas do Ibovespa, que recuou 0,52% nesta segunda. A Raízen recuou 7,75%, a R$ 1,19. Na mínima do dia, a Cosan chegou a R$ 5,63, o que representa uma perda de quase R$ 3,5 bilhões em valor de mercado em comparação à sexta-feira. Desinvestimento com melhor qualidade A entrada de novos sócios na Cosan é vista como um passo importante e urgente para reduzir a alavancagem financeira e dar mais tempo ao grupo para realizar desinvestimentos de forma mais estratégica, afirmaram executivos do conglomerado nesta segunda-feira. Em teleconferência para detalhar a transação, o diretor financeiro Rodrigo Araujo e o presidente da Cosan, Marcelo Martins, afirmaram que o acordo é resultado de um “longo processo competitivo”, no contexto da tentativa do grupo de reduzir seu alto endividamento, agravado pela alta dos juros no Brasil no último ano. A dívida líquida da Cosan somava R$ 17,5 bilhões ao fim do segundo trimestre. Eles ressaltaram, porém, que este não é o “único passo” de desalavancagem. A empresa seguirá buscando a venda de ativos, mas agora com mais fôlego para esperar condições de mercado mais favoráveis. "As condições de mercado para vendas de ativos têm sido bastante ruins... Nós buscamos alternativas através de investidores privados, que poderiam aportar capital resolvendo imediatamente a nossa questão da alavancagem", disse o CEO da Cosan. "Agora nós temos fôlego, temos tempo, tranquilidade, junto com nossos sócios, para definir a estratégia de desinvestimento no tempo que será necessária para chegar no endividamento próximo ou zero, que é nosso objetivo final nos próximos anos", acrescentou. Os executivos ressaltaram ainda que a operação não traz apenas ganhos financeiros, mas também de governança, por envolver dois grupos renomados, com importante experiência, e alinhados ao controlador Rubens Ometto na visão de futuro para a Cosan. A Aguassanta, veículo de Ometto, seguirá como sócia controladora da Cosan, com 50,01% das ações vinculadas ao acordo. O novo acordo de acionistas terá validade de 20 anos. Ometto, ou alguém indicado por ele, continuará como presidente do conselho de administração da Cosan por três mandatos (seis anos). A Aguassanta poderá nomear cinco conselheiros, incluindo um independente, enquanto BTG Pactual e Perfin Infra indicarão quatro, também com um independente cada. "É importante ter um acordo (de acionistas) longevo, 20 anos. Durante esses seis anos iniciais, não há mudança na estrutura, a partir daí, há possibilidade de se vincular ações... eventualmente mudando o desenho inicial estabelecido. Isso significa basicamente fazer uma transição estruturada na sucessão do acionista controlador, de forma que ele também possa continuar controlador a partir do sexto ano", disse Martins. Sobre a Raízen, que não receberá recursos da capitalização da Cosan, o diretor financeiro afirmou que a companhia segue em busca de sócios para reduzir o endividamento da produtora de açúcar e etanol. A Raízen encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de R$ 49,2 bilhões. Além da Raízen, o portfólio da Cosan inclui a Rumo, a Compass, a Moove e a Radar, que atuam em logística ferroviária, gás natural, lubrificantes e gestão de propriedades agrícolas, respectivamente. Cosan fecha acordo com BTG e Perfin A Cosan anunciou neste domingo (21) um acordo com seus acionistas e investidores estratégicos, incluindo BTG Pactual e Perfin, para estruturar duas ofertas públicas primárias de ações e captar até R$ 10 bilhões. A primeira oferta prevê a venda inicial de 1,45 bilhão de ações ordinárias, com possibilidade de acréscimo de 25%. Os investidores-âncora se comprometeram a adquirir todo o lote mínimo, assegurando R$ 7,25 bilhões, a R$ 5 por ação. A segunda oferta poderá incluir até 550 milhões de ações ordinárias, além das subscritas na primeira. O preço por ação será o mesmo, e não haverá período de lock-up — ou seja, as ações dessa etapa poderão ser vendidas imediatamente pelos investidores. As duas operações, juntas, não devem ultrapassar o limite de 2 bilhões de novas ações. Se necessário, a segunda oferta será ajustada para respeitar esse teto. Assim, o valor total a ser captado pode chegar a até R$ 10 bilhões. A Cosan informou que os recursos das duas ofertas serão destinados exclusivamente à renegociação e quitação de dívidas, visando reduzir a alavancagem e recuperar a flexibilidade financeira. Dólar fecha abaixo de R$ 5,30 e Ibovespa bate novo recorde
22/09/2025 14:24:20 +00:00
Haddad critica gastos herdados do governo anterior e impacto da ‘Tese do Século’ nas contas públicas

Haddad: Brasil tem legislação frouxa contra sonegadores O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou nesta segunda-feira (22) de um painel no evento do banco BTG Pactual, onde criticou a gestão das contas públicas herdada do governo anterior. Ele comentou sobre o aumento de despesas fixas — resultado de mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) — e também sobre a chamada “Tese do Século”, decisão que retirou o PIS/Cofins da base de cálculo do ICMS. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo Haddad, parte dos gastos atuais do governo — equivalente a 0,5 ponto percentual do PIB — foi assumida ainda em 2021, na gestão de Jair Bolsonaro. De acordo com o ministro, só os gastos com BPC e Fundeb adicionaram mais de R$ 70 bilhões ao orçamento naquele ano. “Estamos arcando com um gasto contratado em 2021 do qual não temos como sair”, declarou. Haddad destacou ainda que a arrecadação atual está próxima dos níveis de 2022. Segundo ele, em 2026, os gastos devem estar apenas 0,2 ponto percentual acima do observado três anos antes, se desconsiderado o acréscimo de 0,5 ponto relativo ao BPC e ao Fundeb. Em relação à “Tese do Século”, que retirou o PIS/Cofins da base de cálculo do ICMS, Haddad voltou a criticar a decisão. “Essa medida, sozinha, significou uma perda de arrecadação de R$ 1 trilhão. É um impacto equivalente a 10 pontos percentuais do PIB na dívida pública ao longo do tempo.” Meta fiscal e trajetória dos gastos Haddad também afirmou que, para fortalecer o arcabouço fiscal, é necessário criar condições políticas que permitam dialogar com os parlamentares sobre ajustes em algumas regras. Segundo o ministro, não há uma “norma fiscal” melhor do que o arcabouço atual. Ele também defendeu o combate a “desperdícios”, citando propostas em discussão no Congresso, como o fim dos supersalários no serviço público e mudanças na Previdência dos militares. Questionado sobre o impacto das contas públicas na trajetória dos juros — de curto e longo prazo —, o ministro afirmou que outros fatores também exercem influência. “Só com o fiscal não se explica manter a taxa de juro elevada. Como é que se justifica juro tão alto num cenário em que temos PIB crescendo, 2% de superávit e dívida pública em queda?”, indagou Haddad. Na avaliação de Haddad, a partir do próximo ano, se o ministério conseguir avançar em sua agenda, o cenário deve se estabilizar — especialmente com o apoio do Congresso e dos estados. Ainda assim, ele reconheceu que a polarização política pode dificultar esse processo. “Tem muito projeto bom para votar no Congresso. Eu gostaria que houvesse mais luz sobre a economia real, porque tem muita coisa acontecendo que vai dar sustentabilidade ao que estamos construindo.” Fernando Haddad, ministro da Fazenda, participa de evento realizado pelo BTG Pactual Divulgação/BTG Pactual
22/09/2025 13:38:23 +00:00
Latam encomenda 24 aviões da Embraer e pode ampliar pedido para até 74 unidades

Embraer faz venda bilionária para empresa americana A Latam Airlines fechou um acordo com a Embraer para adquirir até 74 aeronaves do modelo E195-E2, como parte da estratégia de expansão da malha aérea na América do Sul, segundo comunicado da fabricante. O pedido anunciado nesta segunda-feira (22) é um dos raros contratos da Embraer com uma companhia aérea nacional nos últimos anos e ocorre em meio à crise de atrasos nas entregas de aviões das gigantes Boeing e Airbus. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça As 24 aeronaves já confirmadas estão avaliadas em aproximadamente US$ 2,1 bilhões, com base no valor de catálogo. O contrato prevê 24 entregas confirmadas e outras 50 em opção de compra. As primeiras unidades devem chegar a partir do segundo semestre de 2026, inicialmente para a Latam Airlines Brasil e, posteriormente, para outras empresas do grupo. O último pedido da linha E2 — atual geração de jatos comerciais da Embraer — no Brasil foi realizado em 2018 pela Azul, única operadora desse modelo no país até hoje. A negociação foi anunciada poucos dias após a Embraer confirmar a venda de 50 jatos E195-E2 para a norte-americana Avelo Airlines, em contrato estimado em US$ 4,4 bilhões. Até agora, a Latam não utilizava aeronaves da Embraer. A frota atual da companhia é formada por 286 jatos da Airbus, 56 da Boeing e 20 cargueiros da fabricante norte-americana, segundo dados da Embraer. De acordo com a Embraer, a nova encomenda permitirá à Latam “adicionar até 35 novos destinos aos 160 já atendidos” na América do Sul, tendo o Brasil como principal mercado. Latam vai operar nova rota Uberaba-Guarulhos com aeronaves da família Airbus A320 Latam/Divulgação
22/09/2025 12:06:25 +00:00
Dólar sobe e fecha a R$ 5,33 com novas sanções dos EUA e dados econômicos no radar; Ibovespa cai

Lula fará discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU O dólar fechou em alta de 0,33% nesta segunda-feira (22), cotado a R$ 5,3376. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa, recuou 0,52%, aos 145.109 pontos, quebrando uma sequência de recordes. O mercado acompanhou as novas sanções dos EUA contra brasileiros — o que trouxe apreensão aos investidores. No Brasil, são aguardados a ata do Copom e os números do IPCA-15, que podem indicar os próximos passos da política de juros. Nos EUA, saem nesta semana dados do PIB e do consumo. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Os desdobramentos políticos e as falas de líderes do setor financeiro também estão no radar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Embora não haja previsão de encontro oficial, há expectativa de que Lula possa conversar com Donald Trump, em meio à sobretaxa de 50% aplicada por Washington sobre produtos brasileiros. ▶️ Ainda diante do impasse diplomático entre Brasil e EUA, o governo Trump anunciou nesta segunda-feira novas sanções a brasileiros, entre eles Viviane Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, e Jorge Messias, advogado-geral da União, com base na Lei Magnitsky. 🔎 A medida integra a estratégia de retaliação do governo americano à decisão do STF, que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump, a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado em agosto. ▶️ Antes da abertura do mercado, o Banco Central divulgou o boletim Focus, mostrando que os economistas mantiveram a previsão de inflação para este ano em 4,83%. Pela frente, investidores aguardam o IPCA-15, considerado a prévia da inflação, a ser divulgado na quinta-feira. ▶️ Durante a manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou do evento Macro Day do BTG Pactual. O chefe da equipe econômica criticou os gastos herdados da gestão anterior e o impacto da ‘Tese do Século’ nas contas públicas. ▶️ Nos negócios, o destaque foi para as ações da Embraer, que subiram quase 5% após a encomenda de aviões feita pela Latam. Do lado das perdas, houve o tombo de 18% da Cosan, após anúncio de capitalização de R$ 10 bilhões. ▶️ Nos EUA, o mercado acompanhou os discursos de representantes do banco central americano. Alguns deles disseram não haver espaço para novos cortes de juros neste ano. Por outro lado, documento divulgado na última decisão do Fed indica duas reduções, em outubro e dezembro. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: +0,33%; Acumulado do mês: -1,55%; Acumulado do ano: -13,63%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,51%; Acumulado do mês: +2,61%; Acumulado do ano: +20,65%. Boletim Focus O mercado passou a ver que a taxa básica de juros Selic terminará 2026 em 12,25%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central, consolidando a redução indicada no levantamento da semana passada. A pesquisa semanal anterior já havia mostrado redução da expectativa para a Selic a 12,38% na mediana das projeções, após 32 semanas de manutenção em 12,50%. Para este ano, segue a expectativa de que a taxa de juros terminará nos atuais 15%, depois de o BC ter decidido pela manutenção na semana passada, destacando que o ambiente incerto demanda cautela e que seguirá avaliando se manter os juros nesse patamar por período bastante prolongado será suficiente para levar a inflação à meta. O levantamento com uma centena de economistas mostrou ainda que a expectativa para a alta do IPCA em 2025 segue em 4,83%, com um ligeiro ajuste para baixo de 0,01 ponto percentual na conta para 2026, a 4,29%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento foram mantidas em 2,16% este ano e em 1,80% no próximo. As projeções para o dólar também não sofreram alterações, a R$5,50 e R$5,60 respectivamente. Novas sansões a brasileiros O governo dos EUA voltou a impor sanções a brasileiros, em uma ação vista como retaliação à decisão do STF, que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Donald Trump, a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado em agosto. Entre os alvos está Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes. Com base na Lei Magnitsky, a designação bloqueia todos os eventuais bens de Viviane nos EUA, além de atingir qualquer empresa a ela vinculada. Nesta segunda-feira, o governo Trump também revogou o visto de outras cinco autoridades brasileiras, em mais uma medida de retaliação contra integrantes do governo e do Judiciário. São elas: José Levi, ex-AGU e ex-secretário-geral de Alexandre de Moraes no TSE; Benedito Gonçalves, ex-ministro do TSE; Airton Vieira, juiz auxiliar de Alexandre de Moraes no STF; Marco Antonio Martin Vargas, ex-assessor eleitoral; Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, juiz auxiliar de Moraes. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que novas sanções poderão ser aplicadas a outras autoridades brasileiras “se necessário”. Ele alertou ainda que instituições financeiras brasileiras que mantiverem relações com pessoas sancionadas também poderão ser punidas. Questionado sobre a possibilidade de novas autoridades brasileiras serem incluídas, Bessent respondeu a repórteres: “Se necessário. E qualquer instituição financeira brasileira que se relacione com pessoas sancionadas deve considerar essas ações com cautela”. Indagado sobre a inclusão da esposa de Moraes na lista, Bessent declarou: “Não existe Clyde sem Bonnie”, em referência ao casal de criminosos norte-americanos que atuou durante a Grande Depressão. Dirigentes do BC americano discursam A sessão também foi marcada pelas falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). O primeiro a se pronunciar foi Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, que afirmou não ver necessidade de novos cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos neste ano, devido às preocupações com a inflação. A declaração foi feita em entrevista publicada pelo Wall Street Journal nesta segunda-feira. “Estou preocupado com a inflação, que tem se mantido elevada por um período prolongado”, disse Bostic ao “Wall Street Journal”. “Por isso, hoje eu não apoiaria uma mudança nesse sentido, mas vamos observar como a situação evolui”, acrescentou, referindo-se às taxas de juros. Vale destacar que Bostic não tem direito a voto no comitê responsável por definir a política monetária do Fed neste ano. Na sequência, o presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, defendeu o corte na taxa de juros realizado na reunião da semana passada como uma medida preventiva para proteger o mercado de trabalho. No entanto, alertou que pode haver “espaço limitado” para novas reduções, considerando que a inflação segue acima da meta de 2% estabelecida pelo Fed. "Defendi a redução de 25 pontos-base na taxa básica de juros pelo Fomc na semana passada como uma medida de precaução com o objetivo de apoiar o mercado de trabalho em pleno emprego e contra um enfraquecimento ainda maior", disse Musalem. "No entanto, acredito que há espaço limitado para mais afrouxamento sem que a política monetária se torne excessivamente acomodatícia, e devemos agir com cautela." Musalem tem direito a voto nas decisões de política monetária neste ano e afirmou que, diante do risco de uma inflação mais persistente acima da meta do Fed, a taxa de juros básica precisa se manter elevada para compensar a possibilidade de alta nos preços. Segundo ele, as tarifas estão pressionando a inflação e, embora o impacto inicial tenha sido menor do que o previsto, o efeito completo pode levar alguns meses para se manifestar, conforme as empresas ajustam seus preços. Também estão previstas para hoje declarações de Tom Barkin, do Fed de Richmond, e de Stephen Miran, recentemente indicado pelo presidente Donald Trump. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados fecharam em alta, renovando níveis recordes da sessão anterior. A principal razão para essa mudança foi a preocupação dos investidores com as novas políticas de vistos anunciadas pelo presidente Donald Trump, que geraram incertezas sobre o impacto que podem ter na economia — especialmente em setores que dependem de trabalhadores estrangeiros, como o de tecnologia. O índice Dow Jones subiu 0,14%, para 46.381,54 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,44%, para 6.693,77 pontos, e o Nasdaq Composite teve alta de 0,70%, para 22.788,98 pontos. Na Europa, os mercados encerraram o dia sem rumo definido, ainda sob influência das preocupações relacionadas às políticas de vistos dos EUA. O desempenho fraco de grandes empresas, como Porsche e Volkswagen, também reforçou o clima de cautela. A Porsche recuou após cortar suas projeções de lucro e adiar lançamentos de carros elétricos, movimento que impactou diretamente a Volkswagen, sua principal acionista. Entre os principais índices, o STOXX 600 recuou 0,13%. Na Alemanha, o DAX caiu 0,48%, e na França, o CAC 40 perdeu 0,30%. Já o FTSE 100, do Reino Unido, destoou dos demais e avançou 0,11%. Na Ásia, os mercados fecharam com resultados mistos. O destaque positivo veio da China, onde ações de empresas fornecedoras da Apple e do setor de chips subiram, impulsionadas por sinais de avanço nas negociações entre os Estados Unidos e a China. No fechamento, o índice de Xangai subiu 0,22%, e o CSI300 avançou 0,46%. Em Tóquio, o Nikkei teve alta de 0,99%, chegando a 45.493 pontos. Já em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,76%, para 26.344 pontos. Outros destaques incluem o KOSPI, da Coreia do Sul, que subiu 0,68%; o TAIEX, de Taiwan, com alta de 1,18%; e o S&P/ASX 200, da Austrália, que avançou 0,43%. Por outro lado, o índice de Singapura teve leve queda de 0,12%. Notas de dólar. Luisa Gonzalez/ Reuters
22/09/2025 12:00:05 +00:00
O que esperar do possível primeiro encontro entre Lula e Trump na Assembleia Geral da ONU

Padilha tem visto liberado pelos EUA para acompanhar Lula na ONU A Assembleia Geral da ONU de 2025, que começa nesta semana em Nova York, será o primeiro grande palco internacional em que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump poderão estar frente a frente como presidentes, em meio à escalada da crise entre Brasil e Estados Unidos. O possível encontro, ainda que sem reunião bilateral confirmada, ocorre no momento em que começaram a ser aplicadas as tarifas de 50% impostas por Washington sobre produtos brasileiros. Historicamente, o Brasil é o país que abre os discursos na sessão plenária da assembleia. Nos bastidores, fontes próximas à delegação brasileira afirmam que existe uma antessala para os presidentes antes e depois dos discursos, mas não há indicação de que eles necessariamente se cruzarão. Em entrevista à BBC News Brasil, Lula afirmou não ter "problema pessoal com o presidente Donald Trump" e declarou que, caso cruze com o republicano nos corredores das Nações Unidas nos próximos dias, irá cumprimentá-lo. "Porque eu sou um cidadão civilizado. Eu converso com todo mundo, eu estendo a mão para todo mundo." Em agosto, Celso Amorim, assessor especial da Presidência, afirmou à CNN que um encontro formal não está nos planos, mas ressaltou que "nada é imutável" desde que hajam gestos que justifiquem uma reunião. Havia expectativa de que Lula e Trump se encontrassem em junho, durante a cúpula do G7 no Canadá, mas os líderes não cruzaram caminhos. O presidente americano deixou o evento antes do encerramento, alegando a necessidade de se dedicar ao conflito no Irã, o que adiou qualquer possibilidade de gesto de aproximação. A sequência de desentendimentos começou na primeira semana de julho, quando Trump classificou as acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal como uma "caça às bruxas". Poucos dias depois, em 9 de julho, anunciou a sobretaxa de 50% sobre importações brasileiras. No dia seguinte, Lula reagiu chamando a medida de "chantagem inaceitável" e prometendo retaliar. Em 15 de julho, o governo brasileiro regulamentou a chamada Lei de Reciprocidade, estabelecendo mecanismos de resposta a sanções estrangeiras. Montagem com foto dos presidentes do Brasil Luis Inácio Lula da Silva e dos Estados Unidos Donald Trump Getty Images/BBC Na entrevista à BBC News Brasil, Lula disse que a melhor alternativa "para qualquer conflito" é "sentar em torno de uma mesa e negociar". "Se é do ponto de vista comercial, tem negociação, se é do ponto de vista econômico, tem negociação, tanto do ponto de vista de tributação, tem negociação. O que não tem negociação é a questão da soberania nacional", pontuou Lula. Em 1º de agosto, as tarifas norte-americanas entraram em vigor, e em 11 de setembro veio a condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão pelo STF, decisão que reacendeu a disputa: Trump criticou o julgamento, anunciou restrições de vistos a ministros da Corte e Lula respondeu em um artigo defendendo a democracia brasileira. No texto, publicado no jornal americano The New York Times, Lula se disse a favor de "um diálogo aberto e franco com o presidente dos Estados Unidos", mas critica duramente as tarifas impostas por Washington. "O aumento tarifário imposto ao Brasil neste verão não é apenas equivocado, mas ilógico. Os Estados Unidos não têm déficit comercial com o nosso país, nem enfrentam tarifas elevadas aqui. Pelo contrário: acumulam um superávit de mais de US$ 400 bilhões nos últimos 15 anos." Ele também rebate a ideia de que haja perseguição política no Brasil e enaltece o papel do Judiciário. "Tenho orgulho do Supremo Tribunal Federal brasileiro por sua decisão histórica, que protegeu nossas instituições e o Estado democrático de direito. Não se tratou de uma 'caça às bruxas', mas de um julgamento conduzido de acordo com a Constituição de 1988." Agora, com a ONU como pano de fundo, a presença dos dois líderes em Nova York deve ser acompanhada de perto por diplomatas e observadores internacionais. Mais do que um eventual — e, segundo especialistas, improvável — aperto de mãos, o que se mede é a disposição de Brasília e Washington para frear a escalada de atritos que, em menos de três meses, transformou divergências políticas em uma crise comercial aberta. Diálogo é improvável, dizem especialistas Para Paulo Velasco, professor de política internacional da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), as posições firmes de Brasília e Washington tornam improvável qualquer esforço real de diálogo na Assembleia Geral da ONU: "O Brasil está defendendo sua soberania e repelindo qualquer forma de ingerência externa indevida, enquanto o governo Trump acredita estar agindo corretamente, considerando que o Brasil faz uma 'caça às bruxas', para repetir o termo usado por ele." Velasco ressalta ainda que Lula não se colocará em situações que possam se tornar constrangedoras, como "alguns desafios que aconteceram com o Zelensky, por exemplo, em fevereiro na Casa Branca". Na ocasião, o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia, que tinha como objetivo a assinatura de um acordo sobre a exploração de recursos minerais, terminou em uma discussão menos amigável do que o esperado. Trump acusou Zelensky de "jogar com a Terceira Guerra Mundial" e de "não ser muito grato" pelo apoio americano, enquanto o líder ucraniano tentava interromper o americano. A tensão levou ao cancelamento da coletiva de imprensa conjunta e Zelensky deixou a Casa Branca sem o acordo assinado. "Então eu acho que o Lula não se permitirá passar — pela experiência internacional que ele tem — por uma cena constrangedora ao lado do Trump. Particularmente estou bastante cético, e não acho que a gente vai ver uma aproximação na semana que vem entre os dois, talvez sequer um aperto de mãos entre eles." Matias Spektor, professor de Relações Internacionais da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas), complementa que qualquer contato entre os líderes será meramente formal: "Eles estarão na sala de espera antes de subir ao pódio da Assembleia Geral e podem nem sequer se falar. Não haverá tempo nem equipes preparadas para negociações substantivas. O máximo que se poderá observar são sinais sutis, como a linguagem corporal ou um cumprimento rápido." Sobre os discursos, Spektor avalia que o foco será doméstico: "O púlpito da Assembleia Geral é usado para falar com os eleitores, não com outros países. Lula deve centrar o discurso na soberania, no livre comércio e nas instituições internacionais, com tom crítico ao que o Trump vem fazendo. Já Trump provavelmente falará sobre o radicalismo da esquerda e mirando sua base eleitoral nos EUA." Ele conclui lembrando o caráter político da Assembleia: "A Assembleia Geral não é um local para negociar acordos ou alianças, mas define o tom político global e indica para onde se movimenta o pensamento internacional."
22/09/2025 08:18:19 +00:00
Capixaba coloca banana em tudo? Do soteco à moqueca, fruta é protagonista na mesa e economia do ES

Do soteco à moqueca, banana é protagonista na mesa e na economia do ES Quem nunca comeu banana-da-terra frita no almoço, uma mariola ou bolo de banana quentinho no café da tarde? No Espírito Santo, a fruta in natura ou em preparos vai muito além de um simples acompanhamento. No Dia Nacional da Banana, comemorado nesta segunda-feira (22), ela mostra sua força e importância tanto na culinária quanto na economia. Quem chega de outro estado não demora muito a perceber aquilo que os moradores já estão acostumados: "o capixaba põe banana em tudo!". E isso não é só uma sensação. É fato! Prova disso é que, no Espírito Santo, a fruta aparece em pratos variados, do salgado a sobremesas. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Portanto, não é difícil encontrar banana na moqueca, em feijões tropeiros, nos vinagretes, nas tortas, cucas... E até o umbigo da fruta é utilizado em recheios de pastéis. Fora receitas típicas tradicionais, como o soteco, caldo feito com banana verde presente em comunidades quilombolas de Cariacica, na Grande Vitória. Essa relação afetiva e cultural se soma à abundância e à força econômica da fruta para o Espírito Santo. Em 2024, o estado produziu mais de 426 mil toneladas de banana, em uma área colhida de 29,1 mil hectares. A cultura gera aproximadamente 28 mil empregos em sua cadeia produtiva e movimenta mais de R$ 960 milhões por ano. Setenta e seis dos 78 municípios do estado produzem a fruta, com exceção da capital Vitória e Vila Velha, ambas da Região Metropolitana. Veja os municípios que mais produzem no ES: 🍌 Itaguaçu (46 mil toneladas) 🍌 Alfredo Chaves (44,8 mil toneladas) 🍌 Linhares (35,3 mil toneladas) 🍌 Iconha (34,8 mil toneladas) 🍌 Laranja da Terra (33,8 mil toneladas) Do soteco à moqueca, banana tem espaço na mesa e na economia do Espírito Santo. Vitor Jubini/Rede Gazeta LEIA TAMBÉM: AUMENTO DE PRODUÇÃO: Banco de material genético de banana ajuda agricultores a selecionar as melhores variedades DIVERSIFICAÇÃO: Incaper testa novas variedades de banana E fica em Cariacica, também na Região Metropolitana de Vitória, bem pertinho dos centros e da capital, o maior polo de produção de banana orgânica do Brasil, com 3 mil toneladas/ano. Esses números colocam o estado como o oitavo maior produtor da fruta do país, com produção que vai para o mercado interno, em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e também para exportação. Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), no ano passado, foram exportadas 567,4 toneladas, gerando US$ 456,8 mil para a economia local, e o principal destino das exportações do Espírito Santo foi a Argentina. Nos primeiros oito meses de 2025, já foram exportadas 23,3 toneladas, gerando US$ 26,8 mil. Banana prata lidera produção De acordo com o extensionista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Alciro Lazzarini, a produção de banana no Espírito Santo difere de outras regiões do país, que costumam ter meio a meio dos subtipos prata e nanica, também chamada de banana d’água. “Temos uma quantidade bem maior do subgrupo prata, depois a nanica e a da terra. Fica algo em torno de 80% de banana prata, 15% banana d'água e 5% de banana da terra. Essas são as produzidas em maior escala, mas temos mais de 20 variedades no estado”, pontuou. Bananal na região de Cachoeirinha, em Cariacica, Espírito Santo. Vitor Jubini/Rede Gazeta Lazzarini explicou ainda que a banana produzida no estado, tradicionalmente, está localizada em regiões naturais, de encostas, com solos propícios para o desenvolvimento da cultura. Essa área vai de João Neiva, na Região Norte, até Mimoso do Sul, no Sul. São cultivadas com nível baixo a médio de tecnologia, por isso, a produtividade é mais baixa. Mais recentemente em Linhares, também na Região Norte, surgiu uma produção de alta tecnologia, com uso de insumos e defensivos agrícolas autorizados. Por lá, a produtividade é maior. Força da cooperativa para escoar produção e garantir vendas A banana é o principal produto agropecuário de Cariacica. As três mil toneladas produzidas no ano passado representaram um aumento de 20% em relação ao ano anterior, recorde de produção da cidade. Desde 2017, a criação da Cooperativa da Agricultura Familiar de Cariacica (CAFC) ajuda a uniformizar e vender a produção no município. "A gente tinha a necessidade de buscar melhorias de vendas para os agricultores. Existia uma crise de banana naquele momento. A gente juntou os produtores para buscar mercado", lembrou o presidente da CAFC, Davi Dutra de Barcelos. Do soteco à moqueca, banana tem espaço na mesa e na economia do Espírito Santo. Vitor Jubini/Rede Gazeta Atualmente, são 347 cooperados, que já expandiram os limites de Cariacica, e estão atuando em 13 municípios, responsáveis pela comercialização de 200 toneladas por ano e faturamento de R$ 13 milhões em 2025. Municípios com atuação da cooperativa: 🍌 Cariacica, Santa Leopoldina, Viana, Alfredo Chaves, Vargem Alta, Conceição do Castelo, São Roque do Canaã, Santa Teresa, Colatina, Itarana, Baixo Guandu, São Gabriel da Palha e Aracruz. “Se não tivesse a cooperativa, os produtores ficariam nas mãos de atravessadores e não saberíamos por quanto estaríamos vendendo. Hoje, garantimos preço justo, estabilidade e a certeza de venda”, avaliou Davi. Em 2025, a cooperativa faz investimentos também em uma fábrica que deve gerar cerca de 50 empregos na comunidade de Cachoeirinha e região. Produção para outros estados… O produtor rural Sérgio Boldi é um dos cooperados da CAFC. Produz banana há 35 anos na região de Sabão, em Cariacica, e aposta na banana orgânica desde 2016. Na propriedade dele, o trabalho começa às 5h, para dar conta de dez hectares onde predomina a cultura da banana-prata orgânica. São aproximadamente 12 mil pés plantados. Em 2024, colheu 63 toneladas. Para este ano, a expectativa é de queda devido a questões climáticas, mas, ainda assim, ele está confiante. "A banana é sensível a períodos de pouca chuva, dá o cacho, mas não consegue encher, fica fininha, não consegue criar massa. Mas também é sensível ao temporal e ao vento. Como não é um caule de madeira tão forte e tem bastante folha, acaba quebrando ao meio. Este ano, o começo foi de muito vento. Acho que vai dar um pouco mais de 40 toneladas de produção", avaliou. Do soteco à moqueca, banana tem espaço na mesa e na economia do Espírito Santo. Vitor Jubini/Rede Gazeta Sérgio explicou ainda que o manejo ideal da terra e o próprio ciclo natural da banana possibilitam produção o ano inteiro, com colheitas feitas a cada 15 dias. “É uma cultura que, plantou uma vez, você vai só conduzindo. Ela vai brotando embaixo da terra, continua crescendo, e dá de novo. De abril a agosto, a produção cai bastante, mas não para. Colheu um cacho, o brotinho embaixo já vai crescendo. Em quatro meses já tem outro cacho”. Para o produtor rural, a dificuldade atualmente está na mão de obra. Por isso, vizinhos e cooperados circulam nas propriedades da região para ajudar tanto no manejo da terra como da colheita, que é feita toda de maneira manual. …e produção na mesa das filhas! A maior parte da produção do Sérgio vai para a CAFC. No entanto, existe ainda uma quantia destinada o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) de Cariacica e do governo do estado. Só no município, o produtor ajuda a abastecer 31 escolas públicas, incluindo a unidade onde as duas filhas estudam. “A gente precisa do dinheiro da renda, lógico, mas fica muito satisfeito também em colher um produto e saber que as crianças, filhos da gente, dos amigos, se alimentam com comida boa e saudável”, disse. Do soteco à moqueca, banana tem espaço na mesa e na economia do Espírito Santo. Na foto, Sérgio Boldi está com as filhas Gabriela Simões Boldi, 9 anos, e Izabela Simões Boldi, 13 anos. Vitor Jubini/Rede Gazeta Mas, afinal, capixaba coloca banana em tudo? Com destaque na produção, geração de empregos e importância para a economia, não é de se espantar que a frutra seja comum no dia a dia dos capixabas. Para o historiador capixaba e professor do curso de gastronomia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Fernando Santa Clara, a banana faz parte da identidade cultural do Espírito Santo. “Olhando para a história, a gente encontra a banana principalmente no processo de interiorização do estado. À beira-mar, não é característico que a banana fique. Nessas áreas é mais comum o coco, como foi feito pelos portugueses. [...] E a partir do momento que se começa a produzir muita banana, a princípio para consumo interno, se desenvolve a relação cultural”, pontuou. Santa Clara lembrou ainda que, em Cariacica, já no século 19 havia registros do alto consumo da fruta, inclusive em comunidades quilombolas, já que os escravizados tinham conhecimento em como lidar com a banana desde os seus antepassados na África. "É uma região que protagonizou exemplos de revolta de escravizados, que já tinham conhecimento da banana em suas multiplicidades. Eles popularizaram o Soteco, um caldo feito a partir da banana verde, de preferência nanica. Temos ainda o João Bananeira, personagem de Roda d’Água, que é exemplo do processo de ressignificação da banana além do consumo, que está no prato, mas também em outros lugares, inclusive, compondo o personagem". João Bananeira, personagem folclórico e símbolo do Carnaval de Congo de Máscaras de Cariacica, no Espírito Santo. Com rosto coberto por máscara e corpo envolvido em folhas de bananeira, representa resistência cultural e liberdade, com raízes na época da escravidão. Ricardo Medeiros/A Gazeta No entanto, a ideia de que a banana está em "todos" os pratos é mais recente. "A gente não tem registro histórico da moqueca de banana, de quando foi criada ou consumida pela primeira vez. Isso se tornou um fenômeno no começo dos anos 2000. Hoje, alguns estados até têm a banana como opção vegana de moqueca, mas no Espírito Santo o acompanhamento se aliou à moqueca tradicional, que é muito forte e não precisa nem pedir porque está subentendido que vai vir junto. Nos anos seguintes, veio essa história de que se coloca o ingrediente em tudo". Alguns pratos citados pelo professor, além do soteco e da moqueca de banana: 🍌 Moqueca de garoupa salgada com banana-da-terra: No século XIX, se comprava peixe salgado, a garoupa era muito comum, e na hora do preparo a banana da terra era utilizada para poder contrastar e tirar um pouco do sal do molho; 🍌 Cuca de banana: uma espécie de bolo de tabuleiro, comum na Região Serrana desde o século XX; 🍌 Torta capixaba e recheio de pastéis: podem ser feitos com o umbigo (ou coração) da banana, como um substituto para o palmito 🍌 Feijão tropeiro: não nasceu no Espírito Santo, e no estado é feito com banana. Ou seja, na avaliação do professor, a abundância da fruta se uniu à criatividade, passou a integrar a cultura, e ela foi parar na mesa de maneiras inusitadas. “No Espírito Santo, a banana não aparece como espessante ou escondida na farinha, mas protagonizando alguns pratos e associada a opções muito tradicionais. Eu acho que a gente usa bastante, e sabe usar muito bem, principalmente nesses pratos que criam o contraponto do doce e o salgado chama a atenção”, concluiu. Moqueca de banana-da-terra. Espírito Santo Edson Chagas Banana também é tema na Ales Duas iniciativas vindas da Assembleia Legislativa também fazem referência à importância do cultivo da banana no Espírito Santo. O Projeto de Lei (PL) 602/2024, pretende conferir ao município de Alfredo Chaves o título de "Capital Estadual da Banana". Já o PL 603/2024 propõe a instituição do "Dia Estadual da Banana", com celebração anual em 22 de setembro, quando também é comemorado o "Dia Nacional da Banana". Os projetos são do deputado delegado Danilo Bahiense, que, em sua justificativa, apontou questões econômicas e culturais da fruta para o Espírito Santo e para os produtores rurais. As duas propostas vão ser analisadas conclusivamente pelas comissões de Justiça, de Agricultura, de Turismo e Finanças e de Constituição e Justiça, mas não possuem previsão para serem votadas. Serviço: 11ª Festa da Banana de Cariacica Nos dias 4 e 5 de outubro, acontece também a 11ª Festa da Banana de Cariacica, na comunidade de Cachoeirinha. A programação é gratuita e inclui shows, gastronomia típica, turismo rural, artesanato, entre outros. Colibris do forró e Ricksom Maioli estão entre as atrações. Destaque para atividades como a Olimpíadas da Banana, que vai eleger o maior comedor da fruta, e o Tombo do Doce da Banana. 📍 Local: Sede da Cooperativa da Agricultura Familiar (CAFC), Comunidade de Cachoeirinha – Cariacica. ℹ️ Mais informações aqui. O evento uma parceria da CAFC, Associação das Mulheres Rurais de Cachoeirinha e Sabão (Asmurca), Associação dos Produtores Rurais de Cachoeirinha e Sabão (Aprucas), em parceria com a Prefeitura de Cariacica. Do soteco à moqueca, banana tem espaço na mesa e na economia do Espírito Santo. Vitor Jubini/Rede Gazeta Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
22/09/2025 07:00:57 +00:00
PIX Parcelado amplia alternativas de crédito, com custo alto e risco de inadimplência; entenda

g1 em 1 Minuto: Banco Central divulga regras do PIX parcelado ainda em setembro O Banco Central deve anunciar até o fim deste mês a regulamentação do chamado PIX Parcelado. A funcionalidade, que já é oferecida por bancos e fintechs de forma independente, passará a seguir regras mais claras para padronizar o serviço, aumentar a transparência e estimular o uso consciente desse tipo de crédito. De acordo com o BC, a novidade deve ampliar o uso do PIX no comércio, principalmente em compras de maior valor, permitindo que o comerciante receba o valor integral e à vista da venda. Além disso, pode vir a ser uma alternativa para um público de 60 milhões de brasileiros que hoje não têm acesso ao cartão de crédito. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Só que diferentemente da inclusão bancária promovida pelo próprio PIX, a modalidade de pagamentos parcelados será voltada para quem já possui vínculo com instituições financeiras e conta com linhas de crédito pré-aprovadas. “O PIX Parcelado vai ser utilizado por quem é bancarizado. Essa pessoa já tem uma linha de crédito disponível para ele, e vai poder utilizar essa linha e parcelar os pagamentos utilizando o PIX”, afirma Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços e Segurança da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). 💲 Para conseguir crédito no banco, não basta ter uma conta ativa: é preciso mostrar que se tem um bom histórico financeiro. Um dos critérios usados pelas instituições é o score de crédito, que indica se a pessoa costuma pagar suas contas em dia e manter o nome limpo. Os bancos também avaliam o tempo de relacionamento com o cliente, como ele movimenta a conta e qual é sua renda. Segundo a Febraban, desde que o PIX foi lançado, cerca de 70 milhões de pessoas passaram a usar serviços financeiros. Hoje, ele responde como o principal método de transferência entre os brasileiros, com resultados muito superiores aos seus concorrentes. Somente no segundo trimestre de 2025, o BC contabilizou 19,3 bilhões pagamentos via PIX; O número é 53,5% superior ao total de transações com cartões (crédito, débito e pré-pago), que somaram 12,6 bilhões no período; e 335% acima das cobranças por boleto, convênio e débito direto, que totalizaram 4,4 bilhões. Evolução dos meios de pagamento por trimestre no Brasil Arte/g1 Mesmo assim, o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) demonstrou preocupação com a inclusão do PIX Parcelado na chamada “agenda evolutiva” do BC. Em nota, afirmou que a modalidade funciona como um tipo de crédito com juros, taxas e contratos pouco claros, o que pode comprometer a confiança dos usuários no sistema. Para a associação, o consumidor pode ser levado a pensar que está apenas fazendo uma transferência parcelada, quando na verdade está contratando um empréstimo e assumindo uma dívida com termos que nem sempre são bem explicados. “O PIX nasceu como uma política pública de democratização dos pagamentos. Transformá-lo em um canal de crédito pouco regulado é colocar em risco essa conquista”, alerta o Idec. Custo do parcelamento, não do PIX Ao não fazer parte das funções originais do sistema, o parcelamento funciona como uma forma de crédito oferecida pelos bancos, por meio do cartão ou empréstimo pessoal. Embora o uso do PIX seja gratuito, a instituição pode cobrar juros e estabelecer outras condições para a modalidade. Marcelo Sá, diretor de Negócios do Braza Bank — uma das instituições que viabilizam o “PIX Internacional”, também disponível com parcelamento —, destaca que o custo da operação é um ponto que precisa ser esclarecido pela regulação do BC, já que os bancos envolvidos assumem o risco de crédito e precisam ser remunerados por isso. Segundo ele, entre as alternativas está a cobrança de uma taxa por transação ("fee transacional") ou o repasse de juros diretamente ao consumidor. Neste último caso, Sá afirma que o PIX Parcelado pode se tornar menos atrativo em comparação ao cartão de crédito, que costuma ser apresentado ao consumidor como uma opção sem juros. “Com taxas na casa dos 2% ao mês, por se tratar de uma operação financeira, o PIX Parcelado pode tornar a compra mais cara. [Isso porque] ainda tem a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) — o que não ocorre nos parcelamentos com o cartão.” Walter Faria, da Febraban, ressalta que as instituições financeiras não são obrigadas a oferecer o PIX Parcelado, reforçando que o sistema de transferência não conta com taxas ou juros para utilização do serviço. “A operação de crédito subjacente, sim, terá custos. Mas, como em qualquer oferta de crédito, o banco é obrigado a disponibilizar o custo efetivo total.” 💵 O custo efetivo total (CET) deve apresentar todas as despesas envolvidas na operação de crédito, como juros, impostos e tarifas. No caso do PIX Parcelado, ele ajuda o consumidor a entender exatamente quanto vai pagar ao final do parcelamento. Hoje, cada banco define as condições do PIX Parcelado — como modalidade de crédito, condições e taxas — de acordo com seus próprios critérios, já que se trata de uma forma de crédito pessoal sem exigência de padronização pela Febraban. O g1 ouviu os principais bancos e fintechs para entender de que forma estão disponibilizando o PIX Parcelado aos clientes, antes da regulação do BC. Confira a seguir: PIX Parcelado hoje conta com juros e regras próprias em cada banco Arte/g1 Crédito extra e inadimplência Voltado para quem já tem crédito pré-aprovado com uma instituição financeira, pelo menos três grupos de pessoas devem ser os principais alvos do PIX Parcelado, avalia a economista Carla Beni, professora da FGV e membro do Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo (Corecon-SP). Quem tem crédito aprovado, mas não possui um cartão desse fim: será uma nova forma de parcelar compras maiores, como de eletroeletrônicos. "Quase como um carnê do passado", aponta; Quem já tem cartão de crédito, mas viu vantagem no uso: que permite comparar as taxas de juros entre o PIX Parcelado, ou unir o uso com o pagamento à vista para a entrada, aproveitando descontos; Quem busca crédito adicional: pessoas que já esgotaram seus limites de cartão de crédito poderão usar o PIX Parcelado como uma linha de crédito extra, inclusive em outras instituições. “O cartão de crédito está entre os principais itens da inadimplência à pessoa física. Será importante ver como o PIX Parcelado se encaixará nesse cenário, ainda mais para as rendas mais baixas, que o parcelamento virou uma espiral viciante. O próprio varejo te estimula: no supermercado a pessoa do caixa pergunta se você quer dividir no cartão”, diz Beni. O Relatório de Crédito do Ministério da Fazenda, com dados do BC, mostra que o cartão de crédito se tornou o principal responsável pelas dívidas dos brasileiros. Só em julho, o pagamento parcial da fatura — o chamado rotativo — foi a causa de 60,5% dos casos de inadimplência entre pessoas físicas. Nos últimos 10 anos, esse tipo de dívida cresceu dentro do conjunto de pendências financeiras. Juros e calote disparam no cartão de crédito em 10 anos Arte/g1 O Idec frisa que o aumento das dívidas tem afetado, sobretudo, as famílias de baixa renda — justamente aquelas que já enfrentam obstáculos para acessar modalidades de crédito convencionais e condições financeiras mais vantajosas. “O que se apresenta como ‘acesso ampliado ao crédito’ pode, na prática, significar armadilhas financeiras e aprofundamento da desigualdade”, afirma a entidade sobre o PIX Parcelado. Por isso, caso o BC decida seguir com a proposta, o Idec recomenda alguns cuidados: Evitar o uso da marca PIX, criando uma identidade própria para o novo serviço; Seguir as mesmas regras dos demais produtos de crédito, com contratos claros e direitos garantidos; Adotar medidas reais contra o superendividamento, como análise de risco proporcional e limites de contratação; Permitir que a funcionalidade seja ativada apenas por iniciativa do usuário, que deve ter controle sobre todo o processo; Realizar uma consulta pública ampla, priorizando a proteção do consumidor, e não apenas a inovação financeira. O g1 procurou o Banco Central para falar sobre a regulação do PIX Parcelado, mas a instituição não concedeu entrevista. Pix enviado por engano pode virar caso de polícia Reprodução/Redes sociais
22/09/2025 06:00:31 +00:00
CNH Social: quem tem direito à carteira de motorista gratuita? Veja perguntas e respostas

Lula sanciona CNH social e veta exame toxicológico para categorias A e B Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em junho deste ano, a CNH Social é um programa para emitir a carteira de habilitação sem qualquer custo. Por se tratar de um programa assistencial, a CNH Social tem como objetivo atender a uma parcela específica da população, seguindo estes critérios: 🙋 Ter 18 anos ou mais; 🪪 Ser a primeira CNH; 📋 Ter cadastrado no Cadastro Único (CadÚnico) como titular ou dependente; 💰 Ter renda de até meio salário mínimo (R$ 706), incluindo famílias com este valor por integrante. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Confira abaixo as principais dúvidas sobre como funciona a CNH Social: O que é a CNH Social? O que a CNH Social cobre? Quando a nova regra começa a valer? Quem pode se inscrever no CadÚnico e como fazer o cadastro para ter acesso à CNH Social? Quais estados já contam com CNH Social? A CNH Social vale para quais categorias? A CNH Social pode ser usada para trabalhar como motorista? O exame toxicológico é exigido? Como acompanhar a abertura de vagas para a CNH gratuita? O que é a CNH Social? A CNH Social, conhecida como carteira de motorista gratuita, foi sancionada em junho deste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela não cria um novo tipo de documento, mas estabelece uma nova forma de emissão da habilitação sem custos. 🚗 Na prática, a nova legislação determina que os recursos arrecadados com o pagamento de multas de trânsito também poderão ser usados para pagar o processo de obtenção da carteira de motorista de cidadãos. 📲 Como o programa utiliza a mesma carteira emitida pelos estados, a CNH Social também garante o acesso à versão digital da carteira por meio do aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT). Pelo app, é possível consultar e pagar multas, além de baixar o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV). Volte para o início. O que a CNH Social cobre? Segundo as regras, estes são os custos cobertos pelo programa: 🩺 Exame médico; 🧑‍⚕️ Exame psicológico; 📝 Aulas técnicas; 🛣️ Aulas práticas; 🧾 Taxa da prova; 🧾 Taxa de uma segunda prova, caso o candidato não passe na primeira; 🪪 Taxa de emissão da CNH. A CNH Social cobre todos os custos do processo de habilitação, exceto a taxa para refazer a prova a partir da terceira tentativa. Volte para o início. Quando a nova regra começa a valer? As novas regras já estão em vigor, desde o dia 12 de agosto de 2025. A regulamentação, com detalhes sobre inscrições, critérios e funcionamento, é de responsabilidade do governo e dos Detrans de cada estado. As inscrições também serão definidas pelos órgãos estaduais e municipais. Alguns estados já iniciaram o programa, como: Amazonas; Acre; Espírito Santo; Goiás; Rio Grande do Sul; Rondônia. Já outros ainda não divulgaram os detalhes do cronograma de inscrições, como: Tocantins; Sergipe. Volte para o início. Quem pode se inscrever no CadÚnico e como fazer o cadastro para ter acesso à CNH Social? O primeiro passo para participar da CNH Social é estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico). O programa é voltado para famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Para se cadastrar, é preciso ir pessoalmente a um posto do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) ou a outro ponto de atendimento indicado pela prefeitura da sua cidade. O responsável familiar deve apresentar: CPF ou título de eleitor; Documento com foto; Comprovante de residência (ou declaração); Documentos dos demais membros da família (RG, CPF, certidão de nascimento ou casamento, etc.). O cadastro é gratuito e deve ser atualizado a cada dois anos ou quando houver mudanças na renda ou na composição familiar. Depois dessa etapa, é só acessar o site do Detran do seu estado e seguir as orientações, que podem variar conforme a região. A CNH Social geralmente está disponível em menus relacionados à habilitação. Volte para o início. Quais estados já contam com CNH Social? Últimos dias para se inscrever no programa 'CNH Social' em Rondônia O Brasil tem pelo menos 17 estados com programas que oferecem a primeira habilitação de forma gratuita. Outros dois estão em fase de implementação. Alguns foram criados antes da nova lei, enquanto outros começaram após a sanção da CNH Social pelo presidente Lula. Confira os detalhes de cada um nos links abaixo: Acre (CNH Social); Alagoas (CNH Baixa Renda e CNH do Trabalhador); Amazonas (CNH Social); Bahia (CNH da gente e CNH na escola); Ceará (CNH Popular) Distrito Federal (CNH Social); Espírito Santo (CNH Social); Goiás (CNH Social); Mato Grosso (Ser Família CNH Social); Mato Grosso do Sul (CNH MS Social); Pará (CNH Pai D'égua e para mães atípicas — leia mais); Paraíba (Habilitação Social); Rio Grande do Norte (CNH Popular); Rio Grande do Sul (CNH Social); Rondônia (CNH social); Roraima (CNH cidadã); Sergipe (CNH social). O Amapá criou o programa Habilita Amapá, que já foi sancionado pelo governador, mas ainda não está em funcionamento. A expectativa é que comece a operar ainda em 2025. Tocantins já sancionou a lei que institui o Programa CNH Cidadã, nome adotado pelo estado para a CNH Social. No entanto, o Detran ainda não divulgou as regras para o cadastro dos interessados. Volte para o início. A CNH Social vale para quais categorias? A nova legislação estabelece que a CNH Social contempla as seguintes categorias: 🏍️ A: essa categoria autoriza a condução de veículos de duas ou três rodas, como motocicletas, motonetas, ciclomotores e triciclos, inclusive com carro lateral. 🚗 B: essa categoria é voltada para veículos com peso bruto total (PBT) de até 3.500 kg, incluindo automóveis de diversos tipos, picapes e vans com capacidade para até oito ocupantes, já considerando o motorista. 🏍️🚗 AB: essa categoria reúne as permissões das categorias A e B em uma única habilitação. As demais categorias, como C, D e E, não estão incluídas na CNH Social, mas os estados têm autonomia para ampliar a oferta e incluir outras além de A, B e AB. Volte para o início. A CNH Social pode ser usada para trabalhar como motorista? Sim. A CNH obtida pelo programa tem a mesma validade legal de qualquer outra. Ou seja, o beneficiário poderá trabalhar como motorista profissional, desde que atenda os critérios adicionais exigidos para atividades remuneradas, como: Mudança para categoria C, D ou E (a depender do veículo), Exame toxicológico (obrigatório para essas categorias), Registro de atividade remunerada (EAR) na habilitação, mesmo nas categorias A ou B. Volte para o início. O exame toxicológico é exigido? Exame Toxicológico para condutores no AP Fabiano Menezes-Detran/divulgação A lei aprovada pelo Congresso previa a exigência de exame toxicológico também para categorias A e B (moto e carro). No entanto, o presidente Lula vetou esse trecho da proposta. Assim, o exame continua sendo obrigatório apenas para as categorias: 🛻 C: voltada para motoristas que conduzem veículos de carga com peso bruto total superior a 3.500 kg, como caminhões leves e picapes de grande porte, incluindo modelos como a RAM 3500. 🚌 D: voltada para motoristas que transportam oito ou mais passageiros em veículos como vans e ônibus, geralmente utilizados em serviços de transporte público ou privado; 🚛 E: voltada para motoristas habilitados nas categorias B, C ou D que conduzem veículos com unidades acopladas, como trailers, reboques e semirreboques, com capacidade superior a 6.000 kg. Volte para o início. Como acompanhar a abertura de vagas para a CNH gratuita? Embora o programa esteja previsto no Código de Trânsito Brasileiro, que possui validade em todo o país, a aplicação das regras, o gerenciamento das inscrições e a definição do número de vagas são responsabilidades de cada Detran, conforme o estado. Por isso, é necessário acessar o site do Detran do seu estado. As informações sobre a CNH Social, incluindo a abertura de vagas e orientações para inscrição, costumam estar disponíveis em seções relacionadas à habilitação. Volte para o início.
22/09/2025 05:00:15 +00:00
Mel não é tudo igual: conheça os principais tipos feitos no Brasil e por que alguns custam até R$ 600

Conheça os principais tipos de mel produzidos no Brasil 🍯Você sabia que existe mel que não vem de flores? Ou que tem um sabor levemente salgado que lembra queijo? Nos supermercados, é comum encontrar apenas alguns tipos, geralmente produzidos por abelhas africanizadas (com ferrão). Em muitos casos, o rótulo nem informa qual é a flor que dá origem ao mel — o que significa que o produto é um blend, ou seja, uma mistura de diferentes méis. Isso, porém, não reflete a enorme diversidade existente no Brasil. Há variações de cor, textura e sabor — que vai do mais doce ao mais ácido. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Entre os exemplos mais curiosos estão o mel de bracatinga, que não vem de flores, mas de uma substância açucarada eliminada por insetos (cochonilhas), e o mel de borá, feito por abelhas sem ferrão, com sabor suave e um toque salgado que lembra queijo. Assim como o borá, outros méis de abelhas nativas sem ferrão — como jataí e mandaçaia — são raros e, por isso, mais caros: o litro pode chegar a R$ 600, segundo a pesquisadora Fábia de Mello, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 👉🏼 Abaixo, nesta reportagem, você vai entender a diferença entre os tipos de abelha com e sem ferrão e descobrir os méis mais curiosos produzidos no país. Mel de abelhas com e sem ferrão Abelha da espécie Apis mellifera (abelha-africanizada) Muhammad Mahdi Karim / Wikimedia Commons A abelha-africanizada é a espécie com ferrão mais comum no Brasil, embora não seja nativa do país. Ela forma colônias maiores, trabalha por mais horas ao longo do dia e, por isso, produz mais mel. Os tipos de mel produzidos por ela são classificados conforme a florada, ou seja, as flores das quais as abelhas coletam o néctar. Entre os principais estão: laranjeira, eucalipto, silvestre, cipó-uva e bracatinga. (Veja mais abaixo!) Já as abelhas sem ferrão, nativas do Brasil, produzem menos mel por formarem colônias menores e terem menor tempo de atividade diária. E isso ajuda a explicar o preço mais alto. “O litro do mel da abelha-africanizada custa, em média, R$ 47. Já o das abelhas sem ferrão começa em R$ 120 e pode chegar a R$ 600 o litro”, explica Fábia de Mello, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Atualmente, são conhecidas mais de 250 espécies dessas abelhas no país, e cerca de 100 têm iniciativas de criação, segundo Kátia Aleixo, bióloga e mestra em entomologia (estudo dos insetos). Diferente do mel das abelhas africanizadas, que recebe o nome da florada, o mel das abelhas sem ferrão é identificado pela espécie que o produz. Entre os mais conhecidos estão os méis de jataí, mandaçaia, tiúba e borá. Esses méis também têm ganhado espaço na alta gastronomia, por conta do sabor mais ácido e da textura mais líquida. Isso ocorre porque eles contêm mais água, o que favorece a fermentação natural. Conforme a bióloga Kátia Aleixo, esse processo, combinado ao tipo de abelha e aos potes de cerume onde o mel é armazenado, contribui para criar sabores únicos. Os principais tipos de mel Mel de diferentes espécies de abelhas e de diferentes floradas Cristiano Menezes 🐝Méis de abelha com ferrão Laranjeira Mel de laranjeira exibido no programa Bem-Estar em 2013 Reprodução/Bem Estar De coloração clara e sabor levemente ácido, esse mel é comum no Brasil, sendo produzido principalmente em São Paulo e Minas Gerais. Eucalipto De cor mais escura, é rico em minerais e tradicionalmente usado como expectorante. É produzido nas regiões Sul e Sudeste. Bracatinga Reportagem especial sobre o mel de bracatinga no programa Globo Repórter (2018). Também chamado de melato, é um mel produzido a partir de um líquido açucarado liberado por pequenos insetos (cochonilhas) que se alimentam da seiva da árvore de bracatinga, típica da Região Sul do Brasil. Tem coloração escura, menor teor de glicose e é rico em minerais, segundo a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A). Silvestre Quando rotulado como silvestre, significa que o mel é produzido a partir de diversas flores. É encontrado em todo o Brasil, especialmente em apiários próximos a vegetação nativa. Cipó-uva Quase transparente, esse mel é produzido principalmente em regiões de Cerrado, como em Minas Gerais. 🐝Méis de abelha sem ferrão Borá Considerado uma iguaria, tem sabor suave com um leve toque salgado — que lembra queijo. Conforme a bióloga Kátia Aleixo, vai bem com saladas, pratos salgados e carnes leves, como peixe. Jataí Esse tipo de mel tem cor clara, gosto suave com leve acidez e aroma que lembra madeira. É valorizado por propriedades medicinais e encontrado em várias regiões do país. Mandaçaia É um mel claro, quase transparente em alguns casos, com sabor suave e leve toque cítrico. Produzido principalmente no Sul e Sudeste. Tiúba ou Uruçu-cinzenta Tem sabor bem doce e aparência translúcida. Possui aroma marcante de flores e é produzido especialmente no Maranhão e Pará. No Brasil, os méis mais comercializados são os produzidos pelas abelhas-africanizadas Pexels/Pixabey De onde vem o que eu como: Mel Como a tarifa de Trump impacta o mel brasileiro
22/09/2025 05:00:12 +00:00
CNU: governo divulga locais de provas nesta segunda; veja como acessar

CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever A 13 dias das provas do Concurso Público Nacional Unificado(CNU), o Ministério da Gestão divulga nesta segunda-feira (22), às 18h, o cartão de confirmação de inscrição do processo seletivo. O documento informa o endereço onde cada candidato realizará as provas objetivas, marcadas para 5 de outubro. (veja como vai funcionar) ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. As provas serão aplicadas em 228 cidades distribuídas pelas cinco regiões do país. (veja mapa abaixo) Os candidatos foram alocados nos locais de prova de acordo com o CEP informado no momento da inscrição. O cartão também traz dados como o número definitivo de inscrição, os horários das provas e eventuais informações sobre atendimento especializado ou uso do nome social. 💻 COMO ACESSAR: O candidato deve entrar na mesma página utilizada para a inscrição: inscricao-cpnu.conhecimento.fgv.br. É necessário fazer login com os dados da conta gov.br e acessar a Área do Candidato. Embora não seja obrigatório, o Ministério da Gestão e a FGV recomendam levar o cartão impresso no dia da prova para facilitar a localização da sala. No mapa abaixo, é possível pesquisar o nome da cidade e verificar se ela está entre os locais onde serão aplicadas as provas objetiva e discursiva. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). 📆 Confira o cronograma oficial Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso
22/09/2025 03:00:35 +00:00
Cosan fecha acordo com BTG e Perfin para captar até R$ 10 bilhões com emissão de ações

Cosan Divulgação A Cosan firmou um acordo com seus acionistas e investidores estratégicos, incluindo BTG Pactual e Perfin, para estruturar duas ofertas públicas primárias de ações e captar até R$ 10 bilhões, informou a empresa em fato relevante neste domingo (21). A primeira oferta envolverá a venda inicial de 1,45 bilhão de ações ordinárias, com possibilidade de acréscimo de 25%. Os investidores-âncora se comprometeram a comprar toda a quantidade mínima prevista, garantindo um valor de R$ 7,25 bilhões, a R$ 5 por ação. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A segunda oferta envolverá até 550 milhões de ações ordinárias, sem contar as subscritas na primeira. O preço por ação será o mesmo da primeira oferta, e não haverá período de lock-up — ou seja, as ações emitidas nesta etapa poderão ser vendidas imediatamente pelos investidores. As duas operações, somadas, não devem exceder o limite de 2 bilhões de novas ações. Caso necessário, a segunda oferta será ajustada para garantir o cumprimento desse teto. Com isso, o valor total a ser captado pode alcançar até R$ 10 bilhões. A Cosan informou que os recursos das duas ofertas serão destinados exclusivamente à renegociação e quitação de dívidas, com o objetivo de reduzir a alavancagem e recuperar a flexibilidade financeira.
22/09/2025 02:30:39 +00:00
Confira receita de doce de abóbora

Doce de abóbora Reprodução / Globo Rural O Globo Rural deste domingo (21) mostrou como preparar o doce de abóbora. Confira a receita a seguir. Ingredientes 2 kg de abóbora jacaré (abóbora rústica); 500 g de açúcar cristal; 2 caixas de leite condensado; 400 ml de leite coco; 6 cravos; 4 cavacos de canela. Modo de preparo Descasque a abóbora. Deixe cozinhar por cerca de 30 em um litro de água com a canela e o cravo. Depois disso, amasse ou bata no liquidificador. Junte no tacho a abóbora amassada, o açúcar, o leite condensado, o leite de coco e o coco ralado. Deixe cozinhar por 30 minutos. Mexa até ficar com a consistência de uma calda mais grossa, para evitar que a abóbora grude no fundo da panela. ➡️Veja mais receitas do Globo Rural
21/09/2025 11:30:12 +00:00
Etanol: centro de estudos da USP aponta 1ª queda nos preços após sete semanas de reajustes em SP

Etanol Reprodução O movimento de sete altas consecutivas no preço do etanol hidratado começou a perder força na primeira semana de setembro em São Paulo. A demanda reduzida pelo biocombustível explica a interrupção nos reajustes nas cotações, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o campus da USP em Piracicaba (SP). O levantamento, divulgado na sexta-feira (19), aponta que o Indicador Cepea/Esalq do hidratado foi de R$ 2,7813 o litro, sem ICMS e PIS/Cofins, entre os dias 8 e 12 de setembro. O valor equivale à desvalorização de 0,06% frente ao período anterior. "As distribuidoras realizaram pequenas aquisições fora do mercado paulista. Inclusive, o volume de hidratado captado no spot ao longo da última semana foi o menor da safra 2025/26. No comparativo anual, a quantidade negociada caiu pela metade, uma redução de 48,4%", aponta o Cepea. Do lado vendedor, a participação foi tímida, com vendas pontuais. Anidro segue firme O levantamento do Cepea mostra também que os preços do etanol anidro seguem firmes, mas o volume comercializado também foi restrito. O Indicador Cepea/Esalq fechou a R$ 3,274 o litro, sem considerar os impostos. Uma alta de 2,85%. Quanto às exportações, em agosto, o total de etanol embarcado pelo Brasil somou 178,6 milhões de litros, 2,74% a mais que no mês anterior e se caracterizando como um recorde, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea. Julho: menor volume de vendas O volume de etanol hidratado - álcool comum utilizado para abastecimento de veículos - vendido na primeira semana de julho no Estado de São Paulo foi o menor da safra 2025/26, que teve início em 1º de abril deste ano. A quantidade, em litros, foi de quase 20 milhões a menos, representando uma queda de 40,4% quando comparado ao período anterior. Etanol: entenda o que faz movimento de quedas nos preços do biocombustível perder força O Cepea aponta que os compradores de etanol se mantiveram abastecidos com as compras feitas em semanas anteriores e, por isso, se afastaram do mercado, que é quando a entrega da mercadoria é imediata com pagamento à vista. Já os agentes de usinas, por outro lado, guiados pelos estoques de combustível reduzidos, mantiveram os valores pedidos na maior parte dos casos. Apesar da baixa nas vendas, os preços oscilaram pouco, indica o Cepea. O indicador do centro monitora os valores no estado sem impostos como ICMS e PIS/COFINS. Veja abaixo 👇 Etanol hidratado: de 30 de junho a 4 de julho, o indicador fechou em R$ 2,6055 o litro, uma queda de 0,17% diante do período anterior; Etanol anidro (álcool com baixo teor de água): fechou, no mesmo período, em R$ 2,9996 o litro, um aumento de 0,11% em comparação com o período anterior. Cultivo da cana-de-açúcar no interior de São Paulo Claudia Assencio/g1 Queda nos preços perdeu força em junho O preço do etanol hidratado registrou quinto período de queda consecutivo no mercado spot do estado de São Paulo, quando a entrega da mercadoria é imediata com pagamento à vista, na primeira quinzena de junho de 2025. De acordo com o pesquisadores do Cepea, porém, o movimento de recuo no valor do biocombustível perdeu a força. "Isso porque muitos vendedores estiveram mais firmes nos preços pedidos", explica. 🌧️As chuvas em regiões produtoras dificultaram as atividades agrícolas e, consequentemente, a moagem nas indústrias, contexto que reduziu o volume disponível no spot. ✈️A recente valorização do petróleo no mercado internacional e o aquecimento da demanda, diante da proximidade do feriado desta semana, também deram certa sustentação aos preços do etanol no spot paulista. 📉De 9 a 13 de junho, o Indicador Cepea/Esalq, o etanol hidratado fechou em R$ 2,5 o litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), ligeira queda de 0,35% frente ao do período anterior. O Indicador Cepea/Esalq do etanol anidro fechou a R$ 2,9 o litro, no valor líquido. Gasolina ou etanol? Saiba como escolher o combustível mais vantajoso Maio: maior queda da safra Levantamento do Cepea mostrou que o preço do etanol hidratado caiu com mais força na última semana de maio devido ao aumento da oferta. De acordo com o centro de pesquisas, as chuvas registradas em algumas regiões de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul paralisaram pontualmente as atividades nas unidades industriais, mas com pouco efeito sobre as cotações. De modo geral, pesquisadores do Cepea explicam que a postura de demandantes foi de cautela. Em especial no fechamento do mês, as filas de retiradas de etanol nas usinas diminuíram. De 26 a 30 de maio, o indicador Cepea do hidratado fechou em R$ 2,6100 o litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 2,83% no comparativo ao período anterior – foi a maior queda da safra 2025/26. Para o anidro, o indicador Cepea/Esalq caiu 1,62%, a R$ 3,0564/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
21/09/2025 11:01:45 +00:00
Chegada da primavera marca início da safra de mel

A florada das laranjeiras tem impulsionado a produção de mel no interior SP Reprodução/TV TEM Na cidade de Ubirajara (SP), os apiários e os pomares de laranja dividem o mesmo espaço, onde as abelhas são responsáveis pela polinização e ainda recolhem o néctar necessário para a produção de mel. O apicultor José Luís está há 30 anos trabalhando com abelhas e laranjas. Ele explica que a florada exige uma preparação cuidadosa para que as abelhas consigam realizar o seu trabalho e, assim, obter uma boa safra do fruto e do mel. O sabor e a qualidade do mel dependem de outras flores também, como a cipó uva, que deixa o mel mais escuro e com sabor intenso. Já a flor de laranjeira deixa o mel um pouco mais claro. Essa variedade é um dos fatores que valorizam o produto, já que cada florada deixa suas marcas no aroma e na textura. Em Alvinlândia (SP), outro apicultor, Eduardo Zanella, trabalha com 300 colmeias espalhadas pela região, onde a localização delas está cercada por flores de cipó, eucaliptos e laranjais, que garantem bastante opções para a polinização das abelhas. Ele lembra que no último ciclo, conseguiu retirar cinco toneladas de mel. Este ano, ele espera ter um crescimento de até 50%, podendo chegar a dez toneladas. Os fatores climáticos também interferem na produção, pois, se a temperatura passar dos 28 °C, a quantidade de néctar diminui. O manejo também exige técnica e segurança. Por exemplo, as colmeias de abelhas africanizadas, conhecidas pela sua agressividade, só podem ser acessadas com equipamentos de proteção e o uso controlado de fumaça para deixar as abelhas calmas. Todos esses cuidados com as flores, com as abelhas e com a natureza garantem tipos de mel que sejam de boa qualidade. O mel brasileiro movimenta a economia com exportação interna e externa. Veja a reportagem exibida no programa em 21/09/2025: Início da primavera marca início da safra de mel VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
21/09/2025 10:30:26 +00:00
Morango está em pico de safra em Piedade

Caixas de morango colhidas em propriedade rural de Piedade (SP) TV TEM/Reprodução Em Piedade (SP), município conhecido pela produção de hortaliças, o cultivo do morango tem ganhado cada vez mais espaço nos últimos anos. A fruta, de formato delicado e cor intensa, chama atenção dos consumidores e tem garantido uma renda importante para pequenos produtores da região. A agricultora Vanessa Moreti cultiva cerca de 15 mil pés de morango em seu sítio. A produção permite colher aproximadamente 15 mil caixas com quatro cumbucas cada. Para ela, o retorno financeiro da fruta é significativo. O agricultor Jorge Rodrigues também investe no cultivo. O produtor colhe, em média, 15 caixas por dia, mas no pico da safra, a quantidade chega a 20 caixas diárias. No espaço ainda pequeno, Jorge mantém o otimismo e planeja aumentar a produção nos próximos anos. Tanto Vanessa quanto Jorge optaram pela variedade San Andreas, desenvolvida há quase 20 anos na Califórnia (EUA), conhecida pelo sabor e pela resistência. Apesar do investimento no morango, os agricultores não deixam de diversificar a produção, mantendo também hortaliças. Na estufa de Jorge, a plantação fica mais protegida, o que reduz os efeitos do clima e traz outras vantagens. Segundo ele, o cultivo em ambiente controlado ajuda a manter a qualidade da safra. Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), Piedade é o maior produtor de morango da região de Sorocaba (SP). Só no ano passado, o município foi responsável por mais de 1,1 milhão de caixas de 4 quilos. O ponto alto da safra vai de setembro a novembro e, se o clima colaborar, os agricultores esperam bons resultados também neste ano. Veja a reportagem exibida no programa em 21/09/2025: Morango está em pico de safra em Piedade VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
21/09/2025 10:30:24 +00:00
Produtores colhem safra de trigo no interior de SP

Produtores colhem safra de trigo no interior de SP Com o tempo seco e ensolarado, as colheitadeiras avançam pelos campos de trigo do interior paulista. O dourado da paisagem, característico do final da safra, se transforma em grãos que devem garantir uma produção histórica em 2025. Em Avaré (SP), o produtor rural Luiz Antonio Jovelli Júnior trabalha em uma área de 250 hectares. Ele afirma que a safra está melhor do que a do ano passado, mesmo com a ocorrência de geadas que atrapalharam parte do desenvolvimento das espigas. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp “A geada afetou um pouco a formação do grão, mas, no geral, o resultado é positivo. A produtividade surpreendeu”, disse o agricultor. De acordo com estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), São Paulo pode colher até 350 mil toneladas de trigo em 2025, o que representaria a melhor safra dos últimos três anos. A produtividade média deve chegar a 4 toneladas por hectare. Segundo a Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) de Avaré, o sudoeste paulista concentra 95% da produção do cereal no estado. A maior parte do trigo colhido fica no mercado interno, reforçando a importância da cultura para a economia regional. Apesar do bom volume, os preços não têm animado os produtores. Em 2024, o valor pago pelo trigo foi considerado mais atrativo. “Neste ano, os custos de produção estão altos e os preços não acompanharam. Isso preocupa bastante para o planejamento da próxima safra”, comentou Luiz Antonio. Após a passagem das máquinas, a palha deixada no campo tem papel fundamental na preservação do solo. Além de proteger contra erosão, ajuda na manutenção da umidade e serve de base para a rotação de culturas. Para muitos agricultores, como Luiz Antonio, o trigo funciona como uma cultura de inverno que abre espaço para o plantio da soja nos meses seguintes. “O trigo garante movimento na fazenda e ainda prepara a terra para a próxima safra. Mas a gente fica de olho nas tarifas e nos custos, que pesam cada vez mais”, completou o produtor. Com o avanço da colheita, a expectativa é de que os trabalhos se estendam por até dois meses em algumas propriedades da região. Para técnicos e agricultores, o desempenho da safra confirma o potencial do trigo em São Paulo, mas também reforça a necessidade de políticas que garantam preços justos e estabilidade para o setor. Safra de trigo em SP deve ser a melhor dos últimos três anos, aponta projeção da Conab Reprodução/TV TEM VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
21/09/2025 10:30:20 +00:00
Curral sustentável: dejetos de animais se transformam em fertilizantes, energia e gás de cozinha no ES

Projeto ajuda a transformar esterco em biogás para serem usados nas plantações no ES Do que antes era apenas sujeira no chiqueiro, hoje sai gás para cozinhar e adubo para plantar. Em Linhares, no Norte do Espírito Santo, produtores rurais estão transformando os dejetos de animais em fertilizantes e biogás, trazendo economia e fortalecendo a produção com o uso de biodigestores. Um dos pioneiros foi o agricultor André Agostini, que possui mais de 100 animais, entre porcos e aves. Ele recebeu o equipamento em 2023, dentro de um projeto do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp “Foi muito eficaz, gera um gás de qualidade, dá destino correto ao dejeto dos animais. A gente faz a limpeza do chiqueiro, das baias e coloca lá no alimentador”, contou o produtor. Dejetos dos animais viram economia e sustentabilidade em fazendas do ES Douglas Abreu Segundo André, a instalação trouxe economia imediata: "A casa da minha mãe se desligou do gás de botija, não houve mais necessidade de comprar. Para atender a duas residências, eu teria que ter mais animais, mas para uma casa já é o suficiente", explicou. Como funciona O biodigestor mistura 50% de esterco e 50% de água. Dentro do sistema, ocorre a fermentação da matéria orgânica, que resulta em dois produtos: o biofertilizante, utilizado na horta e em árvores frutíferas, e o biogás, canalizado direto para o fogão. Biodigestor usado para transformar dejetos em gás e adubo Douglas Abreu De acordo com o agrônomo e extensionista do Incaper, Daniel do Nascimento Duarte, trata-se de uma tecnologia acessível: “O biodigestor é uma tecnologia social. Ele recebe os dejetos de suínos, bovinos ou ovinos e transforma em gás para a cozinha e em biofertilizante para a lavoura. É uma solução simples, que pode ser adaptada à realidade de cada produtor” Economia no campo Outro beneficiado foi o produtor rural Valdeci da Silva Campin, que utiliza o equipamento há cerca de um ano e meio. Ele coleta o esterco do gado e alimenta o biodigestor diariamente. “Jogamos na horta, na pimenta e, se sobrar, a gente joga no café, nos pés de laranja também. Tem o gás também, até hoje não deu problema. A gente economiza uns 20 botijões de gás, em torno de R$ 2.500”, disse o agricultor. O investimento inicial, segundo ele, foi de R$ 6.500, em 2023. Desde então, não houve necessidade de manutenção dos equipamentos. “Funciona bem, não dá mal cheiro e não tem o risco igual aos botijões. Se der algum vazamento, não explode. É muito bom o projeto”, destacou Valdeci. Sustentabilidade O Incaper estimou que ao menos cinco famílias de Linhares já utilizam a tecnologia. A expectativa é que o uso seja ampliado, já que o modelo se adapta a pequenas e grandes propriedades. “Não é uma tecnologia nova, mas queremos mostrar que ela pode ser implementada em pequenas propriedades no Espírito Santo. É uma solução para quem tem poucos animais e também para quem possui uma produção maior. O biodigestor se adapta à necessidade do agricultor”, explicou Daniel Duarte. Para os produtores, a iniciativa representa economia, sustentabilidade e segurança no campo — um exemplo de como os resíduos que antes eram descartados podem virar energia e fertilidade para o futuro. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
21/09/2025 07:01:32 +00:00
Reforma tributária: parte das empresas do Simples terá que optar por modelo novo ou antigo; entenda vantagens e desvantagens

Impasse entre entidades pode atrasar reforma tributária A reforma tributária sobre o consumo manterá as regras atuais para o microempreendedor individual (MEI) e para as empresas com vendas somente ao consumidor, mas obrigará as empresas do Simples Nacional que vendem para outras pessoas jurídicas a escolher o melhor sistema de tributação. Milhões de negócios no país que operam desta forma terão de optar entre regras atuais e o novo sistema — que permitirá o abatimento de impostos pagos em etapas anteriores da produção. Atualmente, a maioria das vendas do Simples não transfere crédito, o que mudará com a reforma. Analistas ouvidos pelo g1 dizem que as regras criadas na reforma tributária, com o uso dos chamados créditos tributários, tende a trazer desafios para esses empreendedores, tais como: necessidade de uma melhor organização da contabilidade, pois será necessário um detalhamento maior nas notas fiscais; atenção à cadeia de fornecimento, pois impostos não pagos em cadeias anteriores não poderão ser abatidos; impossibilidade de atrasar o recolhimento dos impostos, no caso de pagamentos eletrônicos, por conta do super sistema da Receita Federal, que está em fase de testes. 👉🏽 Integrantes da equipe econômica governo federal afirmam, porém, que o novo método de tributação, com uso de créditos tributários, será vantajoso "na grande maioria dos casos" em relação ao sistema atual para as empresas do Simples Nacional que operam vendendo para outras empresas. Reforma tributária: pequenos empresários terão de fazer escolha Divulgação Escolha de sistema e clientes O advogado especialista em Direito Tributário Thiago Santana Lira, sócio do Barroso Advogados Associados, explicou que uma das escolhas mais relevantes para o microempreendedor será entre permanecer apenas no modelo simplificado ou adotar o regime chamado de "híbrido". No regime híbrido, empresas que vendem para outras empresas continuam recolhendo o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), mas o IBS e a CBS, futuros impostos sobre o consumo dos estados, municípios e do governo federal, serão apurados separadamente. Segundo o tributarista, isso permite que as empresas compradoras de seus produtos e serviços, geralmente de maior porte, façam o abatimento dos tributos pagos nessa etapa da cadeia. "Quem atua no meio da cadeia produtiva e não aderir ao híbrido pode perder mercado, porque o cliente [empresa compradora] não terá como aproveitar créditos tributários na compra”, alertou Lira. O secretário especial do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, admite que o pequeno empresário terá de lidar com o sistema que separa, no momento da venda, o valor do imposto que tem de ser pago ao governo federal, estados e municípios. "Isso pega todas as empresas. Isso é bom para o país. [...] O efeito é reduzir enormemente a sonegação, a fraude. Tem muita fraude, tem muita nota fria no Brasil hoje. Isso acaba com a nota fria. A gente tem um ganho relevante. As empresas vão ter que fazer conta para escolher qual o melhor sistema, sim", afirma Appy. Reforma Tributária traz mudanças para os MEIs a partir de 2026 Appy lembrou que não haverá alteração para a maioria das empresas, por serem microempreendedores individuais, cerca de 60% das empresas do Simples, ou por venderem para o consumidor final, o varejo. "Para o MEI, não muda absolutamente nada. Permanece exatamente como é hoje para o pequeno tomador de serviço, para o cabeleireiro, pequeno comércio e pequeno varejo. O MEI não tem opção de entrar no sistema do débito e crédito", reforçou Appy. De acordo com o secretário, mesmo se o pequeno empresário que operar vendendo para outras empresas optar por migrar para o sistema híbrido, a pessoa jurídica continua no sistema simplificado para a tributação do lucro e da folha de salários. "A opção para esse sistema regular de débito e crédito, na grande maioria dos casos, vai ter benefícios. Vai aumentar a competitividade em relação à situação atual", acrescentou. Fluxo de caixa a fornecedores O diretor do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), Carlos Pinto, acredita que os pequenos empresários adotarão o novo regime por uma "questão mercadológica" — sob a pena de perder clientes, compradores que não poderão aproveitar os créditos tributários. As mudanças podem ocasionar a "extinção" das empresas que não estiverem preparadas, alerta o especialista. Além disso, Carlos Pinto observou que, ao ingressarem no sistema "híbrido", as companhias podem ter dificuldade de fluxo de caixa, por pagarem o imposto antecipado. "No momento em que paguei e já separei o imposto, você vai ter a repercussão no fluxo de caixa. Será que o empresário consegue viver sem o dinheiro do imposto rodando no caixa dele?", questionou. Pinto também apontou a necessidade que o microempresário terá de acompanhar se os vendedores de insumos estão pagando corretamente seus tributos, requisito para permitir o uso dos créditos tributários. "Hoje você gera um crédito, sendo você não precisa se preocupar a empresa [que vendeu insumos] pagou seu imposto. Com a reforma tributária, esse crédito só vai ser gerado pelo adquirente se o imposto tiver sido pago [na etapa anterior]", explicou. Superintendência da Receita Federal, em Brasília. Marcelo Camargo/Agência Brasil Pelas contas do Ministério da Fazenda, cerca de 6,5% das vendas do Simples Nacional destinadas a empresas tributadas por meio do lucro real podem ter alguma perda de competitividade em relação ao modelo atual, o equivalente a 1,3% do total das vendas do regime. "Se ninguém puder perder absolutamente nada em relação ao que a gente tem hoje, não muda o sistema tributário. Só que o sistema tributário [atual] impede o país de crescer. Empresas que representam 1,3% [das vendas do Simples] vão ter uma perda pequena. Estamos falando de 1,1% do valor do faturamento", disse Appy. Por outro lado, o governo argumenta que as empresas que operam no meio da cadeia terão benefício duplo, seus insumos ficarão mais baratos e o custo de venda, por sua vez, também será menor. Limites do Simples Fazem parte do Simples, pelas regras atuais: microempreendedor individual que fatura até R$ 81 mil por ano; transportador autônomo de cargas que fatura até R$ 251,6 mil por ano; microempresas com até R$ 360 mil por ano; empresas de pequeno porte com até R$ 4,8 milhões anuais. Na reforma tributária, que está em fase de regulamentação, foi criada também uma nova categoria de empreendimentos que será isenta da cobrança dos novos impostos: os nanoempreendedores. Esse grupo será formado empreendedores com receita bruta anual inferior a R$ 40,5 mil. Prazos da reforma tributária O novo sistema da Receita Federal que vai viabilizar o pagamento antecipado do imposto, calcular e permitir o abatimento de impostos pagos em etapas anteriores da produção está em fase de testes e funcionará em 2026 sem gerar cobrança efetiva, a alíquota será de 1%, que poderá ser abatida em outros tributos. A partir de 2027, quando haverá extinção do PIS/Cofins, o sistema do "split payment" começará a operar em toda a economia para a CBS (tributo federal), focado nas negociações entre empresas — o chamado "business to business", sem abranger o varejo. De 2029 a 2032, haverá a transição do ICMS estadual e do ISS municipal para o IBS, com a redução gradual das alíquotas do ICMS e do ISS e o aumento gradual da alíquota do IBS (o futuro tributo sobre consumo dos estados e municípios).
21/09/2025 07:01:08 +00:00
Onde é mais seguro dirigir no Brasil? DF lidera e Amazonas fica na lanterna, segundo ranking nacional

Estudo do Observatório de Segurança Viária expõe desempenho dos estados brasileiros Reprodução/Rota das Bandeiras O Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) divulgou nesta semana um estudo que classifica os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal (DF) em um indicador de segurança viária. O DF aparece como o local mais seguro para dirigir no país. Segundo o levantamento — que considera uma série de critérios — o Amazonas (AM) é o estado com menor segurança para os motoristas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp O estudo, chamado IRIS (Indicadores Rodoviários Integrados de Segurança), mostra que o DF obteve quatro pontos de cinco possíveis. A capital federal aparece bem à frente dos estados da Região Norte, que concentram os piores resultados do ranking. Na segunda colocação está o Rio Grande do Sul (3,86), seguido por Goiás, Paraná e Rio de Janeiro, empatados em terceiro lugar com 3,71 pontos cada. No outro extremo, além do Amazonas (1,86), estão Pará (2,14), Amapá, Maranhão e Roraima (2,29 cada) entre os piores desempenhos. O IRIS faz uma ressalva importante: mesmo que um estado registre poucos casos de infrações, isso não significa necessariamente que ele seja um exemplo de segurança viária. Em muitos casos, o número baixo pode refletir apenas a falta de fiscalização. Ranking de segurança viária no Brasil: Distrito Federal – 4,00 Rio Grande do Sul – 3,86 Goiás, Paraná, Rio de Janeiro – 3,71 São Paulo – 3,57 Ceará, Mato Grosso do Sul, Rondônia – 3,29 Espírito Santo, Mato Grosso, Pernambuco – 3,14 Paraíba, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins – 3,00 Minas Gerais – 2,86 Bahia – 2,71 Amapá, Maranhão, Roraima – 2,29 Pará – 2,14 Amazonas – 1,86 Metodologia do IRIS O projeto IRIS avaliou os estados e o DF com base em sete pilares do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans): Gestão da Segurança no Trânsito; Vias Seguras; Segurança Veicular; Educação para o Trânsito; Vigilância, Promoção da Saúde e Atendimento às Vítimas; Normatização e Fiscalização; Indicadores de Mortalidade. Destaques por pilar Veja como estado se saiu em cada aspecto avaliado pelo estudo. Gestão da Segurança no Trânsito Avalia governança viária, integração ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT), qualidade dos dados do RENAEST (Registro Nacional de Sinistros e Estatísticas de Trânsito) e transparência dos Detrans. Melhores: DF (10), SP (8,1), MS (7,7), RJ (7,7), MT (7,4); Piores: BA (1,7), TO (1,6), RN (1,6), RR (1,1), PI (0,6), PA (0,4), AP (0). Vias Seguras Analisa pavimento, sinalização e extensão de rodovias em condições ruins. Melhores: SP (10), DF (8,5), MS (8,1), AL (8,0); Piores: MG (4,9), PA (4,4), MA (4,1), AP (3,9), AM (0,6), AC (0). Segurança Veicular Considera itens como airbags, freios ABS e ISOFIX, além da renovação da frota. Melhores: PA (10), MA (9,7), TO (8,8), RR (8,7), MT (8,7), AC (8,0); Piores: SC (3,2), PR (1,2), DF (1,2), RS (0,4), SP (0,1), RJ (0). Educação para o Trânsito Avalia comportamento dos condutores e efetividade da fiscalização. Melhores: RS (10), TO (9,1), SC (9,1), ES (9,1), MG (8,5), SE (8,2); Piores: PA (5,7), MT (5,6), PB (5,4), PI (3,3), RR (0,9), AM (0). Vigilância, Promoção da Saúde e Atendimento às Vítimas Considera número de profissionais de saúde, leitos per capita e estrutura hospitalar. Melhores: RO (10), RS (9,0), GO (8,5), PI (8,1), PB (8,0), PE (7,8) Piores: SP (4,0), AC (3,4), AP (2,7), PA (2,2), AM (1,1), SE (0) Normatização e Fiscalização Avalia cobertura tecnológica, eficiência na aplicação da lei e registro de infrações. Melhores: DF (10), GO (4,5), CE (3,4), RJ (3,4), TO (2,7), PB (2,5); Piores: AL (0,8), MA (0,6), RR (0,5), RO (0,3), AM (0), AC (0). Indicadores de Mortalidade Mede taxas de óbitos por veículos, habitantes e quilômetros rodados. Melhores: SP (10), DF (10), RS (8,6), AP (8,5), RJ (8,5), AC (8,3); Piores: PB (3,7), MT (3,7), MA (2,9), AL (2,4), TO (2,0), PI (0). Desigualdades regionais O painel revela contrastes claros: enquanto o DF, estados do Sul e parte do Centro-Oeste concentram os melhores indicadores, os estados do Norte dominam a faixa inferior do ranking. Para os especialistas do ONSV, esse desequilíbrio expõe fragilidades históricas em infraestrutura, fiscalização e atendimento às vítimas nessas regiões. “O objetivo é transformar os dados apresentados pelas unidades da Federação em informações mínimas para uma melhor gestão do trânsito nas respectivas áreas de atuação”, afirma o Observatório. Yamaha Ténéré 700 está de volta por R$ 72.990 e promete acirrar disputa entre as trail
21/09/2025 07:01:06 +00:00
Aneel prepara protocolos após ver risco de colapso no sistema com excesso de produção de pequenas hidrelétricas, eólicas e solares

Após identificar risco de colapso no sistema elétrico devido ao excedente de energia renovável produzida, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai estabelecer protocolos para controlar melhor parte dessa oferta, a começar pela geração sob controle das distribuidoras. 🔌O novo procedimento vai afetar inicialmente a operação de pequenas hidrelétricas e, na sequência, a mini e microgeração distribuída, modalidade formada por consumidores que geram a própria energia e recebem desconto na conta de luz ao injetar o excedente na rede. A geração que deve ser afetada pela mudança de protocolo está fora da rede básica, não é controlada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), mas também impacta na operação do sistema elétrico. ☀️A expectativa é que se encontre uma solução também para as grandes usinas controladas pelo ONS. Mesmo seguindo a programação do operador, as gerações eólica e solar causam sobreoferta em determinados períodos do dia, a depender das oscilações do vento e incidência da radiação solar. Os encaminhamentos foram dados após a Aneel se reunir nesta sexta-feira (17) com o ONS e a Associação Brasileira de Distribuidores do Sistema Elétrico (Abradee). O g1 apurou que o ONS apresentou um diagnóstico do problema durante a reunião. Além disso, outro ponto colocado na mesa de discussão foi o de que, se o ONS vai atuar sobre essas usinas, precisa haver protocolos claros, como se daria esse corte, quantidade, atualização dos procedimentos de operação, porque os cortes não foram pensados para esse tipo de geração. Em nota ao g1, ONS explicou que, na reunião, "apresentou as linhas gerais da proposta do Plano de Gestão de Excedentes de Energia na Rede de Distribuição", que será enviado à Aneel até 31 de outubro. "Caso seja preciso, a ANEEL avaliará as medidas regulatórias necessárias em complementação à regulação existente para viabilizar a implementação do Plano", complementa o operador. Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, explica a mudança em estudo. "As usinas podem estar ligadas à [rede local de] distribuição e podem estar ligadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). As usinas que estão ligadas na distribuição não têm uma interlocução direta. Quando precisa desligar alguma coisa, o ONS fala diretamente com as empresas ou usinas eólicas e solares que estão interligadas ao SIN. Agora, se precisar desligar a geração, [o ONS] vai pedir as distribuidoras que atuem juntas às usinas que estão ligadas na distribuição para que elas também sejam desligadas", explica. 💡Ou seja, o ONS só faz cortes nas usinas de transmissão. Com o protocolo, também serão alcançadas as empresas de distribuição de energia. Notícia parece boa, mas pode ser problema Aneel mantém bandeira vermelha patamar 2 em setembro O debate ocorre no momento em que o Brasil tem produzido muito mais energia renovável do que precisa. Parece ser uma notícia boa, mas, para o sistema elétrico, tem sido um problema. 🔋Essa energia a mais está vindo principalmente dos parques eólicos e solares do Nordeste. O excedente ameaça a segurança do sistema elétrico brasileiro. Quando isso acontece, o ONS Elétrico pede que usinas sejam desligadas, e isso tem ocorrido diariamente. Os dias 4 de maio e 10 de agosto foram simbólicos para o ONS, pois se identificou que o alto percentual de micro e minigeração distribuída (MMGD) existente no Sistema Interligado Nacional (SIN) poderia levar a uma incapacidade do controle da frequência e da tensão no sistema. Diretoria colegiada da Aneel durante reunião Divulgação/Agência Nacional de Energia Elétrica
21/09/2025 07:01:02 +00:00
Dólar mais fraco: por que Trump parece agir para desvalorizar a moeda — e qual sua estratégia

Donald Trump durante pronunciamento à imprensa na Casa Branca, em 5 de setembro de 2025 Reuters/Brian Snyder O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem implementado uma série de medidas que parecem ter um objetivo implícito: enfraquecer o dólar. Para economistas ouvidos pelo g1, a criação de um cenário "caótico" — com o aumento de tarifas e seus ataques ao Federal Reserve (Fed), o banco central americano — evidencia as intenções do republicano. O sucesso da empreitada, porém, é incerto. A economia americana enfrenta desafios estruturais e o dólar sustenta há anos sua hegemonia global. Não por acaso, o desejo de enfraquecer a moeda não é novidade: ex-presidentes dos EUA já tentaram outras estratégias. (leia mais abaixo) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Trump declarou em algumas ocasiões seu incômodo sobre a moeda americana. Em julho, antes de uma viagem à Escócia, por exemplo, disse gostar de um dólar forte, mas ponderou que é possível "ganhar muito mais dinheiro” com uma moeda mais fraca. “Quando temos um dólar forte, acontece uma coisa: soa bem. Mas você não tem turismo. Não consegue vender tratores, não consegue vender caminhões, não consegue vender nada”, afirmou. “É bom para a inflação, e só.” Na prática, a valorização da moeda é vista como um obstáculo para a tentativa do republicano de reduzir o déficit da balança comercial dos EUA. Isso porque, quanto mais forte a moeda, mais caros ficam os produtos americanos para outros países — impactando as exportações. 🔎 O déficit comercial ocorre quando os EUA compram mais produtos do exterior do que conseguem vender para outros países. Quando acontece o contrário (ou seja, quando entra mais dinheiro do que sai), o resultado é chamado de superávit. O economista André Perfeito avalia que, ainda que empresas globais atendam aos desejos de Trump e transfiram parte da produção para os EUA, a medida não bastaria para equilibrar as contas externas do país, que vêm registrando déficits consecutivos. “Não adianta nada eu tarifar o mundo em 15% se a minha moeda está 15% mais forte. Dá zero a zero. Então, existe um debate de que o dólar precisa se enfraquecer, e as ações do Trump caminham nessa direção", afirma. Para André Roncaglia, diretor-executivo do Brasil no FMI e professor licenciado da UnB, o objetivo de Trump é depreciar o dólar sem que a moeda perca o status hegemônico de uma moeda de reserva global. "A ideia, evidentemente, é tentar conseguir uma demanda por dólar do ponto de vista estrutural — ou seja, que continue sendo demandado como um ativo de reserva e utilizado como uma moeda de transações", diz. Efeito Trump As tarifas em larga escala impostas pelo republicano reforçam a percepção de instabilidade econômica, afetando o comércio em escala global. Uma das consequências tende a ser justamente o enfraquecimento do dólar, mesmo sendo a moeda mais segura do mundo. Esse movimento foi observado logo após o tarifaço de Trump, em abril, período em que a moeda americana ampliou suas perdas frente a países desenvolvidos. O principal receio é de maior inflação e desaceleração da economia norte-americana. O índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de outras seis moedas fortes, como o euro e o iene japonês — já acumula queda de mais de 10% em 2025, diante da política comercial e econômica adotada pelo republicano. As incertezas também impulsionaram a cotação do ouro ao longo da gestão Trump. O metal precioso — considerado um ativo seguro e buscado por investidores em cenários de instabilidade — subiu quase 40% em 2025. Enquanto isso, o real, embora seja uma moeda emergente, se beneficia do enfraquecimento do dólar e já acumula valorização de quase 14% em 2025. No pregão da sexta-feira (19), a moeda americana fechou cotada a R$ 5,32, refletindo também o diferencial de juros entre Brasil e EUA. "Não é o real que está forte, é o dólar que está fraco. Ou seja, não é necessariamente o Brasil que está fazendo algo melhor. Nesse caso, seis é diferente de meia dúzia", analisa André Perfeito. De modo geral, a força do dólar se deve à sua demanda como moeda global de reserva, explica o economista. Para ilustrar, ele faz uma analogia: "Assim como uma rede social, o dólar é usado porque 'todo mundo usa'". Segundo Perfeito, essa característica dá aos EUA um "privilégio exorbitante", permitindo que os americanos consumam em grande escala e importem bens do mundo todo, sem que o dólar se desvalorize naturalmente — como acontece com outras moedas diante de um déficit comercial. Não é desejo só de Trump A força do dólar também traz um custo para o país. Por isso, de tempos em tempos, governos americanos buscam formas de reduzir seu valor para reequilibrar as contas externas, explicam os especialistas. Eles citam ao menos três momentos na história: ➡️ Em 1971, o presidente Richard Nixon fechou a "janela dourada", encerrando a conversão do dólar em ouro para outros países. Essa medida unilateral desvalorizou significativamente a moeda americana, mas impulsionou a inflação nos EUA e foi sucedida de alta na taxa de juros. ➡️ Em 1985, houve o Acordo de Plaza. O governo de Ronald Reagan, junto com a Alemanha Ocidental, Japão, Reino Unido, Canadá e França, interveio no câmbio para enfraquecer o dólar e reduzir o déficit comercial dos EUA. Ainda assim, os gastos elevados e o déficit fiscal — formando o “déficit gêmeo” — limitaram os efeitos sobre as contas externas. ➡️ Em 2009, após estourar a crise do subprime, o governo de Barack Obama tentou que a China valorizasse o yuan, enquanto mantinha juros baixos e expandia a base monetária. Apesar disso, o dólar permaneceu forte, sustentado pela demanda global por ativos seguros. Roberto Dumas, professor de economia do Insper, reforça que a guerra comercial é a estratégia de Trump para tentar desvalorizar o dólar e estimular as exportações dos EUA. Segundo ele, porém, o plano provavelmente não produzirá os resultados esperados no médio ou longo prazo. Dumas, que é autor do livro "China x EUA: Como a economia global e a geopolítica se comportarão no pós-pandemia", ressalta que o problema das contas externas do país não se resolve apenas com o enfraquecimento do dólar ou tarifas, já que está ligado também à baixa poupança doméstica e ao alto consumo. Ele cita como exemplo as medidas de gestões anteriores, que não obtiveram sucesso. “As ações de Trump refletem uma compreensão equivocada de conceitos macroeconômicos. Os EUA enfrentam problemas porque gastam demais e têm baixa poupança doméstica. Se poupassem mais, seja no setor público ou privado, as dificuldades externas seriam menores", diz. Ataques ao Fed Os economistas consultados pelo g1 apontam os ataques de Trump ao Fed como outra maneira de tentar desvalorizar o dólar. André Roncaglia, diretor-executivo do Brasil no FMI, explica que a estratégia visa diminuir a entrada de capitais no país. "Reduzindo as taxas de juros e ativando um pouco mais a circulação de crédito, a tendência é eventualmente você não ter uma entrada tão forte de capitais nos EUA, porque outros lugares começam a se tornar mais interessantes", explica. "Assim, os investidores continuam demandando o dólar, mas em outros lugares. Aí você não gera pressão no câmbio. Há apenas uma leve tendência de desvalorização, mas continua mantendo o papel do dólar como moeda de reserva", acrescenta. A ofensiva de Donald Trump contra o Fed ganhou destaque nas últimas semanas. Após meses criticando o presidente da instituição, Jerome Powell — a quem já chamou de "burro" e "teimoso" — o republicano passou a mirar na indicação de nomes alinhados à sua agenda econômica. Na última quarta-feira (17), o Fed reduziu as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual (p.p.), para a faixa de 4% a 4,25% ao ano. Foi o primeiro corte em nove meses. O único voto contrário foi de Stephen Miran, indicado ao Fed pelo presidente Donald Trump, que defendeu reduzir os juros em 0,50 ponto, para o intervalo de 3,75% a 4% ao ano. O papel das stablecoins A redução na taxa básica de juros dos EUA, desejada por Trump, tende a pressionar os rendimentos dos títulos do Tesouro americano — papéis que o governo emite para financiar suas despesas. Rendimentos mais baixos podem tornar os títulos menos atrativos, levando alguns investidores a buscar outros mercados, mesmo que a demanda possa ser sustentada pelo caráter seguro desses ativos. Segundo especialistas, para conter uma possível queda na demanda pelos papéis do governo, a gestão Trump introduziu a possibilidade do uso de stablecoins (moedas digitais atreladas a ativos, geralmente dólares) como forma de sustentar o mercado. 🔎 Em julho, Trump sancionou o Genius Act, a primeira lei federal dos EUA a regulamentar stablecoins. A norma cria um marco regulatório destinado a assegurar a estabilidade e a confiança dessas moedas digitais, com regras rigorosas sobre reservas e transparência. A regulamentação das stablecoins, nesse contexto, busca garantir a credibilidade dessas moedas, exigindo que sejam lastreadas por ativos seguros, como os títulos da dívida pública americana — o que, como efeito, pode gerar uma demanda estrutural por esses papéis. "Imagine que estou emitindo uma stablecoin. Eu te aviso que vale US$ 100 e você me dá esse valor. Então, o que eu faço com os US$ 100? Compro o título do governo americano", exemplifica o economista André Perfeito. Dessa forma, a stablecoin funciona como uma intermediária: os usuários compram a moeda digital, e o emissor utiliza os fundos recebidos para adquirir títulos do governo. André Roncaglia, diretor-executivo do Brasil no FMI, explica que esse processo eleva o preço dos títulos e reduz a taxa de juros cobrada. "Então, a redução dos juros pelo Fed estaria sendo acompanhada por esse processo, com o investidor estrangeiro aceitando uma taxa menor para financiar a dívida do governo americano, que é bastante pressionada", diz. Os economistas ponderam, no entanto, que não se sabe se essa estratégia terá sucesso. "É difícil saber, pois há muitos fatores envolvidos", acrescenta Roncaglia. "Depende da própria aceitação do mercado. Ou seja, se vão comprar essa ideia ou não", conclui. Pela 1ª vez em 9 meses, Fed reduz juros dos EUA para faixa de 4% a 4,25% ao ano
21/09/2025 06:00:22 +00:00
'Calamidade': fazendeiros dos EUA enfrentam crise após tarifaço e pedem ajuda ao governo

Plantação de trigo em Oklahoma, nos Estados Unidos, em foto de junho de 2024 REUTERS/Nick Oxford Agricultores dos Estados Unidos estão enfrentando uma grave crise causada pela queda nos preços das safras e as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump contra a China e outros países. Em estados rurais como Arkansas e Dakota do Norte, parlamentares pressionam o governo para que os fazendeiros recebam ajuda emergencial. Mesmo políticos republicanos, aliados de Trump, alertam para a gravidade da crise no campo. "Os agricultores estão passando por um dos piores momentos econômicos que já vi em toda a minha vida", disse à agência Reuters o deputado republicano Glenn Thompson, da Pensilvânia. Segundo quatro parlamentares ouvidos pela Reuters, já há negociações com o Departamento de Agricultura e outras autoridades para aprovar um pacote de ajuda ainda este ano. O senador republicano John Hoeven, da Dakota do Norte, disse que está discutindo com o governo um pacote semelhante ao adotado no primeiro mandato de Trump. Na ocasião, o governo pagou US$ 23 bilhões aos agricultores para compensar as perdas da guerra comercial com a China. Segundo a agência, os parlamentares dizem que o novo pacote precisa superar essa quantia para mitigar os problemas do setor rural. LEIA TAMBÉM: China aumenta compras de soja do Brasil e produtores dos EUA pedem ajuda a Trump Tarifaço vai aumentar preço do café nos EUA, dizem exportadores brasileiros Primeiro mês do tarifaço teve impactos diferentes em cada região do Brasil Endividamento No começo de setembro, quase 500 agricultores do Arkansas se reuniram com parlamentares republicanos do Estado e alertaram que podem não conseguir pagar empréstimos tomados com os bancos para a compra de sementes. "A agricultura é feita como uma roleta russa. Você precisa pagar o empréstimo para voltar a cultivar no próximo ano", disse o fazendeiro Scott Brown à Reuters. O deputado republicano Rick Crawford, que representa a região do Arkansas onde ocorreu a reunião, disse que o setor precisa de uma sinalização positiva, mesmo sem a aprovação imediata do pacote. "O que os agricultores e banqueiros precisam, acima de tudo, é de um forte sinal de que haverá dinheiro. Senão, veremos muitas calamidades financeiras na América rural", alertou o parlamentar. Em resposta aos pedidos, o governo americano disse que poderá usar a receita das tarifas para financiar o programa de ajuda. A possibilidade foi citada pela secretária da Agricultura, Brooke Rollins, em entrevista ao Financial Times na quinta-feira (18). Ela disse que as medidas serão anunciadas “em breve”. Guerra comercial com a China afeta soja Produtores de soja enfrentam perdas após a China suspender as compras do grão em meio à disputa comercial. O país asiático deixou de reservar importações da safra de setembro a janeiro, o que pode causar prejuízos de bilhões de dólares. Enquanto isso, o país asiático aumentou as compras de soja brasileira para atender a demanda interna. Em agosto, a Associação Americana de Soja alertou Trump, em carta, que o setor está "à beira de um precipício comercial e financeiro". "Os produtores de soja dos EUA não podem sobreviver a uma disputa comercial prolongada com nosso maior cliente”, afirmou o presidente da associação, Caleb Ragland. Na Dakota do Norte, os produtores Josh e Jordan Gackle disseram ao New York Times que terão perda de US$ 400 mil neste ano em sua fazenda de 930 hectares, devido à suspensão das compras chinesas. Segundo o jornal, antes das tarifas de Trump, mais de 70% da soja produzida na Dakota do Norte era exportada para a China. “Tudo isso é desnecessário. Os EUA não foram forçados a entrar nessa situação por ninguém”, disse Jordan Gackle ao New York Times. Acordo com EFTA é aposta do Brasil para ampliar mercados após tarifaço
21/09/2025 05:00:18 +00:00
Mega-Sena hoje: resultado do concurso 2917 e números sorteados; ninguém acerta as 6 dezenas e prêmio acumula em R$ 48 milhões

G1 | Loterias - Mega-Sena 2917 Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.917 da Mega-Sena, realizado na noite deste sábado (20), em São Paulo. O prêmio previsto o próximo sorteio, na terça-feira (23), é de R$ 48 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 06 - 19 - 38 - 41 - 46 - 57 Confira quantas apostas foram premiadas no concurso 2917: Ninguém conseguiu os 6 acertos, e a premiação acumulou para R$ 48 milhões; 5 acertos: 48 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 49.174,73; 4 acertos: 3.456 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 1.125,79. Números do concurso 2917 da Mega-Sena Divulgação/Caixa O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (23). Para apostar na Mega-Sena Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1
20/09/2025 23:12:20 +00:00
Por que a Costa Rica é o país que mais vem atraindo milionários estrangeiros na América Latina

A migração de milionários disparou desde a pandemia, segundo o sócio-diretor da empresa The Agency Costa Rica, Andrés Riggioni GETTY IMAGES A Costa Rica é o país onde mais aumentou o número de milionários estrangeiros na América Latina na última década, segundo um ranking de migração de pessoas com patrimônio elevado. O relatório Private Wealth Migration Report 2025 ("Relatório de migração de riqueza privada 2025", em tradução livre), elaborado pela consultoria Henley & Partners, indica que a velocidade de crescimento foi de 76% nos últimos 10 anos, o que coloca a Costa Rica no sexto lugar do ranking mundial. A empresa com sede em Londres comercializa programas de venda de passaportes e autorizações de residência em mais de 40 países. Ela estima que cerca de 8,4 mil estrangeiros tenham migrado para o país centro-americano e prevê que outros 350 chegarão à Costa Rica em 2025. O estudo define "milionário" como a pessoa que detém patrimônio superior a US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões) em "ativos líquidos" (bens e valores que podem ser facilmente transformados em dinheiro em espécie, como, por exemplo, ações, fundos em contas bancárias, certificados de depósito ou bônus), excluindo outros bens, como imóveis. O relatório considera o aumento do número de expatriados ocorrido ao longo da última década. Mas o grande salto migratório na Costa Rica se deu após a pandemia. Leia ainda: Como único não-herdeiro entre os 10 jovens mais ricos do Brasil fez fortuna A covid-19 representou um marco no fluxo de milionários para o país, segundo Andrés Riggioni, sócio-diretor da empresa imobiliária The Agency Costa Rica, especializada no mercado de luxo. Este fato gerou um boom da construção ou compra de propriedades de luxo, com rápido aumento dos preços no mercado imobiliário. Este aumento se verificou especialmente nas regiões costeiras, que viram seus imóveis duplicarem de valor em apenas um ou dois anos. A covid-19 gerou uma mudança de mentalidade em todo o mundo, entre as pessoas que têm a liberdade e o dinheiro necessário para morar no país que preferirem. O fenômeno ficou conhecido como o "efeito pandemia" sobre os fluxos de riqueza, segundo Riggioni. Ele explica que, neste sentido, atualmente é mais difícil definir o conceito de residência, já que as pessoas detêm diversos passaportes e transitam de um lugar para outro. Embora haja estrangeiros estabelecidos, que foram viver de forma mais permanente na Costa Rica, as pessoas classificadas como "milionários", segundo o critério do estudo da Henley & Partners, são indivíduos que "não moram em um só lugar", declarou Riggioni à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC. Eles são pessoas que podem morar metade do ano na sua residência na Costa Rica e o restante do tempo, em outros países. Surgiram na Costa Rica movimentos de cidadãos que se opõem ao que consideram 'invasão' de milionários no litoral do país GETTY IMAGES É muito difícil ter acesso às informações sobre o dinheiro líquido de posse de um indivíduo e o domicílio fiscal de uma pessoa, diferentemente do seu local de trabalho ou residência temporária. Por isso, o relatório foi objeto de críticas devido à sua metodologia e ao uso de certos dados obtidos de fontes como a plataforma LinkedIn, para rastrear a localização das pessoas. Especialistas consideram que o estudo deveria também incluir os imóveis de propriedade desses milionários para estimar sua fortuna, como foi feito em edições anteriores. De qualquer forma, o aumento da chegada de milionários que obtêm vistos de residência e de investidores na Costa Rica é um tema amplamente debatido no país, bem como as consequências desta tendência para o mercado imobiliário e para o restante da sociedade costa-riquenha. Chegaram até a surgir movimentos de cidadãos que se opõem ao que consideram "invasão" de estrangeiros ricos nas zonas costeiras do país. Os bilionários brasileiros em 2025, segundo a Forbes Qual é o perfil desses milionários estrangeiros? As pessoas que estão se mudando para a Costa Rica provêm principalmente dos Estados Unidos e do Canadá. Mas também chegam europeus e cada vez mais latino-americanos, vindo de países como o México, Colômbia ou Venezuela. Entre os expatriados com grandes fortunas, não há apenas aposentados. Também existem os "semiaposentados", que não estão envolvidos no dia a dia das suas empresas, mas mantêm a supervisão à distância e podem viver dos seus lucros. O grupo de semiaposentados inclui pessoas com mais de 40 anos, que não precisam trabalhar e se dedicam a gerenciar seus investimentos. Alguns deles fazem parte da nova onda de criptomilionários. Seus investimentos em criptomoedas permitiram criar fortunas gigantescas em poucos anos. Um exemplo da chegada de jovens afluentes é o caso de uma cidade litorânea chamada Santa Teresa, conhecida por alguns como "Praia do Silício". Ali, já não existem mais à venda propriedades diretamente em frente ao mar, já que ela se transformou em um ímã que atrai milionários e investidores, segundo Riggioni. O sistema fiscal e o visto dourado Andrew Amoils é chefe de pesquisas da empresa New World Wealth, que atua como colaboradora do estudo publicado pela Henley & Partners. Ele afirma que uma das vantagens da Costa Rica para os milionários é o seu sistema fiscal. O país não cobra impostos sobre os ganhos de capital obtidos no exterior. Os lucros obtidos por uma pessoa das suas ações em Wall Street, por exemplo, não são taxados na Costa Rica. Além disso, a alíquota máxima de imposto de renda, de 25%, "é relativamente baixa", segundo o analista, e o país não cobra imposto sobre herança. A Costa Rica vem entrando e saindo da lista de paraísos fiscais, elaborada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A Costa Rica não cobra impostos sobre lucros de capital recebidos no exterior GETTY IMAGES Empresas de consultoria, como a Offshore Protection, destacam que, embora não seja considerada um paraíso fiscal puro e simples, a Costa Rica oferece incentivos financeiros atraentes, que já foram comparados com a Suíça, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Por isso, o país se tornou "um destino favorável para pessoas que pretendem otimizar sua situação fiscal". Seu sistema tributário e "as sólidas leis de sigilo bancário do país" fazem da Costa Rica um país atraente para investidores e pessoas com alto patrimônio. Ao lado da privacidade financeira, o país está no Top 10 do ranking de vistos dourados para estrangeiros com direito a residência. Uma das formas de obter o visto é investir pelo menos 150 mil dólares (cerca de R$ 798 mil) em imóveis, o que é muito fácil para pessoas que possuem grandes fortunas. O país também é considerado seguro. A Costa Rica tem bairros de luxo bem estabelecidos e alto padrão de vida, em comparação com outros países latino-americanos. Some-se a isso, segundo Amoils, seu estilo de vida, suas praias, paisagens, aves e florestas tropicais. "Esperamos que as fazendas ecológicas decolem na próxima década", acrescenta ele, algo que poderia atrair mais indivíduos de alto nível econômico. Mas a segurança na Costa Rica mudou nos últimos anos. Um relatório da OCDE publicado em junho alertou sobre o aumento da insegurança no país. "O aumento da violência e da criminalidade poderá prejudicar o turismo e a entrada de investimentos estrangeiros diretos", destaca a publicação. Há algumas semanas, o Centro de Estudos do Turismo (CET) costa-riquenho informou que a insegurança dos cidadãos se consolidou como o principal risco para o desenvolvimento do turismo. Com isso, vem se deteriorando a imagem da Costa Rica como destino seguro, um dos principais atrativos do país há décadas. Guanacaste: símbolo do boom e do deslocamento da população local Existem muitas regiões do país que se transformaram em ímãs para atrair riqueza. No lado oeste do Vale Central da Costa Rica, ficam as cidades de Escazú e Santa Ana. E, no litoral, existem cidades que sofreram crescimento explosivo, como Nosara, na província de Guanacaste. Guanacaste se transformou no símbolo deste boom de milionários. A província tem seu próprio aeroporto internacional. E, em 2024, pela primeira vez, foi a região onde mais cresceram os projetos de construção civil no país. Dados do Observatório do Turismo, Migrações e Desenvolvimento Sustentável da Região de Chorotega, da Universidade Nacional da Costa Rica, indicam que, entre 2017 e 2023, o preço dos imóveis aumentou em até 400%. Este período inclui o "efeito pandemia" verificado no setor imobiliário. Para o coordenador do estudo, Esteban Barboza Núñez, o aumento do valor das propriedades na província "encareceu o preço dos alimentos e do aluguel, o que, evidentemente, prejudica principalmente as pessoas de baixa renda". Foram geradas bolhas dentro das economias locais, segundo a pesquisadora e professora da Faculdade de Economia da Universidade da Costa Rica, Daniela Córdoba, em entrevista à BBC News Mundo. Guanacaste faz parte da Região Chorotega, onde 24,5% da população vive na pobreza. O surgimento dessas bolhas de luxo em regiões pobres, em muitos casos, provoca o deslocamento da população local, segundo Córdoba, em um processo conhecido como gentrificação. Organizações comunitárias realizaram protestos pacíficos nas ruas contra a gentrificação. Elas exigem maior regulamentação do acesso à terra e a compra de imóveis para proteger as comunidades locais. "Guanacaste possui a maior proporção de casas vazias em todo o país", escreveu a especialista em saúde pública e políticas de desenvolvimento Isabel Muñoz Baulieu, em um artigo opinativo. "Mas uma em cada dez pessoas de Guanacaste foi empurrada para viver em assentamentos informais." Muitos moradores de Guanacaste se queixam que as construções de luxo não melhoraram a infraestrutura local, nem geraram empregos sustentáveis de qualidade com o passar do tempo. Além disso, elas geraram efeitos negativos sobre os escassos recursos hídricos existentes na província. A migração de milionários disparou desde a pandemia, segundo o sócio-diretor da empresa The Agency Costa Rica, Andrés Riggioni GETTY IMAGES Panorama regional O relatório da Henley & Partners indica que os países da América Latina e do Caribe onde a chegada de milionários mais cresceu na última década são a Costa Rica, o Panamá e as ilhas Cayman: Costa Rica: 72% Panamá: 69% Ilhas Cayman: 62% Bermuda: 51% México: 16% Por outro lado, países como a Colômbia, o Brasil e a Argentina observaram queda da migração de indivíduos com patrimônio elevado para o seu território. Em nível mundial, o ranking de aumento da chegada de milionários na última década é liderado por Montenegro, Emirados Árabes Unidos, Malta, Estados Unidos, China e Costa Rica. Itaú demite funcionários após avaliar produtividade no home office
20/09/2025 19:13:58 +00:00
TikTok terá algoritmo, dados de usuários e conselho controlados pelos EUA, diz Casa Branca

Donald Trump e TikTok Jornal Nacional e AP. As negociações entre Estados Unidos e TikTok avançam para um acordo que prevê mudanças profundas no controle do aplicativo no país, com destaque para a segurança dos dados e do algoritmo. Um alto funcionário da Casa Branca informou que os dados de usuários americanos serão armazenados nos Estados Unidos, em uma plataforma de nuvem operada pela Oracle, e que o algoritmo será protegido, reconfigurado e gerido inteiramente dentro do país, fora do controle da empresa-mãe chinesa, a ByteDance, segundo a agência de notícias Reuters. Neste sábado (20), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, já havia informado em entrevista à Fox News que seis dos sete assentos do conselho do TikTok nos EUA ficariam com representantes americanos, enquanto a Oracle desempenharia papel central na gestão de dados e privacidade. “Os dados e a privacidade serão liderados por uma das maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos, a Oracle, e o algoritmo também será controlado pelos Estados Unidos”, disse Leavitt. As conversas envolveram o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, em encontro realizado em Madri, afirmou a secretária de imprensa. Esse entendimento cria um “acordo-quadro” para que a ByteDance, controladora do TikTok, reduza de forma significativa sua participação na operação americana, limitada a no máximo 20%. Novos investidores devem entrar no negócio, entre eles a Oracle, a empresa de capital de risco Andreessen Horowitz e o fundo de private equity Silver Lake, segundo apurou a Bloomberg. O prazo para a separação foi definido por uma lei aprovada no Congresso americano, que obriga a venda até janeiro de 2025. O presidente Donald Trump já havia estendido o limite para 16 de dezembro, permitindo mais tempo para as tratativas. Apesar do avanço, ainda não há sinal verde da China. Em comunicado oficial, o governo chinês reconheceu que o tema foi discutido durante a reunião entre Trump e o presidente Xi Jinping, mas não mencionou qualquer aprovação do acordo. Do outro lado, Trump disse nesta sexta-feira (19) que o acordo já foi fechado. "Acabei de concluir uma ligação muito produtiva com o presidente Xi, da China. Avançamos em muitas questões importantes, incluindo comércio, fentanil, a necessidade de pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a aprovação do Acordo do TikTok", escreveu Trump em sua rede social. "A ligação foi muito boa, voltaremos a nos falar por telefone, agradecemos a aprovação do TikTok e ambos esperamos nos encontrar na Apec [Cooperação Econômica Ásia-Pacífico]", escreveu Trump, fazendo referência ao fórum que ocorre a partir de 31 de outubro na Coreia do Sul. O caso também marca uma mudança no discurso do próprio Trump. Antes crítico do TikTok, o republicano tem adotado um tom mais favorável à rede social, a quem atribui parte da mobilização de jovens eleitores em sua campanha presidencial de 2024. TikTok: Trump e Xi Jinping conversam sobre venda do aplicativo a consórcio dos EUA
20/09/2025 15:41:33 +00:00
Ford Maverick Tremor fica mais afiada para incomodar a RAM e reconquistar clientes; veja o teste

Ford Maverick Tremor fica mais afiada para incomodar a RAM e reconquistar clientes A Ford tem a inglória missão de reconquistar a confiança dos brasileiros e preservar a presença da marca após o fechamento das fábricas e da maior parte das concessionárias no país. Assim, quando se trata de lançamentos, não há espaço para erros. A picape Maverick chegou ao Brasil em 2022, um ano após os acontecimentos, oferecendo menos equipamentos do que o esperado para sua faixa de preço e competindo em um nível inferior ao da principal rival, a RAM Rampage. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Pois a nova Maverick Tremor, versão off-road lançada por R$ 239,9 mil, veio para corrigir essas falhas: recebeu melhorias significativas, incluindo acessórios e equipamentos voltados para o uso fora de estrada — como pneus de maior aderência, ganchos de reboque, caçamba preparada para lama e piloto automático para enfrentar atoleiros. O g1 testou a nova Maverick Tremor por uma semana para avaliar se as mudanças realmente funcionam e, acima de tudo, se a Ford conseguiu aprimorar sua picape de entrada para competir com as rivais e devolver brilho à marca no mercado brasileiro. Ford Maverick Tremor 2026 Fabio Tito/g1 LEIA MAIS Chevrolet Spark EUV: como anda o novo SUV que é tão chinês quanto seus rivais Honda HR-V 2026 é um SUV de poucas novidades, mas de muitos acertos Toyota Corolla Cross híbrido se esforça para peitar chineses, mas sofre com motor fraco No visual, a Ford Maverick Tremor se distingue da versão tradicional. As diferenças mais marcantes aparecem nas cores chamativas, como o laranja aplicado no centro da grade dianteira, além de um item exclusivo desta configuração: dois ganchos frontais, úteis para rebocar veículos presos em atoleiros ou obstáculos. Os pneus também se destacam entre as mudanças e foram projetados para equilibrar desempenho no asfalto e em estradas de terra. Nos testes, garantiram tração firme mesmo em trechos com pedras soltas, sem causar aumento significativo no consumo de combustível. Um ligeiro aumento no consumo em asfalto liso é esperado, já que esse tipo de pneu prioriza a aderência em trilhas e aumenta a capacidade de tração em diferentes superfícies. Junte com a possibilidade de tracionar as quatro rodas e o consumo pode aumentar ainda mais. Outro ponto curioso é que o desenho dos pneus gerou um ruído grave dentro da cabine em baixas velocidades, o que foi considerado positivo, por transmitir a impressão de um motor mais robusto e potente. Embora seja um detalhe, agradou a todos que estiveram dentro da picape. Ford Maverick Tremor por fora Esta versão traz ainda uma capota marítima com barras rígidas que se movimentam junto à lona ao ser recolhida, além de revestimento áspero no piso da caçamba. Embora não tenha sido testada em dias chuvosos, ao lavar a picape foi possível caminhar pela parte traseira sem qualquer risco de escorregar. Na caçamba, a Maverick Tremor já oferece vários pontos positivos. Há duas saídas de 12 volts, que podem ser adaptadas conforme a necessidade do usuário, além de uma tomada do padrão americano, de 110 volts e potência de até 400 watts. Com ela, é possível ligar diferentes equipamentos. É possível, por exemplo, conectar um PlayStation 5, que consome cerca de 200 watts, e até uma TV de 65 polegadas, que chega a 170 watts em modelos LED da Samsung, usando apenas essa tomada. Tomada na caçamba da Ford Maverick Tremor Fabio Tito/g1 Picape é confortável e simples, ao mesmo tempo No interior, as mudanças são pontuais e bem aplicadas. A central multimídia ganhou tela maior, com 13,2 polegadas e o crescimento removeu um nicho lateral de pouca utilidade. Nele cabiam apenas um punhado de moedas, já que até mesmo um ticket de estacionamento poderia cair ao menor movimento do carro. A nova central também exibe imagens da câmera em 360 graus, ausente na versão anterior. O recurso facilita o uso urbano e ajuda até mesmo em trilhas: a câmera frontal pode ser acionada para compensar o capô elevado e oferecer visão clara do que está à frente. Além disso, há outra tomada idêntica à da caçamba na parte traseira do apoio de braço dianteiro, voltada para os passageiros. Não é exatamente para ligar outro videogame ou uma TV, mas torna possível usar um notebook ou mesmo uma geladeira portátil durante a viagem. Porta da Ford Maverick Tremor é totalmente feita em plástico Fabio Tito/g1 Outro aspecto relevante foi o conforto, apesar do acabamento totalmente em plástico rígido nas portas. Nesse caso, o próprio veículo transmite uma sensação de robustez, o que combina com esse tipo de material. Ao contrário de concorrentes, como alguns modelos da Volkswagen que utilizam plástico de sensação pouco agradável, a Ford Maverick aposta em diferentes texturas, variação de cores e até parafusos aparentes, reforçando a ideia de robustez — mesmo utilizando plástico, algo incomum em veículos desse perfil mais bruto. Outro ponto positivo é a praticidade: o plástico utilizado na Maverick facilita a limpeza depois de uma trilha com barro, já que a lama inevitavelmente suja o interior. O tapete de borracha rígida, por exemplo, pode ser removido e lavado facilmente com uma mangueira. Ford Maverick Tremor por dentro Motor anda e bebe bem Se em conforto e tecnologia a Maverick se destaca, é na dirigibilidade que ela realmente impressiona. O motor 2.0 turbo a gasolina, com 253 cv de potência, demonstrou versatilidade para lidar bem com qualquer situação. Ele não é dos mais econômicos, mas ninguém compra um carro com esse motor esperando economizar combustível. Durante os testes, o melhor número que foi alcançado foi de 10,5 km/l na estrada e 7,5 km/l na cidade. Em nenhum momento houve ultrapassagens inseguras por falta de potência ou retomadas lentas. A picape manteve o bom desempenho mesmo com quatro adultos a bordo. O mérito também vai para os 38,7 kgfm de torque, em conjunto com o câmbio automático de oito marchas. Na trilha, o torque se destacou ainda mais. Subidas íngremes foram vencidas sem barulho exagerado do motor, mesmo com o câmbio configurado para manter marchas baixas — algo que normalmente intensifica o ronco do motor. Tanto na trilha quanto na cidade, dois pontos chamaram a atenção: As rodas agora possuem maior ângulo de esterço em relação à versão anterior. Isso resultou em melhor manobrabilidade em estacionamentos apertados e também permitiu girar a picape com facilidade em uma estrada de terra. O sistema de câmeras em 360 graus também fez diferença na trilha. Não foi necessário pedir ao passageiro que descesse para orientar a manobra, já que a visão externa estava toda disponível na tela. Na trilha, um dos passageiros — sem grande interesse por carros — ficou surpreso com a facilidade com que uma picape de dimensões maiores que as de um carro comum conseguiu girar e retornar ao trajeto. Em outro momento, um convidado com longa experiência em picapes reforçou a percepção positiva sobre o conjunto da Maverick. Já cogitou, inclusive, como lidaria com as acelerações mais vigorosas e a caçamba espaçosa para transportar compras da lanchonete que administra. De fato, a Ford Maverick Tremor acerta em diversos aspectos, sobretudo ao corrigir falhas das versões anteriores. Hoje, se mostra um carro versátil para múltiplos usos, até mesmo para quem não necessita de uma picape no dia a dia, mas valoriza a possibilidade de transportar algo grande, como uma geladeira, quando necessário. Com isso, a picape transmite a mensagem de ser confortável para todos os ocupantes, oferece recursos tecnológicos relevantes em qualquer veículo moderno e, ao mesmo tempo, cumpre bem o papel de robustez esperado em uma picape. Ford Maverick Tremor: vale a pena? Na comparação direta, a principal rival é a RAM Rampage com motor a gasolina. Embora ofereça parte do conforto e da tecnologia, a concorrente custa cerca de R$ 30 mil a mais que a Maverick Tremor — mesmo sem os aprimoramentos off-road presentes na versão avaliada. Com uma diferença de preço equivalente a um terço de Renault Kwid, é difícil não considerar a Maverick Tremor. Mesmo que a Rampage se aproxime do valor ou fique mais barata, o modelo da Ford ainda entrega mais e continua sendo a opção mais vantajosa. Resta saber se o consumidor terá a mesma percepção. A Ford fez a lição de casa: corrigiu várias falhas da versão anterior e entregou um produto mais completo que a principal concorrente. Acontece que o prestígio das picapes RAM ainda pode ser um grande empecilho. Por que a Ford não vende como antes? Mesmo com o nome do cupê produzido no Brasil com motores de 4, 6 e 8 canecos, durante os anos de 1970, a picape não demonstrou a mesma força e as vendas são baixas desde que chegou ao país, em 2021. A principal rival, a RAM Rampage a gasolina, vendeu 7,4 vezes mais entre janeiro e agosto de 2025, de acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave): RAM Rampage: 15.569 unidades emplacadas; Ford Maverick: 2.066 unidades emplacadas. Como a nova Ford Maverick começou a ser vendida apenas em 28 de agosto, ainda é cedo para medir o impacto da atualização nas vendas. No entanto, em comparação aos oito primeiros meses de 2024, a picape (antes da reestilização) emplacou 181 unidades a menos em 2025. De acordo com especialistas ouvidos pelo g1, a retração da Ford no Brasil decorre de vários fatores. O fechamento das fábricas no país e a redução no número de concessionárias contribuíram diretamente para que a marca perdesse espaço no imaginário dos consumidores. "A Ford ter saído do país é apenas um dos motivos, se bem que é bom lembrar que ainda existe como importador, trazendo, inclusive o Territory. Uma movimentação desta assusta o consumidor e leva ao medo. A Ford paga o preço pelas decisões e não falo que foram erradas", revela Milad Kalume Neto, consultor independente do setor automotivo. "Não se pode desconsiderar o markefing forte da Stellantis. A Ford vem recuperando espaço e, diferente de antes, agora é rentável. A Maverick é um belo produto, ótima qualidade, mas não vende como RAM", conclui. A redução no número de concessionárias também é um ponto destacado pelo consultor. Atualmente, segundo a Associação Brasileira dos Distribuidores Ford (ABRADIF), restam 79 lojas — uma queda de 72% em relação às 283 que existiam antes do fechamento das fábricas da Ford no Brasil. Já a RAM conta com 149 concessionárias no Brasil, número 88,6% superior à quantidade de pontos onde o consumidor pode comprar veículos Ford. Outro aspecto relevante é que a RAM atua exclusivamente com picapes, enquanto a Ford mantém uma linha mais variada, que inclui SUVs e modelos esportivos, como o Bronco e o Mustang. Assim, em toda concessionária da RAM o cliente encontra apenas picapes, consolidando uma marca forte. Já para Paulo Garbossa, especialista em mercado automotivo e diretor da ADK Automotive, a Ford perdeu competitividade no Brasil por preço. "O brasileiro, hoje em dia, deixou de ser fiel à marca e é fiel ao bolso. Então aquilo que entregar custo benefício pelo menor preço, acaba levando. Não chega a ser um desencanto com a Ford. Ela tem bons produtos, mas o mercado é competitivo. Tem um preço melhor? Então o pessoal leva", aponta.
20/09/2025 07:00:42 +00:00
Da expansão global ao recuo: por que a Natura deixou para trás os planos de conquistar o mundo

Loja Natura Divulgação O plano parecia perfeito. Depois de se firmar como uma das maiores empresas de cosméticos e perfumes do Brasil, a Natura decidiu expandir internacionalmente. Em 2012, deu o primeiro passo ao adquirir a marca australiana Aesop. Cinco anos depois, foi além: comprou a britânica The Body Shop. A “joia da coroa” foi a aquisição de uma de suas principais concorrentes na venda direta, a Avon, em 2019. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Nesta quinta-feira (19), o sonho de se tornar uma gigante global chegou ao fim, com um desfecho já previsto (e até desejado) pelo mercado. A Natura se desfez de quase todas as marcas adquiridas e anunciou a venda da Avon International por um valor simbólico de £1 (cerca de R$ 7). Procurada para comentar o último passo dessa trajetória e seus planos futuros, com foco na América Latina, a Natura não concedeu entrevista. O g1, então, reconstituiu os principais capítulos da história e ouviu analistas para entender o que funcionou — e, principalmente, o que não deu certo — na ambição da empresa de se tornar um gigante global da beleza. O que motivou a Natura a investir em aquisições internacionais? Ao expandir sua atuação além do Brasil, a Natura tinha um objetivo claro: ganhar escala, diversificar mercados e se consolidar entre os maiores grupos de beleza do mundo. Fundada em 1969 pelo economista e empresário Luiz Seabra, a companhia já dominava o mercado nacional e buscava marcas consolidadas no exterior para expandir suas operações. “A Natura já tinha uma posição forte no Brasil e na América Latina, mas queria se tornar uma multinacional de beleza”, explica Caroline Sanchez, analista da Levante Inside Corp. “Essas aquisições abriram portas em países onde a companhia ainda não atuava, deram acesso imediato a canais de venda estruturados e ampliaram o portfólio.” Em 2012, a empresa adquiriu 65% da australiana Aesop, fundada em 1987 pelo cabeleireiro Dennis Paphitis. Inicialmente, a marca produzia no próprio salão fórmulas à base de óleos essenciais que conquistaram os clientes. Quatro anos depois, a Natura adquiriu os 35% restantes, assumindo o controle total da Aesop. Sob sua gestão, a marca expandiu-se rapidamente, chegando a 29 países e mais de 400 pontos de venda. O sucesso da primeira aquisição incentivou a Natura a intensificar sua ofensiva internacional no ano seguinte. Dessa vez, a empresa comprou uma marca ainda maior: a britânica The Body Shop, por cerca de 1 bilhão de euros (R$ 3,6 bilhões na época). A aquisição foi considerada um passo decisivo para consolidar a Natura como um grupo global. Porém, o movimento mais ambicioso ocorreria dois anos depois: em 2019, foi anunciada a fusão com a americana Avon, avaliada em US$ 2 bilhões. Uma empresa brasileira comprava uma companhia americana centenária e, ao mesmo tempo, uma de suas principais concorrentes. A aquisição histórica da Avon Concluída em 2020, a aquisição da Avon representou uma estratégia ousada da Natura, evidenciando sua intenção de competir com grandes players globais, como a L’Oréal. Além disso, a Avon possuía uma ampla rede de consultoras e uma reputação consolidada, que a Natura via como complemento ao seu modelo de vendas diretas. Com a operação, a Natura tornou-se a holding Natura&Co, reunindo quatro grandes marcas, presentes em mais de 100 países, com faturamento anual superior a US$ 10 bilhões (algo como R$ 53 bilhões na cotação atual). O negócio consolidou a Natura como o quarto maior grupo de beleza do mundo, ficando atrás apenas de L’Oréal, Estée Lauder e Shiseido. Mas os problemas não demoraram a surgir. “Os resultados das aquisições ambiciosas não apareceram na velocidade e intensidade esperadas”, afirma Marcos Pelozato, advogado e especialista em reestruturação empresarial. “Mesmo com a expansão internacional, a empresa passou a lidar com uma estrutura complexa, dívidas elevadas e lucro baixo. O desafio era integrar culturas diferentes, redesenhar processos e gerar sinergias em marcas que já enfrentavam dificuldades”, explica. O especialista destaca ainda que a pandemia de Covid-19 afetou fortemente o setor de cosméticos e perfumes, acelerando mudanças no consumo e na digitalização, enquanto a companhia enfrentava queda de receitas e aumento do endividamento. A solução foi iniciar um processo de simplificação, vendendo ativos internacionais e concentrando-se na América Latina. A primeira a ser vendida foi a Aesop, por US$ 2,5 bilhões em 2023; Em seguida, foi a The Body Shop, negociada no mesmo ano por US$ 254 milhões. “A Natura administrava um conglomerado global heterogêneo, com marcas em diferentes estágios de maturidade, culturas distintas e atuação em várias geografias. Isso elevou custos, consumiu caixa e manteve o endividamento em níveis altos, sem retorno proporcional”, afirma Caroline Sanchez. Segundo analistas, o principal erro na expansão internacional da Natura foi o preço elevado pago pelas aquisições, pois o mercado estava em um ciclo de valorização. Em outras palavras, a empresa pagou mais do que seria considerado justo na época. “A Aesop, por exemplo, foi um grande sucesso e acabou vendida para a L’Oréal por mais de US$ 2 bilhões. Já a The Body Shop, que custou caro, foi vendida por muito menos e ainda entrou em recuperação judicial no Reino Unido”, disse Guilherme Áthia, consultor em governança e assuntos públicos. Restava lidar com a operação deficitária da Avon fora da América Latina. “Com o tempo, a marca perdeu força, não acompanhou as mudanças no consumo e se tornou cara de manter”, afirma Áthia. Todos os relatórios de analistas reconheciam o esforço da Natura em reorganizar suas operações, mas alertavam que, sem a venda ou o encerramento da operação internacional da Avon, a redução de endividamento não seria alcançada. Um ano depois, esse momento chegou. Na quinta-feira, a Natura confirmou a venda para a Regent, e a reação foi imediata: as ações subiram mais de 15%, refletindo o alívio dos investidores, que viam o encerramento do antigo projeto de transformar a empresa em uma “L’Oréal tropical”. Além de se livrar dos prejuízos, a Natura poderá receber até £60 milhões (aproximadamente R$ 430 milhões na cotação atual) em pagamentos adicionais condicionados ao desempenho futuro da empresa (earn-outs), segundo comunicado da companhia. O fechamento da transação ainda depende de aprovações regulatórias, mas está previsto para o primeiro trimestre de 2026. A transação não abrange as operações da Avon na América Latina e na Rússia. Segundo analistas, a venda da Avon International consolida a mudança estratégica: a Natura decidiu se tornar mais enxuta, concentrando-se na América Latina, onde suas marcas têm maior penetração e vantagem competitiva. “A operação por um valor simbólico mostra que o objetivo não era arrecadar recursos imediatos, mas se desfazer de um ativo deficitário, reduzir riscos e destravar valor para os acionistas”, analisa Marcos Pelozato. Entre a aquisição da Avon, em 2019, e o anúncio da venda da companhia no Reino Unido, passaram-se apenas seis anos — um período curto que evidencia a rapidez do “vaivém” na estratégia global da Natura. Para os analistas, o desafio daqui para frente será consolidar o novo posicionamento, aumentar a rentabilidade e reconquistar a confiança dos investidores, já refletida na valorização das ações após o anúncio. “Hoje, a Natura ainda colhe os efeitos negativos dessas decisões e precisa reorganizar a estrutura. Mas, nesse processo, vem fazendo um bom trabalho. Acreditamos que o futuro tende a ser positivo e estável, com marcas fortes como Natura e Avon Latam, que continuam operando bem”, afirma o analista da Ativa Investimentos, Lucas Barbosa. Para o mercado, a venda da Avon International representa um passo importante: a empresa sai de um ciclo de queima de caixa e passa a oferecer uma trajetória mais clara e previsível aos investidores. A trajetória internacional da Natura &Co Arte/g1 Lula sanciona lei que proíbe uso de animais em testes de cosméticos
20/09/2025 06:00:30 +00:00
Brasileiro come mais vaca do que boi: abate de fêmeas superou o de machos pela primeira vez

Brasileiro come mais vaca que boi: abate de fêmeas superou o de machos pela primeira vez Nem toda carne que chega até sua mesa é de boi. Na verdade, a carne de vaca é a mais comum no Brasil, aponta Urbano Gomes, médico veterinário especializado em produção de bovinos na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A criação dos machos é focada em exportação. Já a de vaca fica, em grande parte, no mercado interno. Mas a diferença no sabor entre os dois produtos é imperceptível para o consumidor comum, afirma Urbano. Ele explica que o boi gera uma carne considerada mais nobre, por engordar mais lentamente que a vaca. Esse é um dos motivos que fez com que, no 2° trimestre de 2025, as fêmeas tivessem maior abate que os machos pela primeira vez na série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento "Estatísticas da Produção Pecuária" começou em 1997. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O abate de fêmeas cresceu 16,% na comparação com o mesmo período de 2024. O dado soma vacas e novilhas (animais com menos de 2 anos). Confira o abate de bovinos entre 2024 e 2025 arte g1 No total, o abate do gado foi 3,9% maior em comparação ao 2° trimestre de 2024. Aconteceu um aumento, inclusive, da produção de carne a partir de animais jovens, principalmente as fêmeas. As novilhas representaram 33% de todas as fêmeas abatidas. Segundo a gerente da pesquisa, Angela Lordão, o abate de animais jovens acontece devido ao aumento das exportações. Isso acontece mesmo em meio ao tarifaço. Apesar de os Estados Unidos caírem da segunda para a quinta posição entre os maiores compradores da carne brasileira, outros países, como o México, elevaram as importações. De janeiro a julho, o Brasil exportou três vezes mais carne para o país do que no mesmo período de 2024, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). A previsão da Abiec é de que o volume exportado em 2025, para todos os países, seja 12% maior que o registrado em 2024. Para 2026, a expectativa é de uma queda de 3,5% na produção de carne bovina no país, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse recuo deve acontecer por causa da contenção de fêmeas para a reprodução, que acontece devido ao ciclo de abates. Ele funciona da seguinte maneira: quando há uma expectativa de aumento nos preços do bezerro, os pecuaristas, em vez de abater as vacas, as mantêm nas fazendas para reprodução, movimento que provoca um aumento nas cotações dos bovinos (boi gordo, bezerro, novilhas, boi magro, vaca gorda, etc.). quando as projeções do preço do bezerro começam a cair, um volume maior de fêmeas é encaminhado para os abates. Isso amplia a quantidade de carne no mercado, gerando uma queda nas cotações dos bovinos. Leia também: Carne bovina continua cara e não deve baixar tão cedo; entenda Vacas passam ficam em barracões ventilados; raças têm origem europeia e têm dificuldade para se adaptar ao calor Fábio Tito/g1 Quando a fêmea vai para o abate? Você pode achar que a fêmea só vai para o abate em sua "aposentadoria", depois de muitos anos de procriação, mas não é bem assim: existem produtores especializados em rebanhos de vacas para corte, ou seja, que viram carne, afirma Gomes, da Embrapa. A principal vantagem é que a vaca engorda mais rápido que o boi. Isso exige menos gasto com pasto ou ração até atingir o peso ideal. Já o boi demora mais para engordar e custa mais para o produtor, o que faz com que ele tenha valor de mercado maior. Por isso, as novilhas são abatidas em maior número que os novilhos. No 2º trimestre de 2025, foram 1,7 milhão de novilhas contra 377 mil novilhos. Mas também têm as vacas que vão para o abate depois de deixarem de trabalhar como reprodutoras, o que tem acontecido cada vez mais cedo por causa dos avanços genéticos. Eles fazem com que seja mais interessante ao produtor colocar vacas jovens, com novas características produtivas, para a procriação. Saiba mais: Preço do café cai pelo 2º mês seguido, mas voltará a subir em breve, dizem indústrias Tarifaço causou cerca de 4 mil demissões no setor de madeira, diz associação Veja também: 'Flor-cadáver' floresce e atrai multidão para o Jardim Botânico de Varsóvia Conheça o boi wagyu, que tem a carne mais cara do mundo
20/09/2025 06:00:25 +00:00
BC da Argentina faz maior venda diária de dólares em 6 anos para conter queda do peso

Javier Milei participa do G20 no Rio Pablo Porciuncula/AFP O Banco Central da Argentina realizou nesta sexta-feira (19) sua maior venda diária de dólares em quase seis anos. A medida faz parte do uso contínuo das reservas para sustentar o peso diante da forte demanda de investidores cautelosos com a instabilidade política no país. A intervenção do banco somou US$ 678 milhões, a maior em um único dia desde outubro de 2019, elevando o total vendido nos três últimos dias para US$ 1,1 bilhão. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O banco tem buscado administrar a liquidez no topo de sua banda cambial, e o chefe da equipe econômica do governo prometeu continuar usando as reservas da autoridade monetária, já que o peso atingiu mínimas históricas. "Vamos vender até o último dólar [das reservas do Banco Central] no topo da banda", disse o ministro da Economia, Luis Caputo, na quinta-feira, em entrevista transmitida ao vivo. O cenário de deterioração do mercado evidencia o ceticismo crescente dos investidores em relação às eleições de meio de mandato em outubro, que podem privar o presidente Javier Milei do apoio crucial do Congresso para sua agenda de reformas. Nesta sexta-feira, o peso no mercado atacadista permaneceu estável em 1,475 por dólar, próximo ao teto da banda cambial, após as medidas do Banco Central. No entanto, no mercado paralelo, a moeda argentina caiu para a mínima histórica de 1,520 por dólar, recuando mais de 6% na semana. O Banco Central não realizava intervenções desde meados de abril, após um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que inicialmente relaxou as restrições cambiais. O banco central não fazia uma intervenção desde meados de abril, após um acordo de US$20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) que inicialmente afrouxou as restrições cambiais. "Considerando que esse ritmo de vendas de dólares pelo banco central implicaria em uma perda de reservas de aproximadamente US$ 10 bilhões antes das eleições — aproximadamente 70% dos fundos já desembolsados pelo FMI —, aumenta a probabilidade de abandono do esquema de bandas cambiais antes das eleições de 26 de outubro", disse o BancTrust & Co. Embora as reservas internacionais do Banco Central somem US$ 39,26 bilhões, analistas afirmam que dados oficiais provisórios indicam que as reservas cambiais líquidas disponíveis para intervenção chegam a apenas US$ 6 bilhões. Especialistas alertam que as vendas contínuas de dólares podem acelerar o esgotamento das reservas, comprometer os pagamentos da dívida de curto prazo e levar ao aumento da emissão de títulos para suprir as lacunas de financiamento. Caputo reforçou a atual estrutura da taxa de câmbio e afirmou que o governo trabalha para garantir os pagamentos da dívida em janeiro, prometendo informar os detentores de títulos assim que forem finalizados. O risco-país da Argentina — indicador da confiança dos investidores — atingiu seu nível mais alto desde agosto de 2024, oscilando em torno de 1.500 pontos-base. Em outubro, os argentinos votarão para renovar parte da Câmara dos Deputados e do Senado, em meio à incerteza sobre como o governo se recuperará dos reveses eleitorais na província de Buenos Aires. Javier Milei perde legislativas em Buenos Aires e mercado reage
20/09/2025 01:15:28 +00:00
Haddad diz que não acompanhará Lula na Assembleia da ONU nos EUA

Haddad e Lula em evento no Planalto em 28 de julho de 2025 REUTERS/Adriano Machado O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (19) que não irá acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos. Lula embarca no domingo (21) para o encontro, que começa na segunda-feira. Questionado por jornalistas sobre a possível votação do projeto de isenção do Imposto de Renda (IR) no Congresso Nacional na próxima semana, Haddad afirmou que ficará no Brasil "em virtude dessa possibilidade". 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Então, nós entendemos que, possivelmente, os líderes se reúnam na Câmara para julgar a conveniência e a oportunidade de levar a plenário na semana que vem. Então, estou ficando um pouco em função disso", disse o ministro. A viagem de Lula a Nova York ocorre em meio ao embate com o governo de Donald Trump, que impôs uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA e aplicou sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) — incluindo a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes. Em entrevista recente à BBC, o presidente Lula afirmou não ter "problema pessoal com o presidente Donald Trump" e declarou que, caso cruze com o republicano na ONU, irá cumprimentá-lo. "Sou um cidadão civilizado. Eu converso com todo mundo, eu estendo a mão para todo mundo." A equipe de Lula terá outra ausência nas Nações Unidas. Nesta sexta-feira, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desistiu de viajar para os EUA, afirmando que as restrições impostas pelo país impediram a participação dele na Assembleia da ONU e em outros eventos na próxima semana. Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, Ele classificou as restrições de circulação impostas pelo governo americano como "inaceitáveis" e "uma afronta". Isenção de IR para R$ 5 mil: Veja perguntas e respostas Tramitação do projeto de isenção do IR A Câmara dos Deputados aprovou no mês passado um requerimento de urgência para o projeto que altera regras do Imposto de Renda. O texto já foi aprovado em uma comissão especial e pode ser votado diretamente pelo plenário. A ampliação da faixa de isenção do IR para R$ 5 mil foi uma das promessas de campanha do presidente Lula. Atualmente, estão isentos do imposto quem ganha até dois salários mínimos deste ano, o equivalente a R$ 3.036. A proposta, relatada pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também prevê um desconto parcial para quem tem rendimentos mensais entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Conforme mostrou o g1, quem ganha R$ 5 mil deixará de pagar mensalmente cerca de R$ 313 de IR, segundo cálculos do diretor tributário da Confirp Contabilidade, Welinton Mota. Em um ano, a economia, considerando o décimo terceiro salário, será de R$ 4.067. "É quase um salário a mais [por ano]. Só que, daí por diante, por conta da progressividade do IR, os ganhos vão diminuindo até R$ 7.350. Acima disso, não há mudança. Quem ganha R$ 4 mil, vai ter pouco mais de 1/3 de ganho [37% do salário a mais por ano]", disse Welinton Mota. Caso o projeto seja aprovado, cerca de 10 milhões de contribuintes deixariam de pagar IR em 2026, um ano eleitoral. Dos declarantes do Imposto de Renda, mais de 26 milhões (65%) seriam isentos, segundo estimativa do Ministério da Fazenda. Da população total do país, 87% não pagariam IRPF.
20/09/2025 00:23:35 +00:00
Haddad diz que fraudes na importação de combustíveis chegam a bilhões de reais

Haddad: Brasil tem legislação frouxa contra sonegadores O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (19) que fraudes na importação de combustíveis podem atingir bilhões de reais no Brasil. Mais cedo, a Receita Federal deflagrou a Operação Cadeia de Carbono, que reteve dois navios com R$ 240 milhões em cargas suspeitas. "O que está mapeado, neste momento, do que pode ser objeto da operação de hoje, envolve R$ 240 milhões em mercadorias de combustível. Mas, como é uma prática rotineira desse esquema de corrupção, nós realmente estamos falando de bilhões de reais", disse o ministro. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Se levarmos em consideração o esquema e há quanto tempo ele vem driblando os mecanismos, aí estamos falando de bilhões", acrescentou Haddad, referindo-se ao volume de mercadorias envolvidas nesse tipo de esquema. A Operação Cadeia de Carbono mirou fraudes na importação e comercialização de combustíveis, petróleo e derivados. A ação aconteceu em 5 estados: Alagoas, Amapá, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo. (leia mais abaixo) Segundo a Receita Federal, empresas com pouca estrutura e limitada capacidade financeira têm surgido como responsáveis por cargas milionárias. A suspeita é que essas companhias estejam sendo usadas como laranjas para ocultar os verdadeiros donos das mercadorias e o fluxo do dinheiro. Nova norma de controle Haddad afirmou, em entrevista a jornalistas, que a Receita publicará uma nova norma para ajustar as regras do desembaraço (liberação aduaneira) antecipado de mercadorias. O texto visa evitar fraudes e reforçar o controle sobre a importação de combustíveis e seus derivados. 🔎 O desembaraço aduaneiro é o processo de liberação de uma mercadoria importada. Nele, a Receita verifica se os documentos estão corretos, se a carga corresponde ao que foi declarado e se todos os impostos e taxas foram pagos. Segundo o ministro, o esquema consiste em liberar a mercadoria em um porto e entregá-la em outro, dificultando a conferência física e fazendo com que a operação pareça legal, mesmo sendo fraudulenta. "Dessa forma, a Receita perdia a oportunidade de conferir a mercadoria. Ou seja, essas operações se aproveitavam de brechas na legislação, dando um certo verniz de legalidade que dificulta a fiscalização", disse o ministro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista no Hotel Brasília Palace, em 3 de junho de 2025. WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Prejuízo para a economia Haddad afirmou que as operações fraudulentas de importação de combustíveis representam um "prejuízo enorme" para a economia nacional. Segundo o ministro, os estados mais prejudicados são o Rio de Janeiro e São Paulo. "É onde há uma forte concentração de consumo de combustíveis. Por isso, acabam sendo muito prejudicados na arrecadação de ICMS. Lavram multas enormes e não recebem os valores, devido à falta de uma legislação robusta", disse. O ministro defendeu a aprovação da lei que pune o devedor contumaz (aquele que repetidamente deixa de pagar suas dívidas), em tramitação no Congresso Nacional. Para Haddad, a lei "é muito importante para o Brasil", que tem "uma legislação muito frouxa com o segador reiterado". "Nós estamos às vésperas, talvez, da votação definitiva da lei que pune o devedor contumaz. O Senado, depois da Operação Carbono Oculto, deu uma resposta, aprovando um relatório aprovado pela Receita Federal, de autoria do senador Efraim Filho", disse o ministro. "Ninguém está falando de inadimplência nem de atraso de tributo. Não estamos falando disso. Estamos falando da pessoa que tem um esquema criminoso", acrescentou. Ainda segundo Haddad, a operação de hoje protege empresários sérios — que atuam dentro da lei — contra concorrência desleal causada por esquemas criminosos. A Operação Cadeia de Carbono Os fiscais se deslocaram a 11 alvos nesta sexta, onde analisaram a estrutura e a capacidade operacional das empresas. Foram coletados documentos e depoimentos de responsáveis, além da verificação dos requisitos para a concessão de benefícios fiscais federais e estaduais. Foram retidas cargas de 2 navios no Rio de Janeiro, avaliadas em cerca de R$ 240 milhões, contendo petróleo, combustíveis e óleo condensado. Também estão na mira depósitos e terminais de armazenamento em São Paulo. Essas práticas estão ligadas a crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal. Em casos assim, a lei prevê que as mercadorias podem ser retidas ou perdidas. Segundo o Fisco, os próximos passos da ação incluem: O aprofundamento das auditorias fiscais sobre as empresas envolvidas; O rastreamento da cadeia de contratos e documentos de importação; A análise detalhada dos fluxos financeiros utilizados nas operações; E a identificação e responsabilização dos beneficiários finais. A Receita também investiga grandes grupos empresariais que utilizam contratos complexos para ocultar os verdadeiros responsáveis pelas operações. A ação desta sexta mobilizou 80 servidores, 20 viaturas, uma aeronave operacional e um helicóptero de vigilância.
19/09/2025 20:20:09 +00:00
Aprenda a plantar caju em casa
O Globo Rural deste domingo (21) deu dicas para o plantio de caju em casa e mostrou a abelha-limão, que invade outras colmeias. Confira abaixo. Plantio de caju Você já pensou em plantar caju em casa? O Célio Pinheiro, de Florianópolis, pediu dicas ao Globo Rural sobre o tema. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem uma publicação gratuita com 500 perguntas e respostas sobre o cultivo. O livro fala de aspectos ideais de solo e clima, tratos culturais e como evitar pragas e doenças. 📲 Acesse aqui Briga entre abelhas Uma colmeia de abelhas apareceu na parede do Jorge Cintra, de Arujá (SP). Ele perguntou ao Globo Rural o que seria. Segundo o agrônomo consultor do programa, Chukichi Kurozawa, a colmeia pode ser da espécie conhecida como abelha-limão ou iratim, que saqueia outras colônias. Para sobreviver, no ataque, ela libera uma substância com cheiro de limão, por isso o nome. Durante o processo, as abelhas da colmeia atacada ficam desorientadas. Por terem comportamento invasivo, as abelhas-limão só sobrevivem em áreas com uma grande quantidade de ninhos de outras espécies. O Globo Rural já mostrou uma reportagem que mostra a briga entre a espécie e a jataí. Confira abaixo. Abelhas-limão atacam colmeia de jataí no Paraná; saiba como evitar
19/09/2025 16:55:32 +00:00
É #FAKE anúncio de Haddad recomendando link para consulta de 'indenização'; vídeo foi criado com inteligência artificial

É #FAKE anúncio que mostra Haddad recomendando link para consulta de indenização; vídeo foi criado com IA Reprodução Circula nas redes sociais um vídeo que mostra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recomendando um link para as pessoas consultarem uma suposta "indenização" do governo. É #FAKE. selo fake g1 🛑 O que diz a publicação falsa? O vídeo circula como anúncio pago pelo perfil Fala Povo no Facebook. O post diz: "Faça a sua consulta agora em menos de 2 minutos e veja se você é um dos beneficiados em 2025". Na cena, uma imagem de Haddad criada com uso de inteligência artificial (IA) se dirige a uma pessoa que não aparece no quadro e responde à seguinte pergunta, estampada na tela:"Vi algumas pessoas dizendo que essa indenização é golpe. Como posso ter certeza que é real?". Abaixo da pergunta, há um ícone falso que imita o logotipo do governo federal. Haddad lê a pergunta e responde:"Essa indenização é 100% legítima e resultado de um processo judicial. O problema é que tem muita gente que cai em golpes por entrar em sites falsos. Para garantir que você está fazendo tudo certo, é fundamental consultar apenas no site oficial. Vou deixar o link aqui embaixo para você verificar com total segurança se tem valores disponíveis. Não perca essa chance, hein?" . ⚠️ Por que a mensagem é falsa? O Fato ou Fake submeteu o vídeo à ferramenta Hive Moderation, que detecta uso de IA. Resultado da análise: probabilidade de 81% de as cenas terem sido criadas com esse recurso. E a plataforma Hiya Deepfake Voice Detector, que aponta especificamente áudios fabricados sinteticamente, deu nota 1 para o conteúdo – em uma escala vai de 0 a 100. Um valor baixo como esse indica que analisado tem altíssima probabilidade de ser deepfake (técnica de adulteração que permite alterar conteúdos como vídeos e fotos). Procurada pelo Fato ou Fake, a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda afirma, em nota, que "trata-se de um conteúdo nitidamente falso, com imagem manipulada por meio de Inteligência Artificial (IA), da mesma prática criminosa já identificada em outras montagens com esse tipo de edição". Veja, abaixo, outras checagens semelhates: É #FAKE vídeo em que Haddad fala em cobrar impostos sobre pets e grávidas É #FAKE vídeo de Haddad dizendo que vai aumentar impostos dos mais pobres É #FAKE vídeo de Bolsonaro, Tarcísio e Haddad anunciando resgate de valores a receber no Banco Central; trata-se de golpe É #FAKE anúncio que mostra Haddad recomendando link para consulta de indenização; vídeo foi criado com IA Reprodução Veja também Conflito Israel x Irã: as imagens que são #fato e as que são #fake Conflito Israel x Irã: as imagens que são #fato e as que são #fake VÍDEOS: Fato ou Fake explica VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)
19/09/2025 16:38:14 +00:00
Trabalho infantil volta a subir, mas atividades de maior risco seguem em queda, aponta IBGE

Governo de SP é condenado por incentivar trabalho infantil Após uma queda histórica, o trabalho infantil voltou a crescer em 2024, registrando alta de 2,1%. Dados divulgados nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que pelo menos 1,65 milhão de crianças e adolescentes brasileiros, entre 5 e 17 anos, estavam nessa situação. O total representa 4,3% dos jovens dessa faixa etária, que somam ao todo 37,9 milhões no país. Apesar do aumento, o índice permanece abaixo do que foi registrado entre 2016 e 2022. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A série histórica apresenta oscilações relevantes: Entre 2016 e 2019, o trabalho infantil caiu 15,7%, seguido de alta de 7% em 2022. Em 2023, o número atingiu o menor patamar já registrado, com retração anual de 14,6%, totalizando 1,61 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. Trabalho infantil ainda afeta 1,6 milhão de crianças Arte/g1 O pesquisador do IBGE responsável pelos dados, Gustavo Geaquinto Fontes, ressalta que, nos anos de 2020 e 2021, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua não coletou dados sobre o tema devido à pandemia de Covid-19. Segundo ele, apesar do crescimento em 2024, ainda não é possível afirmar que a tendência de queda nesse tipo de trabalho foi revertida. “Entre 2023 e 2024, observamos uma variação positiva de 2,1% no contingente, mas o nível continua baixo. Em termos percentuais, a participação na população total também subiu um ponto, passando de 4,2% para 4,3%.” Quem são as crianças e adolescentes em trabalho infantil? Mas afinal, o que caracteriza o trabalho infantil? Fontes frisa que nem todas as crianças que realizam atividades econômicas ou de autoconsumo (como pesca ou criação de animais) se enquadram nessa definição. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho infantil é definido como aquele que é “perigoso e prejudicial à saúde ou ao desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças” ou que compromete a escolarização. Além disso, a classificação também é diferente de acordo com a faixa etária dos jovens. “Para crianças de até 13 anos, qualquer forma de trabalho é proibida. Adolescentes de 14 e 15 anos só podem atuar como aprendizes. Jovens de 16 e 17 anos podem trabalhar com carteira assinada, mas nunca em atividades insalubres, perigosas ou noturnas”, explica Fontes. Conforme os dados da PNAD, o trabalho infantil no Brasil apresenta desigualdades significativas por raça, gênero e idade. Entre os trabalhadores infantis de 5 a 17 anos, meninos representam 66% do total, com rendimento médio de R$ 924; As meninas correspondem a 34%, com renda média de R$ 693 — uma diferença superior a R$ 230. A desigualdade racial também se manifesta no trabalho infantil: crianças e adolescentes pretos ou pardos representam 66% dos trabalhadores, com renda média de R$ 789, enquanto crianças brancas são 32,8%, recebendo em média R$ 943. Os dados também indicam que o trabalho infantil não é uniforme: Crianças mais novas se ocupam em atividades informais e com baixa carga horária; Adolescentes enfrentam jornadas mais longas e vínculos formais, o que pode afetar sua educação, saúde e desenvolvimento. (veja mais abaixo) Meninos negros são os que mais trabalham Arte/g1 Na análise regional indica que, em 2024, o Nordeste concentrou o maior número de crianças e adolescentes em trabalho infantil, com 547 mil, seguido pelo Sudeste, com 475 mil. Na sequência, aparecem Norte (248 mil), Sul (226 mil) e Centro-Oeste (153 mil). Piores formas de trabalho infantil Em 2024, 560 mil crianças e adolescentes estavam nas chamadas piores formas de trabalho infantil, listadas na categoria TIP — atividades descritas no decreto 6.481 do governo federal, associadas a riscos de acidentes ou danos à saúde. O contingente atingiu o menor patamar da série histórica, após queda de 5,1% em relação a 2023 e retração ainda mais acentuada de 22,7% entre 2022 e 2023. “No período acumulado da série histórica, entre 2016 e 2024, houve uma redução de 39,1% de crianças e adolescentes ocupados nas atividades da lista TIP”, afirma o pesquisador do IBGE. A maioria desse grupo é composta por adolescentes de 16 e 17 anos (8,3%), em sua maioria pretos ou pardos (6,1%). Piores formas de trabalho infantil em queda Arte/g1 Beneficiários do Bolsa Família Os dados também mostram uma relação entre vulnerabilidade social e trabalho infantil. Em 2024, 717 mil crianças e adolescentes que viviam em domicílios beneficiários do Bolsa Família estavam nessa situação, cuja renda familiar per capita foi de R$ 604. A proporção nesse grupo foi de 5,2%, ligeiramente acima da média nacional (4,3%). No entanto, ao longo da série histórica, a redução foi mais acentuada do que a média geral, fazendo a diferença cair de 2,1 para 0,9 ponto percentual. Em relação às atividades exercidas, as crianças beneficiárias em situação de trabalho infantil estavam mais presentes no autoconsumo (40,5%) e nas agrícolas (30,3%). Quanto à frequência escolar, esse grupo apresentou índice superior à média dos trabalhadores infantis: 91,2%, com variação maior entre adolescentes de 16 e 17 anos (82,7% entre beneficiários, contra 81,8% na média geral). A frequência escolar é uma das condições para manter o Bolsa Família: o mínimo exigido é de 60% para estudantes de 4 e 5 anos e 75% para aqueles de 6 a 18 anos incompletos. Afazeres domésticos e cuidado de pessoas Outro dado importante da pesquisa é a carga de afazeres domésticos. Em 2024, mais da metade das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos (54,1%) ajudava em tarefas de casa ou no cuidado de pessoas. A prática era mais comum entre meninas (58%). Entre os que já exerciam algum tipo de atividade econômica, essa participação era ainda maior: 74% também acumulavam afazeres domésticos, contra 53,3% entre os que não trabalhavam. A diferença ficava mais evidente nas idades mais baixas, de 5 a 13 anos. Nesse grupo, 79,6% dos que trabalhavam em atividades econômicas também realizavam afazeres domésticos, enquanto entre os que não trabalhavam essa proporção era de 44,9%. Criança trabalhando, em foto de arquivo Valter Campanato/Agência Brasil
19/09/2025 13:00:18 +00:00
Tarifaço: R$ 40 bilhões em crédito já podem ser buscados no BNDES pelos exportadores; veja as taxas de juros

BNDES anuncia medidas de crédito do pacote de ajuda às empresas atingidas pelo tarifaço am Um mês e meio após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar o tarifaço elevando a alíquota de importação para 50% para vários produtos brasileiros, o governo federal disponibilizou linhas de crédito para ajudar os setores afetados. Essa é a principal medida do pacote de ajuda aos exportadores anunciado pelo Executivo. De acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que está operacionalizando o crédito, serão liberados R$ 30 bilhões do programa Brasil Soberano, anunciado pelo governo, e mais R$ 10 bilhões em recursos próprios. Medidas pra exportadores prejudicados pelo tarifaço dependem da publicação de atos normativos pra terem efeito prático "O BNDES vai socorrer todas as empresas e a contrapartida é manter os empregos para a economia continuar crescendo e o país não ser prejudicado por essas medidas autoritárias, unilaterais e injustificadas”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Os empréstimos poderão ser buscados por exportadores de 9.777 produtos. Os empresários podem verificar se têm direito, e solicitar os recursos, na página da internet do BNDES na internet. Os prazos das operações da linha emergencial variam entre cinco e 10 anos (60 e 120 meses, com carência de 12 e 24 meses, respectivamente). O valor máximo de financiamento por mutuário para as finalidades relativas à aquisição de bens de capital e ao financiamento de investimentos será de R$ 150 milhões. Para as finalidades relativas à capital de giro, as grandes empresas terão valor máximo de financiamento de R$ 200 milhões, enquanto as médias, pequenas e microempresas terão valor máximo de financiamento de R$ 35 milhões. Crédito de ajuda aos exportadores BNDES "Os interessados precisarão se autenticar utilizando a plataforma GOV.BR, exclusivamente por meio do certificado digital da empresa. Após a autenticação, o sistema informará se a empresa é elegível e quais soluções do Plano Brasil Soberano podem ser solicitadas", informou a instituição financeira. As linhas de crédito são destinadas a capital de giro e investimentos em adaptação da atividade produtiva, além da aquisição de máquinas e equipamentos e da busca de novos mercados. As taxas, subsidiadas, estão abaixo do juro básico da economia, atualmente em 15% ao ano. No Brasil Soberano, são disponibilizadas quatro linhas de crédito: Capital de Giro (gastos operacionais gerais): crédito para apoiar exportadores de bens, através do financiamento de gastos operacionais gerais, com taxas de até 10,4% ao ano. Giro Diversificação (busca de novos mercados): Crédito para apoiar, na fase pré-embarque, a produção para exportação de bens afetados constantes da tabela de produtos MDIC, através do financiamento da busca de novos mercados, com juros de até 8,2% ao ano. Bens de Capital (aquisição de máquinas e equipamentos) e investimentos (em inovação tecnológica, adaptação da atividade produtiva de produtos, de serviços e de processos, e adensamento da cadeia produtiva), com taxas de até 7,2% ao ano. Já as linhas de crédito com recursos próprios do BNDES podem ser buscados por empresas cujos produtos receberam qualquer percentual de tarifa e com qualquer nível de impacto no faturamento bruto. Neste caso, são duas linhas disponíveis: Capital de Giro Emergencial (financiamento de gastos operacionais gerais) e Capital de Giro Diversificação (busca de novos mercados). Empresas que buscarem empréstimos deverão manter empregos BNDES Outras medidas Além da linha de crédito de R$ 30 bilhões, o governo também anunciou outras medidas de suporte às empresas afetadas pela sobretaxa de 50% em suas vendas externas aos Estados Unidos. São elas: ➡️Seguro à exportação: governo anunciou instrumentos para proteger o exportador contra riscos como inadimplência ou cancelamento de contratos, permitindo que bancos e seguradoras utilizem essa garantia em mais tipos de operações. ➡️A Receita Federal foi autorizada a fazer diferimento (adiamento) de cobrança de impostos para as empresas mais afetadas pelo tarifaço. ➡️Isenção de insumos para exportações: o governo anunciou a prorrogação, por um ano, do prazo para que as empresas consigam exportar mercadorias que tiveram insumos beneficiados pelo chamado "drawback". ➡️Novo Reintegra: o governo também anunciou que as empresas exportadoras terão crédito tributário (valores a abater em impostos) para que suas vendas ao exterior sejam desoneradas. ➡️Compras públicas: Foi anunciado que a União, estados e municípios poderão fazer compras públicas para seus programas de alimentação (para merenda escolar, hospitais etc.). ➡️Diversificação de mercados: o governo anunciou, ainda, que continuará trabalhando para diversificar mercados, ou seja, buscando novos países compradores dos produtos sobretaxados pelos Estados Unidos.
19/09/2025 12:27:58 +00:00
Ibovespa bate novo recorde e encosta nos 146 mil pontos; dólar fecha estável

PEC da Blindagem será analisada no STF O Ibovespa, principal índice da bolsa, fechou em alta de 0,25% nesta sexta-feira (19), alcançando novo recorde de 145.865 pontos. Mais cedo, chegou pela primeira vez aos 146.399 pontos. Já o dólar terminou o dia praticamente estável, com leve alta de 0,03%, cotado a R$ 5,3203. Após uma semana marcada por decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, esta sexta-feira não trouxe novos indicadores relevantes. Com isso, o mercado direcionou a atenção para a política brasileira e para a conversa entre Donald Trump e Xi Jinping. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ O relator do chamado PL da Anistia, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), declarou nesta sexta que pretende apresentar um relatório voltado à redução de penas, e não ao perdão dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. O debate sobre a anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado pode influenciar o cenário eleitoral de 2026 e já está no radar dos investidores. ▶️ No exterior, os presidentes de EUA e China tiveram uma teleconferência, a primeira em três meses —, na qual discutiram principalmente a possível venda do TikTok nos EUA. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,62%; Acumulado do mês: -1,87%; Acumulado do ano: -13,91%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +2,53%; Acumulado do mês: +3,14%; Acumulado do ano: +21,27%. Relator defende mudar PL da anistia para 'dosimetria' O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do PL da Anistia, afirmou nesta sexta-feira (19) que pretende apresentar um texto com foco na redução de penas, mas sem prever perdão total aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A declaração ocorreu após encontro com Michel Temer, Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), conforme informou o blog de Valdo Cruz. Segundo Paulinho, o grupo busca uma proposta que ajude na pacificação nacional, prevendo a redução das penas para todos os envolvidos — dos organizadores e financiadores aos participantes dos atos antidemocráticos. Entre os possíveis beneficiados estariam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo STF a mais de 27 anos de prisão, além de militares que ainda aguardam julgamento. BC vende US$ 2 bi em dois leilões de linha O Banco Central vendeu nesta sexta-feira um total de US$ 2 bilhões em dois leilões de linha (operações de venda de dólares com compromisso de recompra) para rolagem de contratos que vencem em outubro. No primeiro, o BC vendeu US$ 1 bilhão com taxa de corte de 5,291000%, aceitando uma proposta. A liquidação da venda ocorrerá em 2 de outubro, com recompra prevista para 3 de fevereiro de 2026. No outro, o BC vendeu US$ 1 bilhão com taxa de corte de 5,158000%, aceitando duas propostas. A liquidação será em 2 de outubro e a recompra em 3 de março de 2026. Trump e Xi Jinping buscam acordo Os presidentes Donald Trump e Xi Jinping conversaram por telefone nesta sexta para tentar avançar em um acordo que permita manter o TikTok nos EUA e reduzir as tensões comerciais entre as duas potências. "Acabei de concluir uma ligação muito produtiva com o presidente Xi, da China... A ligação foi muito boa, falaremos novamente por telefone, apreciamos a aprovação do TikTok e estamos ansiosos para nos reunirmos na Apec", disse Trump em uma postagem no Truth Social. Já Xi Jinping classificou a conversa como "positiva" e "construtiva". De acordo com a CCTV e a agência Xinhua, ele pediu que Trump buscasse resolver a disputa de acordo com as "regras do mercado". Ele também o incentivou a "evitar tomar medidas unilaterais de restrição do comércio para não pôr em risco os avanços obtidos em diferentes ciclos de negociações". O esforço de Trump e Xi para estabilizar as relações ocorre em meio às discussões sobre uma possível reunião presencial entre ambos durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), marcada para 30 de outubro a 1º de novembro na Coreia do Sul, segundo a Reuters. Um dos obstáculos para manter o TikTok em operação nos EUA é a aprovação final, por Pequim, de um acordo-quadro acertado entre os dois lados no início da semana. O Congresso dos EUA determinou que o aplicativo seja fechado para usuários americanos até janeiro de 2025, caso os ativos não sejam vendidos pela controladora chinesa ByteDance. Trump se recusou a aplicar a lei enquanto seu governo busca um novo comprador para o aplicativo, alegando também receio de que a proibição provoque a insatisfação da grande base de usuários do TikTok e prejudique as comunicações políticas. Bolsas globais Os mercados em Wall Street subiram nesta sexta-feira, após uma sequência de recordes no dia anterior. A semana foi marcada pelo primeiro corte de juros do ano, anunciado pelo Federal Reserve (Fed), o que renovou o otimismo em torno de empresas ligadas à tecnologia e à inteligência artificial. De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 0,47%, para 6.662,84 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançou 0,69%, para 22.625,48 pontos. O Dow Jones subiu 0,36%, para 46.315,77 pontos. Na Europa, as principais bolsas encerraram em queda após uma semana marcada por decisões relevantes de política monetária. O índice pan-europeu STOXX 600 recuou 0,30%. Em Londres, o FTSE caiu 0,12%; em Frankfurt, o DAX perdeu 0,15%; e em Paris, o CAC-40 fechou em leve baixa de 0,01%. Na Ásia, os mercados registraram desempenho misto. As bolsas chinesas caíram diante de realização de lucros e da expectativa pela conversa entre os presidentes da China e dos EUA. Em Tóquio, o Nikkei recuou 0,6% (45.045 pontos). Em Hong Kong, o Hang Seng ficou estável (26.545 pontos). Em Xangai, o SSEC caiu 0,30% (3.820 pontos), enquanto o CSI300 avançou 0,08% (4.501 pontos). Já em Seul, o KOSPI teve queda de 0,46% (3.445 pontos). Notas de dólar. Luisa Gonzalez/ Reuters
19/09/2025 12:00:44 +00:00
Governo extingue mais de 44 mil cargos considerados 'obsoletos'

Governo extingue mais de 44 mil cargos considerados 'obsoletos' A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira (19) que o governo federal extinguiu entre 2023 e 2025 mais de 44,5 mil cargos públicos considerados "obsoletos". Ainda segundo a ministra, outros 21,6 mil postos na área da educação, que continuam ocupados, serão fechados (leia mais abaixo). Entre os postos de trabalho que foram fechados nos últimos anos estão os de datilógrafo, ascensorista, motorista e auxiliar de enfermagem. "A gente tem cargos que foram criados na década de 1970 e que já não fazem mais sentido", afirmou. "A gente foi detectando cargos que não têm concursos há muitos anos, cargos que a gente sabe que não vai mais precisar", prosseguiu. A ministra ainda mencionou uma transformação feita na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que não tinha muitos cargos vagos, mas precisava abrir novo concurso. Segundo Esther Dweck, a partir de cargos vagos da área da saúde foi possível fazer um remanejamento e abrir novas posições na Anvisa. "Era uma área que tinha muitos cargos a serem transformados", ponderou. Nova roupagem Sobre os 21,6 mil cargos que serão extintos, a ministra explicou que a ideia é "transversalizá-los", isto é, eles passarão de cargos muito específicos para, em uma nova modelagem, se transformarem em cargos mais amplos. "Conforme eles vão vagando, ele passa a ser um cargo amplo e não simplesmente de uma única ocupação, e você pode adequar a melhor necessidade que você tem", justificou. A ministra reforçou que a contratação de servidores no governo federal nos últimos anos foi menor que a saída ao longo do governo. "No âmbito federal terá uma redução, não tanto no âmbito municipal, mas a nossa ideia é que essa tendência seja de diminuição", arrematou. Datilógrafo Ron Lach/Pexels
19/09/2025 11:35:57 +00:00
Cliques, tempo em reunião e monitoramento de tela ao vivo: os programas que vigiam funcionários em home office

Programas podem capturar tela, conversas e histórico de navegação, mostra teste da BBC Getty Images via BBC Quando o banco Itaú anunciou a demissão de mais de 1 mil funcionários que trabalhavam em regime remoto ou híbrido, na semana passada, uma das maiores surpresas para demitidos foi descobrir a quantidade de informações sobre o que faziam no computador que era de conhecimento da empresa. O próprio banco explicou, conforme mostrou a BBC News Brasil, que mediu a atividade dos colaboradores ao longo de quatro meses. Foram considerados o uso de mouse e teclado, chamadas de vídeo, envio de mensagens, realização de cursos, pacote office, dentre outras métricas. Embora esse monitoramento do trabalho remoto não seja uma novidade e venha sendo aplicado ao menos desde o boom do home office causado pela pandemia do coronavírus, o caso chamou a atenção pelo nível de detalhamento desse tipo de vigilância. O banco nega que tenha feito captura de telas, áudio ou vídeo, já que isto poderia violar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ainda assim, uma série de ferramentas de vigilância de atividades foi aplicada por meses. Mas, afinal, o que exatamente esse tipo de programa pode fazer? A BBC News Brasil testou e analisou dois deles na última semana, XOne e Teramind, assistiu a conteúdos publicados por usuários das plataformas, anúncios das empresas e identificou ações judiciais que citam a vigilância feita por essas ferramentas. Os testes da BBC demonstram que esse tipo de programa permite ver em tempo real o que cada funcionário está fazendo, quais sites estão sendo acessados e até identificar, de forma automatizada, se o funcionário realizou alguma ação em desacordo com as políticas da empresa (por exemplo, entrar em um site proibido ou mandar e-mail com dados sensíveis). No caso XOne, nosso teste não pode ser concluído. A empresa que o administra removeu o acesso à plataforma de demonstração do software durante a apuração desta reportagem, após a repercussão das demissões no banco. Ainda assim, foi possível acessar informações em vídeos divulgados pela própria empresa e publicações em suas redes sociais. O jornal Folha de S.Paulo e outros veículos de imprensa afirmaram que o XOne era o software utilizado pelo Itaú, informação que as empresas (o banco e a responsável pelo software) não confirmam nem negam. Felipe Oliveira, cofundador da empresa que administra o XOne, disse por e-mail que o acesso para testes foi removido por causa do volume de solicitações, mas que todos os pedidos já efetuados por esse canal serão atendidos. A BBC News Brasil não conseguiu retomar os testes, mesmo tendo reiterado os pedidos. O Itaú também se recusou, por e-mail, a demonstrar como funciona a plataforma na empresa. Não é possível afirmar, no momento, quais dessas capacidades identificadas pela BBC foram ou não utilizadas pelo banco Itaú. O banco afirmou, em nota, que o monitoramento se restringe ao uso corporativo de softwares licenciados pela empresa. O Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou um procedimento investigatório na última terça-feira (16/09) em que pede esclarecimentos à empresa sobre o episódio das demissões. Monitoramento de tela e controle do computador Demonstração da Teramind tem tela de monitoramento ao vivo de computadores, com nomes fictícios Reprodução Fundada em 2014, a Teramind diz em seu site que é líder em "soluções comportamentais" e que atende mais de 10 mil organizações em mais de 125 países. O suporte da empresa disse que eles possuem "muitos" clientes no Brasil, embora não haja um número específico. O programa de monitoramento da empresa está disponível para testes e oferece uma demonstração com dados fictícios no próprio site, sem instalar nada. Nele é possível ver e testar uma função chamada "live activity overview", que mostra telas de funcionários em tempo real. A BBC entrou em contato com o suporte da empresa para questionar sobre possíveis problemas de privacidade e dados pessoais. A Teramind disse que isso deve ser checado com advogados em cada país e que não dá aconselhamento legal aos clientes. A lista de ferramentas da empresa é extensa. Esses são alguns exemplos: - Monitoramento do histórico de sites e aplicativos visitados pelo funcionário; - Visão e controle remoto do computador do funcionário; - Atividades em mídias sociais; - Identificação automatizada de possível comportamento malicioso ou não autorizado, com registro da ação em vídeo; - Interações com o computador / produtividade (para este item há um indicador de horas trabalhadas e taxa de atividade). A tela de demonstração da plataforma também mostra uma série de rankings, que dizem quais são os sites mais acessados, os usuários com maior atividade e possíveis práticas não autorizadas. Uma delas mostra usuários que navegam em aba anônima, por exemplo. Há até um alerta para quem entra em sites de "busca de emprego" nesta demonstração, bem como "enviar e-mail com informações sensíveis." Em 2022, ao menos duas ações na Justiça do Trabalho brasileira citaram a Teramind em processos contra uma mesma companhia de venda de veículos em São Paulo. A empresa dona do software não foi acusada de nada nem é parte do processo, mas foi mencionada como plataforma de monitoramento. Nos contratos, a companhia de carros justifica o uso do software contratado como forma de proteger dados internos — imagens de tela, conversas, dados de clientes. Em um dos processos, um ex-representante comercial pediu o reconhecimento de vínculo trabalhista, alegando que sua rotina era de empregado, já que até sua jornada era controlada via Teramind, que registrava horários online/offline e tempo ocioso. Em outro, o trabalhador afirmou que seu notebook era monitorado e que não podia recusar clientes, pois o programa verificava se o atendimento ocorria de fato e até espionava ligações. A empresa não comentou esses casos específicos. Monitoramento da Teramind, em inglês, mostra comportamentos como uso de navegador em aba anônima, buscas em sites de emprego e envio de informações sensíveis por e-mail Reprodução Ranking de produtividade, sites visitados e geolocalização No caso da XOne, a empresa diz, em um vídeo no Youtube, que é possível "acompanhar em tempo real as atividades da equipe". A reportagem criou uma conta na plataforma na semana passada, mas os testes foram suspensos pela empresa depois do caso das demissões no Itaú. Foi possível identificar funções no menu do programa que permitem saber quais sites estão sendo acessados, quando e por quanto tempo, o tempo de inatividade do funcionário e a geolocalização dos computadores monitorados. As telas do programa mostram que é possível identificar quais são os programas que estão sendo usados, por quanto tempo e quem mais os utiliza. Há ainda opções para verificar aderência à jornada de trabalho (vale lembrar, esse foi um dos motivos usados pelo Itaú para as demissões; o banco alegou que essas pessoas não estariam trabalhando durante todo o período devido). A plataforma também permite visualizar rankings de colaboradores com menor aderência, por porcentagem. O programa foi criado pela Arctica, empresa fundada em 2019 e que se apresenta com o propósito de “ajudar organizações a compreenderem melhor seus ambientes digitais e a extrair valor estratégico das informações disponíveis.” A Arctica diz que não divulga sua lista de clientes, mas que atende a “serviços financeiros, telecomunicações, seguradoras, tecnologia e indústria.” Diz ainda que recomenda boas práticas de transparência sobre o uso de seu software e que a responsabilidade de avisar os funcionários é do empregador. Ressaltou também que “não realiza gravação de tela, nem captura o conteúdo de comunicações pessoais (mensagens privadas, e-mails pessoais, postagens em redes sociais, áudios ou vídeos privados).” Botão para teste de programa de monitoramento XOne foi removido de site após caso do Itaú; empresa diz que ainda é possível testar software; BBC/Reprodução/Internet Archive 'Levam o computador até para beber água durante o home office' Depois de a BBC News Brasil ter publicado depoimento de um funcionário demitido do Itaú, recebemos uma série de relatos sobre o clima na empresa. Um dos demitidos relatou que colegas que continuaram no banco estão se sentindo pressionados e com medo de serem mandados embora. "Então levam o computador até para beber água durante o home office", contou, em relação ao receio de serem considerados inativos pelo software usado pelo banco. Nenhum deles quis ser entrevistado, mesmo sem se identificar, por medo de retaliação. Essa pressão relacionada ao monitoramento do trabalho remoto é conhecida e já foi documentada em diversos estudos. Uma dissertação de mestrado de Fabrício Barili, da Universidade Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), sobre essas plataformas, de 2022, aponta que elas podem potencializar a disputa entre trabalhadores para continuarem empregados. O trabalho cita especificamente a Teramind e diz que a plataforma não tem a produtividade como foco, mas sim o comportamento "que pode comprometer a segurança de informação da empresa". A XOne não é citada no estudo. Empresas podem monitorar funcionários? Uma das críticas feitas por ex-funcionários do Itaú foi a falta de clareza sobre como eram monitorados. O banco afirma, no entanto, que tudo estava previsto em contrato e em políticas internas. Pedro Henrique Santos, pesquisador da Data Privacy Brasil, explica que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) não proíbe o monitoramento. Mas que tudo deve ser consentido e comunicado de forma clara e acessível. "O monitoramento faz parte da relação trabalhista e o empregador tem esse direito. O uso da tecnologia não é necessariamente ruim. Mas é preciso comunicar da forma mais transparente possível, disponibilizando canais de informação e explicando já no momento da contratação." Ele ressalta que as empresas devem avaliar até que ponto essas ferramentas são, de fato, indispensáveis para a gestão. "Quando se pensa em tomar decisões a partir desses dados, é preciso avaliar se os resultados realmente são úteis. E verificar se há outra forma de chegar à mesma conclusão, com menos coleta de dados e menos monitoramento." Itaú demite funcionários após avaliar produtividade no home office
19/09/2025 10:51:29 +00:00
Exportação brasileira de carne de porco cresce em 2025; veja principais destinos dos embarques

Em fevereiro, o preço da carcaça suína registrou elevação de 10,8% na comparação com janeiro, passando para R$ 13,20 o quilo. Arquivo Secom O volume exportado de carne suína brasileira cresceu cerca de 72% entre janeiro e agosto de 2025, aponta análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), nesta quinta-feira (18). No primeiro mês do ano, foram 7,7 mil toneladas da proteína exportada. Em agosto, a quantidade passou para 13,3 mil toneladas. No ranking dos principais países destinos dos embarques, Chile e Filipinas são destaques. Entenda panorama, abaixo. "O destaque foi em julho, quando 14,5 mil toneladas de carne suína foram escoadas ao Chile. O dobro do volume de janeiro", aponta o Cepea. Destinos Chile foi, em julho e agosto o segundo maior destino da proteína brasileira, assumindo a posição que até então vinha sendo sustentada pela China. As Filipinas se mantêm como maior destino da carne suína brasileira desde fevereiro deste ano. "O aumento dos embarques ao Chile está atrelado ao fato de o governo daquele país ter reconhecido, em abril deste ano (e oficializado em julho), o estado do Paraná (segundo maior produtor nacional), como livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica", destaca o Cepea. Preços Os preços do suíno vivo e da carne de porco mantiveram altas desde o fim do primeiro semestre de 2025 e as cotações de agosto seguiram firmes, contrariando cenário típico de recuos para esse período do ano. 🐖O mercado independente do suíno vivo, segundo o Cepea, foi favorecido pela demanda aquecida, típica no começo do mês e que ajudou a impulsionar as cotações. Na segunda metade de agosto, a procura seguiu firme, e os valores não recuaram como tradicionalmente ocorre. Desta forma, as médias mensais dos preços do vivo em quase todas as praças acompanhadas pelo Cepea avançaram em relação a julho", observa o Cepea em boletim desta quinta-feira. 📲 Participe do canal do g1 Piracicaba no WhatsApp USP analisa movimentos de preços das carnes concorrentes e reflexos da estiagem em agosto Quanto à carne, pesquisadores explicam que a demanda também esteve bastante elevada em agosto, levando a aumentos nas cotações da maior parte dos produtos suinícolas no período. 📈O indicador do Suíno Vivo Mensal Cepea/Esalq fechou em R$ 8,57 em Minas Gerais, R$ 8,27 no Paraná, R$ 8,15 no Rio Grande do Sul, R$ 8,19 em Santa Catarina e R$ 8,76 em São Paulo em agosto. Preços da carne suína aumentam em junho Reprodução/TV TEM g1 em 1 Minuto: Gripe aviária não é transmitida a quem come carne de frango VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
19/09/2025 10:44:17 +00:00
Ministro do Trabalho intervém em investigação sobre trabalho escravo da JBS

As bandeiras da JBS S.A., a maior produtora de carne bovina do mundo, e a do Brasil tremulam em uma unidade da JBS, em Santa Maria das Barreiras, no estado do Pará, Brasil, em 12 de setembro de 2025. REUTERS/Amanda Perobelli/Foto de arquivo O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, decidiu fazer uma revisão final incomum de uma investigação que pode colocar na lista suja do trabalho escravo uma unidade de aves do frigorífico JBS SA por submeter trabalhadores a "condições análogas à escravidão", de acordo com documentos vistos pela Reuters. Essa interrupção do processo usual gerou preocupações entre fiscais do trabalho e especialistas em direito, que consideraram a medida sem precedentes, podendo introduzir influência política no esforço de décadas do Brasil para combater a escravidão moderna. O caso decorre de uma operação federal no ano passado que encontrou dez pessoas trabalhando em condições análogas à escravidão para uma empresa contratada para carregar e descarregar cargas para uma unidade avícola da JBS chamada JBS Aves, no Estado do Rio Grande do Sul. Os inspetores descobriram que os trabalhadores eram submetidos a turnos ilegalmente longos, de até 16 horas, e alojados sem acesso a água potável, de acordo com um relatório visto pela Reuters. A empresa contratada também havia feito descontos ilegais nos salários dos trabalhadores, dificultando a demissão, segundo o relatório. Em comunicado, a JBS informou que suspendeu imediatamente a empreiteira, rescindiu o contrato e bloqueou a empresa ao tomar conhecimento das alegações. "A companhia tem tolerância zero com violações de práticas trabalhistas e de direitos humanos", acrescentou o comunicado. Ainda assim, os fiscais do trabalho decidiram em 6 de agosto que a JBS era responsável pelas condições de trabalho dos dez trabalhadores, pois não realizou a devida diligência para garantir que a contratada os estava tratando de forma legal. Normalmente, tal decisão resultaria na inclusão da empresa em uma lista de empregadores responsáveis por submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão, conhecida como "lista suja", que deve ser atualizada em outubro. Uma vez incluída na lista, uma empresa permanece lá por dois anos. Além dos riscos reputacionais associados à listagem, as empresas também estão impedidas de obter certos tipos de empréstimos de bancos brasileiros, o que pode trazer sérias consequências financeiras para uma empresa do porte da JBS Aves. Após a decisão dos fiscais em agosto, um parecer jurídico da Advocacia-Geral da União (AGU), visto pela Reuters, concluiu que o ministro poderia avocar para si o processo, para sua própria revisão, citando a importância da JBS na economia brasileira. A JBS é uma das maiores empregadoras do Brasil, com cerca de 158.000 funcionários no país, segundo a empresa. Sua divisão Seara, que administra a JBS Aves, reportou receita líquida de US$2,2 bilhões de abril a junho, cerca de um décimo do total da empresa. A inclusão da JBS Aves na lista de trabalho escravo teria "repercussão econômica e jurídica de ampla magnitude, com reflexos diretos na esfera patrimonial da empresa, em suas relações comerciais, na imagem perante o mercado e, em última análise, pode gerar significativo impacto no próprio setor econômico em nível nacional", escreveu a AGU. Na segunda-feira, Marinho retirou o processo para sua revisão, de acordo com um documento visto pela Reuters. Tal medida é inédita em mais de duas décadas em que uma força-tarefa dedicada vem gerenciando a lista suja de trabalho escravo no Brasil, disseram auditores fiscais do trabalho e especialistas jurídicos à Reuters. A AGU não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. O Ministério do Trabalho não respondeu a um conjunto detalhado de perguntas, mas disse que o processo está em andamento e os recursos da JBS ainda estão sob análise. A atitude inusitada do ministro causou "profunda estranheza e preocupação" entre aqueles que trabalham diretamente em casos de trabalho escravo, disse Renato Barbedo Futuro, presidente da Agitra, a Associação Gaúcha dos Auditores Fiscais do Trabalho, em uma nota pública. A decisão do ministério pode ter consequências além do caso JBS, pois abre precedente para que outras empresas solicitem intervenção do ministro em seus casos, disse Livia Miraglia, professora de direito trabalhista na Universidade Federal de Minas Gerais, especializada em casos de trabalho escravo. Sobrevivente de trabalho escravo em vinícolas vira agente fiscal e ampara outras vítimas Saiba o que é trabalho escravo
19/09/2025 10:14:37 +00:00
Com investimento de R$ 2,5 bi, ES terá maior complexo de galpões logísticos do país

Com investimento de R$ 2,5 bi, ES terá maior complexo de galpões logísticos do país O Espírito Santo vai receber o maior condomínio logístico do Brasil. Com investimento de R$ 2,5 bilhões, o novo empreendimento ficará localizado na Serra, Grande Vitória, e terá mais de 620 mil metros quadrados de área construída e locável, o equivalente a 75 campos de futebol. O estado vive um crescimento acelerado do mercado de galpões, de acordo com especialistas. Localização estratégica, incentivos fiscais e solidez fiscal são fatores que explicam a decisão da Private Log, dona do projeto, de levar o empreendimento ao Espírito Santo. Destinado a atender a empresas de e-commerce de vários setores, o local também contará com restaurante, quadra de tênis, academia, posto de gasolina e outlet. A inauguração está prevista para 2026. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp 🏢 Condomínios logísticos são empreendimentos imobiliários planejados para abrigar galpões industriais ou de armazenagem de empresas em um único terreno. 🛣️ As áreas geralmente são terrenos grandes, localizados em pontos considerados de fácil acesso, que reúnem infraestrutura e atendem empresas internacionais, nacionais e locais do e-commerce e do empreendimentos físicos que precisam de espaços para distribuição dos produtos. Maior condomínio logístico do país será implementado na Serra, Espírito Santo Divulgação/Private Log Depois de pronto, o conjunto de galpões capixaba vai desbancar o maior complexo logístico do país, que atualmente fica localizado em Guarulhos, São Paulo, com 440 mil m² de área locável. De acordo com o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado do Espírito Santo (Sincades), o estado possui atualmente 3,6 milhões de m² em galpões logísticos e mais 750 mil m² estão em fase de construção. Galpão logístico na Serra, Espírito Santo Divulgação/Private Log Quatro cidades do estado possuem galpões logísticos atualmente: Serra, Viana, Cariacica e Vila Velha, todas localizadas na Região Metropolitana da Grande Vitória, por onde passam as BRs 262 e 101, duas das principais rotas de escoamento de produtos no país. O g1 procurou as prefeituras, e os investimentos para cada município você confere mais abaixo. Maiores galpões do Espírito Santo LEIA TAMBÉM: TECNOLOGIA: Fazendas economizam tempo e dinheiro com uso de drones na pulverização e impulsionam nova profissão no campo ACHACHAIRU: Conheça fruta agridoce de origem boliviana que ajuda a controlar a pressão INOVAÇÃO: Aplicativo 'vigia' vacas, monitora doenças, avisa sobre período fértil e aumenta produção dos animais Segundo a Secretaria de Desenvolvimento do Espírito Santo (Sedes), a área segue em crescente expansão, e o financiamento nessas operações alcança R$ 1,5 bilhão. Entidades do setor estimam entregas para os próximos cinco anos. Uma das apostas é o do sistema portuário de Aracruz, no Norte do estado, que deve impulsionar ainda mais o setor. O local deve abrigar aproximadamente de 10% a 20% da movimentação de cargas no estado, abrindo novas demandas para o armazenamento na região. Queridinho nos investimentos Juarez Soares, economista mestre em gestão de mudanças pelo Institut Européen d'administration des Affaires (Insead) na França e diretor da Summit Soluções Estratégicas no Mercado Imobiliário, explicou que a grande expansão do setor ocorreu principalmente no período da pandemia. O que atrai os investidores e fazem eles apostarem em galpões é o fato deles serem modernos, atenderem ao serviço de carga e descarga e também por possuírem flexibilidade para customizar de acordo com a demanda que cada empresa precisa. "Ele funciona como um condomínio fechado que tem uma gestão centralizada, voltado para empresas de logística. Lá, a infraestrutura é compartilhada, então, é oferecido um serviço de segurança, estacionamento, além da localização estratégica. Aqui, a gente percebe a escolha de pontos próximo a rodovias, portos, aeroportos e centros urbanos, que facilitam o acesso a chegada e saída do envio do embarque para outras regiões", explicou. Contêineres no Porto de Vila Velha Reprodução/TV Gazeta Além disso, Soares apontou que o custo para os empreendedores investirem em condomínios logísticos é bem mais barato. "Não é necessário fazer investimentos próprios, são investimentos realizados por terceiros. E aí eles têm reduções de custo operacional, mais eficiência logística, flexibilidade, possibilidade de expansão dentro do próprio condomínio", destacou. O fato de o Espírito Santo também ter sido eleito, pelo segundo ano consecutivo, o estado com maior solidez fiscal do país, de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), movimenta o setor e abre olhos de empresas. O gerente industrial da consultoria Colliers, Maurício Nascimento, apontou algumas das melhorias no estado que impulsionaram o Espírito Santo a ter destaque no mercado imobiliário. "Desde 2021, o Espírito Santo vem consolidando sua posição estratégica no mercado de galpões logísticos. Com a expansão dos incentivos fiscais via Compete-ES, o ambiente de negócios passou a atrair grandes operadores e investidores. Esse movimento ganhou ainda mais força com a entrega do Contorno do Mestre Álvaro, em dezembro de 2023 — obra que eliminou gargalos logísticos importantes na BR-101 e melhorou significativamente o acesso à Grande Vitória e ao Porto de Vitória", disse. Incentivos fiscais Outro atrativo para os investidores no mercado imobiliário corporativo no Espírito Santo tem relação direta com os incentivos fiscais oferecidos tanto pelo governo do estado quanto por prefeituras. De olho em novos negócios que podem gerar emprego e renda nas cidades, os municípios oferecem benefícios para a instalação de projetos. O Espírito Santo possui três principais incentivos fiscais de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS). São eles o Invest-ES, o Compete-ES e o Gerar. Compete-ES: Programa de Desenvolvimento e Proteção à Economia do Estado do Espírito Santo (COMPETE-ES) tem por objetivo potencializar a competitividade das sociedades empresárias instaladas no estado em relação às similares de outras regiões do país; Invest-ES: Programa de Incentivo ao Investimento no Estado do Espírito Santo (Invest-ES), é instrumento de política pública que tem por objetivo contribuir para a expansão, modernização e diversificação dos setores produtivos, estimulando a realização de investimentos, a implantação e a utilização de armazéns e infraestruturas logísticas existentes, renovação tecnológica das estruturas produtivas, otimização da atividade de importação de mercadorias e bens e o aumento da competitividade estadual, com ênfase na geração de emprego e renda e na redução das desigualdades sociais e regionais; Gerar: Programa de Geração de Energias Renováveis do Espírito Santo (Gerar) diversifica a matriz energética. Possui seis eixos de atuação, sendo eles: instrumentos regulatórios; incentivos tributários; Pesquisa e Desenvolvimento (P&D); acesso à rede; desenvolvimento regional; e financiamentos. Especificamente quanto ao eixo ‘incentivos tributários’ o Gerar prevê a isenção de ICMS para minigeração distribuída de energia elétrica de fonte solar fotovoltaica de até 5MW. Galpão construído na Serra, Espírito Santo, vai ter 1,5 milhões de metros quadrados Divulgação/Private Log Novo galpão Mateus Oliveira, CEO da Private Log, responsável pelo maior condomínio logístico que será implementado na Serra, informou que a entrega do empreendimento será em 2026, mas totalmente finalizado em 2028. No local, o complexo de galpões vai contar com restaurante, quadra de tênis, academia, posto de gasolina e um outlet. Será uma espécie de cidade logística. A ideia é facilitar também a vida dos colaboradores de empresas que vão passar a trabalhar no local. "O Espírito Santo atravessa um momento histórico no setor logístico. O inventário logístico regional saltou de 300 mil m² em 2022 para mais de 1,4 milhão de m² em 2025, mantendo a taxa de vacância em 3,8%, uma das menores do Brasil. No mesmo período, o preço médio do metro quadrado passou de R$ 21,55 para R$ 25,22, evidenciando a valorização contínua dos ativos. Esse desempenho reforça o potencial do Espírito Santo como polo logístico nacional", contou. Investimento nos municípios Serra A Prefeitura da Serra informou que vem consolidando sua posição como um dos principais destinos para instalação de empreendimentos logísticos e industriais no Espírito Santo, especialmente após a entrega do Contorno do Mestre Álvaro, que potencializou ainda mais a atratividade do município. Atualmente, a cidade conta com dez polos empresariais em funcionamento: Cercado da Pedra, Civit I, Civit II, Jacuhy, Piracema, Sérgio Vidigal, Serra Log I, Serra Log II, Serra Norte e o Terminal Intermodal da Serra (TIMS), além de um polo de inovação, o InovaSerra, voltado para o desenvolvimento tecnológico e novos negócios. A administração disse ainda que, por meio do programa Invista Serra, tem atuado para atrair e apoiar investimentos, oferecendo desburocratização de processos, segurança jurídica, planejamento urbano moderno, infraestrutura logística consolidada e proximidade com os principais corredores viários, o Porto de Vitória e o Aeroporto de Vitória. Esses fatores vêm garantindo a instalação de empresas de diferentes setores e a previsão de mais de 1.100 empregos diretos, já anunciados por empreendimentos que escolheram a Serra como sede. Cariacica A Prefeitura de Cariacica informou que planeja ampliar, ainda mais, os condomínios logísticos às margens da Rodovia do Contorno (BR-101), numa área de mais de 1.000 hectares, e já ocupada por 28 empresas do mesmo segmento. “A ampliação do porto seco de Cariacica será um atrativo a mais para instalação de novas empresas em função da localização estratégica do município. Desde 2021, Cariacica já registrou a instalação de quase 4 mil novas empresas ligadas às atividades logísticas, como de transporte, armazenagem e serviços”, destacou o prefeito Euclério Sampaio Volume de movimentação: Em 2024, foram movimentados mais de 50 mil contêneires, cujas mercadorias variam de metais a alimentos e cosméticos, e mais de 285 mil veículos, entre eles elétricos, híbridos e à combustão. Tamanho das áreas: O porto seco possui cerca de 1,5 milhão de m² de área, com mais de 6 armazéns e cerca de 900 mil m² de pátio para armazenagem de veículos e máquinas, área de cofre, armazéns químicos e salas refrigeradas. Impacto econômico: Os portos secos impulsionam a economia ao descentralizar operações aduaneiras, reduzir custos logísticos e atrair investimentos. Além disso, promovem a geração de empregos e a integração entre diferentes modais de transporte, fortalecendo o desenvolvimento regional. Vista aérea da BR-101, em Viana, no Espírito Santo, onde várias empresas de logísticas ficam instaladas Reprodução/Google Maps Viana A prefeitura informou que, entre 2021 e 2025, a cidade se consolidou como a "Capital Estadual da Logística", com a construção de mais de 202 mil m² de galpões logísticos — o equivalente a 50 campos de futebol. Essa infraestrutura impulsiona o setor e atende às demandas de empresas de diferentes portes. Além dos galpões já em operação, o município ainda dispõe de 1,56 milhão de m² de áreas prontas para receber novos investimentos — uma extensão que equivale a mais de 387 campos de futebol. Entre os grandes players já instalados no município, destacam-se: Amazon, Reckitt, Hypera Pharma, DAF | Vitória Caminhões, OSA Viana Log, Raizz Capital, Extrafruti, Ybera Paris, Pomar Distribuidora, CALMAC Distribuidora de Tintas e Via Brasil Park. Vila Velha Atualmente Vila Velha conta com empreendimentos logísticos de grande porte instalados principalmente no Polo Empresarial de Novo México. Outro destaque logístico envolve investimento no polo portuário. Sobre o uso das retroáreas, destaca-se a ampliação do Terminal Portuário de Vila Velha (TVV), que envolve o uso de uma área de 70.000 m², localizada dentro do espaço do porto. O investimento estimado em R$ 35 milhões destina-se à modernização do complexo e ao aumento de sua capacidade operacional. Há cinco grandes indústrias principais do setor logístico, petroquímico e de importação/exportação instaladas ou com projetos em andamento em retroáreas de Vila Velha: Log-In Logística Intermodal, Prysmian, Multilift Logística, Comexport e Liquiport. A cidade também está definindo zonas de interesse empresarial ao longo de eixos viários estratégicos, como a BR-388 e a Avenida Leste-Oeste. Indústria do ES cresce antes do tarifaço VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
19/09/2025 07:00:30 +00:00
MEIs agora podem pagar o DAS por cartão de crédito; veja como fazer

Cartão de crédito é uma nova opção de pagamento do DAS para o MEI Reprodução/TV Globo A Receita Federal anunciou nesta quarta-feira (17) que os Microempreendedores Individuais (MEI) já podem pagar o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) com cartão de crédito. Até então, o pagamento estava disponível apenas por boleto, PIX e débito automático. A novidade vale tanto para o DAS mensal quanto para o DAS Cobrança e o DAS de Excesso de Receita. Segundo o órgão, a medida traz mais praticidade e flexibilidade para quem deseja manter as obrigações fiscais em dia, garantindo também os benefícios previdenciários e a regularidade do negócio. O novo recurso está disponível na opção “Pagar Online” e amplia as formas de pagamento oferecidas aos empreendedores. Veja abaixo o passo a passo de como os MEIs podem utilizar a nova forma de quitar os tributos. Receita Federal libera pagamento do DAS por cartão de crédito para MEI Arte g1 O valor recolhido pelo Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) garante que o microempreendedor individual mantenha em dia sua contribuição previdenciária e os impostos devidos. Segundo o Sebrae, é o pagamento regular do DAS que assegura ao MEI acesso aos benefícios do INSS, como aposentadoria por idade ou invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão, pensão por morte e salário-maternidade. 🗓️ QUANDO PAGAR? O DAS vence todo dia 20 de cada mês. Ele pode ser emitido diretamente no Portal do Simples Nacional ou pelo App MEI, disponível para iOS e Android. LEIA MAIS Empregadores serão notificados para regularizar FGTS de trabalhadores domésticos Por que o CNPJ vai passar a ter letras pela primeira vez? MEIs: entenda o novo valor de contribuição mensal para 2025
19/09/2025 05:00:22 +00:00
CNH Social: o que é a nova carteira de motorista? Veja perguntas e respostas

Lula sanciona CNH social e veta exame toxicológico para categorias A e B A CNH Social, conhecida como carteira de motorista gratuita, foi sancionada em junho deste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela não cria um novo tipo de documento, mas estabelece uma nova forma de emissão da habilitação sem custos. 🚗 Na prática, a nova legislação determina que os recursos arrecadados com o pagamento de multas de trânsito também poderão ser usados para pagar o processo de obtenção da carteira de motorista de cidadãos. 📲 Como o programa utiliza a mesma carteira emitida pelos estados, a CNH Social também garante o acesso à versão digital da carteira por meio do aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT). Pelo app, é possível consultar e pagar multas, além de baixar o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Confira abaixo as principais dúvidas sobre como funciona a CNH Social: Quem tem direito à CNH gratuita? O que a CNH Social cobre? Quando a nova regra começa a valer? Quem pode se inscrever no CadÚnico e como fazer o cadastro para ter acesso à CNH Social? Quais estados já contam com CNH Social? Quais categorias estão na CNH Social? A CNH Social pode ser usada para trabalhar como motorista? O exame toxicológico é exigido? Como acompanhar a abertura de vagas para a CNH gratuita? Quem tem direito à CNH gratuita? Por se tratar de um programa assistencial, a CNH Social tem como objetivo atender a uma parcela específica da população, seguindo estes critérios: 🙋 Ter 18 anos ou mais; 🪪 Ser a primeira CNH; 📋 Ter cadastrado no Cadastro Único (CadÚnico) como titular ou dependente; 💰 Ter renda de até meio salário mínimo (R$ 706), incluindo famílias com este valor por integrante. Volte para o início. O que a CNH Social cobre? Segundo as regras, estes são os custos cobertos pelo programa: 🩺 Exame médico; 🧑‍⚕️ Exame psicológico; 📝 Aulas técnicas; 🛣️ Aulas práticas; 🧾 Taxa da prova; 🧾 Taxa de uma segunda prova, caso o candidato não passe na primeira; 🪪 Taxa de emissão da CNH. A CNH Social cobre todos os custos do processo de habilitação, exceto a taxa para refazer a prova a partir da terceira tentativa. Volte para o início. Quando a nova regra começa a valer? As novas regras já estão em vigor, desde o dia 12 de agosto de 2025. A regulamentação, com detalhes sobre inscrições, critérios e funcionamento, é de responsabilidade do governo e dos Detrans de cada estado. As inscrições também serão definidas pelos órgãos estaduais e municipais. Alguns estados já iniciaram o programa, como: Amazonas; Acre; Espírito Santo; Goiás; Rio Grande do Sul; Rondônia. Já outros ainda não divulgaram os detalhes do cronograma de inscrições, como: Tocantins; Sergipe. Volte para o início. Quem pode se inscrever no CadÚnico e como fazer o cadastro para ter acesso à CNH Social? O primeiro passo para participar da CNH Social é estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico). O programa é voltado para famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Para se cadastrar, é preciso ir pessoalmente a um posto do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) ou a outro ponto de atendimento indicado pela prefeitura da sua cidade. O responsável familiar deve apresentar: CPF ou título de eleitor; Documento com foto; Comprovante de residência (ou declaração); Documentos dos demais membros da família (RG, CPF, certidão de nascimento ou casamento, etc.). O cadastro é gratuito e deve ser atualizado a cada dois anos ou quando houver mudanças na renda ou na composição familiar. Depois dessa etapa, é só acessar o site do Detran do seu estado e seguir as orientações, que podem variar conforme a região. A CNH Social geralmente está disponível em menus relacionados à habilitação. Volte para o início. Quais estados já contam com CNH Social? Últimos dias para se inscrever no programa 'CNH Social' em Rondônia O Brasil tem pelo menos 17 estados com programas que oferecem a primeira habilitação de forma gratuita. Outros dois estão em fase de implementação. Alguns foram criados antes da nova lei, enquanto outros começaram após a sanção da CNH Social pelo presidente Lula. Confira os detalhes de cada um nos links abaixo: Acre (CNH Social); Alagoas (CNH Baixa Renda e CNH do Trabalhador); Amazonas (CNH Social); Bahia (CNH da gente e CNH na escola); Ceará (CNH Popular) Distrito Federal (CNH Social); Espírito Santo (CNH Social); Goiás (CNH Social); Mato Grosso (Ser Família CNH Social); Mato Grosso do Sul (CNH MS Social); Pará (CNH Pai D'égua e para mães atípicas — leia mais); Paraíba (Habilitação Social); Rio Grande do Norte (CNH Popular); Rio Grande do Sul (CNH Social); Rondônia (CNH social); Roraima (CNH cidadã); Sergipe (CNH social). O Amapá criou o programa Habilita Amapá, que já foi sancionado pelo governador, mas ainda não está em funcionamento. A expectativa é que comece a operar ainda em 2025. Tocantins já sancionou a lei que institui o Programa CNH Cidadã, nome adotado pelo estado para a CNH Social. No entanto, o Detran ainda não divulgou as regras para o cadastro dos interessados. Volte para o início. A CNH Social vale para quais categorias? A nova legislação estabelece que a CNH Social contempla as seguintes categorias: 🏍️ A: essa categoria autoriza a condução de veículos de duas ou três rodas, como motocicletas, motonetas, ciclomotores e triciclos, inclusive com carro lateral. 🚗 B: essa categoria é voltada para veículos com peso bruto total (PBT) de até 3.500 kg, incluindo automóveis de diversos tipos, picapes e vans com capacidade para até oito ocupantes, já considerando o motorista. 🏍️🚗 AB: essa categoria reúne as permissões das categorias A e B em uma única habilitação. As demais categorias, como C, D e E, não estão incluídas na CNH Social, mas os estados têm autonomia para ampliar a oferta e incluir outras além de A, B e AB. Volte para o início. A CNH Social pode ser usada para trabalhar como motorista? Sim. A CNH obtida pelo programa tem a mesma validade legal de qualquer outra. Ou seja, o beneficiário poderá trabalhar como motorista profissional, desde que atenda os critérios adicionais exigidos para atividades remuneradas, como: Mudança para categoria C, D ou E (a depender do veículo), Exame toxicológico (obrigatório para essas categorias), Registro de atividade remunerada (EAR) na habilitação, mesmo nas categorias A ou B. Volte para o início. O exame toxicológico é exigido? Exame Toxicológico para condutores no AP Fabiano Menezes-Detran/divulgação A lei aprovada pelo Congresso previa a exigência de exame toxicológico também para categorias A e B (moto e carro). No entanto, o presidente Lula vetou esse trecho da proposta. Assim, o exame continua sendo obrigatório apenas para as categorias: 🛻 C: voltada para motoristas que conduzem veículos de carga com peso bruto total superior a 3.500 kg, como caminhões leves e picapes de grande porte, incluindo modelos como a RAM 3500. 🚌 D: voltada para motoristas que transportam oito ou mais passageiros em veículos como vans e ônibus, geralmente utilizados em serviços de transporte público ou privado; 🚛 E: voltada para motoristas habilitados nas categorias B, C ou D que conduzem veículos com unidades acopladas, como trailers, reboques e semirreboques, com capacidade superior a 6.000 kg. Volte para o início. Como acompanhar a abertura de vagas para a CNH gratuita? Embora o programa esteja previsto no Código de Trânsito Brasileiro, que possui validade em todo o país, a aplicação das regras, o gerenciamento das inscrições e a definição do número de vagas são responsabilidades de cada Detran, conforme o estado. Por isso, é necessário acessar o site do Detran do seu estado. As informações sobre a CNH Social, incluindo a abertura de vagas e orientações para inscrição, costumam estar disponíveis em seções relacionadas à habilitação. Volte para o início.
19/09/2025 03:00:41 +00:00
Brasil tem 12% mais bovinos do que gente e 305 ovos por habitante: veja números do agro

Gado pasta no município de Assis (AC), na Amazônia. Imagem é de 1º de novembro de 2007. AP Photo/Silvia Izquierdo O Brasil tem 12% mais bovinos do que gente. É o que mostram dados de 2024 da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada na última quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento anual dá os números da produção de alimentos de origem animal e dos rebanhos brasileiros. No ano passado, o rebanho de galinhas bateu recorde e o de gado foi o segundo maior da série histórica iniciada em 1974, superando o marco anterior, de 2023. Veja abaixo o tamanho dos rebanhos em 2024 em relação ao número de habitantes. Naquele ano, o IBGE estimou que a população brasileira era de 212,5 milhões. 🐂​Bovinos (principalmente boi e vaca): 238,2 milhões — 12% maior que a população brasileira. A produção teve uma queda de 0,2% em relação ao ano anterior devido ao ciclo pecuário, com o aumento no abate de fêmeas nos últimos anos. O maior rebanho continua em São Félix do Xingu (Pará). ​🐔​Galináceos (principalmente frango e galinha): 1,6 bilhão de aves — quase 8 vezes mais que habitantes. Número foi 1,7% maior que o ano anterior, ou seja, 26,8 milhões de animais a mais. Somente de galinhas, foram 277,5 milhões, um aumento de 6,8% sobre 2023. Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, lidera essa criação. 🥚 Ovos: 5,4 bilhões de dúzias (64,8 bilhões de unidades) — cerca de 305 ovos por habitante. A produção cresceu em 24 das 27 unidades da federação, atingindo novo recorde da série histórica. Santa Maria de Jetibá também é a que mais produz este alimento. Tanto que é conhecida como "a capital do ovo" no Brasil. Reveja abaixo a reportagem que o Fantástico fez lá, em março deste ano. Entenda por que o ovo pesa no bolso de brasileiros e americanos Onde estão os maiores rebanhos g1/Kayan Albertin Produção de leite é recorde, mas número de vacas cai A pesquisa também trouxe dados sobre outros produtos de origem animal: A produção de leite de vaca chegou a 35,7 bilhões de litros, um novo recorde, alta de 1,4% em relação ao ano anterior, movimentando R$ 87,5 bilhões. Mas o número de vacas ordenhadas caiu para o menor nível desde 1979, o que indica aumento da produtividade. O rebanho de suínos somou 43,9 milhões de animais, enquanto os caprinos (principalmente cabras) chegaram a 13,3 milhões, um aumento de 3,1% em relação ao ano anterior, e um recorde histórico. Os ovinos (ovelhas criadas para lã, carne e leite) totalizaram 21,9 milhões de animais, cerca de uma ovelha para cada 10 habitantes, também recorde histórico, com crescimento de 0,3%. A produção de mel de abelha atingiu 67,3 milhões de quilos, o maior valor já registrado. Já a aquicultura (criação de peixes e camarões em cativeiro) produziu 724,9 mil toneladas, sendo cerca de 70% de tilápia. Entenda o impacto do tarifaço de Donald Trump para o agro do Brasil
19/09/2025 03:00:31 +00:00
CPI ouve homem apontado como sócio do 'Careca do INSS'
CPI ouve homem apontado como sócio do 'Careca do INSS' Nesta quinta, o advogado Nelson Wilians negou ligação com o escândalo e afirmou que "não conhece o careca do INSS". A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) investiga os desvios no INSS, estimados em até R$ 6,3 bilhões.. Segundo a PF, o esquema investigado envolvia descontos mensais em benefícios de aposentados e pensionistas, sem autorização prévia.. A sessão desta quinta (18) ouviu o depoimento do advogado Nelson Wilians, que foi alvo de operação da PF. Em seguida, será a vez de Milton Salvador de Almeida Júnior, sócio do "Careca do INSS".. Wilians negou, na oitiva, qualquer envolvimento com fraudes na Previdência. No entanto, anunciou depois que decidiu ficar em silêncio pelo restante da sessão.. A PF apreendeu na casa do advogado veículos de luxo, obras de arte e armas de fogo, como um fuzil. Ele já foi capa de revista e ganhou fama ao atuar no caso da herança do apresentador Gugu.
19/09/2025 02:09:28 +00:00
Governo Milei intervém no câmbio pelo 2º dia seguido para conter disparada do dólar

Governo Milei decide intervir no câmbio na Argentina O governo argentino realizou nesta quinta-feira (18) uma nova intervenção no câmbio para conter a alta do dólar frente ao peso, com a venda de US$ 379 milhões em reservas pelo Banco Central. Somados aos US$ 53 milhões negociados na véspera, o total de reservas vendidas pelo BC alcançou US$ 432 milhões em dois dias. A pressão sobre o peso cresceu à medida que investidores correram para dolarizar suas carteiras, diante da crise do governo de Javier Milei. (leia mais abaixo) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Desde a adoção do regime flutuante, em abril, o BC não realizava intervenção no câmbio. O movimento derrubou os ativos de risco da Argentina nesta quinta: o índice acionário S&P Merval fechou em queda de 4,93%, enquanto os títulos soberanos recuaram, em média, 3,8%. A turbulência no mercado também levou o índice de risco do país — indicador da confiança dos investidores — a superar 1.400 pontos-base durante o pregão, atingindo o nível mais alto em um ano. No início do mês, o governo argentino já havia anunciado que faria intervenções no câmbio. A medida ocorre em meio à queda expressiva do peso frente ao dólar desde a adoção do regime flutuante. Segundo o governo, o Tesouro Nacional passará a atuar diretamente na compra e venda de dólares para garantir que haja oferta suficiente e evitar movimentos bruscos de desvalorização. A forte intervenção do BC manteve a taxa de câmbio oficial no mercado interbancário estável em 1.474,5 pesos por dólar. Nesta quinta-feira, a autoridade monetária passou a divulgar os limites de sua banda diária de negociação, estabelecendo 1.474,83 para vendas e 948,76 para compras. O teto da banda cambial, mecanismo criado para limitar a valorização do dólar no mercado argentino, é corrigido diariamente com um acréscimo de 1% ao mês desde o fim das restrições cambiais promovidas pelo governo. Ontem, esse limite foi estabelecido em 1.474,40 pesos. Pelo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), sempre que a cotação no atacado ultrapassa esse valor, o Banco Central está autorizado a intervir com venda de reservas para conter a alta. A decisão de Milei de voltar a intervir no câmbio surpreendeu o mercado por vir de um governo de agenda ultraliberal. Em abril, por exemplo, o próprio governo havia comemorado o fim do “cepo” — sistema que restringia a compra de dólares pelos argentinos para tentar controlar o valor do peso. Por que o governo Milei voltou a intervir no câmbio? 1. Queda do peso argentino e risco de inflação Embora tenha conseguido reduzir a inflação que ultrapassava 200% ao ano, por meio de um plano severo de cortes nos gastos públicos, o governo Milei ainda não conseguiu gerar plena confiança na economia nem atrair um bom volume de investimentos estrangeiros. O presidente ainda enfrenta dificuldades para acumular reservas em dólar, essenciais para garantir o pagamento das dívidas argentinas e reduzir a vulnerabilidade do peso. Em última instância, essas reservas facilitariam até a prometida transição para a dolarização da economia. Na tentativa de recuperar a confiança dos investidores, Milei tem dado passos calculados. Quando extinguiu o “cepo”, em abril, o câmbio passou a flutuar de forma mais livre. Por um lado, a medida agradou ao mercado por seu viés liberal. Por outro, enfraqueceu ainda mais o peso, já que a demanda por dólares é maior. 🔎 Em outras palavras: enquanto os argentinos buscam proteger suas economias comprando dólares, o governo tenta evitar que a desvalorização do peso volte a pressionar os preços. Cotação do Peso argentino Arte/g1 Apesar de algum sucesso inicial, as reservas voltaram a cair em 2025, e chegaram a cerca de US$ 7 bilhões negativos após o fim do “cepo”. Começa um círculo vicioso: com pouco dinheiro em caixa, o governo tem menor capacidade de intervir, e o peso tende a se desvalorizar ainda mais. Fora isso, a valorização do dólar encarece importações, reduz a confiança na moeda local e alimenta a inflação — fator central para a manutenção do apoio popular a Milei. Diante disso, o governo argentino endureceu as regras para operações em moeda estrangeira com credores comerciais. Assim, os bancos ficaram proibidos de ampliar sua posição em câmbio à vista no último dia do mês, medida que busca evitar manobras capazes de aumentar a demanda por dólares e pressionar o peso. Até então, o governo vinha elevando a taxa de juros de referência para tentar conter a valorização do dólar frente ao peso, mas a estratégia não se mostrou suficiente. Agora, segundo Carlos Henrique, diretor de operações da Frente Corretora, a nova intervenção é uma “contenção de crise”. "O governo já vinha tentando reduzir a volatilidade com aumento de juros e restrições bancárias, mas a pressão sobre o peso tornou a intervenção direta inevitável, refletindo problemas que vinham se acumulando desde antes da crise política atual e a incapacidade de resolver a crise fiscal”, afirma. Para Henrique, embora Milei já tivesse recorrido a intervenções indiretas, a medida anunciada ontem representa uma “mudança drástica” em relação à sua política econômica liberal. “Ao intervir, o governo abandona temporariamente a ideia de que o mercado deve se autorregular e assume um papel de controle, característico de políticas mais heterodoxas”. 2. Escândalo de corrupção envolvendo Karina Milei Milei também enfrenta crises políticas que fragilizam seu governo e afastam investidores. No fim de agosto, um escândalo — com direito a áudios vazados, acusações de corrupção e disputas internas — atingiu a cúpula do poder argentino. Nos áudios, Diego Spagnuolo, ex-aliado do governo, acusa Karina Milei, irmã do presidente e secretária-geral da Presidência, de envolvimento em corrupção. Presidente argentino, Javier Milei, e sua irmã Karina Milei. Gustavo Garello/ AP Photo Spagnuolo é ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis). Segundo ele, Karina e o subsecretário Eduardo “Lule” Menem teriam exigido propina de indústrias farmacêuticas para a compra de medicamentos destinados à rede pública. Segundo relatório do Bradesco BBI, escândalos políticos como esse “fragmentam o cenário, minando a reputação e a confiança. A perda de influência no Congresso leva a uma expansão fiscal não planejada, em conflito com as metas do FMI”. 🔎 Quando investidores estrangeiros retiram recursos, há menos dólares em circulação, o que aumenta a demanda pela moeda americana em relação ao peso. Isso faz com que o peso perca valor, já que o câmbio passa a refletir uma moeda mais escassa diante da demanda existente. 3. Tensão eleitoral Tudo isso aconteceu às vésperas das eleições em Buenos Aires, que aconteceu no dia 7 de setembro para definir novos deputados e senadores nacionais. O partido de Milei sofreu uma dura derrota na província, a mais importante do país, responsável por quase 40% dos eleitores da Argentina. No pleito, estavam em disputa 46 cadeiras na Câmara de Deputados e 23 no Senado, além da eleição de vereadores em 135 municípios da província (excluindo a cidade de Buenos Aires). Com 99% das urnas apuradas, o Peronismo ficou com 47,3% dos votos, enquanto o partido de Milei, A Liberdade Avança, obteve 33,7%. A diferença, de 13,6 pontos, um resultado inesperado, é considerada uma verdadeira surra eleitoral. Das 10 eleições provinciais realizadas este ano na Argentina, Milei ganhou apenas duas. A partir do segundo ano de mandato, Milei e seu partido acumularam derrotas relevantes no Congresso, que derrubou cortes de gastos públicos e anulou decretos presidenciais. “A instabilidade política atuou como catalisador para a desvalorização da moeda, forçando Milei a intervir”, afirma Henrique. Javier Milei, à época candidato à presidência da Argentina, ergue uma nota de dólar com seu próprio rosto Natacha Pisarenko/AP
19/09/2025 01:03:01 +00:00
Mega-Sena, concurso 2.916: prêmio acumula e vai a R$ 40 milhões

G1 | Loterias - Mega-Sena 2916 O sorteio do concurso 2.916 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (18), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 40 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 05 - 11 - 16 - 27 - 40 - 45 5 acertos - 53 apostas ganhadoras: R$ 34.291,78 4 acertos - 3.368 apostas ganhadoras: R$ 889,49 O próximo sorteio da Mega será no sábado (20). Mega-Sena, concurso 2.916 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1
18/09/2025 23:02:43 +00:00
Crédito do Trabalhador movimenta R$ 50 bilhões em seis meses; contratos antigos migram para nova plataforma
Mais de R$ 15,7 bilhões em contratos antigos de empréstimos consignados de convênio já foram migrados para a plataforma da Carteira de Trabalho Digital do Crédito do Trabalhador, divulgou o governo nesta quinta-feira (18). Desse total, R$ 3,2 bilhões correspondem a contratos de legado renegociados com as instituições financeiras, com uma taxa de juros média de 2,65%. Os dados são referentes a até 16 de setembro, e a expectativa é que R$ 40 bilhões em contratos antigos sejam migrados até outubro. As informações foram divulgadas pelo secretário de Políticas de Proteção ao Trabalhador, Carlos Augusto Simões Gonçalves, durante o II Seminário Nacional de Crédito Consignado, realizado no auditório do Banco Central e promovido pela Revista Justiça e Cidadania. Expansão acelerada Segundo o secretário, em apenas seis meses, o programa atingiu um ritmo acelerado de expansão. Até esta quarta-feira (18), mais de R$ 50 bilhões em crédito já foram contratados por mais de 5,4 milhões de trabalhadores. Atualmente, o programa conta com 122 instituições financeiras habilitadas, das quais 64 já realizam operações. “Enquanto a taxa de juros nos empréstimos pessoais se manteve próxima a 11% ao mês, o Crédito do Trabalhador apresenta uma taxa média de 3,42% ao mês”, afirmou Carlos Augusto. Bandidos usam máquinas de cartão de crédito para roubar pelo sistema de aproximação O que é o Crédito do Trabalhador A modalidade, também chamada de Consignado CLT, foi lançada em março e permite que trabalhadores com carteira assinada contratem empréstimos consignados com condições mais vantajosas. Até 10% do saldo do FGTS pode ser usado como garantia. Também entra como garantia a multa de 40% sobre o saldo do FGTS em caso de demissão sem justa causa. As parcelas são descontadas diretamente na folha de pagamento. O objetivo é ampliar o acesso ao crédito com juros menores. Segundo o governo, o país tem 47 milhões de trabalhadores formais que podem ser beneficiados, incluindo empregados rurais, domésticos e de microempreendedores individuais (MEI). Comparação com outras linhas de crédito De acordo com o Banco Central, a taxa média do consignado ao setor privado ficou em 3,02% ao mês em março. O novo crédito com garantia do FGTS deve reduzir os juros em até 40% em relação a essa média. Na prática, isso coloca a modalidade em patamar muito mais baixo que o de outras linhas de crédito, como: Cheque especial: mais de 7% ao mês; Cartão de crédito rotativo: acima de 10% ao mês; Crédito pessoal não consignado: em torno de 11% ao mês. Expectativa do governo e dos bancos O Ministério do Trabalho e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estimam que a linha deve ganhar força gradualmente, à medida que trabalhadores e empresas se familiarizarem com a plataforma. A meta é chegar a R$ 100 bilhões em contratos em três meses — e, só em seis meses, já foram movimentados R$ 50 bilhões.
18/09/2025 22:09:50 +00:00
Senadores dos EUA protocolam projeto para revogar tarifaço de Trump contra o Brasil

PIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% de Trump, diz estudo Senadores dos Estados Unidos protocolaram nesta quinta-feira (18) um projeto de lei que visa derrubar as tarifas aplicadas por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Ainda não há data prevista para a votação da proposta. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O projeto foi apresentado por cinco senadores, sendo quatro da oposição e um do mesmo partido de Trump. Em comunicado conjunto, eles afirmaram que as tarifas contra o Brasil podem elevar os preços de alimentos e prejudicar a economia americana. Em julho, Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciando tarifas de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. Na ocasião, ele justificou a medida, em parte, pelo que classificou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida entrou em vigor na primeira semana de agosto. Na época, a Casa Branca anunciou que quase 700 itens seriam isentos, incluindo suco de laranja, combustíveis, veículos, aeronaves civis e determinados tipos de metais e madeira. Um dos autores do projeto é o senador republicano Rand Paul, que integra a base de Trump. Em comunicado, ele disse estar preocupado com o que chamou de “perseguição do governo brasileiro” contra Bolsonaro, mas afirmou que a ordem de Trump é inconstitucional. “O presidente dos Estados Unidos não tem autoridade, com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, para impor tarifas unilateralmente. Política comercial é competência do Congresso, não da Casa Branca”, declarou. O líder da minoria no Senado, o democrata Chuck Schumer, afirmou que Trump tem apostado em uma “guerra comercial” para defender uma agenda política, em vez de reduzir custos aos americanos. “Os americanos não merecem que Trump faça política com seu sustento e seu bolso. Já passou da hora de os republicanos no Congresso encerrarem essa loucura e se unirem aos democratas contra a tarifa de Trump”, disse. Segundo os senadores, o projeto tem caráter privilegiado, o que obriga que a proposta seja votada. No entanto, para que a lei seja aprovada, os democratas precisariam conquistar os votos de ao menos quatro republicanos, já que o partido de Trump detém a maioria no Senado. Além disso, para que as tarifas sejam efetivamente derrubadas, a proposta também teria de ser aprovada na Câmara, onde Trump também tem a maioria. Em abril, os democratas conseguiram aprovar no Senado uma proposta para barrar as tarifas de Trump sobre o Canadá. No entanto, o projeto travou na Câmara. Agora, a oposição espera que mais republicanos votem contra o tarifaço à medida que os impactos na economia se tornem mais evidentes. LEIA TAMBÉM Governo Trump divulga imagens de abordagem da Guarda Costeira a embarcação com drogas; VÍDEO Trump ameaça revogar licenças de emissoras de TV que estão 'contra' ele Homem morre após andar em montanha-russa no novo parque da Universal em Orlando Donald Trump durante pronunciamento à imprensa na Casa Branca, em 5 de setembro de 2025 Reuters/Brian Snyder VÍDEOS: mais assistidos do g1
18/09/2025 20:25:30 +00:00
Déficit habitacional cai ao menor nível da série, mas mais moradias são inadequadas, diz pesquisa

Déficit habitacional cai ao menor nível da série histórica, mas mais moradias são inadequadas, diz pesquisa O déficit habitacional no Brasil caiu para 5,97 milhões de moradias em 2023, o menor número desde o início da série histórica pesquisada pela Fundação João Pinheiro, iniciada em 2016. A GloboNews teve acesso com exclusividade aos dados do relatório. A carência de moradias caiu 3,8% em relação a 2022. O desafio, porém, não é apenas ampliar a construção, mas assegurar qualidade. Nesse contexto, a inadequação habitacional aumentou 4,34% e atingiu 27,6 milhões de domicílios urbanos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Déficit habitacional O Sudeste (2,31 milhões) e o Nordeste (1,63 milhões) concentram os maiores números absolutos de déficit, seguidos por Norte, Sul e Centro-Oeste. Em 2023, a maior parte do déficit foi registrada fora das regiões metropolitanas. O maior fator é o ônus excessivo com aluguel urbano, que atinge 3.665.440 domicílios (61,3%), seguido por habitações precárias (1.241.437) e por situações de coabitação (1.070.440). (entenda melhor cada um deles abaixo) Os estados mais impactados pelo déficit habitacional são São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os menores números estão em Roraima, Acre e Tocantins. "A gente tem também observado um aumento desse ônus, principalmente em comunidades, favelas, em grandes capitais, em grandes regiões metropolitanas, que estão mais bem localizados na malha urbana”, diz Frederico Poley, coordenador de habitação e saneamento da Fundação João Pinheiro. “Isso também é um fenômeno interessante. Essas áreas parecem, tudo está indicando, que tem aumentado sua densidade", completa. Inadequação de domicílios Os mais de 27 milhões de domicílios inadequados correspondem a 40,8% do total de residências urbanas consideradas duráveis no país. As regiões Nordeste e Sudeste lideram o indicador, com cerca de 9 milhões e 8 milhões de domicílios inadequados, respectivamente. Em seguida aparecem as regiões Sul, Norte e Centro-Oeste, nessa ordem, em valores absolutos para o total brasileiro. Segundo o levantamento, a inadequação é mais frequente em domicílios situados fora das regiões metropolitanas. Outros destaques 🌎 Desigualdades regionais Norte: apresenta a maior taxa relativa de déficit (11,9%) e de inadequação (74,5%). No Pará, o índice chega a 81,7%. Nordeste: déficit de 1,63 milhão; inadequação acima de 60%. A Bahia é a única unidade da federação abaixo de 50%. Sudeste: déficit de 2,31 milhões (39%), concentrado no aluguel. No Rio de Janeiro, a inadequação é de 48,3%; em São Paulo, de 21,2%. Sul: déficit de 713 mil, com 43,5% de inadequação. O destaque é para problemas edilícios. Centro-Oeste: déficit de 587 mil. A região apresenta heterogeneidade, com inadequação fundiária chegando a 28,7% entre lares de alta renda. 💰 Recorte por renda Até 3 salários mínimos: concentram mais de 65% das inadequações no Norte e no Nordeste. Déficit: maior concentração entre 1 e 2 salários mínimos (38,8% no país; 45,9% no Sudeste). Acima de 10 salários mínimos: déficit residual, mas com peso expressivo da inadequação fundiária no Centro-Oeste (28,7%). 🧑🏽‍🤝‍🧑🏿 Recorte por cor e raça Déficit: 46% pardos (2,74 milhões), 32% brancos (1,91 milhão) e 20% pretos (1,19 milhão). Pretos e pardos somam 68% do total. Inadequação: pardos predominam no país; brancos apenas no Sul. Pretos apresentam taxas mais altas no Sudeste e no Norte. Na infraestrutura urbana, a taxa de inadequação entre pardos é 140 domicílios por mil superior à dos brancos. O que caracteriza o déficit habitacional Poley explica que o déficit habitacional é formado por três subcomponentes: habitação precária, coabitação e ônus excessivo com aluguel. “A habitação é considerada precária quando ela deve ser substituída, ou, por exemplo, quando há a existência mais de uma unidade doméstica numa mesma residência; ou seja, considera-se a necessidade de construção de novas habitações”. O especialista explica ainda que: Domicílios improvisados — que normalmente não deveriam servir de moradia — e domicílios rústicos estão associados ao padrão construtivo da casa. A coabitação refere-se aos chamados domicílios tipo “cômodo”: moradias em cortiços, muitas vezes ocupadas por famílias que vivem em apenas um cômodo da residência. Há também os casos em que mais de uma unidade doméstica divide a mesma habitação. O ônus excessivo com aluguel urbano ocorre quando, em um domicílio com renda entre zero e três salários mínimos, mais de 30% dessa renda é comprometida com o aluguel. A inadequação de domicílios envolve subcomponentes ligados às condições da infraestrutura urbana, da construção e da regularização fundiária. São imóveis localizados em áreas sem saneamento básico (água e esgoto), sem destinação adequada do lixo e com fornecimento de energia elétrica falho. Além disso, relacionam-se à falta de regularização fundiária, quando a casa é própria, mas o terreno não. A inadequação edilícia, outro subcomponente, refere-se às condições da moradia: material do piso e da cobertura, dormitórios em número insuficiente, ausência de banheiro exclusivo ou residências sem armazenamento de água. A professora do Departamento de Política Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Geisa Bordenave, lembra que o direito à moradia integra o rol dos direitos sociais previstos na Constituição Federal. Ela ressalta que tanto a falta de moradia quanto a inadequação dos domicílios impactam diretamente a vida dos brasileiros. “A gente pode pensar, por exemplo, em doenças como a tuberculose, que são muito mais comuns em situações em que a moradia é inadequada. A falta de ventilação, a umidade excessiva numa casa, tudo isso está relacionado a problemas de saúde diversos”, diz. “Quando a gente pensa, por exemplo, o ônus excessivo do aluguel, muitas famílias comprometem uma parte enorme da sua renda pagando aluguel. E isso vai fazer com que outras necessidades fundamentais não sejam atendidas, como a alimentação.” O que diz o governo federal Segundo o governo federal, já há mais de 1,7 milhão de moradias contratadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida — resultado do aumento de 100% no orçamento da iniciativa nos últimos três anos. A expectativa é lançar um novo programa para apoiar famílias que vivem em más condições a reformar suas casas. "Se por um lado a gente ataca (com) o 'Minha Casa, Minha Vida', o déficit habitacional; a questão da inadequação (atacamos), obviamente, com esse novo programa que vai ser lançado, com programa de crédito subsidiado para que as famílias possam melhorar as suas habitações”, diz o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho. “E do outro, você tem um programa de aceleração do crescimento que é muito importante, porque você faz obras de infraestrutura que não existem em determinadas regiões e tem essa necessidade de a gente levar abastecimento de água de qualidade, de levar o esgotamento sanitário.”
18/09/2025 18:30:12 +00:00
Ação da Natura dispara na bolsa após anúncio de venda da Avon International

Loja da Natura no shopping Morumbi, em São Paulo Taís Laporta/G1 A Natura anunciou nesta quarta-feira (17) a venda da Avon International, sua subsidiária no Reino Unido, para o fundo de investimento americano Regent. A transação, que não inclui as operações da Avon na América Latina e na Rússia, foi concluída por um valor simbólico de £1 (cerca de R$ 7). Apesar do preço, a Natura poderá receber até £60 milhões (cerca de R$ 430 milhões na cotação atual) em pagamentos adicionais condicionados ao desempenho futuro da empresa (earn-outs), segundo comunicado da companhia. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O acordo também prevê pagamentos condicionais, que só serão realizados se a Avon International alcançar determinados resultados financeiros ou se ocorrerem eventos específicos de liquidez, como venda de ativos ou entrada de novos investidores. Após o anúncio, as ações da companhia de cosméticos dispararam na bolsa brasileira. Em um dia de agenda esvaziada depois das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, os papéis da Natura (NATU3) subiram mais de 16%, cotados a R$ 10,33. Outros termos do acordo Como parte do negócio, a Natura converterá a maior parte dos empréstimos concedidos à Avon International em capital da própria empresa, reforçando seu patrimônio antes da venda. O saldo restante será transferido para a compradora sem contrapartida, após o cumprimento de condições. A Natura também oferecerá à Avon International uma linha de crédito garantida de até US$ 25 milhões (cerca de R$ 123 milhões), com prazo de cinco anos e possibilidade de saque no primeiro ano após a conclusão da transação. A marca Avon e suas operações na América Latina permanecerão sob seu controle, incluindo direitos econômicos e propriedade intelectual. No caso do mercado russo, a companhia ainda avalia alternativas estratégicas. O fechamento da transação depende de aprovações regulatórias e está previsto para o primeiro trimestre de 2026. Além da venda da Avon International, a Natura anunciou na segunda-feira (15) um acordo vinculante para repassar operações da marca em países da América Central por US$ 22 milhões. A transação, que envolve as operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana — reunidas sob o nome Avon Card — foi fechada com o Grupo PDC, empresa de bens de consumo presente na América Central e no Peru. A venda da Avon International e a alienação das operações na América Central integram a estratégia da Natura de simplificar sua estrutura e concentrar esforços na América Latina. A compra da Avon pela Natura Em maio de 2019, a Natura anunciou a aquisição da Avon Products em uma operação de troca de ações, que avaliou a empresa em US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 19 bilhões). A transação não incluiu as operações da Avon na América do Norte e no Japão. Com a conclusão da compra, em janeiro de 2020, foi criada a holding Natura &Co, que passou a reunir as marcas Natura, Avon, The Body Shop e Aesop, tornando a empresa o quarto maior grupo de beleza do mundo, avaliado em cerca de US$ 11 bilhões. Depois da fusão, a Natura &Co passou a atuar em mais de 100 países, com mais de 6,3 milhões de representantes e consultoras, e faturamento anual acima de US$ 10 bilhões. Mas a estratégia não engrenou e a empresa começou a sofrer com queda de faturamento e dívida alta. Em 2023, a Natura &Co vendeu a Aesop para o grupo L'Oréal por US$ 2,5 bilhões e, em seguida, a The Body Shop para o fundo Aurelius por £ 207 milhões, concentrando suas operações na América Latina com foco nas marcas Natura e Avon. "Falta de referência de liderança feminina foi um desafio", diz vice da Natura
18/09/2025 17:39:05 +00:00
Trump recorre à Suprema Corte para permitir a demissão de Lisa Cook do Fed

Quem é Lisa Cook, diretora do Fed que decidiu enfrentar Trump O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitou nesta quinta-feira (18), à Suprema Corte do país, autorização para prosseguir com a demissão da governadora do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Lisa Cook. A medida sem precedentes desde a criação do banco central em 1913 acontece em meio a uma disputa judicial que ameaça a independência do órgão. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O Departamento de Justiça pediu aos juízes que suspendessem a ordem da juíza distrital Jia Cobb, de 9 de setembro, que impediu temporariamente o presidente republicano de remover Cook, indicada pelo ex-presidente democrata Joe Biden. Cobb entendeu que as acusações de Trump — de que Cook teria cometido fraude hipotecária antes de assumir o cargo, algo que ela nega — provavelmente não configuram base legal suficiente para sua destituição segundo a lei que instituiu o Fed. “Esta petição envolve mais um caso de interferência judicial imprópria na autoridade de destituição do presidente — aqui, interferência na autoridade do presidente de remover membros do Conselho de Governadores do Federal Reserve por justa causa”, afirmou o Departamento de Justiça no processo. Cook participou da última reunião do Fed em Washington, quando o banco central decidiu reduzir as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, em resposta a sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho. Na segunda-feira (15), o Tribunal de Apelações dos EUA para o Distrito de Columbia rejeitou o pedido do governo Trump para suspender a ordem de Cobb, em decisão por 2 a 1. Já na terça-feira, a administração informou que recorreria à Suprema Corte “O presidente removeu Lisa Cook legalmente, por justa causa. O governo vai recorrer desta decisão e espera uma vitória final sobre o tema”, disse o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, na terça-feira. Disputa por independência O Congresso incluiu na lei de criação do Fed dispositivos para blindar o banco central contra interferências políticas. Pela legislação, governadores só podem ser removidos pelo presidente “por justa causa”, embora o termo não seja definido nem haja procedimentos claros para isso. Até hoje, nenhum presidente removeu um governador do Fed, e a regra nunca foi testada nos tribunais. Cook, primeira mulher negra a ocupar o cargo de governadora do Fed, processou Trump em agosto, após o anúncio de que seria demitida. Ela argumenta que as acusações não oferecem base legal para sua remoção e servem apenas como pretexto para afastá-la por suas posições sobre política monetária. A tentativa de Trump de demitir Cook reflete a visão ampla de poder presidencial que ele defende desde seu retorno à Casa Branca em janeiro. O governo sustenta que o presidente possui total discricionariedade para decidir quando deve remover um governador do Fed e que os tribunais não têm competência para revisar tais decisões. As dúvidas sobre a independência do Fed em relação ao presidente na condução da política monetária podem gerar impactos em cadeia na economia global. A disputa judicial envolvendo Cook afeta a capacidade do Fed de definir taxas de juros sem levar em conta pressões políticas — algo amplamente considerado essencial para que qualquer banco central atue de forma independente e cumpra funções como o controle da inflação. Neste ano, Trump exigiu cortes agressivos nos juros e criticou duramente o presidente do Fed, Jerome Powell, por sua condução da política monetária durante o combate à inflação. Ele chegou a chamar Powell de “cabeça-dura”, “incompetente” e “idiota teimoso”. Ao longo deste ano, o governo recorreu diversas vezes à Suprema Corte para tentar implementar políticas de Trump barradas por instâncias inferiores. Com maioria conservadora de 6 a 3, a Corte tem decidido favoravelmente ao governo na maioria dos casos analisados. Exemplo disso foi a autorização dada pela Suprema Corte para que Trump prosseguisse com a destituição de vários dirigentes de agências federais criadas pelo Congresso para atuar de forma independente do controle presidencial direto. No entanto, em maio, em um caso sobre a demissão de dois membros democratas de conselhos trabalhistas federais, o tribunal sinalizou que considera o Fed distinto de outras agências do Executivo. A Suprema Corte declarou que o Fed “é uma entidade quase privada, com estrutura única e tradição histórica singular.” A tentativa de demissão Em 25 de agosto, Trump anunciou a remoção de Cook do Conselho de Governadores do Fed, alegando que, antes de ingressar no banco em 2022, ela teria falsificado documentos para conseguir condições mais vantajosas em uma hipoteca. Ao suspender a demissão, a juíza concluiu que a “melhor interpretação” da lei de 1913 é a de que ela só autoriza a remoção de um governador do Fed por má conduta praticada durante o mandato. As acusações de fraude hipotecária contra Cook se referem a fatos anteriores à sua confirmação pelo Senado em 2022. Um painel dividido de três juízes do Tribunal de Apelações do D.C. decidiu na segunda-feira a favor de Cook, entendendo que ela provavelmente vencerá na alegação de ter sido privada do devido processo legal, em violação à Quinta Emenda da Constituição dos EUA. Os juízes Bradley Garcia e J. Michelle Childs, ambos nomeados por Biden, formaram a maioria. Já o juiz Gregory Katsas, indicado por Trump, discordou. “Perante este tribunal, o governo não contesta que não forneceu a Cook qualquer notificação significativa ou oportunidade de responder às alegações contra ela”, escreveu Garcia em uma opinião acompanhada por Childs. Trump e William Pulte, seu indicado para a Agência Federal de Financiamento da Habitação, alegaram que Cook descreveu incorretamente três propriedades em pedidos de hipoteca, o que poderia lhe ter garantido juros mais baixos e benefícios fiscais. O Departamento de Justiça do governo Trump também abriu uma investigação criminal por fraude hipotecária contra Cook, emitindo intimações de júri federal na Geórgia e em Michigan, segundo documentos vistos pela Reuters e uma fonte próxima ao caso. Um documento de estimativa de empréstimo para uma casa comprada por Cook em Atlanta mostra que ela declarou o imóvel como “casa de veraneio”, segundo registros analisados pela Reuters — informação que aparentemente enfraquece as acusações contra ela. Montagem mostra Lisa Cook e Donald Trump SAUL LOEB and ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
18/09/2025 16:04:05 +00:00
Governo Milei intervém no câmbio da Argentina pela primeira vez e vende US$ 53 milhões para segurar dólar

Governo Milei decide intervir no câmbio na Argentina Para conter a disparada do dólar frente ao peso, em meio à crescente demanda pela moeda americana, o governo argentino realizou uma nova intervenção no câmbio nesta quarta-feira (17). O Banco Central da Argentina (BCRA) vendeu US$ 53 milhões (cerca de R$ 280 milhões, na cotação atual), segundo boletim da autoridade monetária divulgado na noite de ontem. Foi a primeira intervenção do Banco Central argentino desde a adoção do regime flutuante, em abril. Com a venda realizada ontem, as reservas internacionais em dólar do país caíram em US$ 98 milhões, fechando em US$ 3,977 bilhões, de acordo com o banco central. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça No início do mês, o governo argentino já havia anunciado que faria intervenções no câmbio. A medida ocorre em meio à queda expressiva do peso frente ao dólar desde a adoção do regime flutuante, em abril. Segundo o governo, o Tesouro Nacional passará a atuar diretamente na compra e venda de dólares para garantir que haja oferta suficiente e evitar movimentos bruscos de desvalorização. Na quarta-feira, antes da intervenção do BRA, a cotação do dólar no mercado atacadista chegar a 1.474,50 pesos, o limite superior da banda cambial. No varejo, o dólar fechou em 1.485 pesos, mas em alguns bancos privados chegou a 1.490, segundo informações do jornal argentino Clarín. O teto da banda cambial, mecanismo criado para limitar a valorização do dólar no mercado argentino, é corrigido diariamente com um acréscimo de 1% ao mês desde o fim das restrições cambiais promovidas pelo governo. Ontem, esse limite foi estabelecido em 1.474,40 pesos. Pelo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), sempre que a cotação no atacado ultrapassa esse valor, o Banco Central está autorizado a intervir com venda de reservas para conter a alta. A decisão de Milei de voltar a intervir no câmbio surpreendeu o mercado por vir de um governo de agenda ultraliberal. Em abril, por exemplo, o próprio governo havia comemorado o fim do “cepo” — sistema que restringia a compra de dólares pelos argentinos para tentar controlar o valor do peso. Por que o governo Milei voltou a intervir no câmbio? 1. Queda do peso argentino e risco de inflação Embora tenha conseguido reduzir a inflação que ultrapassava 200% ao ano, por meio de um plano severo de cortes nos gastos públicos, o governo Milei ainda não conseguiu gerar plena confiança na economia nem atrair um bom volume de investimentos estrangeiros. O presidente ainda enfrenta dificuldades para acumular reservas em dólar, essenciais para garantir o pagamento das dívidas argentinas e reduzir a vulnerabilidade do peso. Em última instância, essas reservas facilitariam até a prometida transição para a dolarização da economia. Na tentativa de recuperar a confiança dos investidores, Milei tem dado passos calculados. Quando extinguiu o “cepo”, em abril, o câmbio passou a flutuar de forma mais livre. Por um lado, a medida agradou ao mercado por seu viés liberal. Por outro, enfraqueceu ainda mais o peso, já que a demanda por dólares é maior. 🔎 Em outras palavras: enquanto os argentinos buscam proteger suas economias comprando dólares, o governo tenta evitar que a desvalorização do peso volte a pressionar os preços. Cotação do Peso argentino Arte/g1 Apesar de algum sucesso inicial, as reservas voltaram a cair em 2025, e chegaram a cerca de US$ 7 bilhões negativos após o fim do “cepo”. Começa um círculo vicioso: com pouco dinheiro em caixa, o governo tem menor capacidade de intervir, e o peso tende a se desvalorizar ainda mais. Fora isso, a valorização do dólar encarece importações, reduz a confiança na moeda local e alimenta a inflação — fator central para a manutenção do apoio popular a Milei. Diante disso, o governo argentino endureceu as regras para operações em moeda estrangeira com credores comerciais. Assim, os bancos ficaram proibidos de ampliar sua posição em câmbio à vista no último dia do mês, medida que busca evitar manobras capazes de aumentar a demanda por dólares e pressionar o peso. Até então, o governo vinha elevando a taxa de juros de referência para tentar conter a valorização do dólar frente ao peso, mas a estratégia não se mostrou suficiente. Agora, segundo Carlos Henrique, diretor de operações da Frente Corretora, a nova intervenção é uma “contenção de crise”. "O governo já vinha tentando reduzir a volatilidade com aumento de juros e restrições bancárias, mas a pressão sobre o peso tornou a intervenção direta inevitável, refletindo problemas que vinham se acumulando desde antes da crise política atual e a incapacidade de resolver a crise fiscal”, afirma. Para Henrique, embora Milei já tivesse recorrido a intervenções indiretas, a medida anunciada ontem representa uma “mudança drástica” em relação à sua política econômica liberal. “Ao intervir, o governo abandona temporariamente a ideia de que o mercado deve se autorregular e assume um papel de controle, característico de políticas mais heterodoxas”. 2. Escândalo de corrupção envolvendo Karina Milei Milei também enfrenta crises políticas que fragilizam seu governo e afastam investidores. No fim de agosto, um escândalo — com direito a áudios vazados, acusações de corrupção e disputas internas — atingiu a cúpula do poder argentino. Nos áudios, Diego Spagnuolo, ex-aliado do governo, acusa Karina Milei, irmã do presidente e secretária-geral da Presidência, de envolvimento em corrupção. Presidente argentino, Javier Milei, e sua irmã Karina Milei. Gustavo Garello/ AP Photo Spagnuolo é ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis). Segundo ele, Karina e o subsecretário Eduardo “Lule” Menem teriam exigido propina de indústrias farmacêuticas para a compra de medicamentos destinados à rede pública. Segundo relatório do Bradesco BBI, escândalos políticos como esse “fragmentam o cenário, minando a reputação e a confiança. A perda de influência no Congresso leva a uma expansão fiscal não planejada, em conflito com as metas do FMI”. 🔎 Quando investidores estrangeiros retiram recursos, há menos dólares em circulação, o que aumenta a demanda pela moeda americana em relação ao peso. Isso faz com que o peso perca valor, já que o câmbio passa a refletir uma moeda mais escassa diante da demanda existente. 3. Tensão eleitoral Tudo isso aconteceu às vésperas das eleições em Buenos Aires, que aconteceu no dia 7 de setembro para definir novos deputados e senadores nacionais. O partido de Milei sofreu uma dura derrota na província, a mais importante do país, responsável por quase 40% dos eleitores da Argentina. No pleito, estavam em disputa 46 cadeiras na Câmara de Deputados e 23 no Senado, além da eleição de vereadores em 135 municípios da província (excluindo a cidade de Buenos Aires). Com 99% das urnas apuradas, o Peronismo ficou com 47,3% dos votos, enquanto o partido de Milei, A Liberdade Avança, obteve 33,7%. A diferença, de 13,6 pontos, um resultado inesperado, é considerada uma verdadeira surra eleitoral. Das 10 eleições provinciais realizadas este ano na Argentina, Milei ganhou apenas duas. A partir do segundo ano de mandato, Milei e seu partido acumularam derrotas relevantes no Congresso, que derrubou cortes de gastos públicos e anulou decretos presidenciais. “A instabilidade política atuou como catalisador para a desvalorização da moeda, forçando Milei a intervir”, afirma Henrique. Javier Milei, à época candidato à presidência da Argentina, ergue uma nota de dólar com seu próprio rosto Natacha Pisarenko/AP
18/09/2025 13:51:15 +00:00
Dólar sobe e fecha a R$ 5,31 após Superquarta; Ibovespa cai

Juros básicos caem nos EUA e ficam inalterados no Brasil O dólar fechou em alta de 0,33% nesta quinta-feira (18), cotado a R$ 5,3189. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 0,06%, aos 145.499 pontos — após ter renovado recorde na véspera. O mercado passou o dia digerindo o primeiro corte de juros nos Estados Unidos em nove meses e a decisão do Copom de manter a Selic em 15% no Brasil — combinação que animou os investidores. Não por acaso, o Ibovespa renovou máximas históricas nos últimos dias, enquanto o dólar caiu ao menor nível desde junho de 2024. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Hoje, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou os pedidos semanais de seguro-desemprego no período encerrado em 19 de setembro. Foram registradas 231 mil solicitações, abaixo da expectativa de 241 mil. Na semana anterior, o total havia sido de 263 mil pedidos iniciais. ▶️ No Brasil, sem indicadores de destaque previstos para o dia, a atenção se volta ao leilão de títulos públicos promovido pela Secretaria do Tesouro Nacional. Serão ofertadas Letras do Tesouro Nacional (LTN), além das Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F). Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,65%; Acumulado do mês: -1,90%; Acumulado do ano: -13,93%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +2,27%; Acumulado do mês: +2,88%; Acumulado do ano: +20,96%. Corte de juros nos EUA, manutenção no Brasil Ontem, além de anunciar a redução de 0,25 ponto percentual, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulgou novas projeções, indicando possíveis dois cortes de juros ainda neste ano. Em entrevista a jornalistas após a decisão, Jerome Powell afirmou que os riscos para a inflação no curto prazo "estão inclinados para cima", enquanto os riscos para o emprego se situam para baixo, criando "uma situação desafiadora". “A demanda por trabalho enfraqueceu e o ritmo recente de criação de empregos parece estar abaixo da taxa mínima necessária para manter a taxa de desemprego constante”, declarou. Powell acrescentou que, diante desse cenário, o Fed analisará a situação "reunião por reunião". Sobre o tarifaço de Trump, Powell afirmou que, até o momento, os impactos sobre os preços têm sido baixos, e que o custo está sendo absorvido pelas empresas que ocupam posições intermediárias nas cadeias de suprimentos. A decisão de hoje teve como pano de fundo os sucessivos ataques ao Fed pelo presidente Donald Trump — que há meses pressiona seus integrantes por juros menores — e a tentativa do republicano de demitir Lisa Cook, diretora da instituição. O caso inédito de demissão de um integrante do Fed foi parar na Justiça, que suspendeu a decisão. Agentes do mercado financeiro reagiram com preocupação, enxergando a medida como um ataque do presidente à independência do banco central americano. Em comunicado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) informou que único integrante a se opor à decisão desta quarta-feira foi Stephen Miran, indicado por Trump e aprovado na segunda-feira (15) pelo Senado americano para o cargo. Ele defendeu uma redução da taxa de juros em 0,5 ponto percentual, para o intervalo de 3,75% a 4% ao ano. Já a diretora Lisa Cook votou conforme os demais integrantes do Fomc. No final do dia, o Banco Central do Brasil ganha destaque com o anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic, que, segundo previsões de mercado, deve permanecer em 15% ao ano. O foco também se volta para o comunicado e possíveis sinais sobre os próximos passos. Bolsas globais Os mercados futuros em Wall Street reagiram positivamente ao primeiro corte de juros do ano, decidido pelo banco central. A redução de 0,25 ponto percentual animou os investidores, que já apostam em novas quedas até dezembro. Além disso, a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reforçou esse cenário ao afirmar que conter a perda de força do mercado de trabalho é prioridade. Com isso, o índice S&P 500 avançou 0,47%, o Nasdaq Composite subiu 0,94% e o Dow Jones teve alta de 0,27%. O movimento reflete a expectativa de continuidade do ciclo de cortes até 2025. Na Europa, as bolsas fecharam em alta, acompanhando o corte de juros nos EUA, que reduziu os custos de crédito e impulsionou principalmente empresas de tecnologia. Apesar desse alívio, alguns papéis específicos, como os da SIG, recuaram após um alerta sobre lucros. O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,80%, a 554,32 pontos. Em Londres, o Financial Times avançou 0,21%; em Frankfurt, o DAX teve alta de 1,35%. Em Paris, o CAC-40 valorizou 0,87%; já em Milão, o FTSE/MIB subiu 0,84%. Na Ásia, os mercados tiveram resultados mistos. Na China, os índices devolveram parte das altas recentes após investidores realizarem lucros, mesmo com o otimismo global gerado pelo corte de juros americanos. Essa correção derrubou o índice de Xangai, que havia alcançado o maior patamar desde 2015. O índice de Xangai caiu 1,15%, fechando a 3.831 pontos, enquanto o CSI300 recuou 1,16%, a 4.498 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 1,35%; já em Tóquio, o Nikkei avançou 1,15%; e em Seul, o Kospi teve alta de 1,40%. Houve quedas em Cingapura, com o Straits Times recuando 0,26%, a 4.312 pontos, e em Sydney, onde o S&P/ASX 200 perdeu 0,83%, a 8.745 pontos. *Com informações da agência de notícias Reuters Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025. Tatan Syuflana/ AP
18/09/2025 12:00:43 +00:00
BNDES libera crédito para empresas atingidas por tarifaço; saiba como solicitar

Lula assina medida provisória para socorrer empresas impactadas pelo tarifaço dos EUA O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abre nesta quinta-feira (18) o processo para que empresas exportadoras solicitem crédito por meio do Plano Brasil Soberano. Os recursos integram o pacote de medidas anunciado pelo governo para socorrer empresas afetadas pelo tarifaço do presidente Donald Trump. Em 6 de agosto, os Estados Unidos passaram a aplicar uma sobretaxa de 50% sobre a importação de produtos brasileiros, com uma longa lista de exceções. Ao todo, estão disponíveis R$ 40 bilhões em crédito com juros mais baixos: R$ 30 bilhões provenientes do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões do próprio BNDES. (veja mais abaixo quem tem direito) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo o banco, os recursos serão destinados ao capital de giro, a investimentos para adaptar a produção, à compra de máquinas e equipamentos e à busca de novos mercados. O acesso às linhas estará condicionado à manutenção do número de empregos. "São taxas de juros de 7% a 10% ao ano, dependendo do porte da empresa", afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Como pedir o crédito? O primeiro passo para solicitar o crédito é verificar se a empresa atende aos critérios de elegibilidade. A consulta pode ser feita a partir das 8h desta quinta-feira, pelo site: https://www.bndes.gov.br/elegibilidade-brasil-soberano. Outra forma é abrir a página inicial do BNDES e clicar em "Plano Brasil Soberano". Em seguida, basta clicar na área de consulta de CNPJ. Passo a passo para empresas atingidas por tarifaço pedirem crédito. BNDES/Reprodução Para continuar, é preciso aceitar os termos de compromisso. Passo a passo para empresas atingidas por tarifaço pedirem crédito. BNDES/Reprodução Os interessados deverão se autenticar pela plataforma gov.br, exclusivamente com o certificado digital da empresa. Segundo o BNDES, o sistema reconhece automaticamente os dados da companhia. Como abrir uma conta gov.br Passo a passo para empresas atingidas por tarifaço pedirem crédito. BNDES/Reprodução Após a autenticação, o sistema indicará se a empresa é elegível e quais soluções do Plano Brasil Soberano podem ser solicitadas. Passo a passo para empresas atingidas por tarifaço pedirem crédito. BNDES/Reprodução "De posse dessas informações, a recomendação é que a empresa entre em contato com o banco com o qual já tem relacionamento. No caso das grandes empresas, também é possível diretamente com o BNDES", informou o Banco Nacional de Desenvolvimento. Quem direito ao crédito? ➡️ R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) Segundo o BNDES, podem acessar os recursos do FGE empresas de qualquer porte que tenham exportado para os EUA, entre julho de 2024 e junho de 2025, produtos listados na tabela oficial publicada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Para se qualificar, a receita dessas exportações deve representar pelo menos 5% do faturamento bruto total da empresa no mesmo período. São quatro linhas disponíveis, cada uma voltada para uma necessidade específica: Capital de giro, para cobrir despesas operacionais gerais. Giro diversificação, voltado à busca de novos mercados e clientes. Bens de capital, destinado à compra de máquinas e equipamentos. Investimentos, para projetos de inovação, melhorias na produção de bens e serviços, e fortalecimento da cadeia produtiva. ➡️ R$ 10 bilhões do BNDES Empresas cujos produtos foram taxados pelos EUA — independentemente do percentual da tarifa ou do impacto no faturamento — podem acessar os R$ 10 bilhões em crédito disponibilizados diretamente pelo BNDES. Há duas linhas disponíveis: Capital de giro emergencial, para cobrir despesas operacionais gerais. Capital de giro diversificação, voltado à busca de novos mercados. Conforme mostrou o g1 no mês passado, também estão entre os setores beneficiados pelas linhas de crédito do BNDES aqueles cujos produtos não foram atingidos pelo tarifaço de Trump, mas que ainda enfrentam dificuldades comerciais. É o caso de segmentos como suco de laranja, artigos de aeronaves, petróleo e derivados, além de fertilizantes. Para as empresas com impacto entre 5% e 20% no faturamento bruto, haverá uma linha especial de capital de giro para diversificação. Já empresas com impacto igual ou superior a 20% poderão acessar todas as linhas e garantias disponíveis. Outro ponto importante é a cláusula de manutenção de empregos. Empresas que acessarem crédito com subsídio deverão manter o número médio de vínculos empregatícios, com base em dados do eSocial. A média será calculada entre dois períodos de 12 meses: antes e após a contratação do crédito, com carência inicial de quatro meses. Infográfico - Lista de isenções ao tarifaço de Trump Arte/g1 Edifício-sede do BNDES, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1
18/09/2025 10:00:30 +00:00
Yamaha Ténéré 700 está de volta por R$ 72.990 e promete acirrar disputa entre as trail; veja o teste

Yamaha Ténéré 700 está de volta por R$ 72.990 e promete acirrar disputa entre as trail O principal lançamento da Yamaha neste ano, a Ténéré 700 (ou T7), chega às concessionárias em outubro por R$ 72.990. Diante de rivais mais acessíveis, a T7 precisa mostrar que seu prestígio não ficou no passado e que a versão 2025 é, de fato, uma moto competente. O g1 já testou a novo modelo que carrega a história de sucesso no Brasil nas décadas de 1980, 1990 e 2000, com versões de 250, 600, 660 e 1200 cilindradas. Após ser descontinuada em 2018, ela retorna em 2025 com a missão de reconquistar os antigos fãs da bigtrail japonesa. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp O modelo é conhecido por sua vocação off-road e, há 30 anos, era destaque em competições como o Rali Paris-Dakar. Ainda assim, sua trajetória no Brasil não será simples, especialmente por conta da estratégia de preços salgados da Yamaha. A BMW F 800 GS, por exemplo, traz motor maior, com 87 cv e 9,1 kgfm de torque, números bem acima dos 68,9 cv e 6,6 kgfm da Ténéré. E custa R$ 69.990, sem frete. Quem busca uma opção menos conhecida, mas mais em conta, pode considerar a Moto Morini X-Cape — a trail da marca italiana — disponível por R$ 52.990 na versão topo de linha. Há ainda a versão de entrada da X-Cape, de R$ 47.990, equipada com motor de 649 cm³ que entrega 60 cv e 5,6 kgfm de torque. É menos que a Yamaha, mas a diferença de R$ 25 mil é significativa. A seguir, confira os pontos fortes e fracos da moto e descubra se ela tem potencial para reviver seus dias de brilho. Yamaha Ténéré tem preço inicial de R$ 72.990, mais caro que a concorrente da BMW Stephan Solon Menos potência que a Ténéré europeia A Yamaha Ténéré 700 nacional tem motor de dois cilindros com capacidade volumétrica de 689 cm³, que entrega 4,1 cv e 0,4 kgfm a menos que a versão europeia. Apesar disso, os 68,9 cv são suficientes para arrancadas e ultrapassagens. O motor, porém, não responde bem em baixas rotações. Em saídas de pedágio, por exemplo, fica mais evidente essa demora para encher o propulsor de ar. Isso é uma característica sentida nas trail, pois o coletor de ar costuma ser mais longo nesse tipo de moto e o caminho que o oxigênio percorre até chegar à câmera de combustão também é maior, o que leva à demora para responder ao comando do punho direito. O desempenho começa a aparecer a partir de 6.500 rpm. É nessa faixa que as 700 cilindradas mostram vigor. O torque de 6,6 kgfm exige que o piloto mantenha firmeza nas pernas para não escorregar do banco. Ela chegou em três opções de cor Stephan Solon O conjunto motriz é completado por câmbio manual de seis marchas, com escalonamento eficiente. A 120 km/h, em sexta marcha, o motor gira a cerca de 5.000 rpm, o que garante conforto em viagens. A embreagem, no entanto, poderia ser do tipo deslizante — tecnologia que evita trancos em reduções. Em frenagens para lombadas ou obstáculos, é comum ouvir o pneu travando no asfalto. Pilotagem e dimensões A roda dianteira de 21 polegadas — maior que as de motos urbanas, geralmente de 18 polegadas — permite superar obstáculos com facilidade. O problema está nos pneus de uso misto, que geram ruído excessivo em rodovias por conta dos sulcos largos. Nas dimensões, a Ténéré intimida quem está subindo em uma bigtrail pela primeira vez. A altura do assento, de quase 90 cm, dificulta manobras para pilotos mais baixos. Na Europa, existe uma versão com banco 2 cm mais baixo, totalizando 85 cm de altura. No Brasil, a Yamaha oferecerá apenas uma versão, sem opção de ajuste. Galerias Relacionadas O banco também poderia ser mais confortável. Para o piloto, falta maciez. Para a garupa, a porção do assento é mais estreito e fino, tornando viagens longas bastante desconfortáveis. Por conta das dimensões exageradas, a moto não é ágil nas mudanças de direção e isso precisa ficar claro antes de o consumidor optar por subir de patamar. As maxtrail normalmente não são motos com a agilidade das street e naked. São pesadas e exigem certa previsibilidade para fazer desvios. Além disso, não são nada aptas para andar no trânsito das grandes cidades. Passar no corredor? Esqueça. A Ténéré, por exemplo, tem 20 cm a mais de largura do que uma Honda CG 160. Confira a ficha técnica: Tecnologia e conectividade Um dos destaques da Ténéré 700 é o painel TFT de 6,3 polegadas, posicionado na vertical. Com dois modos de visualização — Street e Adventure —, ele exibe todas as funções, incluindo a possibilidade de desligar o ABS e o controle de tração. O painel permite conexão com o celular via Bluetooth, possibilitando atender chamadas e ouvir música. O mostrador é bonito e completo. No punho esquerdo, há um botão para acessar as funções do celular e do computador de bordo. Uma entrada USB-C fica ao lado direito da tela. Durante o teste, o consumo médio foi de 19,2 km/l, número condizente com o segmento, especialmente considerando o uso em pistas não pavimentadas. A iluminação é totalmente em LED, com quatro projetores nos faróis. A silhueta da moto convida para aventuras fora de estrada. Farol é composto por quatro "canhões" de LED Stephan Solon Continua o legado da Ténéré? A Yamaha oferece quatro anos de garantia para o modelo. Para segurança, a Ténéré 700 oferece freios ABS com três modos: totalmente ativado, desativado apenas na roda traseira ou desligado nas duas rodas — ideal para pilotagem off-road. E, respondendo à pergunta: sim, a Ténéré 700 tem fôlego para continuar o legado da linha. É uma ótima escolha para quem gosta de viajar e enfrentar terrenos acidentados. Tem boa potência, é uma moto segura e prazerosa ao pilotar. E a evolução comparando ao modelo de 2018 é inegável. O motor passou a ter dois cilindros — antes era monocilíndrica —, o que diminuiu bastante a vibração em altas rotações. A Ténéré 700 conta com ABS de série, enquanto a geração anterior oferecia esse item opcionalmente. Duas ressalvas precisam ser feitas: faltou uma versão com assento mais baixo para democratizar o uso da moto e o preço salgado, que pode afastar parte do público que fez da Ténéré, não só um sucesso, mas uma moto desejada nas gerações anteriores. Banco da Ténéré 700 poderia ser mais confortável, especialmente para quem vai na garupa Stephan Solon
18/09/2025 06:00:28 +00:00
Como saber se o FGTS do empregado está sendo pago? Veja passo a passo

Ministério do Trabalho vai notificar 80 mil empregadores que devem FGTS de domésticos Mais de 80 mil empregadores estão sendo notificados desde quarta-feira (17) para regularizar o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de seus trabalhadores domésticos. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os avisos serão enviados pelo Domicílio Eletrônico Trabalhista (DET), plataforma oficial de comunicação do órgão com empregadores. (veja como funciona) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O recolhimento do FGTS é responsabilidade do empregador e constitui um direito constitucional aos trabalhadores. Mas é importante que o profissional acompanhe se os depósitos estão sendo realizados corretamente. Caso não saiba o saldo disponível, confira a seguir o passo a passo de como consultá-lo: Como consultar o saldo FGTS? Trabalhadores e trabalhadoras podem consultar seu saldo do FGTS pelo aplicativo do fundo ou, para quem é cliente da Caixa Econômica Federal, pelo internet banking, que pode ser acessado pelo computador ou em dispositivos móveis (tablet ou celular). Veja o passo a passo para cada modalidade: ▶️ Pelo aplicativo FGTS: Baixe o aplicativo do FGTS na loja do seu celular (Android ou iOS). Acesse o aplicativo; Faça o cadastro no aplicativo e utilize seu CPF e a senha para fazer login. Se fora a primeira vez, deve ser criada uma senha para os acessos, conforme instruções no aplicativo FGTS. Depois, basta seguir os passos de verificação de identidade solicitados. Para quem já tem cadastro no app, basta fazer o login para acessar. Clique na opção “Meu FGTS” ou em “ver todas as suas contas”; Selecione a conta FGTS desejada para visualizar o extrato. Para gerar um documento em formato PDF, clique em “gerar extrato PDF”. Para consultar os dados do contrato, clique em “dados do contrato”. Dentro do aplicativo, logo na parte superior da página principal aparece a opção "Saldo Total". Para verificar o saldo, é preciso clicar no botão de olho, onde está escrito "Toque para exibir o saldo". Logo abaixo, há o quadro "Resumo do Seu FGTS", em que é possível verificar o extrato completo, pelos pagamentos realizados por todas as empresas em que a pessoa já trabalhou ou ainda trabalha. ▶️ Pelo internet banking da Caixa (para clientes do banco): Acesse o Internet Banking no computador ou aplicativo Caixa; Faça login na sua conta para acessar os serviços do FGTS; Clique em “Benefícios e Programas” ou "Serviços ao Cidadão"; Clique em “Extrato do FGTS”; Clique em “FGTS”; Clique em “Extrato do FGTS”; Digite os números do PIS e do CPF; Insira sua senha; No menu, selecione “FGTS” e, em seguida, “Extrato Completo”. ▶️ Serviço de SMS: Cadastre-se gratuitamente para receber informações sobre os depósitos e o saldo do FGTS em seu celular por SMS; A Caixa envia mensagens mensais com os depósitos feitos pelo empregador e semestrais com o saldo atualizado; No aplicativo, vá em "Meu Perfil" e depois em "Notificações do App I SMS" e faça a Adesão; No Internet Banking, vá a "Caixa celular" > "Notificações SMS" > "Mensagens de Celular" > "Adesão"; Confirme o número de telefone para receber as informações sobre depósitos e saldos do FGTS por SMS. O que é o FGTS? O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) é direito de toda pessoa com contrato de trabalho formal, trabalhadores domésticos, rurais, temporários, intermitentes, avulsos, safreiros e atletas profissionais. Trata-se de um valor de 8% do salário que é depositado pelo empregador, mensalmente, em nome do funcionário. O saque do FGTS é permitido em situações específicas estabelecidas por lei, como demissão por justa causa, compra da casa própria e doença grave do trabalhador ou de seu dependente. Caso o empregador não esteja depositando o FGTS, o trabalhador deve procurar uma Delegacia Regional do Trabalho (DRT), pois o responsável pela fiscalização das empresas é o Ministério do Trabalho.​ CNPJ passará a ter letras e números; veja quem será afetado e o que muda PIS/Pasep, FGTS - Saque José Cruz/Agência Brasil
18/09/2025 05:00:30 +00:00
Mega-Sena pode pagar R$ 33 milhões nesta quinta-feira

Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.916 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 33 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (18), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última terça (16), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
18/09/2025 03:00:56 +00:00
Caixa tem lucro líquido de R$ 3,7 bilhões no 2º trimestre, alta de 12% em um ano

Caixa tem lucro líquido de R$ 3,7 bilhões no 2º trimestre, alta de 12% em um ano Marcelo Camargo/Agência Brasil A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,7 bilhões no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (17). No primeiro semestre, o lucro líquido recorrente atingiu R$ 8,9 bilhões, alta de 44,9% em relação aos seis primeiros meses de 2024. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça De abril a junho, a Caixa registrou retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) recorrente de 11,86%, alta de 2,32 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. A margem financeira do banco cresceu 5,7% no trimestre em relação ao ano anterior, alcançando R$ 16,4 bilhões, impulsionada pelo aumento das receitas da intermediação financeira, que subiram 29,9%, segundo a instituição. A carteira de crédito fechou junho de 2025 com saldo de R$ 1,294 trilhão, alta de 10,1% em relação a junho de 2024, com destaque para o avanço de 11,7% no crédito imobiliário. O índice de inadimplência encerrou o trimestre em 2,66%, 0,46 ponto percentual acima do registrado no mesmo período do ano passado. Juros básicos caem nos EUA e ficam inalterados no Brasil
18/09/2025 01:49:44 +00:00
Lula assina projeto que dá mais poder ao Cade para monitorar aquisições de big techs
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou um projeto para dar mais poder ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para monitorar as fusões e aquisições nas plataformas digitais. O foco é nas big techs. O objetivo da proposta, que precisa do aval do Congresso, é aumentar o monitoramento da concorrência no meio digital. Se grandes empresas desse setor quiserem comprar outras menores, o Cade irá analisar e decidir se autoriza ou não a operação. A medida vale, por exemplo, para plataformas de redes sociais, de entrega de produtos e de varejo on-line –modelo de negócio que tem se expandido no país. Pelas regras previstas na proposta, o foco do Cade será analisar fusões e aquisições em que uma das empresas tenha faturamento bruto anual maior do que R$ 50 bilhões no mundo ou superior a R$ 5 bilhões no Brasil. O projeto prevê ainda a criação de um departamento no Cade que irá ficar responsável por esses casos. É a Superintendência de Mercados Digitais. O superintendente será indicado pelo presidente da República e precisará ser aprovado pelo Senado Federal. Essa área do Cade vai cuidar dos processos e fiscalizar o cumprimento de obrigações das empresas consideradas “de relevância sistêmica em mercados digitais”. A palavra final sobre os casos ainda será do Tribunal do Cade. O governo argumenta que é preciso atualizar as regras de defesa da concorrência para a complexidade da dinâmica do mercado digital, pois grupos econômicos têm atuação em múltiplos serviços. Ou seja, vários aplicativos diferentes pertencem ao mesmo dono, o que, segundo o governo, reduz a concorrência, inibe a inovação e prejudica a produtividade do país nesse setor. Entre as práticas consideradas anticoncorrenciais estão: falta de transparência nos buscadores, cobrança de taxas abusivas pelas lojas de aplicativos às empresas de tecnologia menores, venda casada de serviços, direcionamento nos meios de pagamento, entre outras ações.
17/09/2025 23:36:34 +00:00
Congresso aprova MP que garante ampliação da tarifa social na conta de luz para famílias do CadÚnico

O Congresso Nacional aprovou, nesta quarta-feira (17), a Medida Provisória (MP) que estabelece, entre outros itens, a tarifa social de energia elétrica. Saiba como aderir à tarifa social de energia O texto estava prestes a perder a validade, já que medidas provisórias devem ser aprovadas pelo Congresso até 120 dias após serem publicadas ou deixam de ter efeito. Com a aprovação pelo Senado, o projeto segue para sanção presidencial. Na segunda-feira (16), o presidente Lula fez um apelo pessoalmente ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante um almoço no Palácio do Alvorada. Lula falou a Motta da impopularidade que a derrubada da medida teria junto aos beneficiados. A MP foi publicada em maio e a tarifa social já está vigente desde julho. Com a tarifa social de energia elétrica, as famílias têm acesso a isenção na conta de luz. Divulgação 115 milhões de brasileiros Segundo o governo, 60 milhões de brasileiros tiveram isenção total na conta de luz e outros 55 milhões foram beneficiados com desconto. O projeto aprovado estabelece que, a partir de janeiro do próximo ano, famílias com renda per capita entre meio e um salário mínimo terão um desconto na conta de luz, com o abatimento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A CDE representa cerca de 12% da conta de luz. Antes da medida provisória, apenas indígenas e quilombolas tinham gratuidade na conta de luz, enquanto famílias de baixa renda tinham desconto. Quem tem direito a tarifa social? Famílias do CadÚnico com renda mensal até meio salário mínimo per capita; Pessoas com deficiência ou idosos (65+) no Benefício de Prestação Continuada (BPC) — que também são inscritos no CadÚnico; Famílias indígenas e quilombolas do CadÚnico; Famílias do CadÚnico atendidas em sistemas isolados por módulo de geração offgrid, isto é, módulos particulares, fora da rede elétrica pública. Segundo o governo, 60 milhões de brasileiros tiveram isenção total na conta de luz e outros 55 milhões foram beneficiados com desconto. Reprodução/TV Vanguarda Dívida de hidrelétricas e energia nuclear A MP incluiu a possibilidade de usinas hidrelétricas renegociarem suas dívidas. O saldo a ser renegociado será calculado a partir do montante devido das parcelas vencidas das dívidas das hidrelétricas. O valor que pode vir a ser arrecadado pelo pagamento das dívidas poderá ser utilizado para atenuar os reajustes tarifários no Norte e Nordeste. O relator do projeto na Câmara dos Deputados, deputado Fernando Coelho Filho (União-PE), estima que até R$ 6 bilhões poderão ser arrecadados com o pagamento das dívidas renegociadas. O projeto ainda determina que a partir de 2026, os custos com a geração de energia das usinas nucleares de Angra 1 e 2 serão rateados com todos os usuários do sistema nacional, exceto para os consumidores de baixa renda.
17/09/2025 23:33:33 +00:00
Por que o Copom manteve a Selic em 15% após deflação e melhora das expectativas do mercado

Banco Central mantém taxa básica de juros em 15% ao ano pela segunda vez O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (17) manter a taxa Selic em 15% ao ano. Com isso, os juros seguem no maior patamar em duas décadas, mesmo diante da revisão para baixo das projeções de inflação do mercado financeiro. Segundo o boletim Focus, no início de março o mercado projetava inflação de 5,68% para o fim do ano. Na última semana, a estimativa já havia recuado para 4,83%. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça No mês de agosto, a inflação oficial do Brasil registrou, inclusive, a primeira queda geral nos preços em um ano. O IPCA caiu 0,11% no mês passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, economistas ouvidos pelo g1 dizem que, mesmo com sinais de melhora na inflação, ainda não há motivos para que o Banco Central mude sua política de juros. Veja abaixo os principais fatores que, segundo analistas, ainda preocupam o BC. Foco do BC é a inflação de serviços A queda de preços em agosto foi influenciada pelo bônus de Itaipu nas contas de luz e pela redução no grupo Alimentação e bebidas, que costuma se beneficiar da maior oferta agrícola no meio do ano, após a temporada de chuvas. Segundo Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval, os fatores que reduziram os preços são temporários. Houve influência da sazonalidade, que normalmente favorece índices menores no meio do ano; E a valorização do real, impulsionada pela queda do dólar, barateou os produtos importados. Esse movimento ajudou a aliviar os preços no curto prazo, mas pode ser passageiro. Embora o IPCA cheio seja uma referência importante para o BC, um núcleo específico preocupa ainda mais: a inflação de serviços. Em agosto, esse indicador desacelerou em relação a julho, mas segue em um nível considerado alto pelos economistas. Em 12 meses, o núcleo de serviços acumula alta de 6,17%, bem acima do IPCA cheio e da meta de inflação. Essa fatia da inflação é vista como termômetro da demanda na economia brasileira, já que reflete a situação do consumo e do mercado de trabalho. Com mais empregos e salários maiores, aumenta a demanda por serviços e, ao mesmo tempo, os custos das empresas. “Mesmo que a inflação geral mostre algum alívio, o que importa para o BC ainda não avançou de forma relevante”, explica Cardoso. 🔎 No comunicado, o BC exatamente isso: “Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação.” Economia mais fraca, mas emprego ainda firme Um dos principais efeitos dos juros elevados é a desaceleração da economia brasileira. No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,3%, mas perdeu fôlego no segundo, avançando apenas 0,4%. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a prévia do PIB, recuou pelo terceiro mês seguido, com queda de 0,5% entre junho e julho. Apesar disso, o mercado de trabalho segue bastante aquecido. Também em julho, a taxa de desemprego atingiu uma nova mínima histórica, encerrando o trimestre em 5,6%. Em números absolutos, 6,1 milhões de brasileiros seguem sem emprego, o menor nível desde 2013. “O que o Banco Central quer ver é uma desaceleração do mercado de trabalho. Esse é sempre o último setor a sentir os efeitos de uma economia mais fraca. Enquanto o emprego continuar forte, a inflação de serviços vai permanecer pressionada”, diz Cardoso. 🔎 O que disse o BC: “Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue apresentando, conforme esperado, certa moderação no crescimento, mas o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo.” Ainda distante da meta de inflação As projeções de economistas do mercado financeiro para a inflação recuaram não apenas para 2025, mas também para 2026, 2027 e 2028. Ainda assim, permanecem acima da meta oficial. O objetivo do BC é levar a inflação em 12 meses para 3%. A meta é considerada cumprida se variar entre 1,5% e 4,5%. Cardoso, do Daycoval, avalia que o fato de as projeções — inclusive as do próprio BC — ainda estarem fora da meta já é razão suficiente para manter a política de juros elevados. Em sua visão, apenas em 2026 haverá espaço para cortes. “No início de 2026, o BC provavelmente terá três fatores se alinhando: expectativas mais próximas da meta, atividade econômica mais fraca com reflexos no mercado de trabalho e uma inflação de serviços já mostrando melhora consistente”, afirma. Ricardo Pegnoratto, especialista em finanças e investimentos da MIDE Mesa Proprietária, também destaca o cenário das contas públicas, cujas incertezas podem influenciar as expectativas de inflação nos próximos meses. “O Copom optou pela prudência, aguardando sinais mais concretos e duradouros de que a inflação está convergindo para a meta, antes de iniciar um movimento de flexibilização". 🔎 Como o BC vê a situação: “As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores acima da meta, situando-se em 4,8% e 4,3%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o primeiro trimestre de 2027, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,4% no cenário de referência.” E o tarifaço? Fatores internacionais também influenciam as decisões sobre juros. Segundo economistas, medidas como as tarifas impostas pelos Estados Unidos têm pouco impacto direto na inflação brasileira, mas aumentam a incerteza global. Isso porque as tarifas podem pressionar a inflação nos EUA e alterar a política de juros americana — e esses efeitos, sim, podem atingir o Brasil de forma indireta. “Se o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) corta juros, o real tende a se valorizar, o que ajuda a reduzir a inflação no Brasil”, afirma Cardoso, do Daycoval. Para Ricardo Pegnoratto, da MIDE Mesa Proprietária, o Copom entende que, embora o impacto na economia seja limitado, a incerteza gerada e os efeitos específicos em alguns setores justificam maior cautela. “O risco de aumento de preços vindos do exterior impede que o BC reduza os juros agora", afirma. Segundo ele, a decisão do BC de manter a Selic em 15% ao ano é um recado claro ao mercado: a prioridade é o controle da inflação e a ancoragem das expectativas — ou seja, assegurar que as projeções apontem para a manutenção da inflação sob controle no futuro. 🔎 O que disse o BC sobre o assunto: “O Comitê segue acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais pelos EUA ao Brasil, e como os desenvolvimentos da política fiscal doméstica impactam a política monetária e os ativos financeiros, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza.” Notas, moeda, Real, dinheiro, notas de dinheiro Reprodução/Pixabay
17/09/2025 21:32:30 +00:00
Banco Central mantém taxa básica de juros em 15% ao ano

Banco Central mantém taxa básica de juros em 15% ao ano O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (17) manter taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 15% ao ano. A decisão pela manutenção da taxa foi unânime. Esse é o maior patamar em quase 20 anos – em julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Selic estava em 15,25% ao ano. O Copom justificou a decisão alegando instabilidades no ambiente externo e a inflação ainda acima da meta no Brasil. O comitê reconheceu que a atividade econômica perdeu força, mas o mercado de trabalho continua aquecido. Nas atuais condições do país, segundo o Copom, esse cenário segue inflacionário e a manutenção dos juros auxiliam no combate à inflação. "Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue apresentando, conforme esperado, certa moderação no crescimento, mas o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo. Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação", afirmou. O ponto destacado no cenário externo, que recomenda o atual patamar de juros no Brasil, é a incerteza da política econômica nos EUA. "O ambiente externo se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos. Consequentemente, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica", continuou o Copom no comunicado divulgado nesta noite. A decisão do Copom nesta quarta-feira corresponde com a expectativa dos economistas do mercado financeiro, tendo por base indicações do próprio BC de que a taxa será mantida inalterada por um "período bastante prolongado" de tempo. 🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre. O Copom é formado pelo presidente do Banco Central e por oito diretores da autarquia. Em 2025, os diretores indicados pelo presidente Lula formaram maioria no colegiado, ou seja, eles são responsáveis diretamente pela decisão tomada. A expectativa de economistas é de que a taxa seja mantida no atual patamar, ao menos, até começo de 2026. Impacto na economia A equipe econômica do governo Lula já passou a reduzir expectativas de crescimento da economia diante do cenário de juros elevados. Na semana passada, o Ministério da Fazenda divulgou uma projeção atualizada para o Produto Interno Bruto (PIB). A estimativa agora é de crescimento de 2,3% neste ano. Antes, o cálculo era de 2,5%. Esse resultado “pode ser atribuído aos efeitos cumulativos mais intensos da política monetária contracionista no crédito e na atividade”, ou seja, ao patamar de juros, segundo a pasta da Fazenda. Como age o Banco Central? Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, é possível baixar os juros. Se estão acima, o Copom tende a manter ou subir a Selic. Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo de 3% será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Com a inflação ficando seis meses seguidos acima da meta em junho, o BC teve de divulgar uma carta pública explicando os motivos. No documento, o presidente do órgão, Gabriel Galípolo, culpou a atividade econômica aquecida, o câmbio, o custo da energia elétrica, além de anomalias climáticas. Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Próximas reuniões O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da Selic. Em 2025, o colegiado vai se reunir duas vezes: 4 e 5 de novembro 9 e 10 de dezembro
17/09/2025 21:32:29 +00:00
Brasil fica em 2º no ranking de maiores juros reais do mundo após decisão do Copom; veja lista

Copom mantém a taxa básica de juros em 15% ao ano O Brasil continua a ter o segundo maior juro real do mundo após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) decidir nesta quarta-feira (17) manter a taxa Selic em 15% ao ano. 🔎 O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram em 9,51%. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A primeira colocação do ranking continuou com a Turquia, que registrou uma taxa real de 12,34%. Em terceiro, está a Rússia, com juros reais a 4,79%. Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o MoneYou ressaltou que o Brasil ainda enfrenta incertezas inflacionárias, devido às preocupações com os gastos do governo e aos desafios da guerra tarifária de Donald Trump — o que impacta as decisões sobre juros. A Argentina, que havia registrado um juro real de 6,70% na última medição da MoneYou — ficando na 3ª posição do ranking de julho — caiu para a 6ª posição em setembro, empatada com a Índia, com um juro real de 3,54%. Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países. Selic inalterada Nesta quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de manter a taxa básica de juros inalterada na faixa de 15% ao ano. Com isso, a Selic segue no maior patamar em quase 20 anos — em julho de 2006, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a taxa estava em 15,25%. O anúncio desta quarta-feira marca a segunda decisão seguida pela manutenção da Selic. Na reunião anterior, em julho, a autoridade monetária interrompeu o ciclo de alta de juros. Juros nominais Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira caiu da segunda para a quarta posição. Veja abaixo: Turquia: 40,50% Argentina: 29,00% Rússia: 17,00% Brasil: 15,00% Colômbia: 9,25% México: 7,75% África do Sul: 7,00% Hungria: 6,50% Índia: 5,50% Indonésia: 5,00% Filipinas: 5,00% Polônia: 4,75% Chile: 4,75% Hong Kong: 4,75% Israel: 4,50% Estados Unidos: 4,25% Reino Unido: 4,00% Austrália: 3,60% República Tcheca: 3,50% Nova Zelândia: 3,00% China: 3,00% Malásia: 2,75% Canadá: 2,75% Coréia do Sul: 2,50% Alemanha: 2,15% Áustria: 2,15% Espanha: 2,15% Grécia: 2,15% Holanda: 2,15% Portugal: 2,15% Bélgica: 2,15% França: 2,15% Itália: 2,15% Suécia: 2,00% Taiwan: 2,00% Dinamarca: 1,60% Tailândia: 1,50% Cingapura: 1,37% Japão: 0,50% Suíça: 0,00% Sede do Banco Central em Brasília Raphael Ribeiro/BCB
17/09/2025 21:32:28 +00:00
Tarifaço causou cerca de 4 mil demissões no setor de madeira, diz associação

Exportação de molduras de madeiras é 100% dependente do mercado dos EUA, diz associação Divulgação/Abimci O tarifaço de Donald Trump causou cerca de 4.000 demissões na indústria de madeira processada mecanicamente, segundo a associação do setor (Abimci). O número foi contabilizado entre 9 de julho, quando foi anunciada a sobretaxa de 50% para compras de produtos brasileiros pelos EUA, e o último dia 15. O setor inclui compensados, madeira serrada, pisos, molduras, portas, entre outros itens. E emprega 180 mil pessoas em todo o Brasil, com produção concentrada principalmente no Paraná e em Santa Catarina. 1 mês do tarifaço: produtores perdem clientes que levaram anos para conquistar nos EUA Tarifaço: entenda o impacto para o agro do Brasil (e para os EUA) em 5 pontos Em nota divulgada na última terça-feira (16), a associação afirmou ainda que 5.500 trabalhadores estão em férias coletivas e 1.100, em lay-off, quando a jornada de trabalho é reduzida ou o contrato é suspenso temporariamente. Os EUA são destino de 50% da produção do setor, em média. "Em alguns segmentos, a dependência é ainda maior, com 100% das vendas voltadas exclusivamente" aos mercado norte-americano, afirmou a Abimci. É o caso das molduras. A indústria apontou que as exportações para os EUA caíram entre 33% e 57% para os principais produtos de madeira processada: molduras, madeira serrada e compensados. Segundo a associação, desde julho houve o cancelamento de contratos e embarques, além da redução de novos contratos. A Abimci projetou que, caso a situação persista, outros 4.500 empregos podem ser cortados nos próximos dois meses. Entenda o impacto do tarifaço de Donald Trump para o agro do Brasil Críticas ao governo A associação disse que pediu às autoridades brasileiras que fosse aberto "um canal de diálogo diplomático com o governo norte-americano e que as negociações fossem baseadas em argumentações técnicas e comerciais, isentas de componentes políticos ou ideológicos". E fez críticas ao governo: "A única solução é a negociação direta entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos para uma adequação das tarifas e o restabelecimento do comércio bilateral. E essa competência é exclusiva do governo federal que, até o momento, não foi exercida com o necessário bom senso". Em 2024, o setor madeireiro brasileiro exportou US$ 1,6 bilhão em produtos para aquele país.
17/09/2025 20:37:55 +00:00
Câmara aprova MP que garante ampliação da tarifa social na conta de luz para famílias do CadÚnico

A Câmara dos Deputados aprovou, por 423 votos a 36, nesta quarta-feira (17) uma medida provisória (MP) que estabelece um novo modelo de tarifa social para a conta de energia elétrica, ampliando a gratuidade para famílias do Cadastro Único (CadÚnico) e consumo mensal de até 80kWh. Agora, a MP para análise do Senado, onde precisa ser votada ainda nesta quarta, limite do prazo para sua vigência. A expectativa é de que os senadores também aprovem o texto. Havia previsão de que a MP fosse votada ontem pela Câmara, mas a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta a blindagem de deputados e senadores contra investigações adiou a análise. Nova Tarifa Social vai dar descontos de até 100% na conta de luz TV Verdes Mares/Reprodução Na segunda-feira (16), o presidente Lula fez um apelo pela aprovação da MP ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante um almoço no Palácio do Alvorada. Lula falou a Motta da impopularidade que a derrubada da medida teria junto aos beneficiados. A MP foi publicada em maio e a tarifa social já está vigente desde julho. 💡Segundo o governo, 60 milhões de brasileiros tiveram isenção total na conta de luz e outros 55 milhões foram beneficiados com desconto. O projeto aprovado estabelece que, a partir de janeiro do próximo ano, famílias com renda per capita entre meio e um salário mínimo terão um desconto na conta de luz, com o abatimento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A CDE representa cerca de 12% da conta de luz. Antes da medida provisória, apenas indígenas e quilombolas tinham gratuidade na conta de luz, enquanto famílias de baixa renda tinham desconto. Quem tem direito a tarifa social? Famílias do CadÚnico com renda mensal até meio salário mínimo per capita; Pessoas com deficiência ou idosos (65+) no Benefício de Prestação Continuada (BPC) — que também são inscritos no CadÚnico; Famílias indígenas e quilombolas do CadÚnico; Famílias do CadÚnico atendidas em sistemas isolados por módulo de geração offgrid, isto é, módulos particulares, fora da rede elétrica pública. Dívida das hidrelétricas A MP incluiu a possibilidade de usinas hidrelétricas renegociarem suas dívidas. O saldo a ser renegociado será calculado a partir do montante devido das parcelas vencidas das dívidas das hidrelétricas. O valor que pode vir a ser arrecadado pelo pagamento das dívidas poderá ser utilizado para atenuar os reajustes tarifários no Norte e Nordeste. O relator, deputado Fernando Coelho Filho (União-PE), estima que até R$ 6 bilhões poderão ser arrecadados com o pagamento das dívidas renegociadas. Usina nuclear O projeto ainda determina que a partir de 2026, os custos com a geração de energia de Angra 1 e 2 serão rateados com todos os usuários do sistema nacional, exceto para os consumidores de baixa renda.
17/09/2025 20:31:37 +00:00
Três novos diretores tomam posse na Agência Nacional de Aviação Civil

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deu posse, nesta quarta-feira (17), a três novos integrantes: o diretor-presidente, Tiago Chagas Faierstein, e dos diretores Rui Chagas Mesquita e Antonio Mathias Nogueira Moreira. Eles foram indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e submetidos a sabatinas no Senado Federal. O mandato da diretoria da Anac tem duração de cinco anos. Ao g1, Faierstein disse que uma das principais atenções da presidência o orçamento da agência. Para 2026, o orçamento previsto para 2026 é de R$ 113,9 milhões, valor que representa uma redução de 5,83% em relação a 2025, seguindo a tendência de decréscimo observada nos últimos anos. De acordo com as estimativas internas, seriam necessários R$ 180 milhões para garantir o funcionamento adequado da Anac. Questões judiciais relacionadas ao setor aéreo também serão prioridades, segundo o presidente. A alta taxa de judicialização é apontada por especialistas como um dos grandes gargalos do setor. ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil do Aeroporto Internacional São Paulo - Cumbica (GRU), em Guarulhos Celso Tavares/G1
17/09/2025 20:00:36 +00:00
Fed reduz juros dos EUA pela 1ª vez em 9 meses, para faixa de 4% a 4,25% ao ano

Prédio do Federal Reserve dos EUA em Washington, EUA (maio/2020) Kevin Lamarque / Reuters O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, reduziu as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual (p.p.), para a faixa de 4% a 4,25% ao ano. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (17), veio em linha com as expectativas do mercado financeiro. O único voto contrário foi de Stephen Miran, indicado ao Fed pelo presidente Donald Trump, que defendeu reduzir os juros em 0,5 ponto, para o intervalo de 3,75% a 4% ao ano. Esse foi o primeiro corte de juros nos EUA em nove meses. A última redução havia ocorrido em 18 de dezembro, quando a taxa passou a ser de 4,25% a 4,50% ao ano. Desde então, foram cinco reuniões consecutivas sem alteração. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O Fed também divulgou hoje novas projeções, mostrando que a maioria de seus líderes prevê pelo menos dois cortes de juros ainda neste ano. A autoridade monetária terá mais duas reuniões em 2025: no fim de outubro e na primeira quinzena de dezembro. A decisão de hoje tem como pano de fundo os sucessivos ataques ao Fed por Donald Trump — que há meses pressiona seus integrantes por juros menores — e a tentativa do republicano de demitir Lisa Cook, diretora da instituição. O caso inédito de demissão de um integrante do Fed foi parar na Justiça, que suspendeu a decisão. Agentes do mercado financeiro reagiram com preocupação, enxergando a medida como um ataque do presidente à independência do banco central americano. Mantida no cargo, a diretora Lisa Cook votou nesta quarta-feira em linha com os demais integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), pelo corte de 0,25 ponto na taxa. 🔎 A política de juros nos EUA gera reflexos no Brasil. Quando as taxas americanas caem, tende a diminuir a pressão para que a taxa básica de juros brasileira (Selic) permaneça elevada. Além disso, há possíveis efeitos sobre o câmbio, com valorização do real frente ao dólar. (leia mais abaixo) Em comunicado, o Fomc informou que a criação de vagas de trabalho desacelerou no país, enquanto a taxa de desemprego teve leve alta, mas segue baixa. Ressaltou ainda que a inflação avançou e permanece em patamar relativamente elevado. "O Comitê estaria preparado para ajustar a condução da política monetária, conforme apropriado, caso surjam riscos que possam prejudicar o alcance de seus objetivos", disse o colegiado. A decisão desta quarta-feira foi a sexta desde que Donald Trump assumiu como 47º presidente dos EUA, em 20 de janeiro — e a primeira com redução dos juros. Desde a posse, o cenário econômico se tornou mais adverso diante da guerra tarifária promovida pelo republicano. Economistas, agentes do mercado e o próprio Fed têm destacado os impactos nos EUA das sobretaxas aplicadas por Trump. Um dos principais receios é o aumento da inflação ao consumidor americano, uma preocupação que levou o BC do país a postergar a decisão de reduzir os juros. Nas últimas semanas, no entanto, dados de um mercado de trabalho mais fraco indicaram uma desaceleração da economia norte-americana, permitindo o corte pelo Fed. Ao mesmo tempo, a inflação permaneceu sob controle, embora continue acima da meta de 2% da instituição. "O Comitê busca alcançar o máximo emprego e a inflação em 2% no longo prazo. A incerteza sobre as perspectivas econômicas continua elevada", disse o Fomc em comunicado. O colegiado afirmou ainda que monitora os riscos em ambos os lados de seu duplo mandato (pleno emprego e estabilidade de preços) e alertou que as chances de retração no mercado de trabalho aumentaram. Jerome Powell durante uma coletiva de imprensa após decisão sobre taxas de juros, em 17 de setembro de 2025. Reuters O que disse Jerome Powell Em entrevista a jornalistas após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que os riscos para a inflação no curto prazo "estão inclinados para cima", enquanto os riscos para o emprego se situam para baixo, criando "uma situação desafiadora". “A demanda por trabalho enfraqueceu e o ritmo recente de criação de empregos parece estar abaixo da taxa mínima necessária para manter a taxa de desemprego constante”, declarou. Powell acrescentou que, diante desse cenário, o Fed analisará a situação "reunião por reunião". Sobre o tarifaço de Trump, Powell afirmou que, até o momento, os impactos sobre os preços têm sido baixos, e que o custo está sendo absorvido pelas empresas que ocupam posições intermediárias nas cadeias de suprimentos. “É muito claro que há alguma transferência [de custos],” disse. Para o chefe do Fed, as companhias “dirão que têm toda a intenção de repassar [as tarifas] com o tempo, mas não estão fazendo isso agora". Nomes de Trump no Fed A ofensiva de Donald Trump contra o Federal Reserve ganhou destaque nas últimas semanas. Após meses criticando Jerome Powell — a quem já chamou de "burro" e "teimoso" — o republicano passou a mirar na indicação de nomes alinhados à sua agenda econômica. Na prática, Trump terá duas indicações à diretoria do Fed caso a demissão de Lisa Cook seja confirmada pela Justiça. Além da possível vaga de Cook, ele já anunciou Stephen Miran para substituir Adriana Kugler, diretora que antecipou sua renúncia ao cargo em agosto. Miran, ex-conselheiro econômico e aliado próximo do presidente, teve seu nome aprovado pelo Senado americano na segunda-feira — a tempo de participar da decisão desta quarta. O economista deve ser uma voz ativa de Trump dentro do Fed, defendendo uma redução mais robusta dos juros. Paralelamente, o republicano tentou afastar Lisa Cook das reuniões do BC americano nesta semana, mas sem sucesso. A Justiça dos EUA a manteve no cargo, enquanto a gestão Trump acusa a diretora de um suposto caso de fraude hipotecária. O caso irá subir para a Suprema Corte. Em meio às movimentações no Fed, caso Trump alcançasse a maioria de aliados no conselho da instituição — que tem sete membros —, ele teria maior influência sobre a aprovação das nomeações nos 12 bancos regionais. Assim, ampliaria sua interferência sobre a política monetária. Reflexos no Brasil — e nos mercados Juros mais baixos nos EUA reduzem o rendimento das Treasuries, os títulos públicos norte-americanos. Como são considerados os produtos de investimento mais seguros do mundo, Treasuries com rentabilidades mais altas atraem investidores estrangeiros, que direcionam seus recursos para os EUA, fortalecendo o dólar. Dessa forma, quando os juros caem por lá, investidores podem buscar oportunidades em outros países, como o Brasil, aumentando o fluxo de capital e valorizando o real em relação à moeda norte-americana. Além disso, um dólar mais fraco reduz a pressão sobre a inflação por aqui, com reflexos no ciclo de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil.
17/09/2025 18:00:19 +00:00
Links
  • Quem somos
PROPOSTA ONLINE

Solicite uma cotação

Sem sair de casa receba a recomendação do seguro ideal pra você.

  • Whatsapp!
  • Ligue agora!
    (11) 2777-6042
  • Fale conosco
    envie um e-mail
  • Solicite uma
    proposta
  • Conheça nossos
    produtos / serviços

Idealecorp Corretora de Seguros

1 - 00000-000 - São Paulo/SP

  • (11) 2777-6042
  • (11)99954-4417

[email protected]

Desenvolvido com Webbiz